Dia 3 – Final
Fiz questão de ser o primeiro a levantar, por razões óbvias. Todos comiam rápido e eu só pensava se podíamos dar uma foda rápida antes do trabalho. Mas nenhum comentário foi feito sobre a noite de ontem. Era como se nada tivesse acontecido. Eu, contudo, lembrava cada detalhe.
Estava me tornando um viciado em rola. Na hora do banho de mar, a única beleza natural que me atraía era a dos pintos moles dos tripulantes. Já conhecia cada detalhe deles. Mergulhei já de pau duro, mas o único que estava mais animado como eu era Moisés. Trocamos olhares fogosos e discretos. Nadando juntos, eu sempre dava um jeito de passar a mão na benga dele. Da mesma forma, deixava-o à vontade para tocar na minha bundinha. Mas tudo muito discretamente, para não chamarmos a atenção do Mestre.
Mesmo assim, não fiz feio na rotina pesada de trabalho que tivemos naquele dia. Literalmente o mar estava para peixe. E de alguma forma era como se o tesão constante transbordasse para o tesão no trabalho, na vida. Eu me sentia muito diferente. Não era mais aquele menino bobo, que desconhecia suas potencialidades e seus desejos. Já sabia exatamente o que queria, fosse proibido ou não. Por isso mesmo, não valeria mais a pena viver se não fosse para buscar aquilo que estava nos meus sonhos.
Consciente disso, o mundo ganhou novas cores. Sentia-me forte e livre. E com esse sentimento no meu peito, vi o sol se pôr pela terceira vez a bordo do Rei do Mar.
O trabalho terminou tarde e tomamos um rápido banho sem trocar palavras. Estávamos exaustos e no dia seguinte precisaríamos chegar a terra firme ao nascer do sol, porque venderíamos os peixes. Assim, o Mestre deixou bem claro que após o banho, todos, sem exceção, deveriam dormir.
Naquela noite, ele chamou Josué para a cabine. Já sabia tudo que aconteceria lá dentro. Ao relembrar a minha madrugada com o jovem pescador, senti inveja do Mestre, que o teria por uma noite inteira.
Mal deitamos na cama, Moisés apertou minha bunda, daquela forma bruta dele. Eu soltei um gemido bem safado para mostrar que, apesar da dor causada pelo apertão, eu não tinha só gostado, como queria mais. O sinal foi suficiente para Moisés arrancar sua bermuda e deitar sobre mim. Eu estava de bruços e sentia aquele vergalhão quente deslizar entre as bandas do meu rabo. Ele friccionava com força, lambendo-me a nuca como um cachorro no cio. Com o corpo todo arrepiado, eu enfiei a cara no travesseiro para não gemer alto e abri minhas nádegas com as mãos. Cada vez que a cabeça babada da rola do Moisés passava forçando meu cuzinho, ele piscava desesperadamente.
Aquele sarro estava me enlouquecendo. Além de abrir minha bunda para o safado, eu rebolava como eu imaginava que as mulheres faziam para seduzir seus maridos. E meus suspiros ficavam cada vez mais fortes na expectativa de sentir Moisés me arrombando. Com certeza, ele não meteria aos poucos. Pelo contrário, empurraria tudo, provando-me que ele é homem de verdade. Mal podia esperar por isso! Só de imaginar, meu líquido pré-seminal se espalhava pelo entorno do meu umbigo, à medida que eu me esfregava na cama.
Senti então que Moisés apontou a rola na entradinha. Pude sentir o coração dele batendo na cabeça do pau. Já sentia a dor da cravada, antes mesmo da penetração. No entanto, a tortura da esfregação recomeçou. Em poder esperar mais, virei a cabeça para trás e disse baixinho com a voz embargada de tesão:
-Mete!
Ele disse não com a cabeça e justificou:
-Se o Mestre descobre, mata nós dois.
Era verdade, mas eu queria muito. Ele também, com certeza. Minha frustração ficou visível. Eu tinha certeza que Moisés ia meter, mesmo assim. Mesmo que o Mestre tenha dito que isso é uma humilhação para o homem. Ele, afinal, não fazia todas as noites? O que poderia haver de tão errado?
