Oioi liindos, saudades de vcs. Quero agradecer pelos comentários de vcs, seus lindos 😍😍. Amei todos eles. Que bom que gostaram da volta de Rafa/Ruan/Renato. Aqui vai o segundo CP da temporada. Espero que gostem e comentem muito. Beijos e boa leitura, lindoooos 😘😘😘😘😍😍😍😍😍😙😙😙😙💙💙💙💙💙.
O cara da casa ao lado.
Acordei com meu telefone tocando e vibrando, eram exatamente 9:48 da manhã. O visor do telefone me avisava quem estava me despertando. "Chamada de Ruan", dizia. Atendi.
- Oi, amor.
- Rafael, onde você está?
- Em casa, Ruan. Por que?
- Você se lembra do que fez ontem à noite?
- Claro que lembro. - Respondi.
- Como você pode ser tão irresponsável assim? - Disse ele, bravo, do outro lado da linha.
- Não tô te entendendo, Ruan. Eu não fiz nada demais e...
- Nada demais, Rafael? - Disse ele gritando e cortando minha fala. - Velho, você chapou ontem. Me ligou de madrugada bêbado e drogado. Isso não eh nada demais, Rafael?
- Ruan, por que você está gritando? - Disse eu, começando a me estressar com aquilo. - Eu não sou surdo.
- Será que não? Eu achava que você era responsável e me provou o contrário ontem. Não me espantaria se você fosse surdo e eu achasse o contrário.
- Ruan, vai se ferrar, tá bom!? - Disse eu, elevando meu tom de voz também. - Quem você acha que você eh pra falar comigo desse jeito?
- Eu sou teu namorado, porra. - Disse ele gritando. - Sou teu macho. Você tem que me respeitar, porra.
- Cala a boca, Ruan. Pelo amor de Deus, me acordar a essa hora pra me torrar a paciência. Vá à puta que te pariu. Não vou me desgastar com você a essa hora não, tá bom. - Disse a ele, chorando e nervoso.
- Você ta desgastando eh nossa relação. To muito magoado com você. - Respondeu ele, desligando o telefone. O ar pesou no mesmo instante, provocando-me até perca de fôlego. Desabei em choro. Ruan foi frio comigo. Nunca tinha sido assim. Ruan sempre foi tão carinhoso e paciente comigo mas o que eu havia feito tinha o incomodado muito. E se eu o perdesse por isso? Não suportaria ficar sem ele.
- Posso entrar? - Disse meu pai na porta do quarto.
- Claro. - Disse, passando a manga da minha blusa nos olhos, pra secar minhas lágrimas. Ele entrou e se sentou na cama, de frente pra mim.
- Você chegou muito tarde ontem? - Perguntou.
- Não senhor. Eram umas 2:30/3:00. - Respondi.
- Por que você está chorando? - Perguntou ele.
- Nada não. Não se preocupe. - Respondi.
- Filho, eu vi nos olhos do Ruan o quanto ele te ama. Quando você quase caiu e ele se levantou de imediato deixou claro que ele faria qualquer coisa pra te proteger, te guardar. Rafael, você e ele são mais que amigos, não eh verdade? - Disse ele, curto e grosso, como sempre foi comigo.
- Sim, pai. - Respondi, chorando novamente.
- Rafa, você eh gay?
- Sou sim, pai. Desculpa. - Disse, chorando. Ele me abraçou e disse:
- Você não me deve desculpas. Não eh uma escolha sua. - Disse ele, me acalmando. - Você e o Ruan... Bem, vocês namoram?
- Namoramos sim, pai.
- Ele eh um bom rapaz. E eh louco por você. Enquanto Conversávamos na sala, eu, ele e sua mãe, ele falou de você o tempo todo. E quando você se abaixou pra pegar aquela garrafa... Eu nunca vi um olhar de desejo tão grande quanto o que ele lançou pra você.
- Pai, eu não sei o que falar. Eu tô tão envergonhado.
- Filho, não entendo por que está envergonhado. Eu e sua mãe já sabíamos. Só estávamos esperando seu tempo pra nos contar. Sabe, você sempre foi uma criança diferente. Em quase todos os sentidos. Você sempre foi de uma personalidade incrivelmente forte. Lembro que quando você tinha uns 6 ou 7 anos, seu filme preferido era Alice no país das maravilhas. Uma vez fomos chamados na sua escola. Você havia feito uma pequena bagunça pois a professora não queria levar vocês ao parquinho da escola. E a professora te mandou pra sala da diretora. A diretora tentou conversar com você e convencê-lo que não era a hora do parquinho. E você olhou no fundo dos olhos dela e disse: "Sua tirana.", tal como a Alice fala à rainha de copas no filme. Nesse dia sua mãe e eu percebemos que você seria um adolescente de personalidade extremamente forte. Fomos a um psicologo que nos aconselhou a sermos sempre diretos e pacientes com você. E sempre tentamos fazer isso. Não me importo que você seja gay. Vou te amar e te respeitar até meu último suspiro.
Ele terminou o discurso dele e me abraçou. Foi um abraço aconchegante, um abraço de pai. Um dos primeiros que ele me dava. Meu telefone tinha tocado várias vezes nesse meio tempo. Estava nos braços do meu pai quando ele tocou novamente.
- Você não vai atendê-lo? Eh o Ruan. - Disse meu pai, apontando pro visor do telefone.
- Vou sim. - Respondi.
- Vou te deixar em paz então. Te amo, viu!? - Disse ele.
- Eu também. - Respondi.
Ele saiu do quarto e eu liguei pra Ruan de novo.
- O que você quer? - Perguntei, deixando claro que eu estava bravo com ele.
- Por que você tá chorando? - Perguntou ele, parecendo meio preocupado, mas deixando claro que ainda estava bravo.
- Contei a meu pai sobre nós. - Respondi.
- E ele? - Disse Ruan, parecendo aflito.
- Disse que não liga, que me ama e que isso não vai mudar. - Respondi.
- Que bom, meu amor. - Disse ele do outro lado da linha.
- O que você queria, Ruan. - Perguntei.
- Rafael, um número estranho está me mandando várias mensagens dizendo que eu sou corno, que está te comendo e que te faz gemer de prazer e tesão na cama, coisa que você diz que eu não consigo. Que porra eh essa, Rafael?
- Eu não sei, Ruan. Não fico com ninguém além de você. - Disse a ele.
- Será, Rafael? Eu não sabia que você era maconheiro até ontem.
- Ruan, eu não sou maconheiro. Eu não te trai com ninguém. Mas se for pra duvidar de mim eh melhor a gente parar por aqui. Não quero um namorado que confie na palavra de um desconhecido e duvide da minha. - Respondi.
- Então você já quer me deixar? - Disse ele.
- Ruan vai se fuder.
Disse isso e desliguei o telefone. Deixei ele desligado o dia todo. No fim do dia liguei ele de volta. Haviam mensagens e ligações perdidas dele. Apenas respondi as mensagens. Passamos as férias todas conversando só por mensagens. As férias haviam acabado. Está na hora de voltar pra lá. Pra casa de Ruan. De resolver nossas vidas.
Liiindooooos, ai está o CP de hoje. Espero que gostem e comentem muuuuuitooooooo. Tal como no outro, só vou postar a continuação quando tiver um numero bom de coments, pois são eles que nos incentivam e dizem se devemos ou não continuar. Me desculpem pelo tamanho do conto 😑😑 e beijoooos 😙😙😙😙😙😍😍😍😍😍😍😘😘😘😘😘😘😘💙💙💙💙💙💙
