Conheci Artur num dia quatro de Maio. Era Star Wars Day e Roberto já tinha me dito que eu ia ter que cumprir meu papel de padrinho e levar o Gustavo – seu filho de sete anos – pra programação do dia num shopping da cidade. Claro que eu não saí fora, amo passar um tempo com o moleque e estragar toda a criação regrada que a mãe dele impõe, mesmo com o Beto tentando a todo custo criá-lo da mesma forma que fomos criados.
Ele estava na fila, com uma criança também. Depois vim descobrir que era o Alan, seu irmão mais novo. A rapa do tacho, como ele gosta de falar rindo para pirraçar o moleque. Artur fazia uma lista enorme do que o moleque deveria fazer (ou melhor, não fazer) para que tivesse direito a comer o que quisesse na praça de alimentação daqui a um tempo.
Sem querer, comecei a prestar atenção em sua conversa. O que me chamava a atenção era sua voz. A entonação rouca e terna com que ele falava com o moleque incrivelmente me excitou. E eu não tinha nem visto mais que um pedaço do seu rosto em perfil.
– Dindo! – Gustavo me tirou do transe, puxando minha mão para baixo insistentemente. Acho que ele já tinha tentado chamar minha atenção antes, e por não ter conseguido, estava disposto a chamar a atenção do evento todo dessa vez.
– Que foi campeão?! – Agachei-me, para ficarmos mais ou menos do mesmo tamanho. Ainda assim fiquei mais alto que ele.
– Eu queria tirar foto com o Chewie! – Ele apontou para alguém fantasiado de Chewbacca que estava longe pra cacete de onde estávamos, dentro do evento.
Quando Gustavo fez cinco anos, e foi passar uma noite comigo para o Rodrigo ter uma noite romântica com a esposa, o fiz assistir Star Wars pela primeira vez. Ele queria assistir algum desenho, filme e coisas de criança. Mas eu não tinha nada infantil em casa. Então fiz um acordo com ele, se ele não gostasse do filme que o tio ia colocar, a gente poderia ir no shopping e comprar qual desenho ele quisesse.
Eu já estava preparado para sair de casa, inclusive coloquei uma calça e peguei a carteira, mas assim que começou a música épica, já pude ver que ele estava um pocinho de curiosidade. Em menos de cinco minutos ele nem piscava mais.
– Deixa a gente entrar, que você tira várias fotos com o Chewie, tá certo? – Ele sacudiu a cabeça concordando.
– Posso tirar foto com o Darth Vader também? – Sua carinha de menino sapeca me fez lembrar de quando eu era menor e fazia a mesma coisa com meus pais.
– Você pode fazer o que quiser hoje. – Respondi, para interromper a enxurrada de perguntas que viria.
– Até montar no seu pescoço e ficar altão? – Senti vontade de gargalhar, mas apenas sorri e respondi:
– Mais tarde. Agora o tio tá juntando forças pra te fazer ficar altão, ok? – Baguncei seu cabelo enquanto levantava, mas acabei me batendo em alguém. Era o Artur. – Foi mal aí.
– Tudo bem. Tô vendo que você tá tendo mais trabalho que eu aí, hein? – Era a primeira vez que eu via seu rosto. Ele era moreno, cor de café com leite, um nariz afilado e uma boca carnuda que combinava bastante com aqueles olhos tão pretos quanto uma jabuticaba no ponto. Acho que eu caí de amores ali.
Antes que eu pudesse responder, o Gustavo puxa minha mão.
– Tio, por que tem algo ficando grande na sua calça?
Não pude deixar de ficar levemente envergonhado, mas fingi que não era comigo. Acho que se eu tivesse alguma chance com o moreno na minha frente, esse era o momento de ter alguma noção de acordo com a sua reação. Ele só deu um risinho, e eu respondi ao Gu:
– Quando você crescer mais um pouco, o dindo te explica, tá certo campeão? – Baguncei mais um pouco seu cabelo, sabendo que ele odiava isso, e rindo voltei ao Artur: - Prazer, Raul. Como você pode ver, eu realmente tô tendo trabalho com o moleque, mas eu me divirto. É tipo treinamento pra quando tiver o meu. E você?
– Artur. – Ele apertou minha mão estendida.
Depois disso, não desgrudamos durante o evento. Alan e Gustavo – mesmo com quase dois anos de diferença – também tinham se entrosado, e essa era a desculpa perfeita para que continuássemos conversando.
E conversa foi o que não faltou. Tanto que até concordamos de os meninos irem brincar num playground de games que tinha ali, enquanto ficávamos de fora conversando. Quando estava a milímetros de beijar o Artur pela primeira vez, ouço a voz do Gustavo outra vez me chamando.
– Dindo, meu pai disse que o senhor namora meninos. É por isso que você ia beijar ele na boca que nem meu pai beija a minha mãe? – Eu ainda mato meu irmão por dar tanta ousadia a esse moleque. Mas aí eu lembro que eu também fui assim na idade dele, e só dou risada.
– Cacete, moleque. Cê me põe em cada uma... – Falei, coçando a barba.
