Já me perdi no coração de muitos meninos, para citar o poeta. E é verdade. Já estive com rapazes mais novos, com homens mais velhos, com gays assumidos, com héteros passivos, com rapazes que gritavam, com rapazes que grunhiam, com rapazes que nao queriam ir ate o fim, com rapazes que depois nem olhavam para mim. Muitas histórias até que engraçadas, ja fiquei com um cara que depois de me dar, quis que eu fosse me converter à sua igreja. Ja estive com um rapaz que mesmo com a bunda vermelha pedia para eu bater mais forte, e gostava que eu o chamasse de veado mesmo na rua na frente de todo mundo. Ja estive apaixonado por um amigo, hétero, para complicar. Ja escrevi poemas que rasguei antes de ser flagrado. Ja postei um conto autobiográfico. Ja fui flagrado por minha mãe quando ela chegou mais cedo do trabalho e eu estava com um colega de escola em casa. Ja transei com primo, ja fui passivo, já gritei que amava alguém e depois percebi que não era amor. Ja fui traído, já devo ter traído. Já fiquei com estranho no carnaval, ja passei pelo corredor de um hospital, apreensivo a espera do resultado negativo, que felizmente veio. Mas das coisas que eu posso dizer com convicção que nunca fiz, uma eu queria pôr aqui: eu nunca senti vergonha de quem sou.
Claro que ja passei pela fase de não saber quem sou. Já fui enrustido, já briguei com quem me chamou de gay, mas eu era novo e ouvia muita bobagem sobre "moral" e "bons costumes" e essas coisas eu ouvia de pessoas que, uma a uma, foram tendo seus segredos revelados, e que nao eram santos, mas paus-mandados. E eu sabia que se fosse esconder que gostava de outros rapazes como eu, isso só serviria para no futuro alguém me flagrar e eu me tornar um desses hipócritas. Por isso eu assumi, cedo, 18 anos, quando só minha mãe sabia. E foi um choque, principalmente para uma amiga que talvez gostasse de mim com algo mais que amizade. E para meu pai, claro, que deixou de falar comigo por um tempo e só retornou a dizer alguma coisa quando o Brasil perdeu para a Alemanha na Copa do Mundo. Nós dois xingamos meio mundo naquele dia.
E um ano depois, veio outro dia, tão importante quanto aquele, em que eu vi ele, e ele me viu. E ele não quis olhar muito para mim, pensando que talvez eu estivesse encarando ele porque eu era algum desses homofóbicos e ele estava numa mesa com suas amigas, ou talvez nao olhou para mim de tão esnobe que era, so voltou a se virar para as garotas que falavam sempre com um sorrisinho na boca. Eu gostei dele, eu tinha saído de um relacionamento conturbado, drama, choro, aquelas frases de efeito que voce diz sem pensar e que o outro diz sem pensar e os dois saem machucados, sem querer outros namorados. Mas aí encontrava por aí alguém assim como ele, e voltava atrás, e estava disposto a tentar outra vez, e talvez no final sofrer outra vez, mas antes de sofrer vinham tantas alegrias, conhecer assim outra pessoa e estar tao intimo de outra pessoa que a nudez da outra pessoa te conforta, mais que excita, te tranquiliza como se estivessem em casa, a vontade, um com o outro. Eu queria isso com ele. Tentar com ele, e fui até ele e perguntei se a cadeira do lado da dele estava vazia e disse que queria pagar alguma coisa para ele, se ele quisesse, um suco, uma porção de qualquer gordurosa batata que podiamos dividir ou ele podia comer sozinho, desde que eu ficasse ali, olhando. Não, não foram todas essas palavras que eu disse, algumas ficaram subentendidas no ar enquanto suas amigas se acotovelavam na mesa para me dar espaço e ele sorriu por tras daquele seu rostinho esnobe, ele era bonito e era esnobe porque sabia que era bonito, e devia ter um daqueles nomes bonitos e sonoros que parecem doces ao ouvido. Ele olhou para mim outra vez, sorriu, abriu também espaço e disse que um suco estava bom, obrigado, moço. Sim, ele usou a palavra "moço" como se eu fosse um quarentão extremamente indigesto, mas usou em tom de ironia. E eu disse eu que agradeço e ele escolheu sabor morango. Linda sua boca brilhante de morango. Vermelha. Vermelha. Vermelha sua boca brilhante de morango. Eu olhava. Suas amigas se apresentaram e meus amigos e amigas na outra mesa só riam por eu estar assim, tao desesperadamente me entregando a outra história de amor pouco depois de falar que havia terminado um relacionamento, aquele do drama e do choro. Mas eu nao aprendia, esse era o problema, eu gostava dessa sensação gostosa de ter alguém gostando de você, pensando em voce antes de dormir, e voce pensando nele. E quando eu já não sentia isso um pouco do meu amor ia esmorecendo, espirito de artista. Era a lanchonete da faculdade, era noite e era estrelada, era uma camisa verde que ele vestia e eram olhos castanhos que ele tinha. Perguntei seu nome, Daniel, e o meu? Jader, prazer, prazer.
