Escrito em Azul - Capítulo 4

Um conto erótico de gatinha007
Categoria: Homossexual
Contém 2122 palavras
Data: 31/08/2015 00:04:36

(Conhecendo o oponente.)

Faces ansiosas olhavam atentamente para o senhor Eduardo Garcia quando Anna-Lú adentrou a sala de reuniões. A luz do sol que atravessava as vidraças das largas janelas refletindo sobre as paredes recobertas de espelhos, deu àquela entrada um ar triunfal. Anna-Lú ajeitou os óculos escuros acima da cabeça, sorriu graciosamente em direção aos funcionários assentados a cada um dos lados da mesa. Caminhou pela lateral e assentou-se na extremidade oposta de onde seu pai estava ao lado de Carol e encarou-os em desafio.

Já não era sem tempo senhorita presidente, não vai ocupar sua cadeira? – ironizou o pai apontando para a cadeira central ao seu lado no topo da mesa.

Oh! Não, agora provavelmente terei de procurar outro lugar, pois esse é seu por direito senhor Garcia, afinal o senhor é o fundador, dono e acionista majoritário desta empresa. Além disso, onde estariam os meus modos ocupando um lugar que não é meu? – respondeu Anna-Lú no mesmo tom que o pai usara e o senhor Eduardo bufou ao continuar.

Certo! Agora que a nossa estimada presidente deu o ar de sua graça podemos iniciar a reunião.

Sem duvida!

Anna-Lú disse essas palavras sem desviar o olhar do infinito azul dos olhos de Carol, que respeitosamente atentava para as palavras do senhor Eduardo. Para Anna-Lú eram mesmo belos aqueles olhos, tentou lembrar-se se algum dia na vida já achara um olhar igual, e que naquele dia lhe pareceu ainda mais belo que na outra noite. Ao notar que Anna-Lú não parava de olha-la com um indecifrável meio sorriso, Carol estremeceu e baixou os olhos, repreendendo a si mesma por estar perdendo o controle, não conseguia entender o porquê de estar acontecendo isso toda vez que estava perto de Anna-Lú.

Logo o senhor Eduardo acabou seu discurso de apresentação da nova funcionária, discurso esse que Anna-Lú não deu a menor atenção, pois estava totalmente absorvida por sua luta interna entre aqueles olhos azuis e a necessidade de defender seu território. Depois de terminar a apresentação o senhor Eduardo passou a palavra para Carol dizendo que ela daria já alguma instrução e fez questão de deixar claro que Anna-Lú ficaria a disposição para deixa-la a par de todos os projetos da agencia. Carol olhou brevemente para todos os funcionários assentados ao redor da mesa, era sabido que Anna-Lú era totalmente contra a presença dela ali, porém Carol estava decidida a mostrar que não foi por acaso que havia sido contratada, por isso deliberou concentrar sua atenção em Anna-Lú, já que uma das coisas que Carol acreditava é que tudo que a amedrontava precisava enfrentar de peito aberto e mostrar de uma vez a que veio.

Eu li uma vez que “Certo homem, idealizou uma brincadeira para ser praticada todas as vezes que ele tinha de esperar sua esposa terminar de fazer as compras, ele a chamou de “Sorrisos que voltam”” – iniciou Carol.

Parece que ao invés de trabalhar vamos ouvir historietas hoje – murmurou Anna-Lú com ironia recostando-se no encosto da cadeira.

Disse algo senhorita presidente?

Oh, não. Prossiga!

Como eu dizia... “O objetivo da brincadeira é despachar um sorriso para alguém que esteja passando. Então, ele contava um ponto a seu favor cada vez que alguém lhe devolvia o sorriso. E descontava um ponto sempre que alguém deixava de sorrir em resposta. Sua pontuação era espantosa! Somente uma em cada vinte pessoas se recusava a devolver o sorriso.” Vocês devem estar se perguntando o porquê de eu estar a fazer este relato, e eu digo que responderei amanhã. Porém, hoje quero lhes atribuir uma tarefa. Somente no dia de hoje ponham em pratica a brincadeira dos sorrisos que voltam e amanhã quero que todos compartilhem os resultados! Por hoje é a instrução que temos e desde já quero dizer que sinto-me honrada em poder fazer parte desta equipe, obrigada a todos pela atenção!

(entre as palmas Anna-Lú levantou-se) Seja bem-vinda senhorita Vandré, mas agora vamos ao que nos interessa! Ao trabalho pessoal!

Todos se levantaram e se instalou o típico ruído dos burburinhos. Alguns se aproximaram de Carol e cumprimentaram-na, dizendo seja bem vinda, como num ritual meticuloso. Anna-Lú esperou que todos saíssem e caminhou até onde Carol estava ajeitando suas coisas, Anna-Lú rodeou-a por trás, avaliando-a dos pés a cabeça tendo pensamentos totalmente cínicos e inclinou-se até o ouvido de Carol.

