Thithi et moi, amis à jamais! Capítulo 83

Um conto erótico de Antoine G
Categoria: Homossexual
Contém 1912 palavras
Data: 06/07/2015 18:15:16

- Agora que eu lembrei que a gente perdeu o ano novo...

- Eu já tinha percebido isso há muito tempo!

- Mas a gente precisa comemorar! Onde a gente poderia ir?

- Não sei! Isso a gente pergunto para o Pi.

- Tá! Vou lá tomar meu banho, então!

Enquanto ele foi tomar o banho eu fui para a casa do meu primo.

- Olha que o cheiro está bom, hein... – Eu disse entrando e indo em direção a pequena cozinha que tinha ali.

- Eu disse que eu sabia cozinhar!

- Mas que apartamento bonitinho!

- Não é? Foi a Jeanjean que me ajudou a montá-lo.

- Claro que tinha que ter a mãozinha dela aqui, né? O bebe da família sempre recebe o apoio de todo mundo!

- Olha quem fala!

- Eu não sou o bebe! Eu sou o mais velho, meu filho!

- Hum...- ele mostrou a língua pra mim.

Eu só fiz rir, eu estava achando muito engraçado esse lado “brasileiro” do meu primo. Como eu, além de francês, sou brasileiro, ele se sentia à vontade para fazer essas brincadeiras, para abraçar, por exemplo, coisa que com os amigos dele ele não fazia. Os franceses não precisam do toque, como nós precisamos. O brasileiro não sabe se comunicar senão tocar na pessoa, isso é algo característico nosso.

Nós ficamos conversando até o Bruno aparecer lá com a gente. Eu estava em pé, encostado no balcão da cozinha, ele veio por trás e me abraçou, eu peguei um baita susto que fez o Pierre cair na gargalhada.

- Que susto, Bruno! – Eu disse

Ele fingiu que nem escutou e apoiou o queixo no meu ombro.

- O que é que tu estás fazendo aí, Pierre?

- Agora, eu só estou fazendo a salada.

- Tu também só comes salada?

Pierre olhou para o Bruno sem entender, eu tive que explicar.

- Não, amor, é que aqui na França, nós primeiro comemos o prato de entrada, que é sempre uma salada ou uma sopa, depois comemos o prato principal, que é a refeição em si e depois a sobremesa.

- Nossa, e como é que os franceses são magros?

- É que como a gente vai comendo por etapas, a gente vai se sentindo saciado. Ao comer primeiro a salada/a sopa, a gente já não está com muita fome para comer o prato principal, então nesse só vem um pouquinho de comida, quando chega na sobremesa, a gente já está praticamente cheio, entendeu?

- Ah, agora sim...

- Vocês brasileiros que gostam de comer demais, e principalmente, muita besteira. – Disse o Pi.

- Como se os franceses não comessem besteira, né?

- Nós comemos, amor, mas no Brasil é bem diferente, tu vais ver quando a gente sair.

- Falando em sair, tu já perguntaste ao Pierre para onde vamos?

- Não, ainda, não!

- Como assim para onde vamos?

- É que o Bruno quer sair, hoje, Pi. A gente queria saber onde nós poderíamos ir...

- Nossa, eu pensava que vocês iriam querer descansar depois da viagem... por isso não programei nada.

- É que o Bruno dormiu durante toda a viagem, não sei como, mas ele dormiu que nem pedra.

- Bom, se é assim, tem uma boate muito legal que eu sempre vou, a gente poderia ir para lá. Que tal?

- Fechou! – Bruno disse todo animado.

- Então, a gente sai daqui umas 20h.

- Beleza!

Pierre terminou nosso “almoço” e nós nos sentamos para comermos.

- Nossa, e não é que está muito bom! - Eu disse.

- Eu te disse que eu sabia cozinhar!

- E desde quando tu sabes cozinhar?

- Desde que eu fiz gastronomia! - Ele disse sorrindo

- Mentira! Tu fazias alguma coisa voltada para artes…

- Isso mesmo! FAZIA! Eu só cursei um semestre, depois eu mudei para gastronomia.

