YOUTH BASS - Capítulo 02

Um conto erótico de Edy S Brazil
Categoria: Homossexual
Contém 3894 palavras
Data: 02/07/2015 15:46:09

Lucas havia conseguido mais uma vez mexer comigo de uma forma quase surreal, me faltavam palavras, momento ideal para a chegada do professor de educação física – nada melhor que suar um pouco para esfriar a cabeça. Enquanto meus pés corriam de um lado para o outro conduzindo uma bola, minha mente seguia dividida entre o receio e a esperança de que tudo aquilo tivesse alguma explicação, mas uma que me permitisse espera-lo em algum momento para quem sabe um sonho de amor em segredo?

Karen e eu só tivemos tempo de conversar assim que o sinal berrou anunciando o início do intervalo, como sempre fomos para aquelas arquibancadas onde costumava ser nossa fortaleza de algum modo.

– Você não devia ter comprado a provocação daquela cobra, sabe que isso não vai sair barato, certo?

– Eu sei Stev, mas já faz tempo que eu sentia vontade de fazer isso e ainda foi pouco.

– O diretor castigou vocês duas?

– Não, eu fui a louca da história toda e a pobrezinha até chorou, mas deixa pra lá, você não ia falar com aquele garoto?

– Já fiz isso e sinceramente acho que aqueles dois formam um belo casal.

– Eu te conheço Stev e não é de ontem, sei que você está sofrendo com isso tudo.

– Não tenho outra escolha, eu só preciso que essa semana acabe o quanto antes. Assim que voltarmos aqui ano que vem eu nem vou mais pensar nisso.

– Pode contar comigo maninho!

– Eu sei maninha, mas agora eu quero que você seja feliz com seu príncipe, a bruxa má já não o aprisiona mais!

– Bobo, eu vou fazer o impossível para cura-lo desse mal.

– Isso é sobre mim ou o Adam?

– Os dois, ambos estão caídos e... Os dois moram no meu coração!

– Karen tem uma coisa que eu ainda não te contei.

– Não? Você sempre me conta tudo.

– Aconteceu depois que eu voltei para casa, o Bryan desconfia de mim, é como se de alguma forma ele já soubesse.

– Seu irmão é legal, ele não vai te crucificar por você ser quem é!

– Vai sim, a minha família inteira me odiaria se descobrissem o que sou.

– Não diz isso, talvez não seja fácil para ninguém, mas são sua família e se descobrirem vão ter que entender, você não é gay porque quer, simplesmente é sua natureza!

– Eles me trancariam em um manicômio se não me expulsassem de casa, eu odeio esconder isso deles, mas... Isso é um segredo que vou ter que sustentar para sempre.

– Não está sozinho maninho e, bom... Eu acho que algum dia as pessoas não terão mais tanto preconceito, um homem gostar de outro não o torna inferior a ninguém.

– Sábias palavras, agora, onde está minha amiga louca?

– Opa, tá me traindo? Você quis dizer, sua melhor amiga/maninha louca, né não?

– Boba, nunca vou te trair!

– Melhor porque se não eu seria obrigada a te fazer virar oficialmente uma mulherzinha.

– Mudança de sexo gratuita? Hum... Bom, até teria seu lado positivo!

– Steven eu posso falar com você um minuto? – disse uma voz rouca e suave por trás de Karen e eu, era ele – A sós, ainda preciso te explicar direito o que rolou.

Era muito cedo para tirar conclusões precipitadas, mas eu não estava muito preparado para lhe dar algum voto de confiança. Karen foi durona, mas acabou nos deixando sozinhos para que ele me desse sua tal explicação – no fundo eu queria tanto aquilo!

– Você não precisa me dar nenhuma explicação, não somos nada um pro outro.

– Podia ter sido diferente se desse certo!

– Do que você está falando?

– Eu sei que aquela garota não presta, mas só estou com ela por você. Okey, a gente nem teve tempo para se conhecer, mas... Quando nossos olhares se encontraram na sala eu soube que você seria um presente dos céus em minha nova vida.

– Olha Lucas, quanto mais você fala menos eu consigo te entender. – ele se sentou do meu lado, seu olhar parecia o mais sincero possível – Tem como me explicar isso em cinco minutos?

