Há muito tempo, adquiri o hábito de ter alguns docinhos sempre à mão; seja no trabalho, em casa, ou mesmo no carro, sempre tenho balas, chicletes, pirulitos e chocolates disponíveis para consumo próprio, ou mesmo para um amigo ou colega carente de alguma glicose na corrente sanguínea. Não sei bem explicar as razões que me levaram a adquirir esse hábito, mas, verdade seja dita, ele não me faz mal, ajuda os amigos e, vez por outra, colabora comigo a fim de construir uma nova amizade ou ainda uma possível aventura com o sexo oposto.
E foi exatamente isso que ocorreu quando, meses atrás, eu me vali do pequeno estoque de docinhos que tenho no escritório com o fito de socorrer uma linda mulher e, ainda, viabilizar oportunidades. Era um dia como qualquer outro, e as audiências daquela manhã haviam sofrido um terrível atraso, fato que concorreu para que a pauta do período da tarde sofresse pesadas consequências, tanto para as partes presentes como também para seus respectivos advogados.
Foi num relance de puro sorriso do destino que eu percebi uma advogada que sempre estava no mesmo restaurante que eu, e também sempre no mesmo horário, saboreando um almoço solitária em sua mesa; por vezes havíamos nos cumprimentado, quer na entrada, quer na saída do restaurante, porém tudo sempre dentro de um clima de cerimonialidade e distanciamento.
Todavia, por vezes eu cobiçara aquela linda advogada de meia-idade, cabelos curtos, lábios carnudos e olhos negros, possuidora de um corpo de forma generosas e insinuantes (plus size, como eu gosto), mas que mantinha-se sempre à distância de tudo e de todos, conservando uma aura de sobriedade e, ao mesmo tempo, de pura excitação (pelo menos de minha parte!).
Olhei para ela e percebi que ela estava desalentada com todo aquele atraso, principalmente porque a sua audiência era uma das últimas da pauta daquele dia, e também porque, provavelmente, não teria a oportunidade de almoçar ou mesmo de fazer um lanche honesto. Foi então, que eu percebi que naquela situação havia uma oportunidade sorrindo para mim. Imediatamente, abri a latinha onde acondiciono minhas guloseimas e, de dentro dela, saquei um chocolate belga de excelente qualidade e outro, suíço, que em nada perde para o primeiro.
Munido dos pequenos quitutes adocicados, saí de minha mesa e fui até onde minha linda advogada teclava nervosamente seu celular. Aproximei-me com cautela e discrição, e quando ela percebeu minha presença, foi surpreendida pela oferenda estendida com certa reverência e simpatia. Disse-lhe que, não havendo mais chance de degustar um almoço, pelo menos os docinhos serviriam de repositório energético para aguentar até o momento de sua audiência.
Ela sorriu discretamente e, em seguida, estendeu a mão, tomando para si os chocolatinhos oferecidos; agradeceu minha gentileza, ao que respondi que era o mínimo que poderia fazer para que uma mulher linda ficasse à míngua de uma boa refeição. Ela sorriu e, novamente, agradeceu o mimo.
Voltei para minha mesa de trabalho, e depois de alguns minutos, estava tão envolvido com minhas tarefas que, quando dei por mim, a audiência da tal advogada já havia entrado na sala e não mais a vi depois disso. Fiquei um tanto quanto frustrado por ela não ter-se despedido de mim, mas ponderei que, não podia esperar muita coisa de um gesto tão simplório e ingênuo.
O mais curioso foi que, dias depois, a mesma situação aconteceu, e lá estava ela novamente, aguardando sua audiência atrasada e sem perspectiva de saborear um bom almoço. Interessado em não perder a oportunidade, mais uma vez, saquei de alguns docinhos e levei até ela, oferecendo com a mesma discrição de antes. Ela aceitou, mas desta vez o fez com certa resistência, alegando que era um abuso da parte dela, privar-me daquelas delícias.
Tranquilizei-a afirmando que de onde vieram aqueles, haviam outros suficientes para saciar minha gulodice, mas que ficaria satisfeito com um sorriso como pagamento. Ela hesitou por um instante, com um olhar sério e quase reprovador, e eu pensei que fosse levar um pito daqueles por minha ousadia; porém, seu olhar desanuviou-se e ela sorriu um sorriso lindo e cheio de recato.