Prazer.
Suas amigas me trataram bem e serviram como tiras da pesada dos filmes da década de 70 com seus interrogatórios mal-disfarçados querendo extrair cada segredo da minha vida antes de liberar a mim o tesouro que elas protegiam, e eu ia respondendo mas olhando para ele porque era ele na verdade que queria saber daquelas coisas, meus 20 anos de idade, minha incapacidade de me sair bem na hora do teste pratico para carteira de motorista, o curso que eu fazia e a musica que eu ouvia. Até o grau do meu óculos elas perguntaram, e talvez se continuássemos naquela mesa perguntariam qual o sabor da camisinha na minha carteira, mas nao continuamos, estava uma noite bonita, eu dizia, e queria que ele fosse andar comigo. Andar comigo. Eu sempre queria alguém para andar comigo. Era isso que eu buscava desde que a adolescência me deu a certeza de que eu era diferente dos meus dois irmãos e a minha mae não teria tres noras em casa discutindo quem fazia o melhor feijão pro almoço de natal, mas era isso aí, eu sabia. Ser diferente nao doía, era só diferente. Para usar uma metáfora batida: a perola-negra é diferente e vale mais. Para usar uma metáfora nem tao batida: para cada saco de sucrilhos sempre tão iguais, vinham umas bolinhas diferentes que eram puro açúcar e eram as mais gostosas. Ele era a minha bolinha de açúcar. E disse que ia comigo sim, e quando levantou eu toquei nas suas costas para ajuda-lo e foi a primeira vez que meus dedos conheceram a pele de Daniel.
Os arredores da faculdade em fim de turno estavam desertos e nós tínhamos a rua toda só para nós, andando lado a lado no meio do asfalto vazio de carros e fumaça e barulho, só nós dois e eu perguntei se ele nao estava com frio só com aquela camisa e ele disse nao, e eu insisti e ofereci o meu casaco e ele ainda assim disse nao, mas sorriu, e foi o primeiro a puxar um assunto, se eu ainda estava com um rapaz que ele me via andando pelos corredores dias antes. Era meu ex aquele rapaz, falei, nós terminamos. Há muito tempo? Ele perguntou. E eu disse que antes de terminarmos tudo ja estava acabando, o que era um eufemismo para dizer que não, não fazia muito tempo. E talvez tivesse sido melhor se eu tivesse visto o Daniel dias antes do meu relacionamento anterior, ou dias depois de ter acabado, porque aquilo me deixou meio constrangido, ele podia pensar que eu era aquele tipo de cara que se desfaz dos outros como se fossem papéis de bala, e mas não era. E perguntei dele, querendo saber se estava num relacionamento ou se havia saído de um ha pouco tempo, mas ele nao entendeu a minha pergunta e disse outras coisas sobre ele e eu achei fofo o seu jeito inocente de falar que nao tinha nada de diferente, fazia um curso diferente do meu, trabalhava, vivia só com a mae e a ajudava, como se adivinhasse que a chave para o meu coração era admirar a outra pessoa e fazer de dentro dessa admiração nascer um amor tão grande. Naquele momento eu o admirei como pessoa e admirei o seu sorriso por baixo da luz de um poste e um carro vinha e nao víamos e ele buzinou e saímos rindo do meio da rua, correndo, e quando chegamos ao acostamento, eu o peguei pelo braço e o pus contra mim e o muro, e o meu rosto próximo ao seu, ajeitei com cuidado seu cabelo que caíra sobre a testa de volta no lugar, e nos seus olhos, meu lugar. Pegou meu braço, achei que iria me afastar, mas sua mão não fez força, só repousou ali, suave. E eu o beijei. Debaixo daquele silêncio todo. Debaixo daquelas estrelas todas. Debaixo daqueles apartamentos altos e daquelas muretas de casas e lojas, eu o beijei e meu mundo se resumiu ao gosto de morango na sua boca, ou o seu gosto na minha boca. Tremia um pouquinho, ele. De frio, mas era teimoso para aceitar o meu casaco. E eu juntei meu corpo ao seu, aquecendo-o em mim, e uma brisa noturna veio mas nao foi capaz de nos esfriar naquele beijo.