– Não sei, mas posso resumir.

– Estou te ouvindo.

Havia algo de incomum em estar tão próximo daquele novato, era como se um campo magnético nos isolasse dos demais e só houvesse nós dois no mundo – eu tinha vontade de toca-lo e sentir seu calor e isso me dava medo.

– Tudo bem. Meu pai morreu há dois meses em um acidente de carro enquanto voltava de uma reunião de trabalho. Foi horrível, minha mãe achou melhor que nos mudássemos e eu vim para cá.

– Sinto muito por isso, mas o que tem haver com o fato de eu te achar um babaca?

– Você está falando sério?

– Desculpa, poderia me dizer o que tinha a dizer.

– É difícil pra mim, mas assim que te vi senti uma paz que pensei que nunca mais pudesse ter outra vez, então acabei percebendo que não estava sentido apenas isso.

– Você me deixa cada vez mais confuso Lucas.

– Quando te vi daquele jeito no banheiro eu tive certeza, eu gosto de você!

– Me deu um bolo e começou a namorar aquela... Enfim, você mesmo sabe que ela não presta. Isso não tem o menor sentido.

– Eu sei, é exatamente aí que quero chegar, mas não é fácil.

– Não importa. – olhei para meu relógio de pulso um pouco desapontado – Só temos um minuto até a próxima aula, seja rápido.

– É a última semana, podemos matar aula que não fará a menor diferença. – ele estava certo – Mas o que eu preciso te dizer faz toda a diferença.

– Para quem?

– Para nós!

– Ótimo só que não existe e nunca existiu um nós.

O sinal tocou pontualmente como de costume, me levantei apressado, mas Lucas segurou em meu braço e seu olhar me fez questionar a mim mesmo naquele instante – se eu o deixasse ali poderia demonstrar que não importava, o que seria uma grande mentira. Por outro lado eu queria e precisava deixa-lo terminar aquilo, bem ou mal.

– Por favor, fique.

– Tudo bem. – respondi voltando a me sentar – Já pode largar meu braço, não vou sair correndo.

– Okay. – ele me soltou, sua voz parecia um pouco menos potente – Talvez você acabe me odiando depois que souber de tudo.

– Legal, então vou ter motivos mais consistentes para te achar um babaca? – seu silencio confirmou meu comentário – Vá direto ao ponto Lucas.

– Eu fiquei te esperando ontem depois da aula, mas aquela garota apareceu, eu pensei que fosse uma grande amiga sua...

– A Nicole? Isso nem nos meus piores pesadelos.

– Eu não sabia e ela tem talento para ser atriz porque parecia te adorar.

– Talento para serpente você quis dizer, mas fora o fato de vocês estarem juntos, o que eu tenho haver com essa cobra?

– Eu não queria assumir um namoro com ela, eu já estava a fim de alguém, você!

– Se você parar de me enrolar eu agradeço.

– Acontece que eu acabei falando sobre a forma como você me olhava e foi só então que ela revelou quem era de verdade. Eu só estou com essa garota fútil para impedir que ela te exponha.

– Espera... Você fez o que mesmo?

– Me perdoa, eu não fazia ideia e acredite, estou pagando pelo meu erro.

– Errado, estamos pagando pelo seu erro porque a qualquer momento ela vai querer algo mais que se você não der... E eu nunca ficaria com ninguém que tivesse esse tipo de envolvimento com essa víbora.

– Steven? Se eu não ficar com ela pode ser pior, a culpa foi minha, mas eu não quero te perder.

– A gente perde aquilo que tem e você nunca me teve, mas concordo que a culpa foi toda sua.

Ironia do destino ou já era meu fardo, gostar de alguém que eu sequer conhecia e que acabou me entregando de bandeja ao inimigo. De qualquer forma ele também estava com a corda no pescoço, mas ao contrário de mim ele poderia escapar a qualquer momento e então eu estaria fodido de verdade, querendo ou não seu sacrifício era tudo o que podia me manter a salvo, mas também era tudo o que nos impedia de tentar estar juntos!

