Obrigado por lerem as partes anteriores, agora vamos a terceira parteEle: preciso falar com você.
‘’O que é essa mala?’’, pensei
Eu: pode dizer.
Ele: vou ser direto, então, não me interrompa sem eu terminar de falar.
Pelo visto o que ele tinha pra me falar era mais sério do que eu imaginava, e por isso desliguei a TV e prestei atenção totalmente nele. Fiquei receoso de que ele tivesse descoberto os meus olhares pra cima dele ou descoberto o meu desejo pelo seu corpo ou algo do tipo, mas esses pensamentos não chegaram nem perto do que ele tinha pra me contar, as palavras foram seguidas de calma e tranquilidade, como se estivesse falando suas últimas palavras a mim;
Ele: olha, eu não vou ficar com raiva caso me julgue e fale que nunca mais quer me ver na sua frente e mesmo que diga o contrário só vou dizer que eu não queria, eu te vi como um amigo eu prometi a mim mesmo que não iria vê-lo de outra forma, mas eu me enganei e não te vejo mais como um amigo.
Nesse ponto eu já comecei a ficar mais preocupado ainda com o que ele tinha pra me dizer, mas não o interrompi;
Ele: eu te peço desculpas, pois a minha opção sexual me fez gostar de você de outra maneira que você nunca gostará de mim, então eu vou sair de sua casa, pois não dará pra viver na mesma casa te desejando e sendo seu amigo.
Disse isso e enfiou a mão no bolso pegando a cópia da chave, eu fiquei completamente parado sem ter o que dizer ou que fazer, eu tinha acabado de ouvir que ele me desejava como eu o desejava. Eu sinceramente não esperava por isso, o via sendo tão hetero quanto eu, como assim outra opção sexual?. Em meio a meus pensamentos ele pegou a sua mala e estava saindo, deixou a cópia da chave sobre a mesa e nem mesmo olhou pra mim. Eu continuava sem ação, nesse pequeno tempo eu tinha descoberto que sentia algo mais por ele, mas procurava tirar isso da minha cabeça de qualquer forma, pois nunca tinha sentido isso por outra pessoa e então, comecei a ter um pensamento repetitivo; ‘’o que eu faço?’’ a cada um segundo isso se repetia na minha mente. Ele foi em direção à porta de saída, eu tive um impulso nervoso e quando ele tocou na maçaneta da porta, eu levantei do sofá segurei sua mala o empurrei de costas na porta e o beijei com toda a intensidade de meus desejos e sentimentos, é claro que tomado pela surpresa ele não retribui de inicio, mas aos poucos foi cedendo e permitindo a invasão da minha língua na sua boca e por fim retribuindo o beijo na mesma intensidade, sinceramente nunca imaginei que fosse tão bom beijar um homem, sei lá nós meio que estávamos competindo pra ver quem tinha mais intensidade e só paramos quando foi necessário respirarmos . Ele se deu conta do que tinha acontecido e me empurrou dizendo;
Ele: o que você está fazendo?
Eu: te mostrando que sinto o mesmo desejo por você.
É claro que não era só desejo, fazia tempos que ele povoava meus pensamentos e na minha última transa quase que eu ‘’falhava’’ por estar pensando nele, mas eu não quis falar que estava apaixonado, pois ele não me deu pistas de que sentia mais coisas por mim a não ser quando disse aquilo antes de tentar sair, mas eu ainda não tinha percebido nada além;
Ele: mas você é hetero!
Falou meio que surpreso;
Eu: vamos conversar de pé ou não foi suficiente pra você entender?
Ele não disse nada, apenas passou por mim e se sentou no sofá, apoiando os cotovelos nos joelhos e entrelaçando as mãos, sentei no outro sofá e ele perguntou;
Ele: você é hetero, não é?
Eu: sou ou pelo menos era, até a primeira vez que te vi de farda aqui em casa, mas como eu também achei que você fosse hetero resolvi esconder esses desejos pra não prejudicar a nossa amizade.
Ele: mesmo assim, eu não vou conseguir ser seu amigo, pois não consigo ficar olhando pra você sem querer te beijar e pegar em cada parte de seu corpo e é por isso que não posso ficar aqui.
Disse ele sério, fiquei meio sem jeito de ouvir isso, afinal era o que eu também queria e tinha dado uma demonstração, mas mesmo assim me fez ficar tímido. Ele se levantou e quando passou perto do sofá que eu estava, segurei a seu pulso e disse algo que sei lá, talvez ele entendesse meus reais sentimentos;
Eu: não vamos nem tentar?
