BOYS – Parte XIII
"Prostitutos, michês, garotos de programas, gigolôs, boys, não importa como são chamados. Fazem parte de um mundo que só chega aos olhos e ouvidos da sociedade quando há um crime. Quando algum pai de família, senhor respeitável, ou qualquer outro, é assassinado em um local escuso, com violência da mais brutal, corpo achado seminu, ensanguentado, parentes com cara de espanto, escândalo na porta, ninguém querendo declarar nada, preferindo calar. É um mundo dos mais secretos. Onde quem está dentro se compromete em silenciar. Quem está fora nem quer saber o que se passa por lá. Onde não se revelam as identidades, depoimentos são dados desde que nomes sejam omitidos."
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Quando cheguei ao condomínio onde moro, o portão foi aberto por uma jovem loira que eu não conhecia. Apresentou-se como Soraya, a nova porteira do prédio. Simpatizei imediatamente com ela. Metódica, anotou meu nome e o número da placa do carro de Pietro, que eu estava dirigindo. Tinha um olhar inteligente e se expressava bem, como se fosse universitária. Também era bonita e tinha um andar provocante, mas não parecia uma mulher vulgar. Perguntou-me em que apartamento eu morava e fiquei na dúvida se dava o endereço de minha tia ou o de Pietro. Decidi-me pelo primeiro. Ela tornou a anotar no caderninho que tinha em mãos. Mas ficou curiosa quando estacionei o automóvel na vaga pertencente a Pietro.
Tinha uma expressão desconfiada quando desci do carro e acenei-lhe, indo em direção ao elevador. Mas não dei importância ao fato, resolvido a dar uma passada no apartamento de minha tia. Chegando lá, encontrei-a adormecida na cama, junto com Pietro. Apesar de cobertos pelo lençol, dava-se para perceber que ambos estavam nus. O namorado dela não estava no apartamento, decerto também não aparecera naquele dia. Pensei que ambos estivessem dormindo e já ia embora, quando ouvi a voz do rapaz. Cumprimentou-me e perguntou como havia sido meu dia lá no posto de combustíveis. Falei-lhe sobre o macacão que havia ficado pequeno para mim. Ele me disse que havia um par de fardamentos do posto em uma de suas gavetas, que decerto daria para alguém do meu tamanho. Eu podia ficar com eles. Agradeci e conversamos um pouco, depois preferi ir dormir, pois estava muito cansado. Teria que acordar cedo no outro dia, então me despedi e fui para o seu apartamento. Achei os macacões em seu guarda-roupa, provei um deles e fiquei satisfeito. Ambos tinham seu nome bordado no peito, mas isso não me incomodava.
No dia seguinte, fui o primeiro a chegar ao posto de combustíveis. Nem o patrão havia chegado ainda, então tive que esperar por ele para que abrisse o estabelecimento. Ficou contente por eu ter resolvido o problema do fardamento e perguntou por Pietro. Não entrei em detalhes sobre o seu problema de saúde. Disse apenas que ele estava se recuperando de uma enfermidade. O viado não era curioso. Entregou-me as chaves e pediu que eu destravasse as bombas de combustíveis. Logo começaria a chegar clientes. Um a um, meus companheiros de trabalho foram assumindo seus postos e o dia começou ensolarado. A manhã transcorreu tranquila, quase não aparecendo interessados em usar os quartos como motel. Alguns clientes perguntaram por Patrícia, mas fomos instruídos pelo patrão a dizer que ela estava de férias. Isso, até encontrarmos quem a substituísse em seu “entretenimento” aos fregueses, todos do sexo masculino. Aí um carrão belíssimo, de uma marca que eu não conhecia, estacionou para abastecer.
Todos cumprimentaram o coroa de cabelos grisalhos que desceu do automóvel. Uma morena esbelta, que estava sentada no banco do carona, também saiu. Estava de costas para mim, por isso não dava para ver-lhe o rosto. Quando se virou em minha direção, ambos tivemos uma surpresa: ela, por reconhecer o macacão de Pietro, que eu estava usando; eu, por reconhecer a linda morena que eu vira na fotografia lá no apartamento do cara. A tal que ele parecia estar enrabando enquanto lhe apalpava a buceta.
