Oi, galera. Tudo bem? Me chamo Fernando e tenho 21 anos. Olhem, acompanho a CDC faz um bom tempo já, leio e dou notas nos meus favoritos que são poucos porque sou dificil de agradar hue'. E em um desses contos encontrei coragem o suficiente para escrever o "meu conto". Espero que gostem. Não reparem nos clichês e erros ortográficos. Vamos lá.
Conheci Caio no extinto Orkut, há uns bons 8 anos atrás, numa comunidade que alguém no Brasil já ouviu falar - a Eu Odeio Acordar Cedo ou EOAC. Lá, eu era Adm o que era fodástico na época, e ele era um "fake" do Harry Potter e nos conhecemos em um dos tópicos. Nisso, começamos a teclar sobre nossos gostos musicais e logo nos tornamos amigos. Eu tinha meus 13 anos (auge das punhetas) e ele me falou que tinha 14 anos. Do Orkut fomos pra outro falecido: o MSN e lá criamos o famoso "Group" com o povinho da EOAC. Devo confessar que foram tempos bons e divertidos. Caio nunca mostrou sua face e logo todo mundo tachou ele como um pedófilo de 87 anos se fazendo passar por jovem. Fazia bem uns dois anos que nos conhecíamos através da web e eu nunca monstrou uma foto sua pra ninguém. Então, numa noite ele ligou a cam e eu o vi. Era branco e careca, de aspecto badboy riquinho. Olhos castanhos, nariz fino e reto e um furinho engraçado no queixo. Era um cara boa pinta. Mas ele disse que não colocava fotos por se achar feio. Só que ele não era, e mesmo pra mim que curtia mulher o achei presença. As meninas, é claro, babaram por ele e começou os "namoros-virtuais". 4 anos firmamos uma amizade via Orkut e MSN e a gente nunca cansava de trocar ideias... eram todos os dias, quando eu chegava do colégio e já ia pra frente do pc jogar jogos, tc nos chats, ver os scaps, banir o povo louco da comunidade - dar o famoso BAN - e entre tantas coisas.
Caio era de BH e eu de Belém, mas ele me dissera, certo dia no msn, que viria pra Belém porque a mãe iria abrir uma clínica estética aqui. Fiquei nesse dia feliz pra caralho porque teria meu parceiro de coração perto de mim. O dia em que ele veio pra cá chegou e marcamos de nos encontrarmos num shopping. Quando vi ele pessoalmente, fiquei impressionado. O mlk era muito alto, tinha lá seus 1.97 fáceis e eu com meus modestos 1.71 de altura. Caio tinha o corpo atlético, não muito musculoso, mas enorme em todas as partes. Ele já dirigia e tinha seu próprio carro e então resolvemos dar um rolêzinho pela cidade para ele se sentir bem vindo. Acabamos numa balada e lá conhecemos duas gatas que logo nós dois tratamos de traçar. Eu não era feio... só não era lá tão gatão como Caio, mas eu dava um caldo. Branco, cabelos castanhos lisos, olhos castanhos escuros e com um rosto redondo e amistoso. Corpinho um pouco fortinho e com um jeitinho de moleque safado. Até hoje tenho esse corpo.
Depois daquela noite, Caio e eu nos tornamos inseparáveis. Irmãos mesmo. Eu era filho único assim como ele e um preenchia os hiatos da vida do outro. Eu cursava o mesmo ano que ele e logo Caio resolveu estudar na mesma escola que eu, na mesma turma e pronto... éramos unha e carne. As meninas todas do colégio passavam por nossas rolas, as vezes Caio conseguia as mais difíceis para mim com sua arte de seduzir. Eu era pobre e ele rico, eu era bom em todas as matérias do colégio e ele era um burro, eu trabalhava para ajudar em casa e ele tinhas os papais ricos para sustentar seus luxos, ele sabia jogar futebol, eu não. Um era a antítese perfeita do outro. Caio fez 19 anos e eu estava próximo dos meus 18 quando tudo começou. Por malhar de mais ele tinha um corpo pra lá de sarado, braços firmes, peitos grandes e volumosos, pernas torneadas e uma cara de mal... no todo, um pitboy das gringa.