Pensando assim, rebolei ainda mais para provocar Moisés. Duas ou três vezes senti ele forçando, mas não passou disso. Depois de um tempo, aceitei que não rolaria nada. Saí da minha posição sem dizer nada, deixando claro que não queria mais aquela brincadeira ridícula de moleque.
- Frouxo! – Disse, sem olhá-lo.
Eu sabia que ele era orgulhoso e que estava cutucando onça com vara curta. Senti seu corpo cair pesadamente do meu lado e virar para o outro lado. Ele estava com muita raiva. Sem dizermos mais uma palavra, passamos nossa última noite no barco. Os paus, porém, duros como a cabeça do Mestre.
Antes dos primeiros raios de sol, todos já estavam de pé. O Rei do Mar rumava a toda velocidade para a costa do Vilarejo. Segundo os pescadores, essa tinha sido uma das melhores pescarias. Os lucros seriam bons e provavelmente ficaríamos muito satisfeitos com os resultados. Por volta de 6h da manhã, atracávamos no píer simples feito de madeira.
Aos poucos, os moradores iam chegando. Minha mãe em pessoa foi buscar um peixe para o almoço. Tive muito prazer em entregá-la um que eu mesmo havia pescado. Seu Manoel, gentil, fez questão de que mainha o levasse sem pagar. A felicidade que eu senti em poder proporcionar aquela pequena contribuição à minha família foi indescritível. Por fim, sentia-me um homem de verdade. Então olhei para o Mestre com profundo agradecimento por tudo que ele tinha feito por mim. De uma maneira estranha, dolorida, confusa, mas verdadeira; entretanto. No final das contas, eu sabia que ele tinha dado sua melhor parte para mim e para os meninos.
Mais tarde, o Zé do boteco comprou 10kgs de arraia para uma moqueca que seria servida à noite no forró. Pegou as melhores. Modéstia a parte, soubemos escolher muito bem o que tiramos do mar. E ao saber que fim elas levariam, minha boca encheu d’água.
Seu Manoel me pagou uma quantia excelente, pelo menos ao meu ver. Me sentia o cara mais rico do vilarejo com meus R$ 120,00. Tinha quase certeza de que painho ficaria com tudo para ajudar nas despesas da casa. Porém, recebi R$ 40,00 limpos para gastar como quisesse. Nunca tive tanto dinheiro e mal sabia como aproveitar!
A tarde passou lenta e, deitado na rede, via da varanda a preguiça com que o mar empurrava ondas na praia. Embora estivesse feliz por estar de volta, mal podia esperar para estar, mais uma vez, reunido com meus companheiros. Meu corpo sentia falta de, pelo menos, senti-los por perto. Parecia que eu tinha estado naquele barco por meses! E uma saudade melancólica me torturou quando o sol se aproximou da linha do horizonte. Lembrei os galha-preta satisfazendo-se no cardume. Lembrei-me do Josué, com a pele macia de cheiro doce, sorrindo. Lembrei-me do Moisés, forte, rápido, bruto. Lembrei-me do Mestre...
Selvagem como um ataque de tubarão, meu desejo tinha florescido naquele barco. Acho que me tornar homem é assumir essa pulsão interna, voraz, que aponta um caminho improvável, proibido, mas único. E eu me sentia assim, pronto para ir atrás daquilo que eu quero.
Ser penetrado era o que eu queria. Nada mais passava pela minha cabeça.
Já de noite, ouvia-se ao longe o animado forró no Zé. Eu já estava pronto para dormir, assim como todos lá em casa. Ainda não tinha decidido o que fazer com meu dinheiro. Certamente doaria uma parte à Paróquia. Com certeza o padre e mainha ficariam felizes. Mas ainda não sabia o que fazer com ele que pudesse me fazer feliz.
Perdido nesses pensamentos e quase no limiar do sono, ouço gritos do lado de fora da casa. Um homem aos berros xingava palavrões escabrosos. Parecia bêbado, mas porque viria até a frente da minha casa, isolada? Embora a voz estivesse alterada, era muito familiar. Moisés! É a voz do Moisés! Com um pulo, saltei da cama e corri para fora.