- E tu não me falaste nada?

- Quem mandou esquecer de mim? - Ele me olhou com uma carinha triste

- Eu não esqueci de ti, Pi! Tu sabes muito bem como minha vida era maluca!

Bruno me olhou e fez cara feia.

- Bruno, não precisa ficar com ciúmes, cara. - Disse o Pi – Se tu não gostares de alguma coisa, tu me falas, ok? Não fica chateado, não! É que fazia muito tempo que eu não via meu primo...

Bruno começou a rir feito um bobo

- O que foi que eu falei? - Perguntou o Pi

- Nada, Pi! É palhaçada dele!

- Como assim?

- Ele sempre faz essa cara, só para ver como os “caras” vão se comportar.

- Isso é estranho!

- É o seguinte… - Bruno não parava de rir – quando um cara se desculpa, ele realmente não quer nada, mas quando ele finge que nada aconteceu, é por que ele quer algo, aí eu fico logo de olho, entendeu?

- Boa técnica, Bruno!

- Não liga, Pi! É palhaçada!

-Ok! Bom, mas continuando, como tu me esqueceste, eu não te falei.

- Mas podia ter me falado, né?

- Antoine, toda vez que eu falava contigo, tu estavas ocupado: lendo, escrevendo, planejando, estudando, dando… - Ele sorriu.

- Oi? Como assim?

- Uma vez eu liguei pra ti e quem atendeu foi a Anne, ela me disse que tu estavas ocupado com teu namorado.

- Vaca! Ah, mesmo assim…

- Mesmo assim, nada!

- Desculpa, ok?

- Tudo bem! Mas agora vê se tu não esqueces mais da família daqui, né? A Jeanjean quer te arrancar os olhos.

- Credo!

- Deixa ela chegar de viagem…

- Eu vou me esconder!

- Ela te acha, tu sabes disso!

- É, eu sei! Bom, mas e aí? Tu terminaste a faculdade?

- Claro que terminei!

- Tu já estás atuando na tua área?

- Já, sim!

- E onde tu trabalhas?

- Em um restaurante!

- Ai, mentira? Pensava que tu trabalhavas em um salão de beleza!

- Engraçadinho!

- Em qual restaurante, Pi?

- Em um restaurantezinho no 16ème arrondissement.

- O QUÊ??? TU TRABALHAS NO BAIRRO MAIS BADALADO, MAIS CARO DE PARIS???

- É!

- Ai, que orgulho!!! - Eu pulei da cadeira e fui abraçá-lo Mentira que tu trabalhas no 16ème arrondissement?

- Trabalho, sim! Se vocês quiserem, vocês podem tirar um dia para ir jantar lá comigo, que tal?

- Eu ia adorar!!

- Que tal se a gente saísse daqui a pouco e levasse o Bruno para conhecer a Tour Eiffel?

- Ai, sim! Gostei dessa ideia! -Bruno disse

- Então, vamos arrumar isso aqui rapidinho e depois saímos.

Nós arrumamos toda a cozinha, lavamos as louças e enquanto arrumávamos, Pi ia nos contando como foi a faculdade dele, e como tinha sido a vida dele até naquele momento.

- Tudo prontinho! Vamos nos arrumar e nos encontramos dentro de 40 min, ok? - Eu disse

- Sim, senhor! - Disse Pi

Nós fomos para o nosso apartamento e nos arrumamos.

- Tu não ficaste com ciúmes não, né amor? - eu disse enquanto nos arrumávamos

- Claro que não! Ele é meio carente, não é?

- É! Ele sempre foi assim! Mas comigo e com meus irmãos ele sempre foi muito mais próximo. Meus outros primos, uns tu conheceste no nosso casamento, outros tu ainda nem conheceste, são meio chatinhos. O Pi sempre teve probleminhas para interagir, ele era muito tímido, aí quando nós passamos uma temporada aqui, nós nos aproximamos muito.

- Ata! Então tá explicada toda essa felicidade.

