O som do despertador ecoou pelo quarto fazendo-me acordar, - eu realmente me impressiono com a quantidade de vezes que ele já caiu e anda continua a funcionar - levantei e fui em direção ao banheiro, e de fato se tem algo que gosto de fazer é cantar sob o chuveiro pois isso me ajuda refletir sobre minha vida e tomar certas decisões.
Parei de cantar assim que me peguei pensando em Lúcio, nunca entendi de fato o porque dele nunca ter gostado de mim, eu o amo - eu acho - também não sei o porque mais algo nele me atrai, porém mesmo sentindo algo, tudo o que ele faz me machuca, espero um dia conseguir esquece-lo pois sei que talvez não tenha a mínima chance..
- Bom dia pai - disse a ele assim que me sentei à mesa.
- E então filhão, gostou do carro?
- E ótimo pai adorei, obrigado mesmo!
- De nada filhão, você mereceu.
Meu pai estava diferente naquela manhã, certa preocupação dominava seu olhar.
****
Como de costume cheguei bem cedo a faculdade, e fui logo deixar meus materiais na sala. Andando pelo corredor a procura da Manu mas só quem encontrei foi o Lúcio que me parou.
- Eai amor já sabe da novidade? - disse ele com deboche.
- Amor? Novidade? - perguntei sem entender nada.
- Você ainda não sabe né?
- Sobre?
- Pergunte ao seu pai, ele sabe do que estou falando! - e se foi deixando-me com minhas duvidas.
As aulas passaram rápido nem vi a Manu hoje, mais ela me mandou uma mensagem dizendo que não estava muito bem, então quando saisse da faculdade iria diteto pra sua casa.
- Ei Manu o que cê tem? - disse assim que a garota loira me recebeu.
- Não sei, estou com febre e dor de cabeça.. Mais deve ser só uma gripe - ela me abraçou.
- Espero!
- Eai como foi seu dia hoje?
- Foi um tanto estranho pela manhã, o Lúcio me chamou de amor e perguntou se eu sabia da novidade, então eu perguntei o que era e ele disse que se eu perguntasse ao meu pai ele me diria - contei a ela o fato ocorrido.
- Nossa, realmente foi estranho! Mas sinceramente não sei o que você vê no Lúcio.
- Eu também não, mas com o tempo eu acabo me esquecendo dele!
- E uma pena que ele seja como é, e acho que se ele não te dá valor e porque não te merece!
Passamos a tarde juntos e eu fiquei cuidando dela.
Manu é uma pessoa cativante, seu olhar é capaz de acalmar qualquer um que esteja passando por momentos difíceis.
****
Cheguei em casa por volta das 18:12 e fui direto pro banheiro tomar um bom banho. Sai do banheiro, me troquei e fui falar com meus pais.
- Pai, o senhor tem algo pra me falar?
Ele me olhou como se não esperasse aquela pergunta.
- Não que eu saiba.
- E que hoje na faculdade o Lúcio disse que você me diria algo e..
Parei assim que minha mãe deixou cair o copo que estava em sua mão.
- Pai?
- Acho melhor contar à ele querido - disse minha mãe seus ombros por de trás do sofá.
- Bem, como você já sabe o núcleo da empresa mudou e algumas regras também.. Então precisamos apresentar os sucessores da empresa até o fim deste ano, e eles são..
- Os sucessores serão eu e o Lúcio, mais disso eu já sabia! - disse o interrompendo.
- Como estava dizendo.. Teremos que apresenta-los até o fim deste ano.. Porem os dois devem ser casados.
- Significa que não seremos nós? - perguntei meio triste.
- Não, significa que vocês.. - ele fez uma pausa.
Não pode ser o que estou pensando! Por isso Lúcio me chamou de "amor".
- Signfica que nós teremos que nos casar? - perguntei temendo a resposta.
Ele abaixou a cabeça e respondeu:
- Sim, vocês irão casar!
- O que? Diga-me que está mentindo! - ás palavras deixaram minha boca como suplica.
- E apenas um contrato e depois se vocês quiserem se separar estão livres pra isso!
- Apenas um contrato? É isso que sou? Apenas um contrato? Francamente, estou decepcionado com você pai! - disse sentindo uma lagrima rolar por minha bochecha.
- Eu não queria que fosse assim, mas a empresa está há anos em nossas familias e..
Nem fiquei pra ouvir o final apenas subi as escadas tão rápido que quase cai. Não estava acreditando nisto, por um lado estava feliz, teria o Lúcio como meu "marido" mas por outro, completamente destruido e só o que consegui fazer foi chorar, chorar e chorar.
Decidi que não passaria a noite chorando em meu quarto, coloquei uma roupa básica, meus fones e sai pra uma caminhada noturna.
Vocês devem estar achando que eu desisti sem nem ao menos tentar não é? Mas não conhecem meu pai! Sabia que mesmo se eu fizesse uma greve ele não mudaria sua idéia. Só acho demais "vender" seu próprio filho por causa de um cargo passado de pais para filhos numa empresa idiota, quando o mesmo o tinha até então como um ídolo.. Um exemplo a seguir.
Estava destraido ovindo Dark Paradise da Lana Del Rey - queen - que me fazia chorar mais, quando derrepente um cara se aproxima de mim.
- O que faz um garoto tão lindo na rua essa hora da noite? - ele agarrou meu pulso com força.
Acho que já passava das 21:00.
- Por favor deixe-me ir não quero confusão, além disso está me machucando.
- Porque que ir? A noite só está começando.
Então ele me agarrou e começou a roçar seus lábios em meu pescoço. Estava com muito medo e gritei por ajuda mais sabia que niguém me ouviria.
- Não se preocupe, sei muito bem do que você gosta e vou te dar esta noite.
Então foi quando tive a magnífica idéia de chuta-lo, que foi devolvido a mim como um soco na barriga.
A dor aguda fazia minhas pernas falharem; estava fraco, o medo me consumia, minha vista estava embaçada, sentia que a qualquer momento iria apagar, queria resistir pois sabia que inconsciente meu corpo - EU - seria alvo de atrocidades, porém a dor era mais forte que minha vontade de me manter acordado, então eu cai.
Mas antes que apagasse totalmente meus olhos me permitiram ver outra pessoa além do cara, e este outro parecia soca-lo. Então eu
apaguei.
***
Queria agradecer a todos que estão lendo e votando no meu conto, e importante para mim! Mais preciso saber se estou indo bem, então comentem o que estão achando. Bjs
Obs: os personagens são reais e a relação entre eles também, porém os nomes e o enredo não são.