Capítulo XXXIII
_O que você tá fazendo aqui seu desgraçado? -falei já bastante irritado.
_Nossa, quanta agressividade.
_Você não presta mesmo! Deixa até a polícia saber que estás aqui. -peguei o celular, mas aí ele levantou um pouco a camisa e mostrou uma arma na sua cintura.
_Acho que não rapaz! -ele disse.- Se eu fosse você, guardaria esse celular, a não ser que queira antecipar o inevitável.
_Sua peste, filho da puta! -guardei meu celular.- Você vai pagar por tudo que fez!
_Sério? Grande coisa. Sabe, eu esperava encontrar o Nathan aqui, mas como você apareceu, então, vai você mesmo haha. Depois eu pego o Nathan também.
_Desgraçado, se você encostar num fio de cabelo dele...
_Vai fazer o que? -disse ele me interrompendo.- Hein?
_Ah meu Deus!
_Isso, vai rezando, pois será a última coisa de que vai se lembrar!
_Por favor Lucas, deixa a gente em paz! Por que tanto ódio de nós?
_Você roubou ele de mim, o meu Nathan! E agora eu vim levá-lo pro lugar de onde ele nunca deveria ter saído.
_Será que você não entende que ele não te quer mais! Você o traiu! Isso não se faz.
_Blá blá blá! Agora você vai me acompanhar, e nem tente nenhuma gracinha, se não já sabe! -disse ele mostrando a arma.
_Meu Deus! Proteja-me!
Foi quando três viaturas da polícia apareceram, imediatamente Lucas me agarrou e colocou a arma no meu pescoço. Os carros pararam e os policiais saíram.
_Droga! Era só o que me faltava. -disse Lucas.
_Agora quero ver você sair dessa! -falei.
_Não me subestime moleque, nem imagina do que sou capaz.
_Senhor Lucas! Largue o garoto e se renda! -ordenou o policial.- Faça isso e nada de ruim vai acontecer.
_Não solto ninguém! E se me obrigarem eu mato ele! -e Lucas destravou o revólver.
_Colabore senhor Lucas, não nos force a tomar medidas drásticas.
_E blá blá blá, colaborar é o caralho! Melhor saírem do meu caminho ou ele vai sofrer as consequências!
_Lucas! -Nathan gritou atrás das viaturas.
Esse chamado do Nathan fez ele se distrair por breves segundos, o que foi suficiente pra mim lhe acertar uma cotovelada, fazendo-o cair no chão. Saí correndo, mas aí ouvi um barulho de tiro e algo me acertando nas costas. Apenas caí no chão e bati a cabeça, tudo ficou escuro e eu apaguei.
Acordei em quarto estranho, não reconhecia esse lugar, as paredes eram brancas, havia poucos móveis e a decoração era super simples. Eu tava com uma dor de cabeça insuportável, olhei para o lado e vi Nathan sentado numa cadeira, dormindo.
_Amor! -sussurrei, minha cabeça doía demais e eu não tinha força pra falar. Ele acordou lentamente, me olhou, levantou rápido e me deu um abraço bem forte.
_Você acordou graças a Deus! -e nos beijamos.
_O que aconteceu? Ai, minha cabeça dói.
_Calma amor, fica deitado! Deve ser pela pancada quando você caiu no chão.
_E minhas costas? Eu senti algo me acertar! -falei meio desesperado.
_Fica calmo amor, não te aconteceu nada. -ele pegou minha mochila e tirou meu livro de Cálculo II de dentro dela.
_Pra que esse livro? -indaguei, foi aí que notei que a frente tava com um furo.
_Por isso! -ele abriu, e nas últimas páginas havia uma bala encravada nas folhas de papel.
_Não creio! -sorri.- Salvo pelo James Stewart!
_E não foi só ele. -Nathan pegou meu livro do Einstein sobre relatividade, ele tava com um furo também e foi atravessado por completo.
_Einstein e Stewart, devo minha vida a essa dupla haha. -falei rindo.
_Com certeza hehe.
_E o Lucas, o que aconteceu com ele?
_Está preso, o julgamento vai ser semana que vem. Você dormiu por três dias.
_Senhor! Haha. Haja sono. -e continuei rindo.
_Eu te amo muito! -e Nathan me deu um beijo bem demorado.
_Eu te amo muito mais! -e abracei ele bem forte.
Nesse mesmo dia tive alta e pude ir pra casa, e lá aguardei chegar a hora do acerto de contas.
Alguns dias depois...
Arthur, Rafael, Nathan e eu estávamos sentados num banco, dentro de uma grande sala no Tribunal de Justiça do Estado do Pará, acompanhávamos o julgamento do Lucas. Passado alguns minutos o juiz entrou com uma pasta na mão, provavelmente a sentença sobre o processo. E além do Lucas, estava também o Gustavo, acusado como cúmplice dele. O juiz abriu a pasta e se preparou para ler.
_Primeiro, ao réu Gustavo dos Santos Lobato, com base nas provas e acusações o declaro culpado por cumplicidade nos crimes cometidos neste processo; fixo a pena máxima em 6 anos de reclusão no regime semi-aberto. -o juiz fez uma pausa, virou a folha e tornou a falar.- Segundo, ao réu Lucas Fernandes Albuquerque, com base nas provas e acusações o declaro culpado pelos crimes de homicídio duplamente qualificado, tentativa de homicídio e extorsão; fixo a pena máxima em 38 anos de reclusão no regime fechado. Considero este caso encerrado e esta sessão terminada, tenham um bom dia. -o juiz bateu com o martelinho na mesa e se retirou.
