só queria compartilhar http: // venus. workupload. com/ image/Siu76V3U (Apaguem os espaços desse link, esse é basicamente uma imagem do dreamcast bem parecido com o Eduardo da minha imaginaçãoNesse momento, bato minhas asas sobre a cidade e escuto os corações batendo por todos os cantos. Quando penso na minha sede, a imagem de Jesus vem em minha mente e a sua pálida garganta macia e quente. Não sei por qual razão não estou indo atrás dele nesse momento. Paro nos céus e tudo que ouço é o som das minhas asas cinzentas contra o vento. Estou invisível nos céus. Quando mudo minha aparência para a criatura com azas, minhas roupas desaparecem, meu rosto obtém uma forma de morcego, minhas asas crescem na minha costa, couro frio e cinza interligados entre os ossos bizarros… todo o meu corpo se torna da cor de um céu nebuloso a não ser pelos meus olhos e lábios. Esses são vermelhos como sangue.
A transformação faz-me sentir bem e forte. Assim como todas as outras as minhas habilidades. Elas me cansam rápido, no entanto, e estou velho demais para saber que às vezes não vale a pena gastar suas energias. Pelo menos, não quando você não tem como garantir o sangue. Concentro-me na cidade, nas partes mais escuras e afastadas do centro animado com a praça e a igreja. Automaticamente, começo a escutar o bater dos corações de muitas pessoas. Jovens, velhos, doentes… Alguns melhores que outros. Isso é tudo que consigo escutar de longe, o coração.
Um grupo de corações jovens está saindo da cidade pela estrada de barro e indo em direção às árvores que a rodeia. Eu dou um sorriso de felicidade. Sem aguentar, eu dou uma gargalhada. Voo em direção a eles. As nuvens batem no meu rosto e desaparecem por trás de mim. Embaixo, a paisagem fica maior e mais próxima. O mundo fica gigante novamente sobre meus pés e eu já estou na minha forma humana. Fico na estrada de barro e encaro o caminho na minha frente. Muitas árvores ao meu redor e muito lugar para se esconder. A floresta parece reconhecer que estou ali e as folhas sussurram para que eu vá embora, mas eu digo que não. Sorrindo, dou alguns passos e vejo ao longe os jovens se aproximando no escuro, algumas lanternas em suas mãos.
Eles ainda não me veem. Estou sem meu sobretudo e chapéu, deixei-os na casa abandonada em que escolhi para ficar algumas horas atrás. Meu cabelo está parado ao redor do meu rosto por causa da falta de vento. Um dos quatro adolescentes aponta sua lanterna na minha direção e desapareço velozmente por trás de uma árvore. ‘Viu aquilo?’ ele diz. A voz vibrando de medo, assim como o coração acelerado. Humanos me lembravam de coelhos indefesos nessas horas. ‘Eu vi dois olhos vermelhos! Não viram?’
Os outros começaram a rir. Havia uma garota apenas no meio deles.
‘Mentiroso’ ela o acusa. ‘Está tentando me deixar assustada.’
Eles continuam caminhando. O garoto da lanterna que havia ficado para trás por alguns segundos corre para junto dos outros três.
‘Não estou mentindo, Niara.’
‘Claro que não.’ Ironiza ela.
‘Pare de assustar a garota, Kaique. Eu protejo você.’ Aquela voz é mais alta e confiante, cujo dono decido imediatamente se tratar do que irei beber. Olho as suas costas quando passam. A garota é loura e tem um corpo avantajado. Veste-se daquele jeito libertino que se fosse visto na minha época seria morta ou levaria uma surra. O garoto que vai abraçado a ela é um jovem grande e cheio de vida, a pele branca e o cabelo escuro. Os outros dois sao menores. Kaique é o mais gordo de todos.
Estou tão distraído que não percebo até agora outros corações vindo na direção dos jovens que caminham pela estrada de barro e se enfiam na floresta. Mais três jovens adolescentes.
