ale.blm: Haha! Não creio que Fernando e Leon formem uma boa dupla na cama. Fernando é um personagem meio volúvel é um tanto inconsciente... Tenho medo de colocá-lo na trama e ferrar tudo! Kkkk. Obrigado pelo comentário, Alê! (Observe a intimidade! Haha!)
esperança: Obrigado!!!
Geomateus: Obrigado!!
Caaabe_be: Xavier é um dos personagens que são difíceis de se trabalhar... Afinal, personagens não sou eu (o autor), eles têm vida própria, sentimentos e humores característicos, manias... Eu diria a você que talvez Xavier venha a te surpreender muito... Nem tudo é o que aparenta. Quero agradecer ao comentário e dizer que fico com um sorriso bobo ao ver que você gosta tanto da história. (Um sorriso bobo que é difícil de sair da minha face! Haha!)
Martines: Obrigado!
compulsiva: Você não sabe o quão difícil foi dizer adeus aos meus dois personagens quando escrevi o vigésimo capítulo de CORAÇÃO DE VIDRO. Talvez minha maior vontade, ao escrever CDT, era dar vida novamente ao casal Daniel e Homero. Daniel foi um personagem que me mudou... O amo demais! Tipo, é muito bom saber que você gosta tanto quanto eu. Obrigado pelo comentário!!!
S2DrickaS2: Não sei você, Dricka, mas eu, desde o começo, já achava Xavier um personagem misterioso e que mostrava pouquíssimo do que ele era de verdade. Como eu te disse, as bruxas talvez não sejam o único problema do nosso amado urso. Agradeço os comentários e os incentivos desde que comecei nesse pequeno projeto literário. Obrigado, de coração!
kel3599: Ai, Deus! Haha! Desculpa por te tão aflito com a história... Mas isso é bom, porque prende a atenção do leitor. Isso é o que eu quero! Quero que o pessoal fique ligado na história e goste de lê-la tanto quanto gosto de escrevê-la. Porra! Você infla pra caralho o meu ego. (Adoro isso! Fico tri feliz!) Escrever é só diversão pra mim... E enquanto houver pessoas como você, que me elogiam e gostem do que eu faço, estarei escrevendo.
Gabriel978: Estou mais que lisonjeado por você gostar da história! Fico muito feliz em saber que está tão envolvido! Obrigado!
Isztvan: Só posso agradecer a você por gostar tanto da história e acha que ela supera minha trama anterior! Fico muito feliz! Eu que agradeço por ler! Obrigado!
Nick *-*: Xavier é um mistério, não é? Ninguém sabe o que esse menino é de verdade! Mas acho que fortes surpresas vêm por aí! Na verdade, eu que agradeço por tirar uns minutos pra comentar o quanto você gosta! Aliás, heterocromia eu me amarro! Vou te contar um segredo, só não conta pra mais ninguém: Eu tive a ideia de Xavier baseando-me num cara que conheci no Ensino Médio. Ele tinha heterocromia e éramos muito amigos. Usava lente porque as pessoas achavam estranho dois olhos diferentes... Mas eu achava lindo. Perdemos contato porque ele se mudou e trocou de número. (Talvez quisesse distância de alguém como eu!) Enfim, um super obrigado!
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CORAÇÃO DE TITÂNIO - 8
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Ele vestia branco.
Era a única coisa que eu conseguia distinguir, naqueles instantes.
O branco ofuscante da camiseta e do jeans. Muito branco para poucas peças de roupa.
Seu rosto estava silencioso e pouco amigável. Uma brisa fazia algumas poucas folhas rebeldes se soltarem das árvores à volta.
-Você. -ele murmurou.
-Eu. -disse.
Ele já não parecia mais ele mesmo. Parecia outra pessoa. Seus olhos coloridos, azulado e castanho, começaram a ficar muito pretos e escuros. Suas bochechas rosadas perderam o rosa natural é uma maquiagem horrenda e borrada nasceu da pele.
O cabelo mudou de cor e cresceu num tom acastanhado e grisalho. A roupa branca estava, agora, completamente manchada de maquiagens rosas, vermelhas e até verdes.
-Leon! -minha mãe exclamou, rindo histericamente.