– Não pode xingar, tio. Eu vou contar à minha mãe! E ela vai brigar com você. – Ele era praticamente uma segunda versão minha e do Beto misturados numa pessoinha só. Era impossível ir contra ele.
– Se eu te der um sorvete de chocolate daquele que você ama, você me deixa continuar aqui e volta a brincar lá dentro com o Alan? – Pisquei o olho, rindo pra ele.
– Eu vou cobrar quando acabar meu tempo lá, ok? Acho que já chegou minha vez de correr no carro. – Ele falou, e saiu andando como um homenzinho de quase oito anos de idade, de volta para o playground.
No fim de semana seguinte, Artur estava lá em casa jantando. E preciso dizer que foi muito melhor sem o fantasma da aproximação do seu irmão ou do meu sobrinho. Tanto que depois de uma garrafa de vinho, suas ações e olhares eram bem mais explícitos e sexuais do que nunca.
– Sabe de uma coisa que eu fiquei curioso? – Ele falou, mordendo de leve o lábio inferior enquanto me encarava.
– O quê? – Questionei, abrindo um sorriso malicioso antes de beber mais um gole do vinho. Eu estava investindo pesado em todo meu senso de sedução
– O que é que estava crescendo na sua calça naquela fila do Star Wars Day?
Abri as pernas de forma a valorizar o volume dentro da calça, e o encarei:
– Quer vir aqui descobrir?
– É o que eu mais quero nesse momento.
Ele meteu a mão em minhas calças ao mesmo tempo em que beijava a minha boca. A sensação era incrível, mas não demorou muito para que eu o puxasse para cima de mim. Ele me beijava e esfregava aquela bunda carnuda em cima do meu pau, mesmo com aquele tanto de roupa os separando.
Comecei arrancando sua camiseta, e minha boca atacou seus mamilos, já excitados. Poderia ficar alternando entre um e outro por mais meia hora sem problemas, mas ele tinha outros planos. Saiu de cima de mim, arrancou os sapatos e abaixou a calça jeans de uma vez. Sua cueca branca me fez pensar que ele estava ainda mais sexy.
Quando levantei e tentei agarrá-lo, ele me impediu e, em vez disso, arrancou minha camiseta.
– Você é gostoso pra caralho, branquelo.
Fui empurrado de volta para o sofá. Aproveitei que ele rebolava para me provocar, e também tirei o sapato. Estava sem cueca, e queria que ele livrasse meu pau de sua prisão.
– Vem cá, gostoso.
Ele fez melhor do que eu esperava, se ajoelhou no chão e veio engatinhando em direção às minhas pernas abertas. Beijou minhas coxas, e logo depois mordeu de leve o volume do meu pau na calça jeans. Eu dei um gemido rouco.
– Vai, descobre se gosta do que te deixou curioso no outro dia.
O pau já estufava o jeans, louco para sair dali e se mostrar para ele. E foi exatamente isso que aconteceu quando o zíper e o botão foram abertos. Ele masturbou um pouco, enquanto conhecia o meu pau.
– É lindo. Combina com você. – E logo depois engoliu a cabeça do meu pau, fazendo com que eu gemesse mais alto.
Ele ficou mais uns minutos chupando minha pica, tentando encostar o nariz nos pentelhos. Com suas mãos, ele arranhava minha barriga, me fazendo arrepiar e gemer ainda mais. Quase perdendo o controle do gozo. O fiz dar uma engolida completa e logo depois o puxei pra cima, para que ele parasse a chupada.
– Vamo pra cama, lá a gente vai ter mais conforto.
Quando levantei, deixei a calça terminar de cair do corpo e a chutei para longe. Ele foi tirar a cueca também.
– Não, deixa que eu tenho esse prazer. Lá no quarto, gostoso.
O agarrei, apertando sua bunda com as duas mãos, e beijei seu pescoço, sentindo ele arrepiar de leve. Decidi então passar minha barba, ele gemeu. Comecei a intensificar o malho pelo seu corpo, e ele puxou meu cabelo para que eu afastasse minha boca de seu pescoço. Seu olhar era tão intenso, dizia tantas coisas, que impedi que ele verbalizasse-as pela boca.
Calei-o com o beijo mais quente das nossas vidas, até ali. E assim, beijando-o, fomos andando até meu quarto. Joguei-o na cama, e fui beijando seu corpo até chegar em sua cueca. Arranquei aquele pedaço de pano branco, e caí de boca em sua rola de chocolate.
Deveria ser uma cena tão bonita quanto ele me chupando, eu o chupando. Minha chupada era faminta, eu realmente queria levar aquele cara ao céu. Me dava tesão ver ele gemer de tesão.
– Você vai me fazer gozar se continuar chupando assim, branquelo.
Nunca gostei que me chamassem de branquelo, mas o jeito que ele falava isso era tão sexy, tão charmoso, que eu estava pouco me fodendo para isso. Larguei seu pau, e subi para beijá-lo, o que faz com que o meu pau babão encaixasse entre suas bandas.
– Eu quero te sentir dentro de mim. – Ele sussurrou em meu ouvido, enquanto passava as unhas pelas minhas costas. Provavelmente ficaria marcado por uns dias, e só de pensar nisso sentia ainda mais tesão.