‘Acha mesmo que vieram por aqui?’ um deles pergunta.
‘Ali estão eles. Shhiu.’
Eles caminham na minha direção e eu escalo a árvore para não ser visto. A situação está com grande possibilidade de me entreter bastante ou me deixar bastante entediado. Realmente não sei qual situação será pior para eles.
Os três sorrateiros vão atrás dos outros quatro mais à frente e eu os acompanho pulando agilmente de galho em galho pelas árvores. Eles escutam o meu barulho mas não se importam muito, acham que sou algum animal ou algum tipo de morcego. Eu sorrio. Muita sede. Muita sede. Mas quero saber onde isso vai dar. Ao longe, escuto um grito masculino. Deixo os três para trás e pulo de duas em duas árvores para chegar mais rápido. Observo no chão a menina dando chute no que antes a ofereceu sua proteção. Acho aquilo divertido.
‘É melhor nunca mais colocar a mão em mim se não permitir, Lindomar.’ A loira dá um chute no garoto e se vira para Kaique e o outro. Ela está sorrindo. Sabe qual é a intenção dos garotos ao levá-la para a floresta e tem certeza que consegue lidar com os três. Lindomar geme de dor no chão e se afasta da menina.
‘Peguem ela, seus idiotas!’ Lindomar grita.
‘Tentem’ ela diz, desafiadora. Se eu tivesse um coração vivo, ele estaria a bater de orgulho. O gordo Kaique coça a cabeça e faz uma careta parecida com a de alguém que está prestes a chorar. Lindomar se levanta do chão e olha furioso para a loura, mas não ousa atacar, medo emana dele. Nesse momento, os outros três aparecem na estrada e olham para a cena.
‘O que está acontecendo aqui?’
‘George! Vitor e Vinícios!’ Lindomar parece alegre ao falar o nome dos outros três. ‘Segurem ela!’
A menina agora está com medo. Não esperava por isso e dá um passo para trás, mas não pode se afastar muito ou iria chegar muito perto de Lindomar. O único hesitante é o Kaique, ele lambe os beiços e olha confuso para os lados, seu coração bate nervoso. Eu caio da árvore nesse momento, ao lado da loura. Ela da um grito e encara meus olhos que devem estar brilhando vermelhos fervorosamente. Eu dou um sorriso.
‘Essa luta não parece justa. Talvez eu possa ajudar a senhorita!’ ofereço. Ela me olha desconfiado.
‘Quem é você?’ esse é Lindomar, ousa falar comigo naquele tom.
‘Um pesadelo.’
‘Os olhos dele são vermelhos!’ Kaique diz. ‘FOI ELE QUEM EU VI. FOI ELE. ELE ESTAVA NOS SEGUINDO.’
Eu dou um sorriso.
‘Achei suspeito o que tantos homens fariam sozinhos com uma garota no meio da floresta.’ Encaro Kaique, mas sinto a aproximação de Lindomar nas minhas costas. Antes que eu faça algo, Niara me protege. Seguro a vontade de dizer que não precisava da sua ajuda.
‘Obrigado, senhorita. Devemos bater agora?’
‘Sim, por favor.’
‘Comece então com os que já começou. Eu cuido dos outros três.’
Lindomar começa a correr nesse momento para dentro da floresta. Niara dá um soco na cara de Kaique que o faz cambalear para o lado e dar com as banhas no chão. Parte em busca do fugitivo, o outro amigo corre atrás dela. Confio no seu poder de lidar com eles. Viro-me para os três garotos.
‘É melhor correrem!’ aviso-os.
Eles sentiram a sabedoria do meu conselho e correm pelo caminho de onde vim. Idiotas. Melhor seria se espalharam pela floresta como Lindomar fez. Dou de ombros e corro na direção dos moleques.