Eu posso sorrir sempre que você quiser senhorita Vandré, só pra ver o seu sorriso de volta, que por sinal é lindo como a dona – disse Anna-Lú em tom provocativo, o que fez Carol estremecer novamente, já havia ouvido algo sobre a filha do senhor Garcia gostar de mulheres, e pelo visto não só gostava como era uma pegadora das bem cafajestes, mas não daria a ela o gostinho de saber que sua postura a havia deixado inquieta, pensou Carol.

Assédio dá cadeia senhorita Garcia, por acaso está me cantando? - respondeu Carol sem virar-se e sentindo suas costas queimarem com o olhar de Anna-Lú.

De jeito algum, longe de mim fazer algo assim, estou apenas tentando cumprir a tarefa que a senhorita mesmo passou – respondeu Anna-Lú sem perder o ar provocante.

E antes que Carol pudesse responder foi interrompida por Miguel, Marina e Caio que entraram na sala fazendo Anna-Lú afastar-se de Carol imediatamente.

Estamos interrompendo alguma coisa?! - disse Caio como sempre bem humorado.

Anna-Lú apenas deu de ombros e fez que não com a cabeça, sabia que ele tinha razão, mas jamais iria admitir. Pegou suas coisas e saiu sendo seguida por Caio e Marina, passaram o corredor e depois que entraram na sala da presidência, Anna-Lú jogou a bolsa e a pasta sobre sua mesa e enquanto acomodava-se ligando o notebook Marina quebrou o silêncio.

Eu acho bom você não dar em cima de sua nova parceira de trabalho, pronto falei!

O quê Mari?! Eu não estou dando em cima de ninguém!

Como se eu não conhecesse você não é Lú?!

Também concordo com a Mari. Hello, estamos falando da Anna-Lú “A Pegadora Geral da Republica”! “E que já passou o rodo na maior parte dessa agência” – disse Caio gesticulando e não podendo evitar o riso. Anna-Lú revirou os olhos.

Eu sei o quanto vocês me conhecem, mas desta vez estás enganada Mari, aliás os dois estão. Eu quero essa mulherzinha longe da minha empresa! Só achei que talvez assim ela peça demissão, oras! Relaxa, foi apenas um teste Mari! - disse Anna-Lú piscando para Marina.

Assim espero que seja mesmo!

Então, qual vai ser a sala dela?

Jura que você não notou nada de diferente na tua sala??? - respondeu Marina ironicamente.

Só então, Anna-Lú percebeu que num dos cantos da sala, no canto oposto a sua mesa pra ser mais exata, onde antes havia uma grande estante, existia agora outra mesa de escritório muito bem arrumada. Anna-Lú levantou-se de um salto apontando para a mesa.

Mas, o que significa isso???!!!

Caio e Marina que estavam nas poltronas em frente a mesa de Anna-Lú também se colocaram sobre os seus pés já prevendo a sucessão de reclamações.

Eu nem preciso dizer que a senhorita Vandré vai ocupar a mesma sala que você não é?!

Ela o quê? Nem pensar Mari!

Ai meu Deus! Nem vem que não foi ideia minha!

A Mari tem razão Anna-Lú, foi ideia do seu Edu. Até tentamos argumentar, mas não adiantou, ele acha que seria melhor para as duas já que vão precisar estar sempre em contato – tentou amenizar Caio.

Em contato? Em contato?! Claro só poderia ser ideia do meu querido pai, até aceito que tenhamos que ter contato, mas daí olhar pra ela a todo minuto?! “É tentação demais”, pensou ela, “É o cumulo”, foi o que respondeu.

***

Um vento enregelante vindo da central de ar arrepiou Carol enquanto ela procurava palavras para dar uma resposta à altura para Anna-Lú, achou bem conveniente que Miguel e os outros chegassem, pois já não sabia o que estava acontecendo consigo mesma. Anna-Lú tinha um jeito avassalador, um magnetismo que puxava todos os sentidos de Carol, não sabia se odiava ou se gostava desse tal jeito, mas tinha certeza que não queria gostar e ao mesmo tempo chegava a imaginar o que mais Anna-Lú tentaria se eles não estivessem ali.

- Alô! Terra chamando!! Estou falando com você – disse Miguel tocando o ombro de Carol enquanto caminhavam pelo corredor em direção a sala da presidência.

- Desculpa o que você disse? – disse Carol despertando de seus pensamentos que estavam todos em Anna-Lú.

- Perguntei o que você achou da senhorita Garcia? Porque eu a achei bem peculiar.

- Hm... (suspirou Carol) Peculiar? Ela é muito convencida isso sim, e louca, e irresponsável também.

