Olá meu nome é Rebeca, vou contar minhas experiências, como de uma menina quase inocente me tornei a mulher que sou hoje, os fatos a seguir ocorreram quando eu tinha quinze anos.
Era fim das provas do ano de 2007, estava enrascada tinha ficado em recuperação, digamos que tive algumas coisas pra me preocupar, como beijar muito e outras coisitas. Era a primeira vez que tinha ficado em recuperação, não era a aluna perfeita, mas dava meus pulos.
Quando meus pais souberam ficaram putos, pagar colégio caro e ficar para recuperação, era um sacrilégio contra a grana deles. Pra piorar a única aluna a ficar para recuperação da Sala. Resultado confiscaram meu Celular e Computador, só teria de volta quando eu passe-se de ano, fim de semana com os amigos nem pensar. Parecia mais uma prisão domiciliar [Com exagero e tudo!].
Mesmo com a minha relutância eles me matricularam com a senhora Isadora, minha ex-professora da quinta serie, agora dava aulas particulares em casa, uma velha rabugenta e mal humorada de 67 anos, tinha uma horrível verruga no queixo, dava náuseas só de olhar.
Porém no dia que fui ter a primeira aula, soube que ela partiu dessa pra melhor. Juro que me senti péssima em dar graças pela noticia.
Meus pais falaram pra professora Tânia sobre a situação, ela indicou sua filha Vanessa para me ajudar, ela estava ajuntando dinheiro para uma viajem à Europa e dava aulas particulares para alguns alunos dela. “Acho que não ia ser pior que a finada”, pensei.
No dia seguinte fui com a professora até sua casa, não sabia onde era, o caminho foi tranquilo a professora Tânia sempre foi legal, conversamos sobre coisas triviais, Tânia disse que Vanessa tinha 17 anos e tinha acabado de entrar na universidade. Fiquei constrangida em receber aula de alguém dois anos mais velha que eu, mas pensei logo na finada.
Quando chegamos em sua casa fiquei impressionada. A casa é enorme, com piscina, churrasqueira, uma varanda estilo casa de praia. Professora Tânia era viúva e recebia uma generosa pensão de seu falecido esposo, além de fazer parte do sindicato dos professores e trabalhar em duas escolas.
Ela pediu para esperar na sala de visita que ia chamar sua filha, esperei impacientemente, quando ouço uma voz atrás de mim. - Você é Receba?
Viro para olhar, não sei o que deu em mim. Meu coração palpitou forte, aquela dorzinha gostosa quando você ver alguém que gosta. Na minha frente aparece uma mulata de 1,74m de olhos castanhos e uma boca carnuda de deixar muita Angeline com inveja, seu cabelo no melhor estilo afro. Vanessa estava com um vestido floral longo, e uma chinela rasteira.
Fiquei sem reação ela é realmente linda, uma mulher fatal. Não via problema em achar outra garota bonita, mas com ela foi diferente. Estava começando acontecer algo que até então não entendia. Estava literalmente babando.
- Tudo bem com você! - Fui despertada do meu transe, ela sorria para mim. Vanessa tinha quase a minha idade, mas parecia uma mulher, diferente de mim que não largava meu Allstar. Estava com a farda da escola por isso senti ainda mais moleca comparada a ela.
- Tudo bem, pode me chamar de Beca! - Finalmente falei. Tenho um pequeno tic quando fico nervosa, fico dedilhando meus dedos da mão com o meu polegar, parece coisa de gente doida, espero que não tenha notado, pensei.
- Certo Beca, então venha pra varanda lá é tranquilo. - Segui ficando atrás dela, pude ver sua silhueta desenhada em seu vestido, ela andava de uma forma tão sensual, a sua bunda bem brasileira parece uma obra de arte. Pensei comigo mesma, “Que isso menina seu negócio é outro”, nunca fui disso gostava de meninos, e como gostava. Desviei o olhar e tentei esquecer.
Funcionou até sentarmos, ela ficou no meu lado, senti o cheiro do seu perfume, "Nossa como ela é cheirosa", pensei. Ficar tão perto dela não estava ajudando a me concentrar nos estudos, mas tentei o máximo possível presta atenção no que ela dizia.