Tudo seguiu-se como na vez anterior, e eu não a vi partir naquele dia também. No fim do expediente, ponderei sobre o acontecido e conclui que minha chance se perdera e que não haveria uma nova oportunidade de galantear aquela linda mulher.
Algumas semanas se passaram até que eu reencontrei a tal advogada novamente; esse reencontro deu-se no restaurante onde eu costuma almoçar que também era o lugar preferido por ela. Me servi da refeição por quilo e fui sentar-me em uma mesa que situava-se, estrategicamente, em diagonal àquela em que minha musa saboreava seu prato, desacompanhada e silenciosa, teclando seu celular como de costume. Assim que terminou sua refeição, ela se levantou e dirigiu-se ao caixa, passando ao meu lado.
Fiz de conta que nada notara, e quando ela passou ao meu lado, senti uma vontade enorme de cumprimentá-la, arroubo que controlei, pois não sabia qual seria sua reação. Para minha surpresa, senti uma mão quente com um toque macio pousar sobre meu ombro direito. Olhei e vi que era ela; com um sorriso mais receptivo que o anterior, ela me cumprimentou, agradeceu pela gentileza dos docinhos, e despediu-se com solenidade, antes mesmo que eu pudesse esboçar uma frase completa.
Voltei para o trabalho chocado e revoltado com minha falta de presença de espírito para interpelar a tal advogada e tentar um flerte oportunista. Aquela frustração, típica do macho relegado, perseguiu-me por mais tempo que eu pudesse desejar …, e somente foi recuperada quando do nosso próximo encontro.
E este veio a acontecer mais cedo que eu esperava; uma semana depois, lá estava ela no restaurante, almoçando …, só que desta vez, ela estava acompanhada! Aquilo me deixou em estado de choque, pois imaginei que a pessoa fosse seu marido ou coisa assemelhada, e que minhas chances de abordá-la tinham ido, definitivamente, por terra. Inesperadamente, o tal sujeito, levantou-se e despediu-se dela com a mesma cerimônia que ela destinava a qualquer outro.
Sem perda de tempo, levantei-me, peguei um suco de frutas e fui até a mesa dela, oferecendo-o como um presente. Ela olhou para mim e sorriu, agradecendo pela bebida; imediatamente, perguntei se podia compartilhar da mesa com ela, esperando que a negativa fosse direta e certeira.
No entanto, a advogada abriu um sorriso comedido e acenou com a cabeça, estendendo a sua mão para a cadeira vazia. Pus minha bandeja sobre a mesa e passamos a almoçar juntos. Descobri que seu nome era Elaine, que era advogada independente, trabalhava em um pequeno escritório que montara nas cercanias do fórum e lutava contra os grandes concorrentes, cujos recursos eram muito mais numerosos e oportunos.
Notei que não havia aliança em sua mão e ousei perguntar se não era casada; ela respondeu que não havia se casado, mas tivera um longo relacionamento com um colega de profissão que, ao final, preferiu alguém mais jovem e, segundo ela, mais bonita. Discordei do seu próprio desmerecimento, elogiando sua beleza natural e bem cuidada, observação que ela tomou como um galanteio gentil, mas não deixou passar disso.
Em seguida, Elaine perguntou-se se era casado; estendi-lhe a mão esquerda erguendo o dedo anular e exibindo minha aliança. Ela, então, perguntou-me se o casamento era bom. Respondi que dependia das circunstâncias, que havia altos e baixos, e que, no final, sempre ficava alguma coisa de positivo. E foi nesse momento, que ela me surpreendeu mais uma vez.
-Por isso você gosta de flertar? – perguntou ela sem rodeios, com um olhar intrigante resplandecendo naquela rosto estonteante.
-Não, eu não flerto! – respondi de imediato – Apenas não deixo passar uma oportunidade de desfrutar da companhia de uma linda e exuberante mulher.
Uma fisionomia encabulada tomou conta do rosto de Elaine que, subitamente, ficou sem palavras, enquanto eu pensava que a sorte me sorria mais uma vez …
-Aliás, minha linda – retomei eu com segurança no falar – Foi exatamente isso que fiz quando lhe ofereci os docinhos …, uni o útil ao agradável!
-Como assim? – perguntou ela, fazendo-se de desentendida.
-É simples – prossegui – Percebi uma mulher faminta e carente de cavalheirismo e fui em seu socorro, oferecendo-lhe a única coisa de que dispunha naquele momento …, e parece que deu certo!