Saímos do prédio e entramos no carro do Nathan.
_E então, pra onde vamos? -indaguei.
_Que tal um almoço lá no restaurante da Doca? -disse Rafael.
_Ótima ideia amor! -falou Arthur.
_Muito boa mesmo hehe. -completou Nathan.
_Partiu Doca haha! -gritou Rafael.
Seguimos para a Estação das Docas, em 20 minutos chegamos, Rafael estacionou o carro, nós descemos e entramos no prédio. Havia poucas pessoas naquela hora, o que achei bom, assim poderíamos ficar bem à vontade. Nos sentamos à mesa e fizemos o pedido. Logo nosso almoço chegou, comemos, pagamos a conta e depois ficamos sentados em um dos bancos que fica na calçada às margens da baía do Guajará. A vista estava maravilhosa.
_Enfim a justiça foi feita! -disse Nathan.
_Verdade amor! -e abracei ele.
_Agora daqui pra frente vai ser só coisas boas! -falou Rafael.
_Com certeza meu lindo! -respondeu Arthur.
Nos levantamos e ficamos apreciando aquela vista perfeita.
_Viva a nós! -gritamos todos juntos.
Epílogo
15 anos depois...
_Vamos crianças, seus padrinhos já estão nos esperando no aeroporto! -falei da sala.
_Já vai pai! -disse o Ângelo do quarto.
_Tô quase pronto! -gritou o Newton.
_Ai esses meninos. -falou o Nathan rindo.
Nesses últimos 15 anos Nathan e eu nos formamos, arranjamos ótimos empregos e em pouco tempo passamos a viver juntos. E há 7 anos adotamos dois meninos gêmeos, pardos, olhos castanho-claros, cabelos ruivos lisos e donos de um sorriso contagiante. Ângelo e Newton é como se chamam meus anjinhos, hoje estão com 13 anos.
_Pronto pai! -disse o Ângelo descendo as escadas.
_Também tô! -veio o Newton logo em seguida.
_Amém haha! -falei rindo.
_Quase não terminam de se arrumar. -disse Nathan rindo também.- Vamos meninos, se não iremos nos atrasar.
Pegamos as malas e saímos do apartamento, chamei um táxi e seguimos para o aeroporto. Em 20 chegamos, descemos do carro e entramos no local. Andamos um pouco e encontramos o Arthur e o Rafael nos esperando, estava com eles também o Peter, um mocinho que eles adotaram no mesmo tempo que nós adotamos nossos gêmeos.
_Quase vocês não chegam! -disse o Arthur sorrindo.
_Devo meu atraso a esses dois comportados! -falei rindo e apontando em direção ao meninos.
_Que horas sai o vôo mesmo? -indagou Nathan.
_As 16h! -respondeu o Rafael.
_Estou ansioso pra conhecer a cidade eterna. -falei.
_Roma realmente é maravilhosa! -disse Arthur.- Meu pai foi uma vez lá, mas eu não pude ir com ele.
_Mais uma vez as férias dos sonhos hehe. -falou o Nathan.
_Na próxima podemos combinar de visitar a Suíça! -sugeri.
_Boa ideia Felipe! -disse Rafael.
_Vamos comer algo antes de partir? -indagou Arthur.
_Vamos! -gritaram os meninos.
_Agora é coral! -falei rindo.
_É! -eles gritaram novamente.
Seguimos para uma lanchonete e comemos algo. Depois nos sentamos e esperamos dar o horário da partida. Passado 20 minutos pegamos nossas bagagens e fomos fazer o check-in, em seguida nos encaminhamos para o avião. Nos acomodamos nas poltronas e aguardamos o veículo levantar vôo. Logo o Boeing começou a decolar, e enfim alcançou os céus.
_Sabe, até hoje me pergunto quem mandou aquelas mensagens de ajuda. -falei.
_Verdade amor, também fiquei curioso.
_Quer saber, vamos esquecer isso e pensar nas nossas férias hehe.
_Tem razão amor, e mais uma viagem perfeita vai começar! -disse Nathan me abraçando.
_Sim amor! Mais perfeita ainda com você e nossos filhos, e também nossos amigos mais queridos. -e lhe dei um beijo.
_Eu te amo mais que tudo!
_Eu também te amo muito, muito e muito!
E assim demos um longo beijo de amor! O que viria pela frente, só o tempo poderia dizer, mas tenho certeza de uma coisa, que a vida ainda irá nos dar muitas surpresas, pois o futuro é incerto, ao passado cabe nossas lembranças e apenas o presente nos pertence. E foi assim que partimos para mais uma aventura entre amigos!
FIM!
prireis822: hehe infelizmente não continuarei o viva la vida, e muito obrigado por tudo!
Isztvan: hehehe. Muito obrigado por tudo!
MinaKL274: hehe :). Muito obrigado por tudo!
Lobo azul: de boa hehe. Muito obrigado por tudo!
P.G: pois é :/. Muito obrigado por tudo!
hyan: né, mas ele pagou pelo que fez. Muito obrigado por tudo!
Nick *-*: já já tô de volta hehe. Muito obrigado por tudo!
Ru/Ruanito: né rsrs. Muito obrigado por tudo!
Está aí pessoal, o capítulo final.
Agradeço todo o carinho e compreensão de vocês. Muito obrigado por tudo meus lindos! E até breve.
Beijos!
LF10.