Ela realmente sabia ensinar, tinha muita paciência com minha burrice. Vanessa passou alguns exercícios para eu fazer e disse que ia trazer um suco. Vejo-a sair e dou, mas uma olhada para sua bunda. Voltei minha atenção ao caderno, mas sua bunda não saia da cabeça.
Acabo de fazer meu exercício percebo que ela esta demorando, já tinha passado vinte minutos. Espero mais dez minutos, não sou muito paciente para ficar esperando, vou até a sala e chamo pelo seu nome sem resposta, vou até a cozinha. Ouço a voz de Vanessa falando baixinho, ela parecia brava, estava falando ao celular. Normalmente não sou curiosa, mas com a Vanessa era diferente, queria saber qual era o assunto. Não deu para ouvir muito, porém o que escutei me fez gelar.
- Acabou Luana, não posso ficar com alguém que já me traiu duas vezes... - Sem querer topo em um vazo, mas sou rápida o bastante para não deixar cair, porém sou pegar no flagra.
- Costuma ouvir conversa dos outros, garota? - Ela apareceu na minha frente com uma cara brava, mesmo assim ficava linda, fiquei rubra de vergonha, meu rosto ardia, minhas pernas tremia.
- Desculpa foi sem querer, tinha acabado o exercício e você demorou... - Ela me interrompe. - Está bom já estou chegando!
Voltei para a varanda e fiquei me sentindo a pior pessoa do mundo, queria simplesmente colocar minha cara dentro da terra e sumi. Vanessa voltou e não falou nada, apenas ofereceu um copo de suco. Peguei o copo, mas não consegui beber nada, a vergonha estava entalada na garganta. Ela corrigiu meu exercício, o silêncio era constrangedor.
- Até que você não é tão ruim! - Falou Vanessa quebrando o silêncio, ela olhou pra mim e viu que eu estava com a cabeça abaixada com cara de velório.
- Rebeca, desculpa por ter sido rude, quando fico com raiva saio descontando em todo mundo e depois me arrependo. - Falou Vanessa com uma voz calma, eu não conseguia olhar pra ela, estava realmente envergonhada e não queria ficar mais um minuto lá. Vendo meu silêncio ficou preocupada.
- Por favor, fale alguma coisa, assim você vai me deixar mal, não queria te magoa - Ela tocou minha mão e seu toque era macio, provocando em mim calafrios.
- Desculpa mesmo, juro que não queria escutar sua conversa. - Falei novamente tentando me justificar apesar de ser mentira o que tinha acabado de falar, estava a ponto de chorar, mas fiz o possível pra não fazer isso na frente dela.
- Escuta, acredito em você é porque tinha brigado feio com uma pessoa no telefone, e fiquei puta, por isso vamos esquecer o que rolou certo? – Vanessa olhava nos meus olhos esperando uma resposta.
- Uhum! – Confirmei, fiquei mais tranquila em saber que ela não estava brava. Apesar do ocorrido, o resto tarde não teve mais incidentes, voltei pra casa de ônibus e no caminho pensei no que tinha acontecido como havia me impressionada com Vanessa, o seu jeito. Ela bem mais desenvolvida que eu, na forma de agir e se vestir. Pensei no mico que paguei, e me veio o que tinha ouvido, e se ouvi mesmo o que acho que ouvi ela estava brigando com uma garota, será que era uma amiga simplesmente ou algo a mais, isso me intrigou. Cheguei em casa e fui direto para o quarto, fiquei com isso na cabeça a noite toda, simplesmente não conseguia parar de pensar nela, precisava conversar com alguém o que estava sentindo, não via hora de chegar a escola para conversar com Jú, minha melhor amiga, éramos amiga desde sempre, sabia que ela ia saber me escutar.
Amanheceu mal tomei café, chegando na escola entrei na sala e ela já estava lá, não ia ter nada no primeiro horário por isso teria mais tempo pra conversar, puxei Jú pela mão, e disse que precisava urgente de falar com ela, que era um caso de vida ou morte(leia com um tom o mais dramático possível kkkkk).