Ela empunhava uma faca e avançava aos poucos pra cima de mim. Quando ela ia ferir-me com a arma, acordei abruptamente sentindo minha cabeça latejar de dor.
-Leon! -Daniel me sacodia um pouco. Doía só de respirar, por isso fiquei em silêncio sentindo meu estômago embrulhar. Nem ousei abrir os olhos. -Ai, Deus! Fernando, leva o Homero pro nosso quarto que do Leon eu cuido.
Senti que já não estava mais deitado no sofá. Eu estava no colo de alguém. Sentia o um cheiro tão bom e umas cócegas no rosto por causa de algumas mechas de cabelo dele.
Daniel carregava-me sem se importar se eu tinha o dobro do tamanho dele e quase o dobro do peso. Pude definir exatamente quando ele começou a subir as escadas. Seria muito hilário se não fosse tão vergonhoso ser carregado como um bebê.
Ele resmungou algo e depositou-me gentilmente na cama. Fiquei confuso perguntando-me como abriu a porta.
-Se eu contar quantas vezes já fiz isso, as pessoas não acreditariam. -ele riu baixinho, falando consigo mesmo.
Alguns instantes depois ouvi ele depositar algo na cabeceira ao lado da cama e tirar gentilmente meu sapato. Uma vontade de me mexer veio subitamente, mas o máximo que consegui foi abrir os olhos e deparar-me com Daniel me encarando com a testa franzida.
-Você vai vomitar! -ele exclamou.
Pareceu mágica! No mesmo segundo uma ânsia cresceu no meu estômago e minha boca encheu-se de saliva. Daniel prontamente abriu a porta do banheiro do quarto e deixou espaço livre para mim correr até a privada e despejar meu intestino ali.
-Isso. -ele acariciava minhas costas. -Põe pra fora.
De repente, nem sei como, lembrei-me de Xavier e deixei que lágrimas escorressem com o vômito. Meu corpo torcia-se livrando-se do álcool e da comida. Meus olhos ardiam externando minhas dúvidas e receios.
Estava apaixonado por Xavier! Estava tão perdidamente apaixonado que pensar nisso me assustava.
Quem eu era, de verdade? Alguma parte sombria de mim havia morrido quando conheci Xavier. Uma parte egocêntrica, individualista e mimada. Então, o que sobrou de mim? Eu já não sabia mais! Xavier era a única coisa que eu podia me agarrar.
-Ele não me ama. -choraminguei, afastando-me da privada cheia de vômito. Era nojento!
Daniel estava sereno e calmo, parecendo que já havia passado dezenas de vezes por episódios com homens bêbados e chorões.
-Quem não te ama? -questionou, mançamente. Puxou a descarga e sentou ao meu lado, no chão.
-Xavier. Tem medo de mim. -não tinha vontade nenhuma de levantar-me. Minha cabeça doía e eu sabia que teria que vomitar de novo.
-Ter medo e não amar são coisas diferentes.
Franzi a testa.
-Será que ele me ama? -não pude conter o tom esperançoso na minha voz.
-Só ele vai poder te dizer isso. -Daniel murmurou docemente. -O máximo que posso dizer é que ele seria um tolo de não dar chance a um homem tão bom como você.
Senti-me mais alegre ao ouvir. As lágrimas não vieram mais.
-Obrigado por tudo, Dani! -passei, meio sem jeito, meu braço pelos ombros dele.
-Não foi nada!
...
Passava-se da uma da tarde quando acordei. A luminosidade do meu celular me causou certo incômodo no começo. Minha cabeça ainda doía, minha visão ainda estava um pouco embaraçada, mas já não sentia ânsia de vômito pois não havia nada no meu estômago.
Olhei para cabeceira e ali havia o que o Daniel deixou para mim. Uma garrafa fechada de suco de laranja. Não contestei! Engoli a pílula e tomei o suco.
Esperei alguns minutos e logo senti o efeito. Parecia que minha cabeça estava desinchando. Minha visão já não estava mais embaçada.
Virei minha cabeça para a porta quando Daniel entrou discretamente. Ele tinha um sorriso nos lábios.
-Como você tá?
-Muito melhor! -apontei pro copo de suco vazio. -Graças a você.
