No dia seguinte...
Edu e Mari estavam em um hospital...
Pediatra: A Mari tem amigdalite!
Dan: Eu já imaginava!
Edu: E é grave?
Pediatra: Vamos medicá-la, ok?
Dan: Mas é importante dizer que ela já vem sendo medicada, porém não vem fazendo efeito.
Pediatra: Ainda não quero optar pela cirurgia!
Edu arregalou os olhos. - Cirurgia?
Dan: Olha, eu acho que seria a melhor opção! Não é de hoje que ela vem assim!
Pediatra: Mas...
Edu: Como assim cirurgia? É grave? Será que dá para me responderem por favor?
Dan: É uma cirurgia simples Edu, de fácil recuperação, não se preocupe!
Mari estava com Marcy.
Edu saiu meio nervoso, começou a andar de um lado para o outro...
Dan foi atrás.
Edu: Eu não entendo porque essas coisas tem que acontecer comigo, minha filha passar por outra cirurgia...
Dan: Eu já disse que é uma cirurgia simples tá?
Edu respirou fundo. - Você jura?
Dan: Sim. Mas vamos ver se com medicamentos resolve, o problema é que na maioria dos casos sempre volta e o paciente fica sofrendo, então retirar é a melhor solução.
Com alguns dias Mariana foi medicada, ficou bem, porém, logo adoeceu novamente, todos então se decidiram pela cirurgia logo...
Já estava tudo pronto para a cirurgia de Mari, Edu estava no hospital nervosissimo.
Dan estava com ele dando-o assistência. Marcy havia saído um pouco...
Edu: Sabe, as vezes eu penso que na minha vida tudo só dar errado por castigo!
Dan: Como assim castigo Edu? Você é uma pessoa do bem...
Edu: Eu não era assim Dan, quando te contei minha história ocultei alguns fatos!
Dan: É difícil imaginar você sendo de outra forma!
Edu: Eu era fútil, mesquinho, preconceituoso... Eu conheci o Kaio assim. Não me orgulho disso, na verdade tudo que eu mais queria na vida seria voltar atrás...
Dan: Mas porque?
Edu: O Kaio era pobre e eu o humilhava quando fiz faculdade! Eu não aceitava pessoas pobres, não queria ser amigo ou me misturar... Minha mãe me criou assim. Eu o maltratei muito, mas acabou que fui me apaixonando, completamente.
Dan: Nossa!
Edu: Eu me culpo tanto...
Dan: Mas você mudou Edu, isso é o mais importante, eu nunca poderia imaginar que você fosse assim se não me contasse! Hoje você é outra pessoa.
Edu: Eu só quero a Mariana bem.
Dan abraçou Edu. - Ela vai ficar.
O cel de Edu toca. - É o meu pai, a alguns dias venho falando com ele sobre Mariana!
Dan: Atenda, vou ficar te esperando!
Edu: Obrigado pelo apoio.
Saiu para atender o telefonema do pai Rick (Conto: Meu Padrasto)...
Edu atendeu. - Pai?
Rick: Edu, como estão as coisas?
Edu: Com a Mariana ainda não recebi notícias! Comigo péssimas!
Rick: Mas porque?
Edu: Pai, ainda pergunta? Tudo na minha vida só desanda!
Rick: Você está me deixando preocupado!
Edu: Não pai, não fique, você já tem o Doug e seu filho pequeno para se preocupar! Como estão as coisas aí?
Rick: Ótimas.
Edu: E o Fernando? Se aquietou com o Yago?
Rick: O Fer é outro, só tem olhos para o Yago! Eu as vezes estranho, nem parece aquele galinha de antes...
Edu riu. - Ai pai, só você mesmo para me fazer rir, obrigado!
Rick: Estou preocupado Edu, depois da morte do Kaio não era para você ter ído embora, era para ter ficado aqui, perto de nós.
Edu: Não pai, você já falou isso milhares de vezes, mas vou repetir, eu tive que vir mesmo, aí tinham pessoas que eu preferia ficar longe, minha mãe, Carlos... Por falar nisso você guardou segredo como te pedi né?
Rick: Sim.
Edu: Se ela ficasse sabendo viria com certeza e também não conte a Lívia, porque ela também viria e mamãe acabaria descobrindo.
Rick: Não se preocupe.
Edu: Deus que me perdoe, mas não quero a mamãe por perto!
Rick: Entendo querido.
Edu: Tem certeza que as coisas estão bem por aí mesmo?
Rick: Sim Edu, eu e o Doug estamos muito felizes.
Edu: Que bom pai, me mande notícias.
Rick: Você também rapazinho, morro de preocupação! Quando a cirurgia acabar me avisa!
Edu: Tá pai. Te amo!
Rick: Eu também te amo filho.
Edu desligou.
Dan: E então? Falou com seu pai?
Edu: Sim. Sinto saudades, a dois anos não nos vemos pessoalmente!
Dan: Tira uns dias para ir visitá-los.
Edu: Não mesmo! Não quero encontrar com minha mãe!
Dan: Desavenças?
Edu: Até que a última vez que vi ela, tudo foi um pouco mais de carinho sabe? Mas ela já me fez muito mal, me criou soberbo e mesquinho... Eu não quero vê-la!
O tempo passou...
Edu recebeu a notícia de que foi tudo bem na cirurgia...
Ele abraçou Dan.
Dan: Viu? É uma cirurgia simples, eu disse que não precisava se preocupar!
Edu: Obrigado por ficar aqui comigo me dando apoio.
Dan: Não precisa agradecer, tá?
Edu se soltou dos braços de Dan envergonhado. - Desculpe!
Dan: Deixa de bobagem.
Naquele dia mais tarde...
Edu foi ver a filha, foi avisado que ela poderia sentir enjoos.
Ela estava dormindo.
Dan foi até lá também...
Edu: Ai como estou aliviado!
Dan sorriu.
A noite, ele foi tomar um café e saiu do quarto da filha.
Edu foi até a cantina dando de cara com Dan e a namorada se agarrando...
Edu ia saindo mas bateu no cesto de lixo com o pé.
Dan: Edu?
Edu: É... Eu sinto muito, eu vim tomar um pouco de café, e...
Dan: Tudo bem, sem problema!
Edu entrou e foi colocar um pouco de café...
Dan: Como a Mari está?
Edu: Bem.
Dan: Está gostando da dieta gelada?
Edu: Sorvete o tempo todo, com certeza!
Dan riu.
Edu voltou para o quarto, aquela situação em que se encontrava o deixava extremamente mal.
Edu sentou na poltrona e dormiu.
Tarde Edu acordou sentindo uma mão fazendo carinho em seu rosto, ele não abriu os olhos pois sentia o cheiro amadeirado do perfume que a pessoa usava, sabia que quem estava alí era o Dan.
Continuou de olhos fechados e sentindo.
Dan passava a mão em seu rosto, tirava o cabelo de seus olhos, passava o dedo em sua boca e ele foi sentindo o mesmo se aproximando, sentia o álito quente dele no seu rosto, logo após sentiu os lábios dele nos seus.
Mas como assim? O que Dan estava fazendo? Porque o beijou? Ele mesmo já deixou bem claro não ser gay! Porque estava fazendo aquilo?
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Estão gostando?
Beijão gente.