Jú é uma pessoa super divertida, a palhaça da turma, teve uma vez que ela ficou doente e não foi uma semana, a sala pareceu um velório de tão quieta. Tinha minha idade, uma ruivinha sardenta de olhos verdes, magra mas não esquelética, tudo no seu devido lugar. Eu dizia sempre que quando crescer queria ser igual a ela.
- Jú ontem aconteceu algo estranho comigo no reforço, passei a noite em claro pensando nisso. Vou falar e queria sua opinião, certo? - Jú apenas confirmou com a cabeça.
- Ontem eu conheci Vanessa a filha da professora, ela esta me ajudando em Matemática. Acontece que desde que eu a vi não consigo mais tirar ela da cabeça, você entende Jú?
- Você achar que esta gostando dela? - Perguntou Jú, mas com uma cara de estranheza.
- Eu realmente não sei, você sabe que gosto de garotos, mas essa garota me tirou o sono.
Jú pensou alguns instantes, apesar do seu jeito brincalhão, ela sabia me dar uns bons conselhos.
- Rebeca, você sabe muito bem que não vou te julgar se de repente você começar a gostar de garotas, acho até legal ter uma amiga lésbica, mas você tem que ter certeza que é isso mesmo. Lembre que você é a garota mais hétero que conheci até hoje, meu irmão que diga. - Falou a ultima parte com um largo sorriso no rosto. - Você sabe que vão te julgar, e seus pais são super conservador, mas saiba que vou esta sempre do seu lado.
- Eu sei disso, não esta sendo fácil pra mim desde ontem só penso nisso, espero que seja algo passageiro. Acho que fiquei impressionada com o jeito dela.
- Outra coisa, digamos que você goste mesmo dela, você nem sabe se ela gosta de meninas. - Quando ela falou isso me veio à conversa que ouvi na cozinha.
- Mas acho que ela é, ouvi dispensando alguém no celular, era uma garota, e tenho quase certeza que era sua namorada ou coisa parecida. - Jú pensou um pouco no que ouviu.
- Então acho melhor você chama-la pra ir pra algum lugar, daí você sonda melhor. - A ideia de Jú até que é legal, mas na pratica seria muito complicado, perto dela me sentia tímida e intimidada. Mas sabia que era a coisa certa fazer, precisava saber se esse era meu lance mesmo.
Quando acabei as aulas peguei carona com a mãe da Vanessa para sua casa, chegamos e fiquei esperando na varanda Vanessa aparecer, demorou poucos minutos, ela chegou. Estava com uma blusa de ombro caído, e um short jeans bem justo que deixava suas curvas supervalorizadas. Estava com os cabelos amarrados em dois palitos, diferente de ontem estava bem casual, mas mesmo assim super sexy. Deu-me um friozinho na barriga quando ela sentou no meu lado.
A cada toque acidental que ocorria entre nós duas, dava calafrios, acho que ela percebia o efeito que provocava em mim, notei em alguns momentos que Vanessa ria quando via que minha pele ficava ouriçada, estava na cara que eu estava afim dela. Quando a aula acabou vejo a oportunidade de chamá-la pra sair.
- Hoje esta quente né? – Falei tentando puxar assunto.
- È mesmo, estou louca pra ir para praia.
A imagem dela de biquíni veio em minha mente, minha nossa como eu estava pervertida.
- Está afim de sorvete? - Perguntei na lata. Vanessa ficou surpresa com minha proposta, mas aceitou. Será que ela desconfiava de algo, pensei. Fomos até a sorveteria perto da sua casa. Eu estava mais gelada que o sorvete que estava provando, travei e não consegui pergunta nada. Então ela tomou a iniciativa.
- E ai Beca você esta namorando ou ficando com alguém? – Perguntou Vanessa tão natural.
- Nunca namorei serio, só fiquei com alguns garotos.
Ela olhou nos meus olhos como querendo decifrar um enigma. Achei então que era minha oportunidade de saber mais dela.
- E você já namorou serio?
- Já sim, meu primeiro namorado foi meu amigo de infância, ele é um gato! Mas não deu muito certo, muito ciumento acho que não se garantia, acabamos ficando só na amizade.
Confesso que fiquei frustrada em ouvir isso, queria mesmo ouvir outra coisa, mas ela continuou.