Ele vivia cheio das roupas caras, tênis para cada um dos dia da semana, relógios que valeria um rim meu e sempre um inseparável boné na cabeça virado para frente. Nesse tempo eu era 100% hetero, gostava de uma xoxota quentinha e peitos durinhos, mulher morena era minha tara. Mas tudo isso mudaria. Era quarta feira e eu cheguei muito cedo na escola pela manhã, estávamos fazendo provas do 3° bimestre e eu estava empenhado a tirar boas notas para futuramente conseguir uma bolsa pq pobre já viu né. Tem que batalhar.
Caio chegou por trás de mim na cantina enquanto eu estava concentrado num problema de cálculo e me assustou com sua voz extremamente rouca: Bu! Eae, gurizinho. Chegou cedo heim.
Eu fiquei puto: Viado, vai assustar outro!
Caio: Heim, me arruma uma cola pra amanhã pra prova de química.
Eu: Uai, estudou não?
Caio: Pra quê se eu tenho o meu brother nerd aqui - Ele deu um tapinha no me ombro. O toque quase deslocou meu braço
Eu fiquei indignado: Vá te fuder! Sou te mucamo não, véio.
Caio sentou ao meu lado e como ele tava presença naquele dia. O cara sabia se arrumar. Ele falou: Vai, Fêr. Quebra essa pra mim. To precisando.
Eu olhei pra cara dele: Só se tu me apresentar aquela gata que tu pegou na semana passada.
Caio sorriu: Fechado. Vou fazer os papos pra ela sobre tu.
Eu: Certo.
O sinal tocou e fomos pra sala de aula. No outro dia fiz a cola e dei pro Caio, mas depois, dois dias seguintes, a professora chamou ele e deu uma nota zero pro mesmo. O idiota copiou as respostas da cola de maneira errada, desordenada - tipo, a 1° na 2°, a 2° na 3° e assim sucessivamente. A professora, acho que era afim dele, deu uma segunda chance pra ele. O dito cujo teria que refazer a prova na segunda feira. Caio me falou isso e me pediu ajuda, eu teria que ensinar algumas coisas praquele asno no sábado, caso contrário ele iria ficar fudido.
Eu falei já puto com ele: Come logo aquela professora, ela ta mó afim de ti.
Ele dirigia da escola pra casa dele que ficava na parte nobre da cidade e na qual eu nunca tinha ido, Caio vivia mais na minha casa e dizia que gostava mais de lá do que da sua própria. Naquele sábado eu tinha ido na escola para devolver uns livros e lá eu encotrara Caio falando com o diretor sobre o campeonato de futsal. O mesmo logo que me viu insistiu em eu ter que ir logo ensinar ele na sua casa. Fui, pois Caio garantiu que teria um rango caprichado e eu nem tinha almoçado ainda.
Caio: Cê é louco, ela é casada.
Eu: Mas não é capada. Traça logo aquela vadia.
Ele: E pq tu não pega ela? To precisando disso não.
Eu: Pq não sou eu que to ferrado na matéria dela, esqueceu?
Ele mandou eu ir pro inferno. Enquanto Caio dirigia eu notei que o bairro aonde a gente estava indo era bem bonito, limpo e com casa enormes. Algunas muradas, outras com grades de ferro o que dava pra ver seus belos jardins e carros do ano. A casa de Caio era de se cair o queixo. Grande e toda branca e com uma arquitetura quadradamente moderna. A porta tinha uns 4 metros e as janelas eram todas em vidros fumê. Dentro da casa tudo era anormalmente branco, grande e delicado de mais. Em poucos lugares se via um cinza, prata ou dourado apenas como decoração: das paredes aos móveis tudo era branco. De teto alto, a sala era espetacular, igualmente à escada em formato de Y que ficava no canto esquerdo do gigantesco cômodo. Olhei abismado para o lugar, Caio sorriu e juntos subimos Deus-sabe-lá-onde. No segundo andar havia um corredor longo e bonito. Entramos no quarto de Caio e quase cambaleei pra trás. O lugar tinha o tamanho da minha casa.