-Capaz! -ele riu.
Ele estava muito à vontade. Cabelos devidamente presos e uma roupa bem justa para ficar em casa. Abriu a janela do quarto jogando o brilho amarelado pelo quarto. O remédio fez um efeito incrível e eu nem me incomodei com tanta luz.
-Tô quase terminando de esquentar o almoço. Vou acordar o Homero e o Fernando! Fica à vontade. Se quiser descer pra comer, fico feliz. Senão, trago pra você aqui.
Sorri largamente a ele.
-Desço em um minuto.
Ele sorriu e saiu do quarto.
Levantei-me sentindo-me muito mais disposto. Fiz minha higiene e passei um pouco de pasta de dentes na boca para tirar o gosto da minha saliva, já que não tinha minha escova ali comigo.
Bem, eu não tinha nada ali comigo, pois não estava nos meus planos ficar bêbado e não conseguir ir embora.
Olhei pro criado mudo do outro lado do cama e ali havia umas peças de roupas e um chinelo. Vesti a camiseta e o calção e calcei o chinelo. As vestimentas deveriam ser de Homero, porque couberam bem em mim.
Fiquei encarando meu celular por alguns segundos, pensando seriamente em mandar uma mensagem para Xavier. Foi o que fiz!
"Você me deve explicações e eu as quero!"
Senti-me um idiota assim que enviei. Queria não ter mandado nada! Merda!
Suspirei com arrependimento. Era máximo que eu poderia fazer... Ficar arrependido. Desci para a cozinha onde Daniel depositava as comidas na mesa e Homero e Fernando já estavam sentados ali.
Vestíamos, todos, roupas parecidas, já que finalmente começava a fazer calor depois de tantos dias de chuva. Calções, camisetas ou regatas e chinelos.
Homero estava com uma cara de ressaca que me fez sorrir. Com aquela barba e aquela roupa, parecia mais um mendigo. No mais, parecia bem! Fernando estava do mesmo jeito que Homero, só que talvez um estágio à menos. Daniel era, de longe, o melhor de nós.
Sorria, puxava assunto e pulava de lá para cá levando panelas fumegastes de comida.
-Já ia subir pra ver por que estava demorando, Leon. -ele sorriu. -Não sei se você gosta de comida esquentada, mas seria desperdício fazer comida nova com tanta coisa sobrando.
-Sem problemas! -sorri, me aproximando. -Não estou tanta fome, mas irei comer mesmo assim.
-Se você tem planos para a tarde, desmarque. -Homero falou, rouco e com uma voz visivelmente mau-humorada.
-Por quê? -quando dei a primeira garfada na comida, descobri que não estava com fome. Estava morrendo de fome!
-Vamos ao shopping. -Fernando se pronunciou.
-Quero assistir um filme, Homero quer comprar umas coisas e vocês dois se deram mal porque irão junto. -Daniel falava, passando a mão pelo peito do noivo. Homero pareceu melhorar de humor com aquelas carícias.
-Vai ser legal! -sorri. -Tipo, uma programação entre amigos. Quando saímos?
-Terminamos de almoçar e então nos arrumamos.
-Eu irei pra casa tomar um banho e me arrumar. Nos encontramos no shopping. -Fernando bocejou.
Confirmei com a cabeça e continuei a comer.
Depois de todos devidamente, nos despedimos brevemente para podermos nos arrumar.
Dirigi até o apartamento. Assim que entrei ali, lembrei da noite incrível de sexo que tive e da manhã terrível de despedida. Olhei esperançosamente pro meu celular achando que haveria alguma mensagem de Xavier.
Bufei de mágoa quando não vi nada dele. Repeti a mim mesmo que não iria estragar minha tarde por causa disso! Suspirei fui me arrumar. Tomei um banho, me vesti e menos de meia hora já estava pronto. Calção, um chinelo confortável e uma camiseta. Sem muitos artifícios. Me perfumei levemente e coloquei os óculos escuros. Dei uma última olhada no espelho antes de juntar as chaves e sair rumo ao shopping.
Deixei meu carro no estacionamento do shopping e os esperei perto da praça de alimentação. Fernando foi o primeiro a chegar. Ele aproximou-se e sentou-se ao lado.