- É! Não fica com ciúmes dele, não, tá? Ele vai sempre me abraçar, ficar próximo de mim. Ele deve estar se controlando por respeito a ti, amor.

- Ele não precisa se controlar, não. Não vejo problemas em ele te abraçar.

- Te amo, viu? - Eu falei indo em direção a ele.

- Eu sei! - Ele disse me beijando. - A Tour Eiffel é bonita mesmo?

- Tu não imaginas como!

- Então, vamos sair logo! Estou louco para conhecê-la!

- Calma aí… deixa eu terminar de me arrumar.

Eu me arrumei super rápido, pois ele ficava me controlando e nós nos encontramos com o Pi na porta de casa.

- Nós vamos como? - Perguntou Bruno

- De carro, ora! - Respondeu Pi.

Nós descemos até o estacionamento, entramos no carro e o Pi deu partida. Bruno ia olhando tudo maravilhado.

- Nossa! Que cidade linda!

- Tu ainda não viste nada, amor!

Enquanto íamos para a Tour Eiffel, Pi e eu íamos conversando sobre tudo. Ele me contou que saiu de casa por que minha tia queria controlar a vida dele e que ele não estava mais aguentando. Eu concordei com ele, pois comigo aconteceu a mesma coisa. Também me contou que ele não ia muito em casa, pois ele não se dava muito bem com o marido da Jeanjean. Eu achei tudo aquilo muito estranho, mas deixei ele falar o que ele queria.

- Pronto, Bruno, chegamos! - Disse o Pi enquanto estacionava o carro.

- Ual! Nossa! Que coisa linda!

- Vem amor, vamos sentar ali.

- Isso, vamos sentar, daqui a pouco eu quero mostrar algo ao Bruno.

Tem um gramado próximo a Tour Eiffel e nós nos sentamos.

- Gente, a Estátua da Liberdade não chega nem perto da beleza dessa torre. O clima, o local, as pessoas, tudo é mais bonito aqui do que em qualquer outro lugar.

- É primo, tu soubeste escolher teu marido, por que se ele não gostasse de Paris, ele teria sérios problemas com a nossa família. - Pi disse sorrindo. - Antoine, e o Thi? Cadê ele?

- É… digamos que nós não nos falamos mais.

– Como isso é possível? Vocês viviam grudados!

- É, todo mundo fala isso. Nós chegamos a namorar, mas não deu certo e nós acabamos brigando feio.

- Nossa! Eu fiquei sabendo que vocês chegaram a namorar, isso foi uma confusão enorme aqui na França, sabias?

- Sério? Mas por que?

- Bom, foi uma surpresa muito grande saber que vocês dois estavam namorando para os meus pais, eu sempre suspeitei que vocês tinham algo.

- Tu te surpreenderias se eu te contasse quantas vezes eu já ouvi isso.

- Nossa, mas essa cidade é linda mesmo, viu? E a boate, fica onde Pierre? - Bruno perguntou.

- Fica, sim, Bruno!

Nós ficamos sentados ali por um tempinho, tiramos várias fotos (hoje ao andar por esse gramado eu lembrei desse dia). Bruno e eu tiramos uma foto nos beijando sob a magnífica torre, colocamos no facebook.

- Bruno, preparado? - Pir perguntou.

Já estava quase anoitecendo.

- Sim! Mas, pra quê?

- Fecha os olhos!

- Por que?

- Fecha!

Bruno fechou os olhos. Eu sabia o que Pierre queria mostrar, eu sabia que o Bruno ficaria encantado.

- Pode abrir, Bruno!

Bruno abriu os olhos e a boca, mas não saia nenhum som. Pierre caiu na gargalhada.

- Para, Pi! Não ri dele!

- É impossível, Antoine! Olha a cara dele!

Eu estava me controlando para não rir também.

- Mozão, olha isso! - Ele disse em português.

- Lindo, né?

- Demais!

Eu fui até ele e o abracei.

- Feliz? - eu perguntei para ele.

- Não tenho nem palavras para dizer o quanto…

- Os pombinhos vão ficar aí ou aceitam dar uma volta?