Eu: Puta que pariu... Tua casa parece de viado.
Caio franziu o cenho e perguntou: E pq parece?
Eu ri e respondi: Tudo é exageradamente grande... Coisa de boiola.
Ele me mandou tomar no cu e então começamos a estudar. Embora eu estivesse impressionado com aquela mansão, pensei na minha casa pequena e humilde e no aconchego que ela me proporcionava. Eram uma duas horas da tarde e por umas 3 horas revisamos uma pá de coisas. Tinha uma escrivaninha de tamanho proporcional na qual enchemos de livros. Caio tinha dificuldade com algumas questões e de vez em quando coçava a cabeça careca. Já eram umas sete horas quando perdi a paciência com ele, o infeliz fazia graça das questões e ficava de onda. Desistindo de meter algo a mais naquela cabeçona branca, levantei devagar e me espreguicei.
Caio tava tentado resolver um problema então resolvi ir até a janela dele. Era toda de vidro e quando olhei bem reparei que tava relampejando. Uma chuva pesada caía lá fora. Abri a janela e um vento molhado filho da puta me encharcou. Fechei a janela e olhei pra Caio.
Eu: Caramba, nem reparei que tava caindo o céu lá fora.
Caio se espreguiçou e disse: Bom pra durmir de conchinha. Ahhh (esticou os braços pro alto) desisto de estudar. Seja o que Deus quiser segunda.
Eu: Espero que valha a pena. Que meus ensinamentos não tenham sido em vão, seu burro.
Caio: Faz o seguinte, cala tua boca seu nerd do caralho.
Eu ri: Cara, dá uma carona até em casa?
Caio: Com essa chuva? É possivel encalharmos numa rua alagada. Dorme aqui hoje, liga pra tua mãe e avisa. Meus pais tão viajando então a casa é nossa.
Não vi mal na proposta dele, afinal; do jeito que a cidade ficava caótica com uma chuva dessas seria melhor eu ficar alí mesmo. Guardamos nossos livros e fomos comer algo. A empregada preparou uma série de guloseimas nas quais comi com vigor. Ficamos tirando graça com ela por um tempo e depois disso fomos, Caio e eu, pro quarto dele pra jogarmos X-box. Eu perdia miseravelmente feio no jogo de futebol.
Caio deixou o controle de lado e falou: Ei, Fêr, bora beber... To com uma vontade da porra. Vou la embaixo buscar.
Eu: Hum que cachaceiro... Traz lá, alcoolatra.
Enquanto ele saía eu liguei pra minha mãe e falei que ia dormir fora hoje, ela deu uma série de conselhos e tals. Caio voltou e veio sem camisa. Era a primeira vez que eu o via assim, e devo confessar que achei ele muito bonito. Os peitos eram largos e grandes, o abdômem bem definido que chegava a assustar de tão sarado e o corpo dele era tão branco que dava pra ver suas veias pelo tórax grande.
Eu: Puts, que sarado hein. Pena que é tão tapado.
Caio trouxera um litro de wiske que logo juguei ser caro. Serviu um copo pra mim e colocou uns cubos de gelo. Bebemos e conversamos sobre a escola. Depois de quase secarmos a garrafa eu ja estava alto. Ria de uma historia ridícula que Caio contava sobre um golfinho ter roubado o boné dele nas águas de Fernando de Noronha. A garrafa secou, ele disse que ia buscar outra, falei que não ia beber mais. Ele nem me ouviu. Trouxe outra garrafa e pensei que mais uma dose não me faria mal... duas não me mataria... bem, três não arrancaria pedaço. Caio não parecia estar nem um pouco bêbado, claro que estava mais alegre que de costume, mas mantinha a descrição. Já eram umas duas da madru e a chuva ficava cade vez mais forte. Caio já tinha colocado uns pagodes e a gente ouvia sentado no chão do quarto, encostados na cama, quando o celular dele tocou.