Ele: tentar o quê?
Eu: sei lá pelo menos uma convivência?
Ele: e se for só uma fase e você amanhã se arrepender de conviver com um homem?
Eu: nunca me arrependi de nada do que fiz na minha vida.
Falei soltando seu pulso e fui pra cozinha beber uma água, quando voltei ele estava parado no mesmo lugar. Virou-se de frente e disse vindo na minha direção;
Ele: então você nunca se arrependeu de nada né? Mas mesmo assim se em algum momento você não se sentir mais a vontade comigo fale e saio de sua vida no mesmo instante. Entendeu?
Essas mesmas palavras eu poderia ter usado contra ele, mas nem me esperou responder, já foi logo me agarrando e me beijando e eu claro retribuindo a mesma altura, um beijo cheio de fogo que era inevitável ficar sem ar e com o pau latejando de tesão, de vez em quando eu parava o beijo e enfiava minhas narinas no pescoço pra tentar respirar direito, mas ficava inebriado com seu perfume, nossas mão estavam descontroladas, ora segurava sua cabeça ou passeava pelo seu corpo, apertando os braços, suas costas, sua cintura, seu peitoral largo e seus mamilos entumecidos. Eu estava incontrolável meu corpo parecia pegar fogo de tão quente e o dele fazia isso aumentar mais, tiramos nossas blusas e quando encostamos um no outro, parece que uma descarga elétrica me atingiu, ele meteu a mão nos elásticos do meu short, seu cacete era pressionado no meu, sua mão começou a acariciar minha bunda por cima da cueca e nesse momento eu me assustei com o rumo que a situação estava tomando e parei de beijá-lo o afastando, nesse momento ele riu e disse;
Ele: parece que temos um problema, nós dois desejamos a virgindade um do outro.
Como assim ‘’virgindade um do outro’’, fiquei surpreso, pois nem pensava nesse tipo de coisa, ou melhor, eu pensava mais de outra forma, ele percebeu o que tinha dito e ficou vermelho, mas mesmo assim não mudou o rumo do que falou;
Ele: o que queremos um do outro é também a parte que ambos somos virgens, você por ser hetero e eu mesmo sendo bissexual sou ativo por isso nunca...- ficou mais tímido- há você sabe.
Fiquei mais perplexo ainda quando ele disse isso e falei tentando fazê-lo perceber algo
Eu: estamos indo rápido demais eu preciso de um tempo.
Ele: agora á pouco não estávamos indo rápido demais né?
Isso eu não tinha previsto, ele só me desejava ou era mais do que isso? Já que ele mesmo disse ‘’gostar de você de uma maneira que você nunca gostará de mim’’ e que maneira de falar é essa?. Comecei a me arrepender no exato momento de ter pedido pra termos uma convivência. ‘’Me ferrei, onde eu estava com a cabeça quando fui me apaixonar logo por um homem, nenhuma mulher me fez ficar apaixonado por ela nem mesmo a namorada que eu tinha na minha cidade afinal eu só gostava dela de um jeito especial, mas não era amor ou paixão’’ (tanto que quando terminamos apenas nos despedimos como velhos amigos sem lágrimas, só abraços de despedidas e propostas de boa sorte). Decidi jogar as minhas cartas na mesa se fosse só diversão ele podia ir embora de vez, mas se fosse algo a mais, a tentativa de convivência estava válida e então eu disse;
Eu: olha só eu tenho que te falar a verdade, não quero que isso seja uma ‘’diversão’’ porque eu não sinto só desejo, na verdade eu estou apaixonado por você e não, eu não estou enganado quanto a isso portanto vou dizer que o que eu queria dizer quando quis uma convivência, não foi só por desejo, foi pra tentarmos ser algo mais.
Fiquei meio envergonhado por falar isso mais continuei;
Eu: eu sei isso parece ser estranho logo eu uma pessoa que nunca teve relacionamentos com um homem, querer viver com um, mas é o que eu queria tentar, pois realmente gosto de você.
Ele não esboçou nenhuma reação senão a de ficar olhando pra mim com aqueles penetrantes olhos castanhos dele. Como não dizia e nem demonstrava nada eu disse;
Eu: e então o que você realmente quer?
Ele...