Nos dois de óculos escuros, grandes e taciturnos. Parecíamos mais seguranças do que clientes.
Como não tínhamos muita intimidade um com o outro, ficamos em silêncio observando o movimento.
Alguns minutos mais tarde vi os cabelos esvoaçantes do Dani apontarem na escada rolante. Homero vinha logo atrás parecendo uma espécie de protetor. Óculos escuros, também, face fechada e seguia Daniel aonde ele ia.
Percebi que era sempre assim. Homero seguia seu noivo aonde quer que ele fosse.
Daniel nos encontrou rodeando calmamente o lugar com os olhos. Agarrou Homero pelo braço aproximando-se de nós. Comentou algo que fez Homero quase sorrir. Só ele pra melhorar o péssimo humor do meu irmão.
-Vocês demoraram. -Fernando murmurou.
-Tivemos alguns assuntos inacabados pra resolver. -Homero entortou um sorriso pra Daniel que piscou um olho pra ele.
Saímos dali com um clima bem mais ameno. Fernando nos fez segui-lo até uma loja estranha que vendia óculos escuros. O atendente despejou charme pra qualquer um que estivesse no seu alcance, o que foi incrivelmente engraçado. Eu me mantia ocupado, fingindo ignorá-lo e procurando nunca olhá-lo nos olhos. Homero ficava perto de Daniel, não o deixando se afastar por mais de alguns dez centímetros, e lançava olhares chamejantes pro recepcionista tarado que, espertamente, não se aproximou.
Logo depois Homero parou em algumas outras lojas de roupas e comprou algumas peças tanto para si como para seu noivo.
Daniel pareceu indignado com aquele ato, mas não falou nada. Percebi que isso era comum. Atitudes que um não aprovava no outro, mas respeitava.
Homero voltou ao carro para deixar as compras, enquanto nós três ficamos na fila para comprar os ingressos pro filme. Conversávamos tranquilamente na fila decidindo que filme assistiríamos. Fernando recusava-se a assistir o filme distópico que Daniel sugeriu, pois queria uma ação com suspense. Acabou que a decisão ficou por minha conta e, como não tinha problemas com nenhuma temática, eles decidiram no "par ou impar".
Daniel levou a melhor e ficou saltitando e zoando de Fernando. Eu apenas ria dos dois.
Estava quase na nossa vez para comprar os ingressos. Fernando comentava algo à respeito de um filme, mas de repente fechou a cara olhando para longe. Inclinou-se sobre Daniel e sussurrou algo no ouvido dele.
O outro riu baixinho e olhou discretamente por cima do meu ombro. Riu novamente e me puxou para perto.
-Tem dois caras super gatos olhando pra cá. -sussurrou, parecendo absolutamente normal. -Um deles tá me encarando e o outro não tira os olhos de você.
-São gatos mesmo? -sussurrei de volta. Havia ficado curioso!
Ele acentiu e Fernando olhava diretamente pros tais caras com um olhar assassino. Percebi que ele era absolutamente fiel ao amigo. Sorri com isso.
Virei discretamente na direção do olhar de Fernando e os localizei. Havia dois homens ali, sentandos em um banco. Um, claramente mais velho, encarando sem pudor algum o Dani. Pele amorenada, levemente parrudo. Estava bem vestido, em um estilo empresário na hora da folga. Bebia um suco sentado ao lado do tal homem que me encarava.
Levei alguns segundos pra perceber os olhos coloridos e aquele olhar que pareciam um tornado pronto para me engolir.
Fiquei preso, com os olhos fixos nele, tentando digerir o que via.
-Xavier... -sussurrei, pasmo.
Nem parecia ser ele mesmo. Ele parecia horrível! De longe via as olheiras e a cara de ressaca.
Ele andou bebendo? Não havia dormido? Será que havia sido por minha causa?
Nem percebi, mas havia começado a caminhar na direção dele. Queria, mais que tudo, abraçá-lo e não deixá-lo mais sair dos meia braços.
Xavier, ao me ver avançado, levantou-se de um pulo e saiu rápido do meu alcance. Olhou uma única vez para trás, como se quisesse dizer algo, mas rapidamente correu pra longe.