Ele se levantou e atendeu. Foi até o corredor e falou com alguém. Vendo a expressão dele eu percebi que devia ser algo sério. Levantei e ao fazer isso tudo ao meu redor girou. Fui até ele no corredor quando o mesmo tava desligando o celular.
Eu: Caio? (ele se virou e me encarou) Aconteceu alguma coisa?
Caio com a cara de bravo; Não aconteceu nada. Volta la pro quarto vai, mano.
Eu: Só queria ajudar e...
Caio me interrompeu exasperado: Eu disse pra tu ir pro quarto, porra! - Ele me empurrou e eu cai no chão de bunda.
Encarei ele com uma incredualidade ímpar e ele me fitou com raiva. Me levantei e fui pro quarto. Peguei minha mochila e coloquei o que era meu dentro dela. Ir embora daquela casa idiota era meu objetivo naquele momento... o problema era que já estava tarde. A chuva estava cada vez mais forte e provavelmente uma pá de ruas estavam submersas. E eu morava longe. E, ah, eu não tinha um transporte pra chegar em casa; isso completava a lista de problemas. Caio se encostou num canto da porta e colocou uma mão na outra estremidade bloqueando a passagem. Eu não olhei praquele pau-no-cú e trotei com raiva até a saída.
Eu puto: Sai, deixa eu passar.
Ele: Não.
Eu encarei ele, eu tava meio grogue mas alerta o bastante para me julgar sóbrio: Sai - repeti.
Caio: Cara, desculpa. É que minha namorada me ligou terminando comigo. Fiquei puto... foi mal, mano.
Eu fiquei encarando ele: Que triste. Agora deixa eu passar.
Ele: Para, wou. Já pedi desculpas.
Eu: Como se bastasse, seu idiota. Só pq ficou brabinho isso não te da o direito de empurrar os outros.
Caio: Eu já te pedi desculpas. Para, fica ae... Ta chuvendo pacas e tu não tem como chegar em casa.
Eu: Não precisa me lembrar... Sei me virar.
Caio: Mas que leke birrento. Olha, foi mal ta? Para de frescura... Vamo secar aquele litro alí pq eu hoje eu to solteiro.
Eu sem querer ri com a babaquisse dele: Ta legal. Mas da proxima vez eu te quebro a cara, seu corno.
Ele riu: É, quero ver seu zézão.
Então me agarrou e brincamos de lutar.
Obviamente eu não tinha chances contra ele, mesmo numa brincadeira. Nem percebi quando ele ne derrubou no chão e ficou encima de mim predendo meus dois braços com suas mãozonas poderosas.
Ele: Há!... pede penico.
Eu: Sai caralho (eu ri e tentei me soltar), não vale... eu to bebado e tu se aproveitou.
Então algo aconteceu: o corpo dele grande e pesado estava grudado no meu, ele continuava a rir e me encarava ofegante. Um silencio pairou sobre a gente. Senti o cheiro quente de macho dele e algo dentro de mim despertou. Senti algo acordar de dentro do short dele e me assustei, Caio ainda me segurava e olhava nos meus olhos. Foi impensado. Rápido. A boca dele estava na minha e ele me beijava de maneira selvagem. Na hora eu viajei naquele beijo pq nunca tinha experimentado nada como aquilo. Era novo, estranho e, o pior de tudo, era bom. Gostoso, delicioso e intenso. Não sei de onde nem como, mas eu retribuí e beijei meu brother do Orkut.
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Eae, curtiram? Devo prosseguir? Comentem ae. Abraços a todos.