BOYS – Parte X
"O boy senta junto e engrena um papo íntimo, afetuoso, de quem não é estranho, já familiar. Algum tempo depois, levantam e rumam para alguma cabine da terma. Resolvem-se seja lá como for, já que os papéis podem surpreender em tal situação. Rótulos sexuais extremos, do gay e do machão, não valem nada (ou valem muito) neste cubículo cheirando a desinfetante, onde mal cabem um colchão plástico e dois corpos. Nunca se deve apostar em quem vai servir de que a quem (leia-se passivo e ativo). Nunca. Quando saem, chuveirada, tudo, em tese, desce no ralo, morre ali."
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Eu estava satisfeitíssimo com meu visual, após a síndica aparar meus cabelos. Ela deu um corte moderno, para mim inédito, que me deixou com um aspecto mais másculo do que com os cabelos desgrenhados, como costumo usá-los. Recebi elogios desde que saí do apartamento de Pietro e durante todo o percurso até ao posto de combustíveis. Inclusive, algumas garotas que normalmente me ignoram quando eu cruzo com elas, me cumprimentaram e parabenizaram pelo visual. Eu já havia agradecido muito bem à minha cabeleireira providencial, deixando-a saciada de sexo. Pediu-me para ficar mais um pouco no apartamento de Pietro, pois ainda ia limpar-lhe o sofá manchado de urina. Beijei-a agradecido e fui embora, pedindo que trancasse a porta ao sair, pois eu já estava quase me atrasando.
No entanto, meu primeiro dia no trabalho começou decepcionante. Primeiro, eu fizera a besteira de não haver provado o macacão que me deram para trabalhar e o danado ficou apertado em mim. O pior é que não tinham número maior. Não que eu fosse lá tão alto. Tenho pouco menos de 1,80m. É que os dois outros frentistas que trabalham comigo são baixinhos e mais magros, então encomendaram fardamentos para os seus tamanhos. Frustrado por eu não poder trabalhar uniformizado em meu primeiro dia, o dono do posto pediu para que eu ficasse responsável pela lavagem dos carros. Desse modo, poderia trabalhar sem camisa, pois o calor estava de matar dentro do lava-jato.
Assim que cheguei, fui apresentado aos meus companheiros de trabalho: Rodrigo, um negão troncudo e com cara de mau; Alexandre, o mais velho de todos, com seu jeitão bonachão; Jane, uma loira com toda a pinta de sapatão; E Patrícia, uma morena até vistosa, mas que parecia a mais desleixada do grupo. Seu macacão era muito surrado, até remendado, e aparentava ser uma matutinha perdida na cidade grande. Tímida, quase não me dirigiu a palavra. O dono do posto, no entanto, garantiu-me que era a que mais tinha clientes. Sinceramente, não consegui me imaginar trepando com ela. Não que fosse feia, apenas a achava um tanto sem graça. De todos, a única que me cumprimentou sem nenhum entusiasmo foi a sapatão. Tratou-me como se eu fosse seu rival. Também fiquei cismado com o negão Rodrigo. A despeito de haver me tratado bem, percebi que ele também me via como inimigo. Parecia um desses traficantes de morro, apesar de ter boa aparência e estar sempre cheiroso e arrumado. Prometi a mim mesmo, tomar cuidado com o cara.
Estar lavando carros me permitiu ter uma visão melhor da clientela. E do comportamento de cada um dos meus companheiros de trabalho, também. Rodrigo só se insinuava para os viados que vinham abastecer no posto. Alexandre assediava, com mais classe que os companheiros, as coroas e os coroas. Sempre com um sorriso malicioso, Jane entregava indiscriminadamente, para homens, mulheres e gays, uns panfletos indicando os quartos para uma “rapidinha” que o estabelecimento dispunha. Conversava baixinho com os que aparentavam não saber da novidade e abertamente para os que denotavam ser velhos clientes. Já Patrícia, não precisava cortejar ninguém. O próprio cliente cochichava-lhe algo e ela desaparecia em direção aos cubículos anexos ao posto, apesar de demorar poucos minutos por lá. Voltava depressa, a tempo de acertar com novo interessado. Contei cinco caras atendidos em menos de uma hora. Todos com pinta de macho. Logo, parei de contar.
Quando eu já me preparava para largar para o almoço, eis que chega uma coroa espalhafatosa dirigindo uma Tucson preta. Usava um chapéu de caubói e tinha as pernas arqueadas como as de John Wayne. Acho que essa é uma característica de quem costuma andar muito a cavalo. Mostrando-se velha frequentadora do posto, cumprimentou alegremente a todos e perturbou com Alexandre e Rodrigo. Desbocada, perguntou se o pau deles ainda ficava folgado na xoxota dela, numa clara alusão de que eram pouco dotados. Rodrigo, mais afoito, tirou o cacete para fora das calças e mostrou para ela, dizendo que estava à disposição. Apesar de estar excitado, o pau do cara não chegava nem à metade do tamanho do meu. Já Alexandre, abraçou-se com ela e beijou-a na testa com carinho. Ela pegou no volume dele sem, no entanto, abrir-lhe o zíper. Olhava-o, maliciosa, enquanto afagava sua trolha.