E depois seguimos andando e meu braço no seu ombro ele nao rejeitou. O livro da minha vida que vivia fechado, eu abri para ele, sem medo de contar os micos, as historias engraçadas, as mais constrangedoras, e ele ria dessas, e contava tambem suas perolas e eu começava a pressentir que sentiria falta do seu cheiro quando ele se afastasse de mim para ir embora. E ele disse que suas amigas mandaram mensagem e que ja estavam indo para casa. Eu perguntei se podia ficar, eu o levava, mas ele nao podia, voltamos e elas nos esperavam no portão, e elas o levaram então, e comigo ficou lembranças e o telefone dele.
E foram mais alguns dias, aquelas descobertas mínimas, pelo Skype fiquei sabendo que a cor da parede do quarto dele era de um azul tao sereno que eu comecei a associar esse azul a sua personalidade. Fiquei sabendo que ele trazia consigo uma correntinha por baixo da camisa e que quando ficava nervoso colocava a cordinha na boca, que no frio das noites que nos encontrávamos sempre para uma caminhada depois das aulas ele se arrepiava todo e seus mamilos na camisa marcavam. Depois de quatro dias, aceitou meu casaco e ficou bonito nele. Daniel era tao querido, era tao educado, era tao amável que eu tinha medo de estar caindo outra vez naquela armadilha de nao saber sair da aura da outra pessoa. Mas eu queria estar na sua aura. E a gente se encontrava, jantava, lanchava. Ele veio na minha casa antes de eu ir na dele, o apresentei como um amigo à minha mãe, meu pai no trabalho. Ficamos na sala, ela la fora. Em algum momento, da janela deve ter visto eu beijando ele. É que ele me atraia para a sua boca. A cada palavra que dizia, a cada movimento que fazia, me inebriando com seu perfume. Perguntei que perfume era e ele disse o nome, orgulhoso.
- O seu também é bom.
- Nem é, você só está falando isso para retribuir.
Cheirou meu pescoço - Não, ele é gostoso mesmo.
- Então, obrigado...
- Ficou todo vermelho, você... - disse rindo.
E era de novo aquele abismo de nao saber a hora de dar o próximo passo, e ele nao me dava pistas também, nunca falava que queria me ver num lugar mais sossegado, ou que ia ter mais algumas horas para nós dois. E eu toquei meio hesitante no seu ponto sensível quando estava deitado na grama de um parque e a noite estava estranhamente esvaziada de assaltantes e ele em cima de mim me beijava e sua mão na minha bunda, ele nao a tirou dali. Sua língua me massageava e seus dedos bagunçavam meu cabelo.
- Se a gente não parar, vai ser dificil me segurar depois - eu disse.