Elaine desabou em uma gargalhada cuja intensidade foi modulada pelo seu olhar aguçado em torno de nós, a fim de evitar uma cena mais denunciativa de intenções.
Terminamos nossa refeição e nos dirigimos ao caixa, onde fiz questão de pagar a conta de ambos, oferecendo-lhe um café expresso de cortesia. Saboreamos a bebida quente e fumegante e na porta do restaurante, nos despedimos com um aperto de mão cheio de solenidade e recato. Quando ela estava chegando na esquina oposta, corri em sua direção, gritando seu nome.
Ela parou e voltou-se para mim que corria até ela ofegante e ansioso. Perguntei-lhe se poderíamos almoçar em outra oportunidade. Elaine fitou-me com seriedade, e depois de alguns minutos respondeu que sim; sacou de um cartão de visitas, estendendo-o para mim.
-Ai estão meus telefones – disse ela, segurando o cartão em uma das mãos estendidas – Me ligue quando quiser …, ou quando puder …, ficarei feliz em almoçar com você.
Voltei para o trabalho exultante e realizado; afinal, havia, finalmente, conquistado a amizade de Elaine e pressenti que era o início de uma enorme gama de possibilidades, que poderiam desaguar em algo mais íntimo e pessoal. Nas semanas seguintes, procurei controlar meu ímpeto, evitando ligar para Elaine, convidando-a para almoçar todos os dias. Não era o momento de ir com muita sede ao pote, pois ele poderia esvaziar-se, ou ainda quebrar-se, deixando-me na expectativa não realizada.
Em uma manhã de quinta-feira, Elaine estava no Fórum, não para participar de audiências, mas sim para verificar acompanhamento de processos. No momento em que ela se apresentou no balcão da Secretaria, chamei meu colega responsável pelo atendimento e lhe pedi o favor de atendê-la; Rafael, meu colega, deu uma olhadela para a advogada e outra para mim, sorrindo marotamente, para, em seguida, dizer que precisava ir ao banheiro, solicitando minha colaboração.
Corri até o balcão e atendi Elaine com sorrisos e, elegância e muita atenção. Resolvidas as pendências, ela me agradeceu e deu de costas, ensaiando prosseguir sua rotina em outras Secretarias; fiquei olhando para ela, de costas para mim, suspirando pela perda de mais uma oportunidade.
Repentinamente, Elaine voltou-se para mim e, aproximando-se ainda mais do balcão, perguntou, quase com um sussurro a que horas eu pretendia almoçar.
-A que horas você quer que eu almoce? – perguntei deixando minha interlocutora sem chance de evasivas.
Ela sorriu discretamente e depois de pegar um pedaço de papel, rascunhou alguma coisa, entregando-me em seguida. Enquanto ela se afastava, li o bilhete e fiquei eufórico. Nele havia apenas uma frase: “Te espero no restaurante, dentro de uma hora”.
Exatamente uma hora depois, eu estava entrando no restaurante, onde Elaine já me aguardava sentada à mesa com seu prato já servido. Corri pela bancada de saladas e pratos quentes e, afoito, peguei o que via pela frente, pois queria poder desfrutar ao máximo da companhia dela. Enquanto saboreávamos nossa refeição, conversamos assuntos diversos, desde processos, passando por audiências, juízes e chegando, finalmente, a nós mesmos.
Elaine confidenciou-me que havia me achado um homem interessante, mas que sempre tivera por preceito, jamais envolver-se com homens casados, já que achava que eles representavam mais problemas que soluções. Disse também que já tivera algumas experiências com homens desse tipo, e os resultados não foram, nada animadores.
Senti uma enorme sensação de derrota preencher meu interior, na medida em que ouvia aquelas palavras proferidas pela boca da mulher que eu mais desejava naquele momento. Fiquei pensando em todas as respostas que eu poderia dar, mas cada uma delas vinha acompanhada de uma refutação imbatível, deixando-me sem argumentos suficientemente robustos para assegurar minha conquista.
-Mas, e não sou qualquer homem casado! – respondi deixando que meu desejo falasse mais alto que a minha razão – Eu sou o homem que quer fazê-la sentir-se desejada …, sentir-se envolvida …, de saborear o prazer de um homem que se entrega de corpo e alma a fazer uma mulher sentir-se, mais que uma mulher …
-Como assim? – indagou ela curiosa com minha afirmação – O que é exatamente sentir-se mais que uma mulher?
