18° CAPÍTULO
#Tenso
Mateus apenas se aproximou me encarando expressando um leve sorriso.
-Ola Eric! Boa noite!
-Boa Noite! Respondi sorrindo.
-Bom, sinto interromper esse momento hot mas ainda não terminamos...Disse o Camill com um sorrisinho cínico que me dava náuseas.
-Eu já ofereci quanto pagarei para passar a noite com o rapaz. Será que terei que dizer de novo?
- Claro que não, alguém vai pagar mais?
Todos ficaram se olhando e não responderam.
- Ok! O nosso cavaleiro aqui levou a melhor,faça o pagamento no nosso caixa do prazer e o nosso Eric será todo seu.
Desviei meu olhar dele assim que o Camill falou aquilo, não me sentir valorizado em ser disputado por tantos gram finos, me sentia um objeto sexual e era isso que eu era.
- Nossa pelo que vejo as coisas mudaram por aqui. Mateus falou aquilo estranhando.
- Pois eh meu caro e para melhor.
- Pra pior. Falei.
- O que disse? Camill me perguntou sério.
-Nada. Não disse nada!
Ele se aproximou segurando meu braço com violência.
-Me solta desgraçado (alterado) Me solta!
-Escuta aqui seu putinho só por quer faz sucesso não quer dizer que decide aqui e se tu aprontar alguma eu acabo contigo.
- Me solta idiota (me soltando).
Ele deu risadas.
- Fica gostoso bravo, UI ( alisando meu rosto).
Mateus veio surgindo com um cartão vermelho com o nome, "Prazer ao Extremo" Aproveite!
- O que ta acontecendo?
Camill parou olhando pra ele.
-Nada, só estamos conversando, não é verdade Eric.
- Parecia que estavam discurtindo eu ouvir bem.
Ele me olhou.
- Não e nada sério, não se preocupe. Falei voltando meus olhos pro cartão - Que ridículo isso.
- Gostou? (Sorrindo) Ideia minha...
- Só podia ser.. Fiz cara de nojo.
- Eh mudou tudo por aqui...Estou até emocionado.
- Vamos logo Mateus, vamos. (Puxei pelo braço).
-Ohh calminha!!
- Nossa que apressadinho. Falou Camill debochando.
Na frente da boate, a gente ia caminhando.
- Desculpa ter te puxado assim, eu não aguentava mais aquilo.
Ele apertou o bortão do controle pra destravar o carro, fazendo aquele barulhinho.
- Quer me contar o que está acontecendo?
- Melhor tu não te envolver nisso... Problemas sabe, problemas. Falei abrindo a porta do carro e entrando.
- Tem haver com esse novo sócio do Carlão? Entrou batendo a porta.
- É complicado falar sobre isso, mas a noite hoje e sua... Tem que se excitar e não se preocupar com meus problemas...Sou apenas um garoto de programa, sou ninguém.
Falei abaixando a cabeça.
- Sim eh e minha é sua é nossa, e por isso mesmo me importo. Gosto de conversar, não sou mecânico.
- Melhor irmos logo... Olhei pra janela.
Ele deu partida no carro, ele apertou o play e tocou Ana Carolina - Dia de domingo nesse refrão.
"Faz de conta que ainda e cedo, E deixar falar a voz do coração"...
- Eu ainda não sei nada sobre tua vida, naquela noite você esqueceu de falar ou não quis?
- E difícil...
- Você não me conta pra mim saber se eh mesmo.
- Por quer quer se importar tanto comigo?
- Não posso?
- Melhor não, não sou pra mim importarem.
- É sim Eric, você é um garoto especial e não merecia levar essa vida sendo tao jovem.
- Eu não tenho escolha e eu já estou comprometido nesse mundo.
- Tem certeza?
- Vem cá o que quer com esse papo?
- Te ajudar, quero te ajudar...
- Me dando dinheiro sempre o doblo?
Ele ficou serio.
- E melhor a gente conversar quando chegar, não da pra falar assim contigo.
Eu lasquei minha cabeça na poltrona e fiquei deitado olhando pra janela, eu me sentia muito ruim com aquela situação e por mais dinheiro que o Mateus tivesse minha vida já estava uma bosta. Lembrei da minha familia naquele percurso, e lagrimas vieram a descer minha face, as palavras de humilhação, rejeição caíram como flexas em mim. E foi assim até chegar na cobertura.
Entramos e eu tentei disfarçar minha tristeza, era profissional acima de tudo.
- Ta com fome? Se quiser eu faço algo pra gente.
- Não Mateus, muito obrigado estou sem fome.