Ele só afastou o rosto alguns centímetros do meu, sua correntinha caiu no meu rosto e eu a pus na boca, ele sorriu. Perguntou o que que eu achava de a gente encontrar um lugar, sei la, menos publico, e eu ja vinha todos esses dias andando com dinheiro o suficiente no bolso para ir num hotel de qualidade ali no centro da cidade mesmo e disse que era uma boa. Era uma boa nós dois assim num lugar privado, finalmente, não aquela baderna da minha casa, não aquela falta de privacidade das ruas ou dos corredores da faculdade quando eu tinha que dividir sua atenção com todos os seus amigos e amigas e cadernos e estudos. Agora ele era meu e só meu e eu disse isso e ele disse que gostava de mim de verdade, e eu disse que tambem gostava dele, dane, o chamava assim, e o puxava pela correntinha no seu pescoço e ele antes de me beijar outra vez segurou com as duas mãos no meu rosto e olhou nos meus olhos por um longo longo tempo e depois veio aproximando sua boca lentamente da minha e fomos nós dois, dois meninos, dois rapazes, descobrindo outra vez o caminho, o beijo mais longo e mais intimo, o momento em que minhas mãos ja nao conheciam barreiras e as dele nao conheciam timidez e vieram no meu pau, duro que doía, e a gente foi se achegando na cama mesmo que agarrados um ao outro, mesmo perdidos um no outro. Nao, perdidos, não. Eu estava perdido quando sem ele. Agora? Agora eu estava no lugar certo.
E ele tirou minha camisa de um salto, me jogou na cama e beijou meu peito, , enquanto ia descendo, tirando a sua camisa também, ficou um longo tempo na minha barriga, beijando-a, mordendo-a de leve, Daniel, Daniel, eu fechava os olhos de prazer e nao restava nem a cinza do que quer que fosse que existisse alem daquele quarto. Minha calça era difícil de tirar, eu me virei para ajuda-lo e ja aproveitei para desfrutar dele, do seu perfumepelecorpocarne eu o chupava porque o meu sadismo era deixar a minha marca nele, no corpo todo dele, e isso Daniel percebeu logo de cara, na segunda vez que saímos juntos e eu chupei seu pescoço e ele voltou tímido para suas amigas mas nao escondeu a marca. Agora seu peito com a mesma marca, seu tórax. Beijei a correntinha e o umbigo, tirei a calça dele que era mais fácil de tirar e depois a minha e era a primeira vez que ele via o meu pau e eu nem saquei na hora o seu olhar era o primeiro olhar, de tão íntimos que estávamos nem saquei e fui de volta para seu corpo e o chupei e beijei suas coxas e levantei suas pernas, se depilava, passava creme hidratante com sabor de alguma fruta que eu nao saberia reconhecer porque nunca havia comido antes (pitanga, ou piaçaba ou fruta-do-conde ou qualquer outra dessas frutas todas que nem sei se sao frutas mesmo ou so meu cérebro confundindo tudo) mas era cheiroso e ainda bem que ele ja era assumido e se cuidava assim e beijei sem medo, e lambi sem medo, e o fiz gemer e seu gosto era bom, e enganchei a boca para sugar seu gosto para mim. Daniel, dane, dâ, qualquer outro apelido que ja devo ter dado para ele. E depois trocamos de posição e foi sua vez de me chupar e se mostrar o safadinho que as vezes deixava transparecer numa conversa mais quente de wattsapp ou ate pessoalmente, passivos e suas formas de incendiar um outro cara. Ainda mais um cara que ja estava apaixonado desse antes, muito antes. Chupava sempre ate o fundo, ate a garganta e as duas bolas de uma vez na boca, seus olhos em mim, provocando, suas mãos tentando perfurar as minhas coxas, minhas mãos tentando perfurar a cama, subiu e seu beijo com meu gosto agora era outro beijo, pelo menos no começo, depois voltou a ser o mesmo beijo, e eu e ele nos movíamos trocando de posição algumas vezes, chupando-nos, provando-nos, testando-nos, suas panturrilhas eu gostei de morder, e ele de mordiscar a minha orelha, onde eu era sensível. Beijei seu rosto todo para faze-lo parar de beijar minha orelha porque eu dizia "para" e pra provocar ele continuava, e depois eu lembro que em algum momento ficamos sem nos mover, arfando, abraçados, eu deitado em cima dele, com meu corpo todo cheirando ao corpo dele, e