Aproximou-se de mim, aproveitando que o coroa tinha ido falar com Rodrigo e Alexandre, enquanto eu abastecia o automóvel. Perguntou-me pelo dono do macacão. Parecia aflita. Relutei por um momento, porém resolvi dizer-lhe que ele havia sido baleado, mas estava bem. Ela deu um suspiro aliviado no instante em que o coroa olhava em nossa direção. Ele fez uma cara desconfiada e depois caminhou com passos rápidos diretamente para nós. Ela, vendo-o aproximar-se furioso, ficou amedrontada. Quis entrar de volta ao carro, mas ele a alcançou antes. Perguntou o que estávamos conversando e ela se negou a dizê-lo. O forte tabefe que o coroa lhe deu me pegou de surpresa. Ela caiu no chão sujo do posto. O cara continuou dando-lhe bofetões e chutando, mesmo ela estando caída no solo.
Quando eu ia intervir, o patrão saiu lá de dentro perguntando o que estava havendo. Estava furioso, mas logo mudou de atitude quando reconheceu o agressor. Apertaram-se as mãos, como se fossem grandes amigos. Depois chamou um dos rapazes e pediu que levasse a morena até o consultório de sua irmã, que ficava em uma das salas do estabelecimento. Depois o patrão trancou-se com o coroa em seu escritório, fechando as cortinas. Quando a bela morena saiu do consultório da dra. Rejane, irmã do dono do posto, estava com vários hematomas no rosto e andava com dificuldades. Entrou no carro sem nem olhar para mim. Ficou lá sentada na cadeira do carona, com o olhar vago. A nossa companheira com jeito de lésbica foi conversar com ela, mas a morena não queria saber de papo. Perguntei a Alexandre quem era o coroa e soube que o cara era um juiz escroto, que vivia batendo na morena por qualquer besteira. Era cismado de que ela teve um romance com um cara que já trabalhou no posto e sempre voltava ali na ânsia de tornar a encontrá-lo. Deduzi tratar-se de Pietro, mas não disse nada. Perguntei por que ninguém o impedia de bater-lhe. Disseram que o coroa tinha o péssimo hábito de atirar em quem se metesse com ele. E ficava por isso mesmo, pois ele usava e abusava de sua autoridade sobre os delegados da cidade.
Naquele momento, entendi por que Pietro não manifestava o desejo de se vingar de quem lhe dera o tiro. Não adiantaria nada prestar queixa à polícia, pois esta não faria nada contra o juiz. Subiu-me uma revolta repentina, mas percebi que o pessoal se afastou de mim, disfarçadamente, quando o merda do juiz saiu do escritório do patrão ainda fechando o zíper da calça. Lançou-me um olhar maligno, antes de perguntar se eu já havia completado o tanque com combustível. Sustentei-lhe o olhar e falei que sim. Ele deu partida no carro e foi embora, sem pagar nem agradecer. Quando o cara desapareceu de vistas, Alexandre retirou do bolso um pedaço de papel e me entregou. Continha um nome e um número de celular. Disse-me pertencer à morena, que pediu que ele o entregasse a mim.
À noite, quando larguei, estava ansioso para telefonar para a morena e saber o que ela queria comigo. Procurei um orelhão das redondezas e liguei para o número indicado no papel. Uma voz de homem respondeu. Desliguei imediatamente. Dei um tempo e liguei de novo. Dessa vez, uma voz feminina atendeu. Identifiquei-me como sendo o cara que vestia o macacão de Pietro. Ela apenas pediu o meu número de celular. Disse que me ligava ainda naquela noite. Desligou antes que eu pudesse perguntar se ela estava melhor.