- Você me parece tao abatido, por favor deixa eu ajudar você, para de ser orgulhoso!
- Olha eu vim aqui pra te dar prazer e já estamos perdendo tempo. Nao acha?
- Você disse que a noite é minha e posso fazer o que quiser contigo.
- Tu me pagou e eu te devo um serviço completo, te satisfazer.
- Então, quero conversar primeiro.
- Hã?
- Quero ser satisfeito, mas pra ser por total quero conversar.
Eu me sentei no imenso sofá.
- você e maluco sabia?
- Posso ser maluco por ti Eric.
Ele e sentou ao meu lado segurou minha mão.
- Olha Eric, para de ter esse orgulho, se abre comigo, quem sabe eu não te ajudo.
-Tudo bem, eu tou sendo grosseiro e você todo legal comigo.
Ele acariou minhas mãos.
- Vai me conta tudo, confia em mim. Já provei que sou legal..
- Tem razão, eu não queria atender nenhum daqueles caras e quando vi que era você eu fiquei feliz.
- Sério?
- Serio.
Ele sorriu.
- Que demais..
- Vou te contar tudo desde o inicio.
- Sou toda a ouvidos.
- OK
Comecei narrando desde minha vida em São Luis, a relação de mentira com Marisa e a frustração de viver 3 anos numa farça pra calar a boca das pessoas pra fazer o pai sentir orgulho. As descobertas que me fizeram sofrer, o pai me humilhando e me expulsando de casa, minha mãe achando que fui enfluenciado e podia está doente, os amigos me deixando, como vim parar no Rio e virar garoto de programa e agora as ameaças do Camill Branco escravizando todos por culpa do Carlão e a melhor coisa que me aconteceu o Gayen.
- Bom acho que falei tudo. Falei enxugando as lagrimas.
Ele não falava nada, apenas me olhava com um olhar de pena.
- Fala algo.
- Eu não sei o que dizer, isso tudo e muito triste, você tao jovem desistir da faculdade, sair de casa se tem uma familia e entrar nessa vida agora sendo ameaçado e tudo muito triste.
- É minha vida agora e eu tenho que encarar ainda as coisas que vem.
- Eu quero te ajudar, e se você fugisse eu posso te dar cobertura e ele não iria saber te encontar.
- Eu jamais iria fugir Mateus, o Gayen ta lá ele foi a pessoa que mais me ajudou nesse mundo e os meninos também estão nessa, seria egoísta pensando só em mim. E eu não ia conseguir dormir tranquilo se fizesse isso.
- Não é só pela sua consciência, e por este tal de Gayen. Isso não é gratidão é sentimento incubado.
Eu fiquei em silencio e pra cortar o assunto eu falei.
- Bom já eh meia noite, acho melhor te atender logo.
Ele deu as costas.
- Pedir o tesão, vou dormir. Já tou satisfeito.
-Hã?
- Nem sempre sexo e satisfação garatinda menino, você e lindo e faz um sexo como ninguém, mas precisa saber algumas coisas.
-Então me trouxe aqui só pra conversar pagando 1.000 mil reais?
- Sim, que mal tem?
- Esta louco, completamente.
- Quero te ajudar é diferente, vai me dizer que é loucura isso?
- Mateus você é conhecido e o Camill é perigoso, não é bom se envolver nisso.
Ele pegou um champanhe com duas taças...
-(me servindo) Não quero prejudicar você.
- Mas vou ajuda-lo.
Eu bebir e ele também.
- Agora vamos ficar mais colados...
- Agora você quer ne?
- Nao Eric, não quero sexo já te falei, como já disse muitas vezes o sexo não e a garantia do prazer, o calor humano e carinho podem ser melhores do que uma noite de prazer.
Ele me abraçou.
- Sou sozinho, apenas eu e meu dinheiro e as pessoas que se aproximam só querem tirar proveito.
Eu o abracei forte.
-Um abraço como esse as vezes e tudo o que eu preciso...
E ficamos assim por longos minutos, me sentir envergonhado por ter dito aquilo, estava na cara que o Mateus apesar de rico era um homem carente e solitário. Dormimos abraçados naquela noite que se resumia a conversas e muitas lagrimas.
Ele me deixou no casarão bem cedo.
- Obrigado pela carona, eu me sentir muito melhor me abrindo.
- Eu não falei? (Sorrindo) A noite foi maravilhosa sua companhia é muito especial Eric.
Eu sorri.
- A sua também. Ate mais (dei um beijo no rosto). Saindo do carro.
- Eric espera...