-É sentir-se uma deusa! – respondi de pronto – Alguém que, durante o tempo em que estivermos juntos será tão desejada que o mundo à sua volta, simplesmente, perderá toda a sua razão de ser …
Nesse momento, o olhar de Elaine foi tomado por um brilho intenso e irradiante, como se ela tivesse absorvido minhas palavras de uma forma que jamais fizera antes. Durante alguns minutos o silêncio imperou entre nós, e eu fiquei apreensivo, esperando por um lampejo que sinalizasse ter conseguido meu objetivo de seduzir aquela mulher para mim.
-Puxa! – exclamou ela, soltando o ar em uma única respiração – Jamais ouvi algo parecido. Você parece mesmo um conquistador …, mas, confesso, tem muita classe!
O silêncio voltou a reinar, e eu me abstive de qualquer comentário que pudesse pôr em risco toda a argumentação que eu havia exposto, limitando-me a tomar mais alguns goles do suco de maçã de que me servira, enquanto cravava meus olhos nos olhos de Elaine, aguardando, ansioso, o desfecho daquela insinuação repleta de provocações.
-Olhe, vou te dizer uma coisa – retomou ela, pousando sua mão macia sobre a minha enquanto falava – Tudo que você disse é lindo e delicioso, mas eu preciso pensar …, detesto tomar atitudes das quais eu me arrependa depois …, você me compreende, não é?
Acenei afirmativamente com a cabeça e aproveitei o toque aveludado da mão dela sobre a minha, enquanto trocávamos sorrisos que iam da discrição à plena provocação. Nos despedimos na porta do restaurante. Elaine estendeu a mão para mim, esperando por um cordial aperto, mas, eu optei por segurá-la e beijar o dorso com um beijo respeitoso e carinhoso. Quando tornei a olhar para Elaine vi seus olhos brilharem, surpresos com meu gesto. Ela sorriu para mim e tomou seu caminho, sem olhar para trás.
Inconfessável minha apreensão nos dias que se seguiram; havia um misto de receio pela possível perda e ansiedade pela remota possibilidade de Elaine entregar-se a mim. Por mais que eu me esforçasse, não conseguia me concentrar no trabalho e nas demais atividades que tenho. A única coisa que ocupava minha mente era a ideia fixa de ter Elaine em meus braços, fazendo dela uma mulher feliz e realizada.
E, muito embora, meu sofrimento tenha durado tempo demais, finalmente, a recompensa veio, e valeu a pena! Minha libertação daquela situação insuportável veio por meio de um telefonema de Elaine. Atendi e fiquei sem ar quando ouvi a doce voz dela do outro lado da linha.
-Oi – disse ela, lânguida e suave – Sentiu saudades de mim?
-Muita! – exclamei – Demais da conta, se você quer saber!
-Olha – prosseguiu ela – eu pensei sobre o que você me disse …, e depois de pensar muito …
-Sim? – interrompi eu, ansioso e exasperado – Me conte a que conclusão chegou …, estou morrendo de curiosidade!
-Calma, meu amor! – apaziguou ela com doçura – A verdade é que …, eu …, eu quero você!
Senti meu coração pular dentro do peito, enquanto minha respiração ficava ofegante. Minha felicidade não podia ser descrita com palavras, razão pela qual fiquei emudecido ao telefone.
-Amor? – chamou-me Elaine – Você ainda está aí?
-Hã, sim, sim, estou – respondi tentando retomar o controle sobre o meu corpo – Eu também quero você …
-Mas, preciso lhe pedir uma coisa – continuou ela.
-Tudo que você quiser, princesa! – respondi eu.
-Seja compreensivo comigo, por favor – suplicou Elaine – Seja carinhoso …, eu estou precisando muito disso …, pode ser?
-Claro que sim! – respondi eu quase em exaltação – Você não vai se arrepender. E quando podemos nos ver?
-Que tal amanhã, pela manhã? – propôs ela meio encabulada.
-Onde nos encontramos? – perguntei repleto de afobação
-Me espere na entrada lateral do prédio do fórum – disse ela – eu te pego no meu carro, por volta das nove horas …, combinado?
Respondi que sim e que esperaria ansiosamente por nosso reencontro. Quando Elaine desligou, senti um esgotamento tomar conta do meu corpo e da minha alma; eu estava satisfeito, mas a expectativa fora agonizante demais, e aquilo havia exaurido minhas energias. Respirei fundo, me recompus e maquinei os preparativos para o dia seguinte. Obtive êxito na negociação de uma possível falta ao trabalho e me preparei para o dia seguinte.