– Nada começou entre a gente e já há um fim, acho que isso é um adeus porque a qualquer momento você vai se cansar e ela vai acabar com a minha vida, obrigado.

– Eu não vou te prejudicar, mas também não quero me afastar de você Steven. – seus dedos suaves acariciavam meu rosto e eu quase não pude detesta-lo – Você não imagina o bem que me faz te ter por perto!

– Pare com isso, é arriscado. – afastei sua mão de meu rosto – Não tente bancar o herói, se meus pais descobrem que eu sou... Enfim, você não tem ideia de como posso me foder.

– Vou tentar resolver isso, mas, por favor, me dá uma chance?

– Não, eu não posso te dividir com ninguém, muito menos com essa cobra peçonhenta.

– Vamos sair daqui?

– Você não ouviu o que eu disse?

– Sim, mas quero te levar para qualquer outro lugar onde possamos conversar melhor, sem correr risco algum.

– Você não vai me fazer mudar de ideia Lucas.

– Então vem comigo, não precisa ter medo.

– Eu não tenho medo, só acho isso ridículo! – mas sim, eu tinha medo, mas de mim mesmo – Tudo bem, te acho um babaca, mas não sou tão certinho quanto pareço.

– Você... Certinho? Sei que ainda não nos conhecemos o bastante, mas eu nunca me engaria dessa forma! – seu sorriso era perfeito, mas ele estava enganado, ele já se enganou e por isso que as coisas tomaram um rumo tão injusto.

– Tenho minhas duvidas sobre você, mas eu sou do tipo que encara os desafios quando necessário.

– Ótimo, vamos!

Eu ainda não podia confiar em Lucas, mas não estava tão decepcionado quanto pensei que pudesse ficar com sua revelação – no fundo eu sabia que se tinha alguém a quem culpar mesmo, era aquela patricinha fútil. Enquanto Lucas me ajudava a pular o muro dos fundos do colégio eu tive o gosto de imaginar o que Karen poderia aprontar com ela assim que soubesse de tudo, mas pensando bem isso poderia acabar sendo ainda pior – não me importaria nenhum pouco se minha maninha de coração acabasse de vez com aquele narizinho empinado da Nicola, mas as consequências viriam e no fim nós seriamos os vilões.

Nunca andei tanto e ao lado de um quase estranho, mas eu estava gostando da companhia. Lucas não era tão babaca e nem mesmo usava preto por estilo – seria impossível tentar sequer imaginar sua dor, dois meses apenas. Ele com certeza era muito mais forte do que eu jamais conseguiria ser se estivesse no seu lugar!

– Aqui estamos! – anunciou ele ao chegarmos à entrada do parque da cidade – Natureza tem tudo haver com momentos especiais como este!

– Você gosta da tranquilidade?

– Descobri esse lugar há pouco tempo e é em lugares como este que consigo me encontrar. – não éramos tão diferentes assim nesse sentido pelo menos – E você?

– Conheço esse local bem, mas você tem razão!

– Conhece mesmo? Poxa e eu que podia jurar que fiz uma descoberta e tanto, então você já foi à cachoeira.

– Cachoeira? Aqui não tem nenhuma cachoeira, só um lago mais a frente.

– Hum... Então você não conhece tão bem assim sua própria cidade, vem eu vou te mostrar, é lindo!

– Você não está tendo nenhuma ideia maluca, certo?

– Não se você não tiver alguma primeiro! – seu riso era encantador – Não precisa se preocupar, eu gosto de você mesmo, do contrário jamais teria caído nas garras de uma garota como aquela.

– Eu devo ter enlouquecido, mas tudo bem, eu te sigo!

Lucas e eu acabamos nos enfiando dentro do mato como exploradores, eu nunca tinha feito aquele caminho antes, nem sabia que acabaríamos andando tanto. Eu quase desisti até poder ouvir o som de cascata ainda fraco, teríamos que andar muito mais, mas pelo menos eu sabia que ele estava dizendo a verdade. Na medida em que o som de água caindo começou a ficar mais alto eu resolvi me apressar e comecei a correr, Lucas me alertou, mas eu não dei ouvidos a isso e pouco depois me arrependi.