- Aí conheci Luana minha amiga da Faculdade e descobri que gostava dela.
Não sabia muito bem o que pensar, meus pensamentos estavam organizando, queria ouvir isso, mas e ai?
- E sua primeira vez? - Perguntou Vanessa.
A pergunta inesperada fez meu rosto corar, se é que era possível, nossa como ela podia pergunta isso tão naturalmente. Já transei sim, não sou inocente no assunto, já tinha ficado com dois garotos, minha primeira vez foi com o irmão da Jú, agora estava ficando com meu primo, mas nada serio, porém já tinha transado com ele, como disse antes nunca fui santinha. Só consegui mexer a cabeça em afirmação, um meio sorriso saiu da minha boca, ela parecia que estava lendo meus pensamentos, não sei como, mas fiz a segunda pergunta que já era aguardada.
- E a sua?
- Já sim... Alias tive duas primeiras vez, com meu amigo e com a Luana, as duas pra mim foram perfeitas! - Fiquei confusa.
- Mas você disse que gostava de meninas. - Queria saber.
- Sim gosto muito mais, porém não quer dizer que eu possa senti prazer com alguém do sexo oposto. - Ela falava isso de forma tão natural, tinha acabado de descobrir que ela não era só lésbica e também bi. Era muita coisa para um sorvete só, mas o mais excitante estava por vim.
- Inclusive foi assim que comecei a namorar com Luana... Ela, seu namorado e eu, fizemos uma festinha a três, ela acabou o namoro com carinha e acabamos ficando junta durante um ano, mas Luana teve que ir pra Inglaterra com seus pais.
Percebi que tinha ficado excitada, minha calcinha estava encharcada, meus mamilos estavam duros. Precisei inventar uma desculpa para ir ao banheiro minha excitação era evidente.
Lavei o rosto, o coração palpitava rápido. Havia ficado excitada com o relato de Vanessa, mas tinha que me acalmar. Já recomposta, voltei. Quando acabamos ela me levou até o ponto de ônibus, no caminho falamos sobre outras besteiras, o ponto estava vazio, alguns pessoas estava na praça ao lado.
Sentamos no banco de repente ficamos em silencio, o assunto tinha cessado, e ela para me provocar chegar perto do meu rosto.
- Quer me beija? - "O que? Essa garota é doida", pensei, me pediu pra beija assim na lata, fiquei sem reação, o que escutava era só o barulho dos meus dentes tremendo de nervosa. Minhas orelhas estavam quentes.
- Sim! – Não tinha certeza se era eu mesma que tinha falado, minha voz estava tremular.
- Então me beija! - Ordenou Vanessa, talvez querendo que atitude do beijo fosse minha.
Tirando a coragem de não sei onde, cheguei mais perto dela fazendo nossas bocas se tocarem, o toque foi suave, me causando calafrios. Foi um beijo curto, mas pra mim gostoso, porém pra ela não foi o suficiente.
- Você beija um garoto assim? Parece beijo de criança! - Falou sorrindo, corei mais ainda. - Isso é um beijo!
Falando isso pegou na minha nuca e me puxou contra ela, um novo beijo começou, mas dessa vez senti sua língua invadindo a minha boca, chupei a invasora, que delicia. Invadi sua boca com a minha, queria explora cada centímetro. Seu hálito ela gostoso, sua respiração quente me excitava, o gosto do seu batom era afrodisíaco, sugava sua saliva, queria mais. Estava ofegante.
- Vai com calma, tem muita gente aqui.
Interrompeu Vanessa nosso beijo, ela parecia que se divertia em me deixar assim.
- Sua culpa. – Falei sorrindo. – Como você percebeu?
- Você é muito transparente, gosto disso. Amanhã te ensino como beija uma garota.
Sorri, mas não conseguia falar nada, o meu ônibus chegou, levantei com as pernas bambas. Despedimo-nos com um longo abraço.
O trajeto até em casa demorou 30 minutos, mas mal percebi. Tudo aconteceu tão rápido, uma coisa eu tinha certeza, algo mudou em mim. Depois que experimentei a boca de Vanessa, nenhum um garoto chegaria perto.