Logo pela manhã, sem despertar a surpresa de minha esposa, fui para o trabalho junto com ela, deixando-a na estação do Metrô mais próxima de seu destino. Nada comentei acerca do fato de iniciar o expediente mais cedo e, para minha sorte, ela também nada arguiu.
Na hora marcada (ou melhor, bem antes dela) eu estava em pé, no local marcado, aguardando por Elaine e sua presença excitante e avassaladora. Pontualmente, Elaine estacionou seu carro próximo de mim; abriu o vidro lateral, sorriu e convidou-me para entrar. Entrei e fiquei embasbacado com a beleza de minha parceira. Ela estava usando uma espécie de colante que realçava seu busto de tamanho médio e, ao mesmo tempo, revelava que não usava sutiã, o que enaltecia ainda mais a firmeza de seu busto.
O conjunto se completava com uma saia rodada vermelha e sandálias de salto alto que envolviam seus lindos pezinhos. Fechei a porta e ela arrancou com o carro. Porém, no cruzamento à frente, com o semáforo fechado ela se inclinou para mim, lânguida e sensual, pedindo um beijo. Colei meus lábios sedentos nos dela e, em breve, estávamos com as línguas enroscadas, experimentando um deleite único.
Fomos surpreendidos pela buzina do carro que vinha logo atrás, e Elaine partiu em direção ao local que apenas ela sabia onde ficava. Durante o trajeto, ela puxou a saia para cima, deixando à mostra suas coxas roliças e de uma brancura e fazendo minha virilha explodir de tanto tesão. Instintivamente, pousei minha mão sobre aquela maravilha da natureza, acariciando-a e sentindo sua maciez aveludada. Elaine retribuiu, pousando sua mão sobre a minha e exercendo uma discreta pressão sobre ela.
Quando chegamos ao nosso destino, um motel sofisticado localizado nas proximidades do meu trabalho, nós não nos aguentávamos mais de tanto tesão. Com dificuldade, entregamos nossos documentos à atendente que, em seguida, no entregou a chave magnética indicando a localização da respectiva suíte. Mal Elaine estacionou o carro na pequena garagem, ela atirou-se sobre mim, com seus lábios enlouquecidos procurando pelos meus, selando uma sequência de beijos úmidos e quentes.
Nossas mãos passeavam por nossos corpos, procurando, explorando, sentindo e desejando. Quando, finalmente, descemos do carro parecíamos dois amantes que não se encontravam há muito tempo e repletos de vontade de saciar o desejo reprimido dentro de nós. Entramos no quarto e depois de mais alguns beijos demorados, desvencilhei-me de Elaine e fiquei olhando para ela, apreciando sua figura linda e de formas insinuantes.
Lentamente, aproximei-me dela e envolvi meus braços em torno de sua cintura, logo encontrando o laço que prendia sua saia ao corpo; desfiz o pequeno emaranhado e deixei que a saia se abrisse e fosse ao chão. O colante preto realçava ainda mais a tez alva de minha parceira escondendo promessas inconfessáveis. Antes que eu pudesse esboçar um gesto no sentido de desnudar minha amante, Elaine tomou a frente e, em segundos, seu corpo nu estava à minha disposição, excitando e provocando.
-Posso te despir, meu querido? – perguntou Elaine com uma voz doce e suave.
-Fique à vontade – respondi com um sorriso maroto – Sou inteiramente seu …, use e abuse!
Elaine caminhou até mim e começou a desabotoar minha camisa, botão por botão, até que meu peito tatuado estivesse a mostra. Ela olhou para as tatuagens e seus olhos brilharam. Ajudou-me e despir a camisa, e quando dei as costas para ela por um momento, ouvi uma deliciosa interjeição.
-Oh! Meu Deus! Você é todo tatuado! Que coisa linda!
Voltei-me para ela e olhei para baixo sugerindo que ela continuasse sua “tarefa”; Elaine desafivelou o cinto, abriu o botão e desceu o zíper, deixando que a calça escorregasse de meu corpo em direção ao solo. Senti o toque de sua mão sobre o volume que saltava por baixo da cueca, e pensei que ela fosse finalizar tudo naquele momento.