meu pau duro e ele foi abrindo as pernas para mim, olhando para mim, assim, todas as suas feições demonstrando o quanto ele estava entregue, o esnobe da lanchonete só fingia que era esnobe mas na verdade era um dos caras mais bacanas que eu ja conheci. Ja me perdi no coração de muitos meninos, me afoguei em alguns, me embrenhei em outros, mas nunca, nunca foi desse jeito tão exatamente como eu queria, nao havia nada nele que eu quisesse diferente, e ele pediu baixinho "no começo vai devagar" e eu concordei e coloquei meu pau com a camisinha posta ali na hora bem no caminho dele, no incêndio entre as abas da bunda dele, suas nádegas grandes apertando o meu pau, me puxando mais para ele, o cuzinho fechadinho, mesmo piscando, fechadinho, e eu com cuidado avancei, ele deu um pequeno pinote para trás, devia ter sido muito depressa, eu estava com pressa, eu queria ele, era o que mais queria, ele sabia disso, sabia que nao foi por mal, e relaxou outra vez seu corpo, molhei meu dedo com saliva e o levei la embaixo, seu cuzinho o aceitava bem gostoso, aquecendo-o por dentro do seu corpo, beijei seus lábios, Daniel dobrou os joelhos no ar, fazendo com que ficasse mais aberto para mim. Tirei o dedo e tentei outra vez com o pau, agora mais lentamente, talvez por causa da camisinha ou por nao estar olhando demorou duas ou tres tentativas para encontrar seu cuzinho, e então foi entrando, ele foi gemendo para demonstrar que agora não doía tanto, embora doesse, no começo sempre dói e quando metade estava la.dentro eu parei, ele trazia uma expressão de dor por um momento e de olhos fechados nao via que eu só olhava para ele, mas quando a dor passou ele se mexeu um pouco no colchão, mais confortável, sua mao foi no meu pau e viu que nao tava tudo dentro ainda, eu estava esperando e falei "põe ele pra dentro de voce, põe, Dane" e ele foi pondo, de-va-gar se movendo embaixo de mim, principalmente o quadril, seu corpo todo se aconchegando da melhor maneira e o pau entrando mais, sua bunda se abria para puxar mais um pedacinho de mim e se fechava para o sugar para dentro e ele segurava com as duas mãos nos meus braços e eu comecei a ir e voltar quando ele já não demonstrava dor nenhuma, só aquele seu rostinho de tesao e ele abria tanto as pernas que eu o fodia forte ja, batendo minhas coxas nas suas, quadris nos seus, e ele gemia alto, de um jeito gostoso, seu gemido era bem arfante e sonoro e nós ficamos de joelhos na cama e depois ele ficou de quatro e era linda a imagem, ele sabia que tinha uma bunda linda, ele sabia que um cu cor de rosa como aquele tinha força para terminar uma guerra, mas em vez disso estava ali, sendo meu, aquele cu, do meu namorado, e ele pedia para or com força, e depois de alguns minutos falou que estava quase e eu tratei de me apressar porque eu estava curtindo tanto aquela bunda linda que me esforçava ao máximo para manter o orgasmo longe, mas então ele começou a rebolar mais e a ir e a voltar inteiro no meu pau sem eu nem me mexer ate que ele começou a gozar e seu gozo era forte, jorrando, e eu tambem ali atras gozando na camisinha, e me esvaziando nele, e ja sonhando de olhos fechados com aquelas imagens da hora do gozo, não são bem imagens, só sensações, uma fisgada gostosa, um esvaziamento, paz. Ao abrir os olhos, ele deitado na cama olhava para mim sorrindo, vestindo apenas a correntinha.
- Você agora é a pessoa mais importante da minha vida - falei, talvez nao com essas palavras, mas com essa verdade, enquanto me juntava a ele.
- E você nunca mais vai se livrar de mim, moço - ele respondeu, num sussurro.
E eu sabia que tinha um conto para terminar e que Dois Lagos não se escreveria sozinho e que depois de Até Você Ser Meu veio de novo aquele medo de não conseguir escrever nada que valesse a pena mostrar, mas sempre vinha esse medo e passava, só que antes de terminar o novo conto, precisava dizer, precisava por em palavras todas essas coisas, não chegaria a ser um conto, curtinha a nossa história, minha e dele, mas curtinha por enquanto, Daniel, Daniel, porque ele me inspira e me faz continuar...