– Droga... – minha perna latejava de dor e eu nem ao menos consegui me levantar sem a ajuda dele, tocar sua mão fez com que uma corrente elétrica percorresse meu corpo, a dor sessou.

– Nunca mais faça isso Stev, poderia ter sido uma armadilha e você teria se machucado feio.

– Mas é ilegal caçar nesse parque. – rebati me apoiando em seu ombro.

– Não faz diferença alguma para gente ruim, regras foram feitas para serem quebradas como dizem.

– Não gosto de caçadores.

– Nem eu, mas o importante é que você não vai perder o pé, vou te levar de volta.

– Não mesmo, eu não andei isso tudo para ter que voltar antes de ver essa bendita cachoeira e... Minha perna vai melhorar.

– Pela sua cara isso tá doendo pra cassete.

– Não sei se cassete dói assim, mas eu aguento, já que comecei eu vou ir até o fim!

Ser teimoso nunca me pareceu ser um defeito, mesmo com a perna doendo eu conseguia sentir vontade de sorrir. Continuamos em frente por mais alguns minutos, Lucas era muito atencioso comigo e tinha toda a razão, aquela cachoeira era linda!

– Então?

– Como você descobriu esse lugar Lucas?

– Frequento o acampamento de escoteiros nas férias, ou seja, sou a pessoa mais indicada para se ter por perto caso nos percamos na floresta!

– Que legal, estou cansado e esse lugar é incrível então o que acha de me contar um pouco mais sobre você?

– Só se você fizer o mesmo, feito?

– Claro!

Definitivamente minha impressão de que ele era um babaca só ia diminuindo a cada minuto mais, não havia razão alguma para ter receio, mas eu poderia ter sido mais simpático. Segundo Lucas seus pais já sabiam de sua sexualidade e mesmo assim o apoiavam, para ele nada mudou com sua família, não até a noite mais difícil de toda a sua vida, quando ele soube que havia perdido seu pai! Me senti um pouco idiota, mas acabei lhe contando sobre minha vida, meu medo de perder minha família e tudo – eu já estava confiando nele e em tão pouco tempo.

– Okay, isso foi tudo. Karen e eu somos uma grande dupla e meus pais acham que estamos juntos, fim.

– Fim? Eu acho que não. – droga ele aproximou seu rosto do meu até que nossos narizes se tocassem, era óbvia demais sua intensão – Podemos fazer isso?

– Não com você namorando a criatura que quer me ferrar.

– Eu nunca vou conseguir sentir nada por ela, não é uma relação de verdade Stev.

– Eu já entendi, só não consigo fazer isso nessas condições.

– Eu só quero saber como é te beijar!

– Depois que isso for resolvido, se é que terá alguma saída e se você ainda lembrar que eu existo...

– Não entendo bem sobre esse tipo de amor, mas quase tenho certeza de que você é o meu primeiro amor! – ele não podia ter dito aquilo, era simplesmente a melhor coisa que alguém já tinha me dito – Não quero que você seja prejudicado nisso, mas se as coisas derem errado eu vou estar ao seu lado e vamos encarar qualquer coisa juntos!

– A Karen com certeza vai ficar louca.

– Ela é legal, sei que ela torce muito pela sua felicidade.

– Isso é verdade, mas não tente me adoçar agora só porque eu estava errado sobre você ser um babaca, eu sinto muita vontade de ficar com você, mas não quero ser o outro.

– Eu vou tentar o impossível para encontrar um jeito de acabar com a chantagem e vou querer meu prêmio!

– Que prêmio? – ele voltou a se aproximar, mas só me abraçou, seu cheiro era excitante.

– Você!

Perdemos a noção do tempo conversando em frente aquela cachoeira linda, o calor já estava insuportável e Lucas começou a tirar suas roupas, por mais que eu quisesse evitar não consegui deixar de olhar para sua cueca Box branca e imaginar o conteúdo ali guardado, pelo volume era possível ter uma ótima ideia realmente.

– O que você está fazendo Lucas?