- Seu cabra! Olha aqui o frouxo! Confessa que gosta da minha piroca! Baitola de merda! – gritava, cambaleando e segurando o saco.
Meu pai foi para frente da casa, querendo saber que escândalo era aquele. Corri na direção de Moisés e pedi pelo amor de Deus para que ele parasse com aquilo. Sem nem me olhar, pegou-me pelo braço e saiu me puxando em direção ao bar. Não resisti e fui com ele, sabendo que não tinha conversa com aquele homem naquele estado.
- Er... Painho... vou ao bar do Zé... combinei com o pessoal – disse, tentando disfarçar que estava sendo violentamente puxado por Moisés. Painho olhou desconfiado.
- Olhe, menino. Volte cedo! Não saia do caminho de Deus, visse!
Eu simplesmente assenti com a cabeça, sorrindo sem graça e acompanhando os passos largos que Moisés dava. Já distante de casa, longe dos ouvidos da minha família, a discussão começou.
-Você está louco! Que que deu em você, homem! Perdeu o juízo? – berrei
- Vou te mostrar quem é o frouxo! – e me atirou no chão.
Eu já podia imaginar que não ia dar certo xingá-lo de frouxo na noite anterior. Só não sabia que a bebida podia torná-lo tão violento. Eu já tinha ouvido boatos de que Moisés gastava todo o dinheiro que ganhava com pinga. Mas não imaginava que ele se transformava em um cara sem limites. Já me preparava para levar um pontapé, quando percebi que ele estava tão bêbado que, se tirasse um pé do chão, cairia. Foi então que me pus de pé e o abracei, tentando acalmá-lo.
- Calma, irmão. Foi sem querer. Eu não queria ofender. Me desculpa.
Ele tentava se livrar do meu abraço, mas percebi que era uma cena. Mesmo bêbado, ele poderia me jogar longe se quisesse. Aos poucos, ele foi se acalmando. Já estava aliviado e o soltei. Contudo, agarrou-me pelo braço novamente e me puxou na direção dos coqueirais. De noite, não passava ninguém por lá. Resolvi não resistir, já que, no fundo, sabia que ele não me faria grande mal.
Paramos ao lado de um coqueiro alto e torto para a direção contrária do mar. As folhas cantavam ao ritmo do vento contínuo que vinha do oceano. Eu estava com um pouco de medo, mas aquela música das árvores dizia que eu estava onde eu queria. E com um empurrão, Moisés me jogou de joelhos na areia. Percebi o que ele queria e nossos olhares se cruzaram, em chamas. Sem dizer uma palavra, arriou a bermuda. Seu pau estava mole e eu o coloquei na boca desesperadamente.
A cada sugada, aquela pica aumentava, até não caber mais na minha boca. Tinha gosto salgado, mistura de suor com sabor de macho. Abocanhava aquela rola cada vez mais e me engasgava suavemente quando a cabeça queria transpassar minha garganta. Moisés suspirava de prazer e eu chupava olhando cada detalhe da sua expressão.
De repente, ele empurrou minha cabeça para que eu parasse o boquete. Sem entender porque, esperei. Ele então tirou toda a bermuda e se sentou encostado no coqueiro. Agora de 4, eu babava a ponta do caralho de Moisés. Eu estava adorando chupar na cabeça, grossa como um cogumelo. Minha fome de pica era tanta que eu salivava naquela rola até escorrer baba pelo corpo da piroca até o saco.
Moisés respirava forte e de vez em quando soltava uns gemidos. Estava completamente bêbado. Mesmo assim eu o queria por inteiro. Não poderia desperdiçar aquela chance única. Nós dois ali, sozinhos.
Embora a noite estivesse linda, não havia nada de romântico no nosso encontro. Tesão era o que nos unia naquela hora. E eu estava disposto a aproveitar o máximo daquele macho. Usaria-o para me satisfazer. E foi o que aconteceu.
Sem esperar mais, fiquei agachado na frente de Moisés. Apoiava minhas mãos em seus ombros e sentia a cabeça de sua piroca babada encostando na minha bundinha. Não só o vento gelado da noite, mas também a emoção que eu sentia me arrepiavam. Estávamos complemente nus agora e só a lua nos iluminava naquele deserto.
