Gente, agora sim a história vai começar, até agora foi a introdução, Sam descobrindo o mistério de Max, tomando a decisão das suas vidas, mas agora tudo vai acontecer, todos sabem como Sam estava esses anos, mas e Max? Como será que ele está?
Boa leitura.
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Max narrando...
Cheguei em casa com o coração na boca.
Jack: Demorou!
Eu: Desculpa, só tinha muita gente lá e demorou para ser atendido! - Coloquei a sacola na mesa.
Jack: Foi isso mesmo que aconteceu?
Eu: Sim.
Estava com o coração na boca!
Ele se aproximou. - Quem era o homem que estava falando com você lá embaixo?
Eu: Lá embaixo? - Estava tremendo.
Jack: SIM! RESPONDE.
Me assustei. - É um amigo que conheci a muito tempo... E... Nos reencontramos, só estava falando com ele. Desculpa!
Já esperava o que vinha, fechei os olhos e ele me deu um tapa bem forte com as costas da mão, quase um soco. Caí no chão e levantei lacrimejando com um nó na garganta.
Ele: Tá vendo o que você me obriga a fazer? Sabe muito bem que não gosto de você falando com ninguém por aí! Você é só meu, entendeu? - disse sim com a cabeça.
Ele: Vem cá! - Abriu os braços, ele me abraçou. - Meu gostosinho.
Quando ficaria livre disso? Livre dele? Não aguentava mais essa vida!
Quando fui embora da Austrália vindo para cá, realmente comecei um relacionamento com Ethan, durou 6 meses, mas acabou, não foi por traição nem nada, apenas não rolou.
Depois dele passei dois anos sozinho, não conseguia me apaixonar, igual a antes dele... Ele, o Sam. Eu implorei para não me deixar ir embora, para nos dar uma chance, mas ele não me aceitou, não queria ficar perto dele assim.
Dois anos depois e Jack apareceu na minha vida, não me apaixonei, mas ele não me era indiferente, resolvi tentar. Jack é 10 anos mais velho que eu, quando o conheci ele tinha 30 anos... Ele é loiro, olhos azuis, forte e alto.
Quando o conheci era normal e tinhamos uma relação legal, era ciumento, mas não me importava muito. O tempo passou e ele foi piorando...
Fui de férias visitar meus pais, voltei a Austrália, mas não demorei nem 15 dias, eles descobriram minha sexualidade e me expulsaram de casa, foi horrivel, meu pai gritou barbaridades para mim e minha mãe não queria nem me ver em sua frente. Eu e Ethan voltamos aos EUA, voltando Jack ficou mais violento, não sei se foi o tempo que ficou longe de mim...
Faziam dois anos que estava com ele e 4 anos que tinha ido embora, a gente havia acabado o curso, Ethan iria voltar, eu havia resolvido ficar, não teria porque ir se meus pais não me aceitavam, não queria sofrer humilhações deles.
Jack me chamou para morar com ele e aceitei, minha vida a partir daí se transformou em um verdadeiro inferno, ele me batia e bate, é ciúmento possessivo, eu não posso nem sair, tudo tem que ser do jeito que ele quer.
Passado mais um ano eu vivendo essa vida com ele descobri que era casado, o tempo inteiro me enganou, fiquei horrorizado, me sentia usado, um lixo. Até filhos ele tinha...
Tudo piorou, ele ficou pior que antes, é um doente, eu quis ir embora mas me deu uma surra, fui internado, ele me disse que a culpa era minha porque quis fugir e que era só dele, se tentasse de novo me mataria, se não fosse dele não seria de mais ninguém, frase manjada, mas eu mais que ninguém estava sentindo na pele.
E até hoje estou com ele, não posso sair, olhar para as pessoas quando estou com ele, se faço uma coisa que ele não gosta me bate. Não tenho mais meus pais, não trabalho porque ele não deixa, me mantém dependente em tudo... Depois que vim da Austrália minha vida acabou.
Se a esposa dele sabia? Já veio aqui e me humilhou mas ele deve ter conversado com ela, sentia pena dela também, creio que passava por o mesmo que eu.
Voltando ao presente...
Naquele dia ele iria dormir com a esposa, tomou banho, se trocou e foi até a cama onde eu estava.
Ele me deu um beijo, pegou no meu pescoço com força. - Se comporte bem, fique quietinho em casa, ok? - Me deu um selinho. - Te amo.
Saiu.
Chorei na cama como sempre fazia.
Levantei, tomei um banho e me vesti, toda noite que ele ia ficar com a esposa tinha um sossego e saía um pouco.
Saí para andar um pouco sem rumo, como sempre gostei...
Pensava em como minha vida mudou nesses 6 anos, eu era feliz, muito feliz, porque será que tudo tomou este rumo inesperado e ficou assim? O mais engraçado é que mesmo depois de 6 anos eu ainda pensava nele, de repente algo sempre acontecia para me fazer lembrar e agora o reencontrei.
Assim que pensei enquanto caminhava, ouvi meu nome, virei e o vi correndo...
Ele: Max, como estava com vontade de te ver de novo!
Eu: Oi Sam.
Ele: E agora, será que dá para a gente conversar?
Eu: Porque? O que você quer saber?
Sam narrando...
Max estava diferente, seus olhos eram tristes, não tinha mais aquela alegria que via anos atrás.
Eu: Só queria saber como você está.
Ele: Estou bem!
Falei alegre. - Sério? Que bom.
O abracei e ele gemeu.
Eu: O que foi?
Ele: Nada, é que ontem rolei escada abaixo e estou com alguns ematomas.
Eu: Que droga!
Ele: Pois é!
Eu: Como está seus pais?
Ele: Legal.
Eu: terminou o curso já...
Ele sorria um sorriso tímido.
Continuei. - Está trabalhando em algum lugar?
Ele: Sim.
Eu: Que bom.
Olhei para o céu e depois para ele. - Você não vai falar do céu e da lua?
Ele: Estão bonitos!
Falou meio triste e sem emoção.
Eu: Sim. Sabe? Aprendi a ver a beleza das pequenas coisas com você!
Ele olhou para baixo, parecia muito triste.
Eu: Max... - Subi seu rosto. - O que aconteceu? Me fala, você está triste, calado... Pode se abrir Max, o que aconteceu?
Ele olhava para mim enquanto tocava no seu queixo mantendo sua cabeça erguida e olhando nos meus olhos, de repente lágrimas começaram a sair dos seus...
Ele estava me preocupando, agora que perguntei começou a chorar, fiquei aflito.
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