Eu parei e ele saiu do carro.
- Sim?
- E se eu comprasse você por uma boa quantia?
Ele não perguntou aquilo.
- O que você disse? Perguntei não acreditando ainda.
- Que se eu te comprasse você não precisaria mais viver nessa vida, seria uma ajuda e tanto e assim teria sempre você.
- Como tem coragem de me propor algo sórdido como isso? (alterado).
- Não acha que iria ajuda-lo?
-Me ajudar? (Irritado) Me tratando como se eu fosse uma mercadoria, chama isso te ajuda?
- Pensei que seria a solução, não imaginei que reagiria assim.
-Pensou errado meu caro, eu até agora não tou acreditando nisso.
Ele veio tentando me agarrar e eu me soltei furioso.
- Me larga (gritando) Você é igual todos que tem dinheiro, acha que pode comprar todo mundo, por isso vive sozinho, mas fique sabendo que eu não sou assim, não sou ( gritando)
- Eric por favor me desculpa, nunca quis te ofender e te magoar.
- Mais me ofendeu, (enxugando as lágrimas) Me comprar com certeza seria ótimo da sua parte. Espero que passe bem
Sair explodindo.
-Eric, voltaaa Gritou.
- Passe bem e não me procura nem por 2 dois mil...
Ele veio logo atrás me puxando e eu o empurrei.
- Vai embora (gritando).
Os homens do Camill se aproximaram.
- O que ta acontecendo aqui mano?
- Nada não, ta tudo bem, tudo bem mesmo... Falei entrando deixando o Mateus lá. Um dos caras me seguiu.
- Aew o chefe vai saber disso... Quem pensa que é pra tratar aquele riquinho assim?
- Nao te interressa, idiota.
- Vou contar mano, vou contar tudo (alterado).
- Vai contar seu capacho (gritando) pano de chão, tapete...Gritei descontrolado.
Ele reagiu me batendo com arma na cabeça, eu fiquei tao tonto que cair no chão.
- E tu e o que em seu putinho, pensa que é quem aqui seu merdinha? (Alterado).
- Mas o que ta acontecendo aqui ? Que porra é essa Capito?
-Esse puto chefe me ofendeu ai ta ligado? E ainda expulsou aquele cliente cheio da nota e a pontapés.
-Como é que é?
Fui me levantando com a imensa dor, formava um galo e sangrava.
O infeliz do catito contou como foi tudo e Camill se encheo de ódio. Se aproximou de mim apertando minha boca com violencia, eu o encarava com ódio.
- Eu não tenho medo de você cara, tenho nojo dessa sua cara de macho que é uma fachada tu e um viadinho incubado que me da nojo.
Dei uma cuspida na cara dele, que fechou os olhos para tirar.
- Vai pagar pelo o que fez Eric, ta se achando (gritando) puto miserável...Ele me deu um empurrão violento que me fez cair sobre a mesinha da sala que se quebrou toda sexesparifando me machucando muito. Gritei de dor, foi tao alto quanto meu sofrimento, foi horrível, cortou minhas costas e machucou meus braços.
- Aiiii!!! Aiiiiiii
Logo todo mundo começou descer as escadas assustados.
- Se esse cliente que é o mais rico não voltar vai morrer meu irmão, e eu mesmo te mato.
- Eric??????? Gayen desceu descontrolado ao me ver no chão.
Eu sentia toda minha vista tonta e via tudo embaçado.
- Eric!!! OH meu Deus (Rick gritou)
- Foi você? (Gritando) apontando por Camill.
-Ele teve o que merecia e ainda vai pagar por me desafiar...
- Camill como pôde fazer isso com o Eric??? Carlão surgiu assustado.
Todo mundo do casarão se assustou.
- Eu vou te matar!!!!
Gayen foi pra cima do Camill, lhe dando socos no rosto, não teve como reagir ele só gritava.
- Eu vou te matar, te matar...
Eu via tudo de longe, minha vista estava apagando. Foi quando o Camill puxou uma faca do bolso. Eu vi claramente e gritei me tremendo de dor.
- Gayen????? Cuidado!!!
Camill cravou uma faca em seu estômago. Fazendo todos gritarem e eu não conseguir reagir minha vista escureceu no exato momento em que ele caiu no chão, me olhando e eu apaguei.
De agora em diante as coisas vão piorar ainda mais, e grandes acontecimentos vão marcar essa fase decisiva.
CONTINUA...
Obrigado a todos pelos comentários, e me desculpem os erros de português. Até o Próximo pessoal.
Garoto De Ouro - MILTEX.