Posicionei a pica do meu macho na minha entradinha e comecei a forçar. O cabeção não passava e no auge do tesão eu soltei o peso do meu corpo sobre aquele cacete. O dor foi forte, mas eu não gritei. Olhei Moisés nos olhos e apertei seus ombros. Meu corpo tremia de sensações inexplicáveis.
Levei um bom tempo até conseguir chegar na metade daquele pau. Era enorme e eu sentia o buraco que ele abria no meu cú. Como o Mestre aguentava aquilo tudo eu não sei. Mas agradeci por Moisés estar bêbado e poder receber aquela pica no cu com calma. Se no dia anterior ele tivesse feito do jeito bruto dele, certamente que o Mestre nos ouviria.
Eu quicava despudoradamente naquela rola. Mais da metade não cabia na minha bundinha e a dor era lancinante quando eu tentava ultrapassar esse limite. O prazer era maravilhoso e cada vez que eu subia até quase a cabeça sair do meu cu e descia com força até onde podia eu soltava um gemido. Não de mulherzinha, de macho.
Continuava a olhar fixamente para Moisés, e não ficava claro quem estava sendo possuído. Afinal aquele macho estava dominado e eu me satisfazia como eu queria. Finalmente.
Desde o início, quando a dor foi maior, eu dava o rabo de pau duro. Eu descobri meu prazer naquele barco. Lá eu descobri o que é ser homem. É simplesmente pegar o que é meu. Aquela piroca era minha.
Moisés arfava e seu olhar já não estava perdido. Nossa troca de olhares agora era lasciva e parecíamos dois animais, de tão primitiva que era aquela meteção. Suas mãos pesadas agarraram minha cintura e eu precisei fazer muita força para me manter no controle dos movimentos.
Eu estava me cansando com a disputa. Ele era maior e maior forte. E agora ele mostrava que queria se satisfazer. Minhas pernas doíam e eu não conseguia mais resistir aos movimentos precisos daquele socador, que, além de me puxar pelos quadris, impulsionava os seus para ir mais fundo em mim.
Eu estava ofegante e dor voltava. Estava claro que Moisés romperia meus limites. Meu desconforto ficou visível e eu começava a gemer de dor. Os papéis se invertiam. Eu já não estava no controle. Perdia-o facilmente diante da força daquele macho.
- Fala quem é frouxo agora, viadinho!! – Disse ele. Em seguida, cuspiu na minha cara, o que eu não esperava.
O efeito da bebida tinha passado e a brutalidade de Moisés surgia com a mesma força que nosso tesão.
- Ai! Ai! Calma, devagar! – Pedia.
-Não queria tomar no cú? Agora TOMA! – E a estocada foi tão forte que entrou tudo. Com um grito desesperado, tentei fugir, jogando meu corpo para o lado. O rolão saiu, o que me deu um enorme alívio, mas Moisés, com uma agilidade incrível, veio por trás de mim, montando por cima. Enrolando o braço direito no meu pescoço, em uma gravata apertada, ele me prendeu debaixo do seu corpo grande. Em segundo ele encontrou a entrada do meu cu e recomeçou de onde eu tinha interrompido.
Eu que imaginava que só aguentaria a metade, estava sendo arrombado sem dó. Nossos quadris se colavam violentamente e cada vez que isso acontecia eu soltava um grito: Ahh! ... Ahh! ... Ahh! – exatamente no ritmo ao qual meu macho me submetia.
Finalmente eu me sentia possuído. O braço de Moisés apertava meu pescoço com força. No fundo eu sabia que ele daria conta.
Ali, com as pernas abertas, sentindo no fundo do meu cu um volume com qual eu não conseguia me acostumar, com aquele corpo que tanto desejei pesando sobre mim, eu sorri. Estava feliz, não importava mais nada.
FIM
Queridos, espero que tenham gostado dessa estorinha, que escrevi de pau duro do início ao fim. É minha primeira série e peço mil desculpas pelos erros de português, de digitação e, sobretudo, pela demora. Gostei muito de escrevê-la e agradeço àqueles que tiveram paciência de lê-la. Um forte abraço a todos!
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