O outro homem com ele pareceu divido em o seguir ou tarar o Daniel mais um pouco. Por fim o seguiu pra não sei aonde.
Fiquei ali, parado, por minutos talvez, me perguntando que diabos estava acontecendo. Acontecendo comigo... Com Xavier... Com nós!
Senti uma mão no meu ombro. Sabia que era Daniel. A aura dele era poderosa... O ar à volta dele era mais fácil de respirar. Não virei para encará-lo. Só queria ir embora e beber tanto que entraria em coma, mas eu prometi a mim que não estragaria o dia.
Me recompus o melhor que pude e soltei um suspiro. Lentamente fiquei de frente para o outro. Seu olhar era calmo, afetuoso, caloroso. Não havia julgamentos, tão pouco indagações à respeito do meu comportamento.
-Você tá bem? -ele sussurrou.
-Sim. -dei de ombros, tentando não me entregar a sensação que apertava meu estômago.
-Tem certeza? -ele abriu a boca para falar algo, mas a fechou. Suspirou longamente e me puxou até um banco desocupado. -Você não precisa se sentir obrigado a ficar, Leon.
Fiquei em silêncio. Fernando nos encarava da fila dos ingressos com um olhar questionador. Olhei pro Daniel que tinha a face serena, olhando pro vazio, perdido em pensamentos.
Eu já o considerava um irmão mais novo, mais sábio e mais maduro que eu. Do jeito que nas melhores famílias acontece! Sabia que ele torcia pela minha felicidade mais do que minha própria mãe e isso era tão inusitado.
-Acho melhor irmos comprar pipoca. -eu sugeri, sorrindo a ele.
Ele me encarou e então abriu um sorrisão, acentindo, feliz por eu ter decidido ficar. Fernando foi educado o suficiente para não questionar nada sobre o ocorrido, tão pouco agir diferente.
Quando Homero voltou já tínhamos as pipocas, refrigerantes e ingressos em mãos. Esperávamos na fila por ele. A primeira coisa que fez foi abraçar longamente o Daniel, não se importando com o público, sussurrando a ele o quanto o amava e que queria mesmo era ir pra casa transar.
Fernando e eu fomos educados à ponto de fingir não estar vendo aquela cena, mas vi os olhos de Daniel sorrirem e relampiarem de excitação. Sussurrou coisas no ouvido de Homero que o deixaram muito inquieto, reclamando que o filme era muito longo.
Sinceramente, o filme era bem legal, com algumas pegadas de ação e uma ficção bem distribuída. Fernando comentava algumas coisas com Homero durante o filme, que comentava comigo. Daniel nem piscava, hipnotizado pela trama.
Quando a sessão teve seu término, saímos para dar mais umas passadas pelas lojas. Então, no final da tarde fizemos as devidas despedidas.
Homero e Fernando trocaram apertos de mãos comigo, me fazendo prometer que iria visitá-los assim que desse.
Sorri e acenti aos dois, virando para Daniel e estendendo minha mão a ele. Fui ignorado e surpreendido por um abraço.
Seus braços passaram pelo meu pescoço e eu automaticamente o abracei de volta. A carranca assassina que Homero me lançou me fez rir.
-Vá atrás dele. -Dani sussurrou no meu ouvido para que só eu pudesse ouvir.
Fiquei em silêncio e acenti devagar. Ele sorria quando se distanciou com Homero e Fernando.
Meu coração se comprimiu no peito quando já estava no meu carro ligando para o número que desejava.
-Leon? -uma voz feminina estava surpresa do outro lado da linha.
-Alô, Aline? Tudo bem com o restaurante?
-Sim. Está tudo certo!
-Bom...
-Você não ligou só pra saber do restaurante, não é?
-Não. -admiti. -Liguei mesmo para saber se você tem o endereço da casa do Xavier.
-Ah, sim. Tenho sim. -a ligação ficou muda uns instantes. -Você quer anotar?
-Pode falar.
Ela passou o endereço e, preocupada, questionou se havia algo errado. Eu a tranquilizei dizendo que não, mas menti.
Havia sim algo errado! Xavier iria me confrontar, ele querendo ou não!
Dirigi rapidamente até a casa dele, com o coração na boca.