O clima estava bem pesado, ambas evitavamos olhar uma para a outra e estar sequer na mesma divisão da casa, só falávamos o necessário. Tinha sido assim durante os últimos dias, estávamos distantes, eu magoada, ela orgulhosa, e nenhuma dava o braço a torcer.
A relação ultimamente era baseada em discussões por tudo e mais alguma coisa, fosse por uma simples discórdia em relação a algo sem a mínima importância, fosse por algo um pouco mais sério, ainda que não fosse suficientemente sério para nos deixar nessa posição e nos fazer esquecer o amor que sentíamos uma pela outra, mas infelizmente era o que estava a acontecer.
Ela trabalhava o dia inteiro, chegava a casa por volta da hora de jantar, sempre que possível eu já tinha tudo preparado para que ela não tivesse de esperar mais pois vinha sempre cansada e esfomeada, recebia-a nos meus braços bem apertados ao seu redor, com um enorme sorriso nos meus lábios que não tardavam a beijar os seus para matar todas as saudades, em seguida levava a sua mala para o quarto enquanto ela se descalçava e desabotoava as suas roupas tão formalmente vestidas no seu elegante corpo, ficando à vontade. Depois disso jantavamos, falávamos sobre o seu dia e como tinha corrido lá no escritório (eu estava ainda a aproveitar os meus últimos dias de férias antes de voltar para a escola), depois disso a cozinha era arrumada por ambas sem trocar muitas palavras, e quando finalmente podíamos aproveitar para namorar e matar as saudades, ela ficava distante.
Dava atenção a tudo menos a mim, quando ficava mal humorada era em mim que descarregava, não havia carinhos e muito menos intimidade, há bastante tempo. A maior parte das vezes íamos dormir com esse ambiente, e tantos dias seguidos assim acabaram por causar esse desentendimento e afastamento, para além de que estávamos a ter outros problemas na relação que parecia não funcionar de maneira nenhuma nos últimos tempos.
Eu fartei-me da situação após tanto pensar no assunto e resolvi falar com ela:
Eu: precisamos de ter uma conversa séria
Ela: sim...
Eu: tenho pensado bastante e mentalizei-me de que secalhar o melhor é terminarmos, a relação não está a funcionar, já não me sinto feliz, amada, completa, desejada. Tu estás sempre ocupada, apesar de eu saber que é por uma boa causa e tentar sempre apoiar-te e motivar-te e assegurar-te do orgulho que tenho em ti por trabalhares tanto, mas quando finalmente tens tempo não me dás atenção nenhuma, ficas distante, não me dás carinho, descarregas tudo em mim, bolas!
Surpreendentemente a conversa continuou de uma forma bastante calma e produtiva, onde acabámos por ficar de acordo e bem uma com a outra e esclarecer o que era preciso para melhorarmos não só a relação mas também individualmente e fazermos um último esforço para que tudo resultasse de uma vez por todas.
Depois disso ficámos no sofá a ver televisão, eu deitada no sofá e ela deitada em cima de mim com a cabeça no meu peito, onde espalhava um beijo e outro aqui e ali de vez em quando, já eu dava beijinhos na sua testa e passava as mãos no seu corpo, totalmente relaxadas e num ambiente completamente diferente, de pernas entrelaçadas e pela primeira vez em muito tempo a aproveitar a companhia uma da outra.
Levantei a cara dela gentilmente e pedi-lhe um beijo, ela subiu um pouco mais em mim para chegar à minha boca e deu-me um beijinho
Eu: só isso amor? (Fazendo biquinho de amuada)
Ela: hmm (som de manha enquanto se espreguiçava)
Ela estava muito cansada, mas eu tinha saudades dela, então segurei na sua cara e dei-lhe o beijo mais meigo e carinhoso possível, primeiro bem lento e tímido, em seguida começaram a aparecer as línguas que se acariciavam uma vez e outra, os rostos começaram e movimentar-se em direções opostas, que de vez em quando eram trocadas, e aquele beijo longo e apaixonado já estava a começar a ter efeitos em mim, como eu tinha saudades da minha menina!
Vocês sabem esse beijo meigo, sem pressas, como se tivessem todo o tempo do mundo para beijar, sentir a suavidade que apenas a boca de uma mulher tem, mas não uma mulher qualquer, e sim aquela que amamos. Esse beijo meigo que nos consegue levar a outra dimensão com os nossos olhos fechados, que nos faz sentir a pessoa mais amada ou apaixonada do mundo, e que por muito inocente que seja, é inevitável não sentir os seus efeitos dentro da calcinha.
Ela já estava em cima de mim, olhando-me como já não olhava há muito tempo e eu olhava-a da mesma maneira, as duas com uma respiração ofegante, não da intensidade do beijo em si mas da intensidade do sentimento colocado no beijo e do tesão que começava a aparecer.
Depois de percorrer todo o corpo dela as minhas mãos pararam na sua bunda (sou viciada na bunda da minha menina, que bunda perfeita!), apalpando e pressionando-a em mim enquanto beijava ao pé da sua orelha e ela gemia baixinho ao pé da minha, nesse momento a sua pele devia estar completamente arrepiada, pois eu conheço-a e sei que isso nunca falha.
Fui beijando pelo maxilar até ao pescoço onde passei a língua e pressionava os lábios chupando levemente, já ela passava as unhas nas minhas costas e ombros, claramente alterada pelos meus toques
Eu: amor vamos para o quarto, anda, quero-te... (Eu dizia isto com uma voz ofegante e sussurrada no seu ouvido enquanto apalpava com mais firmeza as suas nádegas)
Ela: mmm está bem, leva-me, faz-me tua, toda tua
Assim que ouvi isto da sua vozinha rouca levantei-me com ela ao colo, depois de ela apagar a televisão com o comando ali mesmo ao lado dela, e levei-a para o quarto, ela estava com as pernas à volta da minha cintura e rebolava as ancas discretamente para se esfregar em mim, num jeito sensual, e as minhas mãos ainda não tinham deixado a sua maravilhosa bunda.
Deitei-a na cama, peguei as suas mãos agarrando cada uma por cima da sua cabeça, com o meu corpo por cima do seu a rebolar devagar e sensualmente, ainda com as pernas dela à minha volta e a prender-me junto a ela, aproximei-me da sua boca mas logo me afastei quando ela me ia beijar para a provocar, mordi o meu lábio a olhá-la nos olhos e fiz um sorriso meio safado, a vontade na cara dela era cada vez mais notável e eu também já não aguentava muito mais com aquela mulher ali disposta a matar todas as minhas saudades e desejos.
Obrigado por lerem, a continuação não demora. Como será que vai ser?
Beijos!