Resolvi ir para o apartamento de Pietro, esperar sua ligação. Algo me dizia que ela iria demorar a me telefonar. Retirei o quadro da parede, onde ela posava com o rapaz, e fiquei por longo tempo olhando a fotografia. Acho que estava apaixonado pela sua beleza. Não, não era paixão. Eu desejava aquele corpo que Pietro enrabava na foto. Tanto que o pau ficou duro só de pensar em meter naquele rabo. Quando pensei em me masturbar pensando nela, o celular tocou. Corri para atender, pois o tinha deixado dentro do bolso da calça. Mas o aparelho que tocava era o de Carlos. O que ele havia deixado comigo na noite anterior. Fiquei na dúvida se atendia ou não. Atendi.
Uma voz masculina, mas com timbre afetado, disse apenas: PIETRO ESTÁ VIVO. PRECISAMOS FAZER ALGO O QUANTO ANTES. Depois, desligou. Pensei em ligar de volta e perguntar o que estava se passando. Mas dessa vez foi o meu celular que tocou. Atendi e uma voz feminina, que eu reconheci de imediato, perguntou se a gente podia se encontrar. Indaguei se o coroa não iria lhe causar problemas. Ela disse que eu não me preocupasse, já que havia colocado algo em sua comida para que ele adormecesse. O sonífero faria efeito por seis horas consecutivas. Daria tempo de sobra para conversarmos. Marcou um local onde eu deveria apanhá-la, depois iríamos para um lugar onde pudéssemos conversar. Peguei o carro de Pietro e fui buscá-la.
Estacionei próximo à orla de Boa Viagem, nos arredores de onde ela morava, e ficamos olhando o mar. Durante todo o percurso até ali, ela não abriu a boca. Perguntei-lhe o que queria falar comigo. Ela ainda esteve, por um momento, pensativa. Depois perguntou de onde eu conhecia Pietro. Contei-lhe toda a história, tintim por tintim. Parecia menos aflita quando terminei. Disse, então, que havia conhecido Pietro há alguns anos e se apaixonara por ele. No entanto, seu pai nunca permitiu que ela tivesse namorado. Referia-se ao coroa de cabelos grisalhos que lhe bateu lá no posto, e que eu supunha ser seu marido. Pietro enfrentou seu pai, e este o ameaçou de morte. O rapaz acovardou-se e acabou o romance com ela.
Então, conheceu outra pessoa e passou a ter um relacionamento às escondidas. O cara era mais afoito que Pietro e andaram se encontrando muitas vezes, antes que o velho desconfiasse que ela, novamente, tinha alguém. Certa noite, encontrou-se com Pietro por acaso e estiveram conversando dentro do carro dele. O mesmo carro em que estávamos agora. Aí seu pai, que a mantivera o tempo todo sob vigilância, achou que o rapaz continuava sendo seu amante. Atirou em Pietro sem dar-lhe tempo de explicar a situação. Depois a arrastou de lá, à base de tabefes, deixando o cara agonizante. O resto, eu já sabia.
Calei-me sobre o telefonema estranho que deram para Carlos. Ela ficou olhando para mim, enquanto eu permanecia pensativo. Perguntou-me se eu podia levá-la até onde estava Pietro. Respondi que teria que consultá-lo primeiro. Ela disse que entendia meu cuidado, mas poderia me pagar bem se eu lhe conseguisse um encontro com ele. Não se tratava de dinheiro, expliquei-lhe. Então, de uma forma bem insinuante, falou-me que havia percebido meus olhares gulosos para o seu corpo, quando esteve no posto naquele dia. Confessei-lhe que havia uma foto sua com Pietro que me deixava excitado todas as vezes que via. Ela olhou para o meu pau, que quase pulava da calça te tão duro. Abriu-me o zíper. Ficou maravilhada com o seu tamanho e grossura e esteve brincando com ele nas mãos. Negociou comigo. Afirmou que daríamos uma boa foda se eu a levasse até onde o cara estava. Respondi que não era preciso isso, bastaria ele concordar em vê-la. Aí ela sussurrou bem próximo ao meu ouvido também ter ficado tarada por meu pau. Queria-o dentro de si nem que fosse por uma única vez. Arrepiei-me todo com aquela declaração. Fizemos um trato: iríamos para um motel e daríamos uma rapidinha, antes que seu pai acordasse e a procurasse. Prometi que, no outro dia, arranjaria um encontro dela com Pietro. Ela concordou sem nem titubear.