O virei de costas, deixando a bunda empinada ainda mais empinada se expondo pra mim. Comecei a beijar e morder aquele monumento que ele chamava de bunda, e logo já estava esfregando minha cara no seu buraquinho piscante.
Quando minha língua tocou-o, Artur gemeu alto. Era quase um grito de libertação e entrega. Gostei de sentir aquela sensação de que ele era meu. O primeiro dedo entrou com um pouco de dificuldade, e eu percebi que alargá-lo tinha sido uma boa ideia. Esperei que ele acostumasse para que começasse os movimentos alternados entre entrar, sair e girar dentro dele.
Seu rebolado começou quando o segundo dedo também achou um lugar dentro do seu portal do prazer. Peguei uma camisinha e lubrificante na gaveta da mesa de cabeceira, e tirei os dedos do seu buraco. Imediatamente ele virou-se para reclamar; ao ver o que eu estava fazendo, um sorriso safado estampou seu rosto.
Ele veio colocar a camisinha na minha rola, e logo depois que fez, beijou a cabecinha plastificada. Voltou a posição, e eu passei lubrificante em nós dois antes de entrar. Foi dolorida, inclusive pra mim, a entrada. Mas com calma, paciência, um pouco de força e lubrificante logo eu estava experimentando um dos melhores cus que eu já tinha comido na vida. Quente, apertado e que parecia mascar meu pau de uma forma que me deixava louco.
O ritmo foi se estabelecendo aos poucos. Seus gemidos eram meu termômetro. Logo depois, seu rebolado juntou-se à soma e o ritmo era alucinado. Eu já estava por cima dele; mordendo e chupando seu pescoço, enquanto nossos quadris se moviam num balé gostoso pra caralho.
Mudar para outra posição, só se continuássemos engatados. Era um acerto mudo de que só desgrudaríamos depois do gozo. De quatro, como estávamos, virou uma foda de ladinho. Poucos minutos depois ele já estava de frango, e aquela foi a melhor posição de todas. Era maravilhoso vê-lo morder os lábios e revirar os olhos enquanto gemia com meus movimentos.
Depois do frango, ele pediu pra cavalgar. Foi um arranjo engraçado, porque era um malabarismo do caralho, e se não fosse o piscar de seu cu na minha rola, eu provavelmente teria amolecido ali. Rir e foder não combinam muito.
Mas conseguimos. Logo eu estava deitado na cama, e ele rebolava, quicava e me deixava louco em cima de mim. Eu estava com as mãos em sua cintura, mas ele não deixou que eu ficasse por muito tempo.
– Macho meu fica assim, com as mãos atrás da cabeça, enquanto eu quico pra mostrar meu tesão.
– Então quica, safado.
E ele quicou. Me deu um senhor chá de cu, que cada dia fica melhor – por sinal. Aquela era só a nossa primeira foda, e já estávamos assim. Antes mesmo de gozar eu sabia que não poderia ser só essa vez, que eu precisava ter aquilo sempre.
Quando eu estava querendo gozar, coloquei-o de frango outra vez. Agora foi mais fácil voltar à posição. Comecei a masturba-lo enquanto o beijava e dava leves reboladas com meu pau em seu cu. Estava muito gostoso aquele momento, e eu queria prolongar mais um pouco.
– Eu vou gozar.
Aumentei a intensidade e o ritmo das minhas metidas. Queria estimular sua próstata. Ele estava a um passo do gozo quando larguei seu pau e ele me olhou como se estivesse ofendido. Era quase uma lei universal “não largar o pau de alguém durante a punheta se ele estiver quase gozando”.
Mas quando ele sentiu a próstata estimulada, quase gritou. Meu ritmo estava constante e pesado e eu pingava suor em cima de seu corpo. Artur puxou meu pescoço para perto de si, e me beijou enquanto gozava por toda a barriga. Eu também gozei, e foi um dos melhores gozos da minha vida.
Caí por cima dele, despejando meu peso em cima do seu corpo. Quando percebi que ele poderia não estar aguentando, rolei para o lado. Finalmente tirando o pau, já mole, do seu rabo.
Ele se aconchegou no meu peito, brincando meus pelinhos da barriga, enquanto tentávamos encontrar forças para levantar e comer.
– Eu nunca gozei tão gostoso assim.
– Querendo repetir, só me avisar. Será um prazer te fazer gozar, se todas as vezes eu sentir esse prazer.
– Eu garanto que vai.
– Então, por mim, tá fechado – Rimos juntos.
Depois de um tempo fomos tomar um banho para tirar aquela camada de suor e sexo do corpo.
– Sabe de uma coisa? Matar essa curiosidade foi uma das coisas mais legais que eu já fiz.
– Que sorte a minha que você ficou curioso com a curiosidade do meu afilhado. Me lembra de agradecer a ele depois.
Artur me beijou, e eu soube. Eu achei o que nem tava buscando.
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Obrigado aos queridos que comentaram no capítulo anterior, espero que tenham gostado desse também! Beijos!