Continuando...
Rimos durante muito tempo. Fizemos nossas atividades. Eu ajudando o Gabriel onde ele tinha mais dificuldade. Ver aquele garoto todo concentrado me excitava e eu já tava ficando doido de tesão.
- Calma Lu, se controla. Aqui não.
- Mas Biel, por favor?! Uma rapidinha.
- Sai de perto de mim. Pervertido. - ele saiu correndo e eu atrás, gritando.
- Aaah vai ser assim né seu Gabriel?! Se eu te pegar você vai ver.
- Vai me pegar nunca. - depois de corrermos tanto eu já tava bem cansado. Fingi que tropecei e me joguei no chão. Ele veio com dó atrás de mim, quando chegou perto eu o agarrei.
- Hahaaa, te peguei de novo.
- Não Lu, não vale. Jogo sujo não vale.
- Jogo sujo nada. Agora vem cá. - Agarrei ele pela cintura e nos beijamos ali jo chão do quarto mesmo, me contive em somente beijos, porque já estava dando a hora de irmos pra escola.
Nos arrumamos e partimos. Chegamos na escola, um dia normal, tranquilo. Algumas pessoas chegando até mim pra confirmar a história de que eu estava namorando o Gabriel era verdade, e eu sempre dizendo que sim, que sim, que sim.
Perto da hora intervalo, senti novamente aquele aperto no peito e lembrei do sonho que tive a uns dias atrás.
Dessa vez o sentimento ruim veio mais forte, tava já passando mal. Fui ao banheiro tentar me recompor. Cheguei lá, me olhei no espelho, estava pálido, suando frio. Me lembrei novamente do sonho, e o Biel chorando não saía da minha cabeça. Lavei o rosto, molhei os cabelos e saí do banheiro, o intervalo já havia começado. Rapidamente o Gabriel me encontra.
- Lu, o que houve, tá tão pálido você?
- Biel, eu quero te contar uma coisa. Mas não aqui. - fomos pra quadra 2.
- Então Lúcio, pode me contar tudo.
- Gabriel. Não queria te preocupar. Desde o dia que encontramos com a Dayana so seu apartamento eu tenho tido um sonho estranho. Nele, estávamos eu e você, num dia chuvoso lá no Cais. De repente tudo começa a ficar vermelho, como se fosse sangue. Ouço alguna disparos de tiro, e vejo você chorando me abraçando. Mas, você não chora de teisteza e sim de medo.
- Porque não contou antes Lu?!
- Eu pensei que tinha sido só mais um sonho normal como os outros. Mas, esse tá se reoetindo várias vezes. Duas ou três vezes por noite. Gabriel, eu tô com medo.
- Emanuel calma. - Biel só me chama pelo meu segundo nome quando estamos num momento de tristeza profundabou preocupação intensa. - vai dar tudo certo. É só um sonho.
- Mas sonhos às vezes são premonições. Eu tô com medo Biel, tô com medo de que... nosso laço seja desfeito.
- Não vai ser desfeito. Não! Estamos juntos agora. Nada vai nos separar. Nada!
Fiquei mais feliz um pouco, voltamos pra o pátio, pra aproveitar os minutos finais do intervalo. Como sempre, o Biel ficava comendo numa mesa na cantina me observando enquanto eu ia jogar futebol com alguns garotos. Cada gol que eu marcava olhava pra ele, e fazia S2, ele ficava vermelho igual tomate.
O intervalo acabou, voltamos pras nossas salas. Eu teria duas aulas de Biologia. O professor mandou que fizéssemos um trabalho sobre Histologia. Individual ou em dupla. Resolvi fazer sozinho mesmo.
A aula estava muito boa, logo deu 18:20, hora de largar. O Biel largou mais cedo, e não me esperou na porta da minha sala. Foi logo pra o pátio ver se os pais já estavam lá. E já estavam. Pelo menos o carro dele estava lá. Ele deduziu que eles já estariam resolvendo essa burocracia de matrícula. Quando chego no pátio meus pais também chegam, e os do Gabriel aparecem.
"Nossa, tá todo mundo aqui", pensei. Então, o Gabriel cochichou algo com os pais dele, que em seguida vieram até mim.
d. Cláudia: então Gabriel, esse é o seu amigo? kkkk
Gabriel: sim mãe, mas agora é o meu namorado.
d. Cláudia: espero que você faça meu filho muito feliz, Emanuel seu nome não é?
Eu: isso mesmo d. Cláudia.
d. Cláudia: me chame só de Cláudia mesmo, me sinto uma velha sendo chamada de dona.
Eu: Tudo bem Cláudia rss. - o pai do Gabriel vira pra mim, com uma cara de poucos amigos.
sr. Jorge: Então Emanuel. Faça meu filho feliz, bem vindo a família Lins.
Eu: obrigado sr. Jorge.
《《CONTINUA》》