Percebi que algumas pessoas que passavam pelo posto faziam cara de desagrado ao ver aquela cena safada. Outras, apenas sorriam da depravação da coroa. Então, ela pareceu finalmente me perceber. Parou de brincar, olhou para mim fixamente e perguntou aos funcionários quem eu era. Disseram que eu era novato e cuidava da lavagem dos carros. Ela olhou para a sua Tucson toda suja de lama e jogou-me as chaves do carro. Queria-o limpo por fora e por dentro. Depois me deu as costas e entrou no escritório do dono do posto. De fora, ouvíamos sua conversa depravada com ele. De novo, pediu informação sobre mim.
Não demorou para meu patrão viado me chamar lá de dentro. Apresentou-me à coroa e me tratou como se eu fosse seu trunfo no posto. Pediu-me para eu abrir o zíper e botar para fora o meu cacete. Ansiosa por vê-lo, a própria coroa cuidou de fazê-lo. Depois fez uma expressão admirada, até mesmo de espanto, elogiando seu volume apesar de estar ainda em descanso. Perguntou-me, sem nenhum constrangimento, quanto eu cobrava por uma foda com ela. Essa pergunta me pegou de surpresa, pois eu ainda não tinha conversado com meus colegas do posto para saber se havia uma tabela de preços. Sacana, respondi-lhe que ainda estava em experiência e ela é quem deveria dizer quanto valia uma foda comigo.
Minutos depois, ela me carregava nos braços, quase sem nenhum esforço, em direção a um dos quartos. Meus companheiros fizeram uma zorra danada ao verem aquela cena. Cada um que dissesse uma gracinha, e isso me deixou encabulado. Mas a coroa parecia nem ligar para o que diziam. Demonstrava estar muito à vontade e até gostar daquela esculhambação. Abri a porta ainda em seus braços e ela me jogou na cama que quase quebra com o impacto do meu corpo. Pedi para tomar um banho antes, pois estava muito suado, e ela ficou irritada comigo. Acusou-me de querer tirar-lhe o prazer de sentir meu cheiro de macho e lamber o meu suor. Jogou o chapéu longe, arrancou as próprias roupas e atirou-se sobre mim. Beijou-me efusivamente, lambeu-me o torso com prazer e rasgou minha cueca com os dentes, após tirar-me as calças. Tinha os peitos fartos e eu tentei mamá-los, mas fui imediatamente repelido por ela. Fez questão de me dizer que eu era seu escravo e só fizesse o que ela ordenasse. Abocanhou meu cacete com gula. Disse ter ficado excitada com o cheiro de mijo que ele exalava. Colocou-me de quatro sobre a cama e lambeu-me todo, inclusive entre as nádegas. Meteu a mão entre as minhas pernas e masturbou-me enquanto me lambia o cu.
Ficou esfregando as mãos espalmadas por todo o meu corpo, bem suavemente, como se estivesse banhando um cavalo. Saltou da cama de repente e tornou a apanhar seu chapéu de abas largas. De volta, me deu uma rasteira nas pernas, usando o braço forte, e jogou-me na cama como se derruba um novilho. Finalmente, montou sobre mim e apontou minha glande para a sua vagina, se enfiando com determinação na minha vara. Fez os movimentos de cópula até que começou a gozar. Fê-lo aos urros, gritando UPA! UPA! MEU GARANHÃO PAUZUDO! Depois empreendeu um galope alucinado e violento, fodendo com gosto, até que explodiu em orgasmos múltiplos e desvairados. Depois arriou ao meu lado com o rosto colado ao travesseiro, de bunda empinada e pernas arreganhadas.
Eu ainda estava excitado, pois fizera de tudo para não gozar, me poupando para outros clientes. Mas não resisti à vontade de meter-lhe no rabo. Ao perceber minha glande tocar-lhe a entrada do cu, debateu-se. Eu, no entanto, disse-lhe que era a minha vez de domar a égua. Ela dava pulos de joelhos, sobre a cama, tentando se desvencilhar de mim. Segurei-a com firmeza, até que consegui encaixar a cabeçorra intumescida em seu rabo. Ela reagia com violência, enquanto eu gritava EIAAAAAAAAAAAA! EIAAAAAAAAAAAAA. Aos poucos fui conseguindo meu intento, até domá-la totalmente e enfiar-lhe todo o cacete no seu cu, que não era lá tão apertado. Ela foi parando de se debater, bufando, até que começou a sentir prazer em ser penetrada por trás. Minutos depois, eu explodia em gozo dentro do seu rabo.
Depois de descansarmos um pouco, tomamos banho juntos e nos arrumamos para sair. Quando despontamos na porta, os funcionários aplaudiram e nos ovacionaram em coro, me parabenizando pela proeza. Pelo que entendi, apesar de ser contumaz do posto, ela vivia reclamando que Rodrigo e Alexandre tinham paus curtos. Acho que ficaram nos “brechando” pelo buraco da fechadura. Ao contrário de mim, ela não ficou chateada. Para inveja deles, me convidou para almoçar, pois já passava do meio-dia. Até o patrão estava ali, perturbando com a gente. Perguntei-lhe se podia aceitar o convite. Ele respondeu que eu tinha duas horas para almoço e podia fazer o que quisesse com elas. Agradeci e pedi à coroa para irmos logo embora.
FIM DA DÉCIMA PARTE