Todavia, para minha surpresa, Elaine ajoelhou-se e pediu que eu levantasse cada uma das minhas pernas, enquanto ela tirava meus sapatos e meias. Ela ficou de pé novamente, e meus olhos ficaram vidrados em seus lindos e apetitosos peitos de tamanho médio, com uma firmeza inquietante, com mamilos pequenos e intumescidos, cercados por aureolas róseas que, lentamente, também ficavam arrepiadas.
Abracei-a e mergulhei minha boca naqueles detalhes anatômicos estonteantes, lambendo e, em seguida, chupando-os com sofreguidão descontrolada; Elaine gemia e acariciava meus cabelos, permitindo que eu sentisse o calor que seu corpo excitado emanava, incandescendo tudo a sua volta.
Degustei os mamilos de Elaine incapaz de saciar meu desejo de tê-los para mim. Repentinamente, ela soltou um gritinho quando sentiu meus dedos brincarem com sua vagina, e sua pele arrepiou-se de modo extremo. Não demorou para que eu encontrasse seu clítoris que estava tão inchado, parecendo que poderia explodir a qualquer momento. Dedilhei o pequeno músculo, propiciando o primeiro orgasmo em minha parceira, que gemeu e rebolou prazerosamente.
Sem demora, as mãos de Elaine procuraram pela rola, apertando-a com vigor e massageando-a com destreza. Conduzi Elaine até a cama e fiz com que ela se deitasse, enquanto eu ficava sobre ela, mamando seus peitos e esfregando minha pica em seu ventre. Os beijos eram entrecortados por gemidos, sibilos, respirações irregulares e palavras desconexas, enquanto eu a castigava com a pica roçando seu ventre de maneira ainda mais insistente.
-Ai, por favor, não me castigue mais! – suplicou Elaine em meu ouvido – eu quero essa pica dentro de mim …, por favor, me fode ...
Sem nada dizer, escorreguei meu corpo sobre Elaine, até que meu rosto encontrasse seu ventre, onde enterrei minha boca em seu interior, com minha língua ávida buscando desesperadamente, o clítoris de minha parceira. Não demorei em encontrá-lo, deliciando-me em chupá-lo e lambê-lo com sofreguidão, extraindo gritos e gemidos insanos de minha parceira, até o limite do primeiro orgasmo que eu, orgulhosamente, lhe proporcionei.
Prossegui em meu intento de saborear minha parceira com o maior número de orgasmos possíveis; e foi exatamente isso que aconteceu, pois Elaine não parava de gemer e gritar, anunciando cada novo gozo que explodia de seu interior, resultando em um riacho quente e caudaloso de sabor agridoce inundando minha boca sedenta daquela mulher.
Sem aviso, tornei a escalar aquele corpo cobiçoso, e após agarrar os peitos túrgidos, posicionei a rola dura na entrada alagada da vagina de Elaine, deixando que ela escorregasse para dentro, vencendo a resistência mínima oferecida pela pela seca da glande e fazendo minha parceira soltar um gritinho gostoso enquanto sentia a penetração. Enterrei a rola dentro de Elaine e, imediatamente, passei a realizar movimentos de vai e vem, causando um furor em minha parceira, revelado por fremidos e rebolados.
Fodemos por horas a fio, enquanto eu não conseguia compreender de onde vinha tanta resistência física, já que eu não havia ingerido nenhum comprimidinho azul! Por outro lado, eu não demorei a compreender que o motivo era a minha parceira …, afinal, Elaine era uma mulher e tanto! Além do mais, meu desejo por ela era de uma imensidão que somente encontrava realização naquele momento em que ela me pertencia, gozando como louca debaixo da minha rola!
Suados ao extremo, mas, ainda não vencidos pelo esforço, eu e Elaine continuamos fodendo como loucos …, até que, meu limite foi atingido.
-Ui! – gemi eu quase à beira do descontrole – Acho que vou gozar, minha delícia!
-Goza, meu tesão! – suplicou ela com a voz embargada – me enche com essa porra quente!
No segundo seguinte, eu ejaculei como um animal selvagem, urrando e enterrando minha rola o mais fundo que eu conseguisse dentro de Elaine; ambos podíamos sentir os jatos de esperma serem projetados para dentro do corpo dela, enquanto eu sentia uma espécie de energia vital se esvaindo de mim. Foi a sensação mais incrível que eu senti em toda a minha vida.