– Muito quente, nadar um pouco resolve, vamos? – seus dedos circulavam o entorno de sua Box e antes que eu pudesse dizer qualquer coisa ele já estava com sua cueca a altura do joelho, aquilo me deixou boquiaberto e seu sorriso demonstrava exatamente que era essa sua grande intensão, não apenas a intensão que era grande no caso – Qual é, vai me dizer que tem vergonha de ver outros rapazes pelados?

– Nessas circunstâncias é meio estranho e você fez de propósito, não vou entrar aí com você, muito menos pelado.

– Eu detesto sungas e não quero molhar minha cueca, além do mais não te enxergo como um objeto sexual, eu quero você sim, mas não só para foder!

– Tudo bem, melhor não falarmos esse tipo de coisa com você tão à vontade.

– Você vai acabar torrando, pode vir, eu não mordo!

Ele podia até não morder, mas eu não poderia dizer o mesmo sobre mim, era óbvio que eu sentia algo muito forte por ele e tesão estava incluso no pacote. Novamente Lucas tinha razão a respeito do calor que estava insuportável e como minha perna já doía mais, por que não?

– Se você virar para me olhar agora eu juro que te afogo.

– Não vou virar, mas qual é o problema? Você já viu o meu, tudo bem se eu ver o seu.

– Exibido, só quis se mostrar. – entrei na água em um salto ridículo e estava muito fria – Que gelo, já pode se virar se quiser.

– Ficou tímido foi?

– Fiquei. – seria mais constrangedor se eu lhe dissesse que ao invés disso eu estava de pau duro mesmo – Mas isso foi uma bobagem.

– Hum sei! – aquele sorriso me dizia o quanto ele não havia acreditado, droga – Normal, temos mais coisas em comum do que você queira ou goste de admitir!

– Isso é um retrocesso? Porque acho que voltei ao estagio de não te entender.

– Então a gente continua pelo estagio da descoberta! – sua mão tocou na minha e ele a conduziu para baixo enquanto usava a outra para me tocar – Entende agora?

Aquilo era uma loucura, mas uma loucura gostosa e excitante. Assim como eu ele também estava fervendo, mas já não era pelo calor. Nossos membros eretos debaixo d’água eram simultaneamente acariciados um pelo toque do outro, eu nem conseguia mais pensar no quanto aquilo poderia ser um erro, só conseguia gemer como nunca antes e ele também se divertia bastante com minhas caricias amadoras. Já não havia mais o que dizer e nossos lábios acabaram se encontrando assim como nossos peitos se apoiaram um no outro, só então que percebi o quanto já estávamos indo longe demais.

– Okey, Lucas... Vamos parar por aqui, tá bom?

– Mas já estamos tão perto e nossa sintonia é perfeita, você é ótimo!

– Eu sou virgem.

– Sério?

– Sim, eu nunca fiz isso com ninguém, nunca senti um pau dura na minha mão antes, ainda não estou pronto para avançar e... Droga, eu me contradisse e a gente quase...

– Quase fizemos amor!

– Tem que ser especial a primeira vez, não que agora não seja, mas... Eu não quero bancar seu amante enquanto você está oficialmente preso, sabe?

– Sim eu sei, mas já que ainda estamos muito duros e transar no momento não será uma boa, que tal gozarmos da forma que estávamos mesmo?

– Sacana, aliás, esse foi meu primeiro beijo.

– Não tem problema, a gente pode continuar praticando enquanto nos masturbamos nesse paraíso!

– Lucas...

– Vai ser o nosso segredinho, por favor, quero te dar e ter um orgasmo do caralho contigo!

Depois dessa tarde eu já não teria mais tanta moral em chamar Nicole de vadia, mas eu também não me arrependeria por isso, talvez tenha sido a melhor de todas as escolhas. Nunca achei que um beijo pudesse dizer tanto e sentir nossas línguas se confrontarem até gozarmos um entre os dedos do outro foi incrível!

– Certo maninho, isso tudo explica vocês terem sumido e é ótimo saber que posso usar minhas flechas do amor sem medo algum, mas... Agora a gente tem que pensar numa forma de arrastar a bruxa até a fogueira.

– A Nicole sentiu nossa falta?

– Bom, pelo que eu pude perceber a cobra vai dar seu bote e eu já te disse que o Adam me ajudou a te procurar pela cidade enquanto você tinha sua primeira mão amiga...

