Fabiana era pura, dita irmã dos domingos, passava a semana ao pé do santo, rezava desde Paulo e Gabriel mas seu coração devotado era a Miguel. Ajoelhava e prestava o serviço do lábio predico ao principio de menor oportunidade na casa do senhor. Comunicava-se através do bom padre que lhe transmitia os desígnios do seu protetor. De nome André, o ungido trabalhava na obra a pouco tempo e tendo visto na pupila devoção dedicava de horas junto dela em oração, ora de joelho, ora em pé ou prostrada ao chão Fabiana servia fielmente, sua inabalável obstinação era a flor da tenra idade que descoberta a videira o vinho preparava, maturava sob a proteção do senhor padre André cuja asa apertava nas vigílias e nas tardes de estudo e procrastinação.
Na elevação desses momentos os movimentos da unção em sua cabeça eis que lhe abate uma tristeza e apavorada surge à indagação: no alto de sua juventude, a plenitude serena de sua mocidade, seu corpo tremendo e a carne urgindo seu nervo fálico, como poderia expurgar tal mal de si? Tremendo ao padre revela a interna contenda, eis que mão no ombro pousa e uma revelação dá-se ao apelo: como soldado do senhor ele próprio se encarregaria de guiar a moça pelos bons caminhos. Fabiana em efusiva alegria beija as mãos em benção quando alertada que árdua era a caminhada e a vitoria só viria em segredo, que a boa mulher guardava pra si o que vivia e só aos pés do senhor dizia.
Tomando esta incontestável verdade posto que fé não se discute, Fabiana convictamente prometia pois jurar pecado era e seus ouvidos abriam pra escutar a palavra da revelação. Uma breve oração em aproximação, mão a mão lhes mostrou o guia, que o contato predicava a covardia e a coragem estreitara o laço que pedia, tão logo para do senhor aproximar-se, ela e o padre, como criatura e enviado do criador, deviam mostrar-se diante dele como ao mundo tinha vindo.
No principio haviam sido criados a imagem e semelhança, aprendera quando criança e nos seus 23 anos nunca contestara a palavra e se da boca do padre saia pecado não seria ainda que estivesse na santa casa. Despira tudo que vestia, a longa saia, a camisa de manga, as roupas intimas. Sentia um calor percorrer seu corpo mas o padre lhe dizia que era somente o criador que se manifestava plenamente quando nada se vestia. Olhou o padre e ele não era um homem normal, era o próprio que através dele doutrinava. Carregada foi até depois do altar pois não era ao publico que se conhecia mas lá no fundo, onde o padre pedia a intercessão aos seus fieis, ali estariam mais próximos da elevação. Ela sentia os dedos que seu corpo percorria e se sacudia quase despencando ao solo, o padre tudo sabia e falou a Fabiana, teu pecado agora é ser puritana que a comunicação se fazia no âmago da gênese e se ela queria mesmo libertação haveria de obedecer como serva e suportar toda a expiação.
Tão fraca se sentia ante ao onipotente que derramara-se na cama pronta para o deleite, seria o barro da olaria, as uvas que pisadas em vinho eram convertidas. Quando foi tomada em voluptuoso abraço abrira o lábio e tudo quanto foi pedido atendia, seu corpo de volume agraciado o padre todo preenchia, quando da penetração em seu intimo lacrado a dor que sentia reclamava, o padre Andre seus seios apertava e não esmorecia frente ao obstáculo persistente em tão sonantes gemidos e suplicas:
Arrepende-te da vida pecaminosa que levaste?
Sim padre.
Abominas o mal que até hoje estava preso em teu corpo virginal?
Sim padre.
Dedicaras teu corpo e tua vida aos desígnios santo abdicando da liberdade própria para que viva em ti a vontade do senhor?
Sim padre.
Eu então te batizo de hoje em diante e para sempre serás Fabiana Puritana.
Com urros e gemidos ela ouvira as palavras do padre e de suas partes escorria o liquido com qual foi batizada, era branco e pastoso como emplastro para ferida, comunicando com ela, que sentira imensa e abrupta alegria inexplicável, algo que fluía dela e que era bom como comer maça no afã do desejo que lhe possuía queria mais pra si do que era o senhor e sem dar tempo ao padre recuperar o fôlego pulou em cima do seu benfeitor, o padre então explicara a pupila desinformada que o falo ereto era cheio da benção que queria e ela precisaria esforçar-se para torna-lo novamente duro, que assim como com a boca orava devia encher de palavras o exaurido.
Ela tomou aos lábios beijando e se comunicando com seu santo, o padre, pra melhorar a comunicação, segurou-a pelos cabelos e mandou-a fechar os olhos, assim poderia concentrar-se somente no importante e passou a exercer força imperial entre a boca de sua devota e o próprio membro, indo e vindo, as vezes sufocando, quando estava totalmente em pé novamente Fabiana queria mais, o padre calmo porem firme perguntou: quem mais próximo e puro do senhor que o próprio animal cuja consciência da mortalidade é inexistente e este se mostraram inabaláveis e incorruptíveis desde a criação? Colocara então de quatro, Juliana chamava, queria mais e mais contato com o ser divino ao que o contato não era onde fora o ultimo mas sim onde a sujeira do seu corpo saía, parecia errado todavia o padre explicou que libertou todo mal que ela continha e agora deveria limpar aquele canal pra energia melhor fluir, sofregamente compelira, ela sentiu falta da sensação até o padre com sua mão enquanto lhe mexia massageou a parte intima e a dor que existia se extirpou e tudo era céu e paraíso.
Horas passaram até o corpo exaurido pedir descanso e mais que satisfeita, até se sentia mais santa, Juliana tomou banho e despediu-se com um beijo na personificação do seu senhor e todo dia a pequena vila assistia com admiração quando ela pra igreja se dirigia: Que orgulho de menina!