- Nossa! Pois não me pareceu que tinhas tido tanta antipatia por ela, na verdade vocês pareceram bem... ín-ti-mas – respondeu Miguel sorrindo.

- Não sei onde está a graça! Carol deu um leve escorão em Miguel, chegaram frente à porta e bateram, Caio abriu sorrindo. Mari mostrou o lugar que ela ocuparia Anna-Lú e Carol não trocavam um olhar ou palavra se quer, depois de conversarem por mais alguns minutos Marina e Caio levaram Miguel para sala que ele ocuparia. Durante todo o restante do dia Anna-Lú tentou deixar Carol a par dos projetos em andamento e das campanhas que seriam mostradas para alguns clientes.Hora ou outra as peles encostavam-se deixando um leve arrepio, Carol estava cada vez mais sufocada por um desejo absurdo de ter Anna-Lú assim, sempre perto e que perfume era aquele? "Só posso estar louca" pensava a todo instante em que Anna-Lú tocava-lhe, era instantânea a descarga elétrica que fazia os pelinhos ao longo do pescoço se eriçarem. Já Anna-Lú começava a perceber que não era tão ruim assim, a ideia de ter Carol tão próxima, esse pensamento fez Anna-Lú sorrir sem perceber e Carol achou que ela que ela estava debochando da ideia que acabara de dar.

- Olha só, sei que estou chegando agora, mas conheço bem esse terreno. Se a senhorita não gostou da ideia podemos trabalhar melhor nela - disse Carol.

- Se achas que a tua ideia é ruim, quem sou eu para dizer o contrário?!

- Eu não disse isso, a senhorita me entendeu!

- Ok. Mas, me chame apenas de Anna-Lú ou você.

- Tudo bem e a senh...quer dizer...você não precisa me chamar de senhorita Vandré, pode me chamar de Carol.

- Seu nome é Carol mesmo ou tipo um diminutivo?

- É tipo um diminutivo.

- Suspeitei. Carolina então, é assim que você se chama não é?

- Sim, Carolina.

- Certo Carolina o expediente de hoje já findou que tal irmos para nossas casas e você esfria a cabeça.

- Eu não estou de cabeça quente! Mas, acho melhor irmos mesmo.

- Assim que terminaram de guardar seus pertences despediram-se cordialmente ou quase.

- Então, até amanhã Carolina e espero encontra-la menos nervosinha - alfinetou Anna-Lú e saiu rindo sem esperar resposta.

Já no estacionamento Anna-Lú é surpreendida por uma Melissa, a única garota com quem se permitia repetir noites de prazer. Melissa já chegou tascando um beijo e tanto em Anna-Lú, cena esta que foi vista nitidamente por Carol quando passava por elas em seu carro, "mas é uma cafajeste mesmo, já está aos beijos com outra", Carol falou alto sem perceber. "Ciúmes?" Comentou Miguel. "Ah, cala a boca" respondeu irritada e saiu cantando pneus.

- Tá fazendo o quê aqui Mel?

- Ai Lú, você marcou comigo não lembra??

- Ah é verdade...para minha casa então!

-Só se for agora gostoosaaa.

Anna-Lú sorriu e achou a ideia ótima, que precisava descarregar todo aquele tesão que estava sentindo por Carol e que ficou reprimido o dia inteiro. Chegaram ao apartamento de Anna-Lú e Melissa ligou o som e colocou uma musica lenta, sorrindo puxou Anna-Lú para o centro da sala e suavemente passou os braços em sua cintura puxando-a para mais perto. "Relaxa Lú", a voz de Melissa rouca e baixa fez Anna-Lú arrepiar e imaginar como seria ter Carol ali exatamente como ela estava com Melissa, e então ela apertou Anna-Lú um pouco mais até que seus lábios alcançaram o pescoço e Anna-Lú desprendeu-se de todo o vislumbre por Carol. Agarrou Melissa com voracidade arrancando suas roupas, enroscou uma de suas mãos nos cabelos de Melissa e beijou sua boca enquanto passava as mãos por todo o corpo acariciando de forma intensa, urgente, prazerosa. Deitaram-se sobre o tapete e Anna-Lú beijou-lhe a boca, passou a ponta da língua rodeando os biquinhos dos mamilos fazendo Melissa gemer, desceu mordiscando o abdômen até chegar em sua intimidade, chupou-a de forma tão intensa fazendo Melissa contorcer-se de prazer, penetrou-a com urgência ao mesmo tempo em que continuava com a língua em seu clitóris em movimentos circulares. Anna-Lú estava tão avida que não demorou muito para que Melissa gozasse e este veio com força total deixando Melissa totalmente sem forças.

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Comentários

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Ótimo como sempre Mô! Essa Anna-Lú tá precisando de alguém que coloque ela na linha kkk

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