– Fala baixo, se alguém escutar eu tô fodido.

– Estamos fechados no seu quarto, território limpo, seus pais devem imaginar que terão netinhos a essa altura, ou seja, estamos seguros!

– Bryan poderia tentar escutar alguma coisa por trás da porta, é melhor falarmos baixo mesmo.

– Que paranoico, bom, nosso desafio agora é uma bomba que pode explodir a qualquer instante, mas pelo menos nos demos bem!

– Como assim nos demos bem?

– Adam está superando muito bem o pé que levou da Nick Cobra, ele foi tão incrível essa tarde!

– Então vocês...

– Não, não ainda não, por enquanto!

– Karen você acha que podemos impedi-la de alguma forma? Você sabe que eu posso me dar muito mal depois do que rolou entre Lucas e eu.

– Contra seu novato gato eu não teria munições admito, mas acho que contra aquela cobra há um antidoto capaz de nos salvar a pele! – eu conhecia aquela expressão de “Eu sou foda” melhor que ninguém.

– Não acredito... Você sabe como podemos nos livrar?

– Sim, mas não me agradeça antes do tempo, é arriscado e vamos precisar de muita sorte.

– Okay, então... O que nós temos que fazer?

– Primeiro vamos ao plano Stev, sei que aquela vaca vai dar uma festa na noite de despedida do colégio, essa vai ser a nossa oportunidade de ouro, mas até lá precisaremos nos sacrificar um pouquinho, temos ganhar tempo maninho.

– Ganhar tempo quer dizer fazermos aquela garota acreditar que não estamos preparados para bater de frente?

– No momento não estamos mesmo, mas se tudo der certo não teremos mais que comer nas mãos dela, nunca mais querido!

– E qual seria o plano?

– Pra começar Lucas e você não estavam juntos, os dois terem sumido ao mesmo tempo foi apenas uma coincidência, mas seu futuro boyfriend vai ter que se empenhar mais no seu sacrifício.

– Não Karen, tudo menos isso.

– Ei não sou eu a bruxa má da história, mesmo que eu concorde com você e concordo, se ele não for mais convincente ela vai se tocar mesmo tendo um cérebro do tamanho de uma ervilha.

Seria difícil engolir aquilo, mas minha maninha tinha toda a razão – Nicole não era a garota mais inteligente desse mundo, mas até mesmo ela saberia reconhecer uma rebelião diante de seu nariz empinado. O dilema mais pesado seria minha liberdade ou minha sentença, mas ficar de braços cruzados definitivamente seria pior. Karen tinha uma arma e não usa-la seria a pior idiotice possível, sua arma era minha arma só que bem mais potente – o ataque!

– Então Steven, seu sacrifício é tentar não mata-la quando as coisas ficarem quentes. O que me diz?

– Que eu fiquei com a porra da parte mais complicada, como não grudar no pescoço dessa víbora?

– Viu só e você ainda queria me tirar esse gostinho hoje de manhã!

– Seu plano incluí a festa, mas depois de hoje acho impossível que ela nos convide.

– Essa é a minha parte, não precisamos de convite, eu cuido disso bebê!

CONTINUA...

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Comentários

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Cara, tipo, não sei, realmente, eu não sei. Sua escrita me prende de uma forma tão maravilhosa... Uma pena que contos realmente bons assim não tem o devido reconhecimento

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Agradecimentos especiais a todos os que leram, votaram e comentaram o primeiro capítulo - em especial para M/A & Roliv cujo comentário me deixou muito contente e me alegro em dizer que tentarei ao máximo não cometer erros que afetem no andamento da história (não sou perfeito nisso, mas estou dando meu melhor), obrigado! -- A única coisa que pretendo receber em troca é o feedback de vocês que decidirem acompanhar a trama, opiniões sinceras, tanto boas quanto negativas são muito bem aceitas. Esse conto ainda está só começando e é com a ajuda de vocês (comentando quando puderem e se quiserem) que teremos uma linda história juntos - Beijos e, mais uma vez muito obrigado de coração! - Sexta 3, jul > terceiro capítulo <3

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