Nem bem chegamos ao motel mais próximo, ela se atirou em meus braços, beijando-me e tirando minhas vestes ao mesmo tempo. Deu-me um banho de língua antes mesmo que a última peça das minhas roupas estivesse caída ao chão. Mamou-me o cacete com uma técnica até então desconhecida para mim. Serpenteava a língua em meu pau de forma voraz, como se lhe desse uma surra com ela. A danada tinha uma língua enorme, e estalava-a em meu cacete, como se o estivesse chicoteando. A sensação era maravilhosa. Depois me chupou com gula, quase me arrancando o primeiro gozo. No entanto, todas as vezes que eu tentava despi-la, se esquivava dengosa. Meti-lhe a mão entre as pernas e arranquei-lhe a calcinha. Estava suja de sêmen. Levantei-lhe a saia e deixei à mostra uma vagina minúscula, que até parecia atrofiada. Ela olhou-me envergonhada, dizendo ter uma deformação no sexo. Perguntou se eu perdera o tesão por ela por causa de sua deformidade.
Eu estava muito excitado para pensar em algo que não fosse meter-lhe na buceta. Quase a joguei sobre a cama do motel, deitando-me sobre ela. Coloquei uma camisinha às pressas, apontei minha cabeçorra para sua minúscula vulva e forcei a entrada. Ela gemeu de dor, mas pediu que eu não parasse. Tinha um túnel apertadíssimo, muito parecido com um cu virgem. Nem bem enfiei um terço do meu cacete, ela pediu-me que parasse, pois não aguentava mais de tanta dor. Frustrado, saí de cima. Mas ela virou de costas, me oferecendo a bunda empinada. Meti ali meu caralho inchado, com cuidado para não machucá-la. Ela engoliu-o sem problemas, relaxando seu orifício e fazendo-me escorregar macio dentro de si. Ficava prendendo minha rola com o ânus, me causando uma sensação maravilhosa. Pediu-me que eu avisasse quando fosse gozar. Percebeu antes que eu lhe dissesse e retirou-se do meu pau, ficando de frente para mim. Arrancou-me a camisinha depressa e ordenou que eu ejaculasse em seu rosto inchado por causa dos hematomas. Explodi em gozo em sua face.
Ela ficou passando meu esperma por tudo que era inchaço, dizendo que aquilo a faria ficar curada mais depressa. Eu sabia que sêmen era bom para a pele, mas não para tratar de feridas. Olhei bem entre suas pernas e percebi um líquido branco e espesso escorrendo-lhe pelas coxas. Fluía em quantidade até maior do que a porra que eu vertera nela. Fiquei olhando para o seu sexo deformado. Possuía o aspecto de uma vagina, mas parecia mais uma simples racha entre as pernas. Tinha um pinguelo um tanto avantajado que mais se assemelhava a um minúsculo pênis saindo da abertura. Nunca eu havia visto uma buceta com aquele formato. Ela, percebendo minha curiosidade, virou-se para o outro lado, encabulada.
Pediu para descansar um pouco, pois ainda estava resfolegando. Prometeu que responderia depois todas as perguntas que eu lhe fizesse. Eu também estava exausto. Acho que havia despejado nela todo o meu esperma. Deitei-me na cama e fechei os olhos. Tinha finalmente matado o desejo de comer a morena dos meus sonhos, aquela pela qual havia batido punhetas vendo-a sendo enrabada na fotografia que via no quarto de Pietro. Quem ligava que ela tivesse uma xana um pouco diferente? O fato é que eu não sabia em que enorme encrenca estava me metendo...
FIM DA DÉCIMA TERCEIRA PARTE