No momento seguinte, estávamos deitados; Elaine ficara de lado, me envolvendo com seu braço e perna direitos. Ela esfregava sua coxa em meu ventre, provocando minha rola que ainda buscava recuperar-se do último esforço. Eu me deliciava com a mãozinha dela passeando em meu peito e brincando com meus mamilos. Elaine era tudo que eu esperava de uma mulher como ela.
Repentinamente, meu pau deu sinal de vida, iniciando uma ereção irrepreensível. Elaine desceu sua coxa e olhou para o membro com uma expressão de surpresa. Ela voltou seu olhar para mim e sorriu.
-Que coisa, hein! – comentou ela com safadeza, tomando a rola com uma das mãos – Parece que ele está querendo mais?
-Ele e eu! – respondi prontamente, enquanto Elaine aproximava sua boca da pica, engolindo-a quase que imediatamente.
Ela me chupou maravilhosamente, engolindo e, depois, cuspindo a rola, com movimentos cadenciados, alternando as chupadas com lambidas sôfregas, que lambuzavam meu pau por inteiro. Acariciei os cabelos dela, incentivando-a a prosseguir em sua tarefa; contudo, eu queria mais; queria saborear mais daquela mulher estonteante. Puxei seu rosto para mim e a beijei com ardor, demonstrando claramente que minhas intenções ainda não haviam se esvaído. Pedi que ela ficasse de quatro sobre a beirada da cama e a penetrei com um único movimento.
Elaine gemeu alto e balançou seu lindo traseiro, em uma clara demonstração de que adorou a minha invasão contundente; passei, então, a estocar minha parceira com movimentos vigorosos, jogando minha pélvis contra suas nádegas roliças e firmes, fazendo que a rola entrasse e saísse com intensidade.
Ela gemeu, gritou e pediu para que eu não parasse com aqueles movimentos que a deixavam enlouquecida. Mais uma vez, deixei que Elaine desfrutasse de todos os orgasmos que eu lhe pudesse propiciar, resistindo bravamente, e estocando-a com vigor, porém sem fúria. Inclinei-me para a frente, enquanto minha mão buscava seu clítoris e, ao encontrá-lo, passei a dedilhar com afinco, dedicando-me a oferecer-lhe mais uma forma de prazer.
-Ui, que loucura! – exclamou ela, enquanto jogava seu traseiro contra minha pélvis, retribuindo os movimentos – Não sei porque eu resisti tanto a me envolver com você? Você é demais!
-Não, eu não sou demais! – respondi com certa dificuldade – Apenas sou um homem que dedica-se a dar a uma mulher o que ela realmente merece.
-Ai, delícia! – exclamou ela, ofegante – Sua mulher tem sorte em ter um marido assim …
Preferi não dizer nada ao comentário de Elaine, já que, naquele momento, havia apenas uma mulher ocupando meus pensamentos …
Pouco depois, anunciei que estava prestes a gozar e Elaine me pediu que ejaculasse em sua boca; concordei de pronto, mesmo sem apreciar essa forma de prazer, já que preferia outras mais agradáveis. Tirei a rola de dentro dela e deixei que ela ficasse ajoelhada na minha frente. Elaine tomou a rola com uma das mãos, aplicando-lhe uma poderosa punheta, que operou o resultado esperado. Ejaculei no rosto e nos cabelos dela e quando terminamos, fiz questão de beijá-la e lamber seu rosto, demonstrando que não tinha nenhuma espécie de desconforto em fazê-lo.
Vencidos por tanto esforço adormecemos e quando acordamos, pedimos um lanche, o qual devoramos, já que estávamos esfomeados e cansados. Depois, ficamos abraçadinhos, assistindo televisão, até adormecermos em um sono pesado e necessário.
Algum tempo depois, acordei com o barulho do chuveiro ligado. Levantei-me e caminhei até o banheiro e fiquei apreciando minha parceira passando uma esponja sobre seu corpo molhado. Fiquei extasiado com aquela visão e não disse nada a fim de não denunciar minha presença. Porém, em alguns minutos, Elaine percebeu minha presença, sorrindo para mim.
-Vem aqui comigo, lindinho – convidou-me ela com um olhar brilhante – A água está deliciosa!
Entrei no box e deixei que Elaine me ensaboasse cuidadosamente. Deixamos que a espuma escorresse de nossos corpos, enquanto nos abraçávamos e trocávamos beijos apaixonados. Em alguns minutos, Elaine estava com a rola nas mãos sentindo a nova ereção que crescia resoluta.