- Aceitamos dar uma volta!

- Mas já?

- Amanhã a gente vem aqui e aí a gente vai poder subir na torre, amor!

- Aaaaaaaah…

- Vem bobão!

Nós tivemos que puxar o Bruno, senão ele não viria.

- Pi, tu queres me contar algo? - Eu perguntei enquanto caminhávamos.

- Como assim, Antoine?

- Não sei, me veio isso agora, tu queres me contar algo?

- Eu prefiro te mostrar, pode ser?

- Claro que sim!

- Vem, nós já estamos chegando…

COMENTÁRIOS DO AUTOR

Oi, meus amores!! Demorei mas voltei! Não publiquei antes pois aqui em Paris está uma loucuraaaaaa!! Já aviso que não poderei publicar diariamente, mo próximo capítulo sairá somente na próxima semana. Em breve organizarei meus horários.

Meus amores, eu gostaria de agradecer imensamente pela paciência, como eu estava me organizando para viajar, eu fiquei sem tempo para escrever. Como é fui roubado, eu perdi todos os meus capítulos escritos, agora estou com dificuldade para arranjar tempo para escrever, mas não vou desisti, continuarei publicando, ok? Esta va morrendo de saudades de vocês! 😊😊

Um super beijo em todoooooooooos! !!

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Comentários

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Sois bienvenu, mon cher! J'ai tous tes écrits et je peux envoyer pour tois. Veux-tu?

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Kkkk quanto teeeeempooo, nossa, tinha algumas desconfianças sobre o seu retorno... Mas que bom que está vivo, que bom que o avião pra França não caiu (como eu tinha imaginado), e cumpra sua promessa, continue escrevendo. Beijoooos

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Apareceu a margarida!Já tava sintido muita falta dos contos bjbj

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Caraca nos aqui preocupados ii vc curtindo Paris! Dando na cara da sociedade menos favorecida kkkkk

+ que bom que esta bem.Saudades

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Milagre hein senhor Antoine!! Nem invente de não postar mais, eu sei que agora você é rico e deve estar andando pelas ruas de Paris gastando milhões, bebendo o mais caro dos champagne Frances, mas lembre-se dos fãs! E esse primo?! Nem conheço mas já roubou meu coração, e vc sabe o motivo!! Abração e curta bastante!! Ps: ainda no aguardo.... kkkk

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Obaaa.,.ate que fim você voltou...tava morrendo de saudades já.

Beija-o pra ti!

Olha que rico, tá em Paris....kkkkkk's

Je t'aime miel.

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Oxi olha quem voltou! Saudades da história, pensei q só voltaria depois da viagem. Muitas saudades do Bruno kkkkkkkk. Mas és fino mesmo viu? Espero minha lembrança de Paris! E ansioso para saber o q seu primo quer lhe mostrar! Abração ... Jeff deve ta se cortando pelas cenas entre vc e o Bruno kkkkk

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Poxa que falta vc fez! Aproveitando Paris com o maridao hein? Ai que fofos! Que sonho. E lá agora é verao e nao esse frio de dez, quinze graus daqui! Todos os dias estao nublados! Insuportavel! Abraço seus lindos !

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Oba !!! Você voltou !!! Aguardando o próximo capítulo ansiosamente !!! 👏👏👏👏

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Oi Antoine!!! Que saudades de você querido e bom saber que você está bem e em Paris, muito chique. Vou te pedir uma coisa, não some mais assim não, você já faz parte e eu me preocupo. Se não puder escrever um capítulo, manda um alô pelo menos. Gostaria de conversar pelo email, mas eu não anotei quando você passou. Você pode colocar novamente? Beijos querido, toda felicidade pra você!!

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Meu Viado Francês voltou!!! Senti muito tua falta amado! Não se preocupe, entendo. Senti saudades doma história, mas muito mais das nossas conversas! Te amo meu amigo (e o Bruninho também)! Pode demorar um ano que eu espero (menos se eu vier a falecer, mas daí te procuro só não vá se assustar). Saudades infinitas mon amour! Bjos no coração de vocês...

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