Aquela foi a perseguição mais fácil em todos os meus séculos de vida. Lembro-me de ter caçado javalis na minha vida humana mais difíceis de serem pegos do que esses humanos. Um a um, eles caem aos meus pés e imploram por misericórdia. Eu os apago sem fazer muito dano. Escuto uma respiração forçada e difícil na estrada atrás de mim. Viro-me para encontrar o tolo de Kaique. Ele dá um grito de desespero quando me vê e corre na direção oposta. Um segundo depois estou ao seu lado e dou um tapa no seu rosto que o faz voar na direção da árvore à sua direita. Escuto um osso quebrando. Está vivo, isso que importa.
Ao longe, escuto um grito feminino e temo pela vida de Niara, a valente humana que conseguia bater em três homens aparentemente mais fortes que ela. Corro em sua direção e a encontro aos prantos ajoelhada ao lado de Lindomar. Fico confuso por um momento sem saber por qual razão ela chora pelo que a queria fazer mal até perceber que Lindomar está morto.
Seu coração não bate mais. Em minha vida humana, matara muitos e ainda lembro como foi difícil pela primeira vez. Em dias como hoje, a sociedade está muito mais severa em relação à vida dos seres humanos, por isso a culpa que a garota deve estar sentindo nesse momento é avassaladora. O outro garoto está correndo pela floresta, perdido.
Ajoelho-me ao lado dela e tiro os cabelos que tampam minha visão. Ela olha para cima com olhos cheios de lágrima.
‘Eu não queria…’
‘Eu sei.’
Niara tenta segurar o próximo soluço, mas isso só faz com que ela desmorone em mais um banho de lágrimas.
Seguro em seu rosto e faço-a me encarar novamente.
‘Por que seus olhos são vermelhos?’ ela pergunta, enquanto entra no transe.
‘Algum truque da luz, é tudo.’
‘É tudo.’
‘Niara, minha amiga. Você veio na floresta e foi atacada pelos seus amigos. Não sabe o que aconteceu com nenhum deles.’
‘Não sei?’
‘Não. Você apenas correu e voltou para casa chorando, contou tudo para a sua mãe, contou como seis meninos rasgaram suas roupas’ eu rasguei as roupas dela, deixei um seio de fora. ‘Eles tentaram lhe abusar, minha menina. Mas você foi forte e correu. Diga que eles ficaram para trás, na floresta. Diga que os achava serem seus amigos, mas estava enganada. E procure por um garoto chamado Jesus. Ele é sobrinho do padre. Talvez ele seja um melhor amigo para você do que esses aqui.’
Ela começou a correr naquele momento. Assisti a sua partida com um momento de hesitação, então deixei o meu desespero sair. Não preciso mais respirar. Mas a fraqueza que usar minha hipnose deixa em meu corpo é como se estar com falta de ar por vários minutos. Não achava que iria conseguir nem voar naquele estado. Olho para o corpo no chão e percebo que ainda está quente. Melhor do que nada.
Depois de deixar seu corpo vazio, eu vou para os céus e procuro pelo outro garoto ainda perdido e procurando pelos amigos. Carrego o corpo do morto nas mãos. Quando acho o menino, vou voando em sua direção e caio no chão ainda na minha forma morcego gigante. Jogo o corpo na sua frente. Ele grita, sem saber o que está acontecendo, está muito escuro para seus olhos humanos. Esta muito desesperado. Está preocupado com o amigo também, o que está morto no chão mas ele não sabe disso. Ele consegue ver meus olhos brilhando e dá um suspiro de medo. Consigo sentir seu corpo tremer. Ele começa a correr e caí depois de três passos. Dá um grito quando seguro no seu braço e geme de prazer enquanto sugo todo o seu sangue.
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obg a vocês q comentaram, gente. desculpa se esse capítulo está sem a interação do santinho, mas é pq eu queria deixar claro o que o vampiro podia fazer e qual era a consequencia de usar seus poderes, sabe? obg mais uma vez e continuem cometnando beijos