Ela brincou com meu mastro e com as bolas sem tirar seus olhos dos meus, enquanto eu também brincava com seus mamilos que estavam intumescidos, clamando por uma boca ávida. Chupei-os até não poder mais, e apenas fui interrompido pelo movimento brusco de minha parceira, virando-se de costas para mim.
Ela apoiou-se com as mãos na parede e arrebitou seu traseiro, abrindo as pernas com sutileza.
-Vem, meu amor! – convidou-me ela, olhando-me por cima do ombro – Vem comer meu rabinho que está piscando por você!
Surpreso e atônito com o convite surpresa, demorei alguns segundos para processar a mensagem e, depois disso, aproximei-me dela, segurando a rola pela base. Elaine, demonstrando muito desprendimento, encostou o rosto na parede, deixando suas mãos livres; ela segurou as nádegas, afastando-as até que o vale formado por elas ficasse suficientemente disponível para minha rola.
Sem cerimônia, enterrei minha pica naquelas carnes firmes, deixando que a glande umedecida encontrasse o caminho na direção do selinho de minha parceira. A penetração inicial foi um pouco incômoda, mas, mesmo assim, eu insisti em prosseguir. Elaine deu um pequeno gemido, mas não disse nada, limitando-se a empinar ainda mais o traseiro e afastar ainda mais as nádegas com as mãos.
Fui em frente e deixei que a rola entrasse pouco a pouco, tomando cuidado para que minha parceira não sentisse muita dor …, mas, para minha surpresa, Elaine adiantou-se a mim, fazendo com que a rola entrasse de uma única vez! Ela gemeu e contorceu-se, obrigando-me a segurá-la pelas ancas, cessando qualquer movimento.
-Não se preocupe, meu amor – consolou-me ela – Soca essa delícia dentro do mim que eu gosto!
Com esse incentivo extra, passei a estocar o cuzinho de minha parceira, primeiramente, com movimentos lentos e longos, deixando que minha rola saboreasse aquele orifício apertadinho e quente; mas, conforme a cadência ganhava ritmo, meus movimentos também se intensificaram, até tornar-se um insano ataque desmedido e quase furioso, indo em vindo cada vez mais rápido.
Elaine gemia, balançava o traseiro e, vez por outra, soltava um gritinho que era, imediatamente, sufocado. Meus dedos solitários, buscaram seu clítoris, aplicando-lhe mais uma sessão de pequenos movimentos capazes de oferecer-lhe prazer.
Elaine gozou …, não uma, mas várias vezes e eu me senti recompensado. Prosseguimos com a foda, debaixo da água morna que escorria por nossos corpos.
-Ai, meu amor! – disse Elaine com voz embargada e enfraquecida – Goza para mim, goza …
-Acho que não consigo! – informei-lhe sem diminuir a intensidade de meus movimentos – Você é muita mulher para mim!
-Que nada! – respondeu ela sem timidez – Você é que é maravilhoso!
Imediatamente, Elaine livrou seu traseiro do meu ataque e, tomando a rola nas mãos, fez com que eu gozasse com uma punheta simplesmente inesquecível. Nos secamos e desabamos sobre a cama, desfalecidos e sem energia.
Horas depois, vestidos e dentro do carro dela, estávamos estacionando no bolsão ao lado do prédio do fórum. Elaine desligou o carro e me abraçou carinhosamente. Nos beijamos e eu agradeci a ela pelo dia inesquecível que ela havia me proporcionado. Ela sorriu para mim e com os olhos marejados, respondeu ao meu agradecimento:
-Obrigado você, por me tratar como uma mulher merece ser tratada …, é uma pena que você seja casado …, mas não me arrependo …, nem um pouco mesmo! Foi um dos melhores dias da minha vida!
-Para mim – respondi – Você foi a experiência mais deliciosa, sensual e excitante que um homem poderia desfrutar …, espero sinceramente, que você não se afaste de mim …, eu gostaria muito de repetir isso quantas vezes fosse possível.
-Se depender de mim, meu amor – disse ela com um lindo sorriso no rosto iluminado – Nós estaremos juntos sempre que houver uma chance …
Vi o carro de Elaine se afastar, e depois de alguns minutos, olhei para o céu de fim de tarde, pensando em como um docinho foi capaz de render uma experiência tão …, inesquecível, quente e deliciosa!
Se eu e Elaine nos encontramos novamente? Isso fica para uma outra oportunidade.