O doce nas suas veias - (Capítulo 3)

Um conto erótico de Vamp19
Categoria: Homossexual
Contém 1942 palavras
Data: 30/10/2015 12:51:59
Última revisão: 30/10/2015 12:59:56

Já postei outro capítulo hoje, cuidado pra não lerem na ordem errada. bjs.

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A prefeitura é tão simples como o resto daquela cidade pequena. Quando entro nela, está quase vazia. Existem cadeiras de ambos os meus lados e um tapete vermelho no chão que me leva diretamente à uma recepcionista. Após falar que desejo falar com a prefeita Evangeline, ela me diz para esperar sem ao menos olhar para mim.

Eu digo que vou esperar, embora queira mesmo sugar toda a sua vida por achar que um como eu deve esperar.

Mas ainda tinha que construir minha reputação. Espero dez minutos antes que seja chamado. A recepcionista me manda entrar numa sala por trás de sua mesa e entrar na primeira porta à esquerda. Faço como ela diz e chego à prefeita.

A primeira coisa que me vem a cabeça quando olho para o seu rosto é rato. Orelhas grandes e dentes protuberantes, um rosto rechonchudo e bochechas vermelhas. Ela veste preto e está em contraste com toda a sala branca, assim como eu.

Evangeline abaixa a caneta e olha para mim pela primeira vez, puxando uma respiração de surpresa enquanto olha para meus olhos. Eu lhe dou um sorriso.

‘Pedão pela minha aparência, prefeita. E peço que não se incomode com meus olhos que são provenientes de uma doença herdada pela minha querida mãe já falecida há muito tempo.’ Enquanto explico, aproximo-me da mesa e sento-me.

‘Fiquei um pouco surpresa, só isso. Então?’ Posso sentir seu tom de urgência, talvez raiva por ter sido deixada a sós com um homem tão estranho quanto eu.

‘Quero conversar com você a respeito de propriedades.’ A prefeita não consegue olhar muito tempo para os meus olhos. Mas continuo vidrado nos dela e sorrindo. ‘Sou novo na cidade, e acho que, embora deva ter muitos trabalhos para encher seu tempo, iria encontrar um tempo para tratar com um homem poderoso.’

‘Esse homem é você?’

‘Ora, claro! Eu não estaria falando tão bem de outra pessoa.’ A prefeita dá um sorriso. ‘Juro que não quero criar problemas, só evidenciar quais são as suas vantagens em me ter como amigo.’

‘E quais são?’

‘Muitas. Porque eu tenho dinheiro.’

‘Também tenho dinheiro, senhor.’ Ela me estuda cheia de descrença. ‘E sinto muito se não acredito em você. Mas agora tenho problemas a resolver, como você mesmo disse que sabia.’

‘Talvez você não esteja ciente de quanto dinheiro estou falando. Talvez devesse ligar para algumas pessoas em Londres. Esse é o telefone do gerente do banco… o telefone pessoal. Pergunte-lhe quão rico é o seu amigo Eduardo Woodstock. O dinheiro pode até ser para suas necessidades… pessoais, se é que me entende.’

‘Acha que tenho tempo para ser sua secretária?’

Eu a ignoro pois foi um comentário de orgulho ferido.

‘Então, enquanto você liga e conversa com o meu amigo, irei fazer meus pedidos.’ Dou o nome da rua onde minha nova casa está situada, digo que quero tudo arranjado para uma mobília clássica e também um porão construído bem fundo e longe da luz do sol. ‘Isso é tudo por enquanto. Faça um bom trabalho, prefeita.’ Digo, confiante.

A mulher parece afrontada, mas não diz nada enquanto eu me levanto. Enquanto caminho para fora da prefeitura com as mãos nos bolsos do sobretudo, desejo de todo o meu coração frio e morto que o meu plano dê certo.

Saio na noite mais uma vez e não demoro para encontrar um beco vazio e escuro. Transformo-me e começo a sobrevoar pela cidade que logo logo seria minha.

Minhas ambições estavam crescendo e dando certo, pelo menos por agora.

Eu subo até as nuvens e me preparo para escutar os corações e procurar por pessoa descuidada. Encontro um garoto nas ruas escuras e sem luzes na parte mais afastada da boa civilização, a parte que é mais habitada por pessoas de pele escura e sem boas oportunidades para uma boa vida. Até nessa pequena cidade existe a boa e velha desigualdade.

O garoto está caminhando tranquilamente no beco estreito. É como se eu pudesse enxergá-lo. Um novo sentido. Não é com meus ouvidos que escuto, ou sinto o cheiro com o nariz. É simplesmente algo que nós vampiros possuímos. Conseguimos escutar o coração e sentí-lo se movimentando.

Ele nem sente quando eu caio do céu bem atrás dele em minha forma de morcego. Quando percebe que estou ali, já é tarde demais e seu grito é engolido pelo vento das alturas. Carrego-o pelas nuvens e ele se debate muito. Está com muito medo. Seu coração bate tão rápido que faz o meu membro viril endurecer.

O pescoço é melhor, mas em vez disso eu enfio os meus dentes afiados em seu ombro esquerdo enquanto ele grita o doce grito das vítimas e enche meus ouvidos de emoção. Tão aterrorizado ele está que nem mesmo está lutando para sair dos braços do demônio sugando o seu sangue, pois sabe que se tentar e conseguir se libertar, irá cair e morrer com a queda de centenas de metros. Bebo o máximo que posso sem matá-lo e bato minhas azas de forma poderosa e dominante.

Posso ser um demônio morto e sem coração, mas ainda sou um rei na natureza e isso transparece no tamanho das minhas azas que se estendem com três metros de cada lado.

Eu grito uma gargalhada vivaz para o mundo que Deus criou e que eu me delicio tanto.

Então eu paro de me movimentar entre as nuvens e seguro no pescoço do garoto escuro que capturara. Ele se debate ainda, mas me olha nos olhos e eu consigo enxergar o reflexo rubro dos meus olhos nos seus.

‘Cuide do seu ferimento. Coma e beba saudavelmente para ficar forte. Você não se lembrará de nada disso. Não mostrará a cicatriz dos meus dentes para ninguém. Não vai pensar muita coisa a respeito. É só um ferimento banal. Você tem coisas mais importantes para se importar.’ Eu digo isso usando o meu charme. Com a sede saciada consigo me manter no céu enquanto o uso.

Eu levo o garoto para baixo novamente e ele caminha normalmente como se nada tivesse acontecido. Volto para o ar e voo só para o próprio prazer. Fico voando só porque eu posso e porque com tanto sangue em mim passo ficar preso nos meus pensamentos por Jesus e voar é algo que captura minha atenção.

Era assim para aqueles da minha raça. Somos criaturas da noite.

Eu escuto então asas batendo, outras asas além das minhas.

Furioso, eu me viro de costas e vejo um vulto cinza voando tão rápido que até mesmo para a minha visão aguçada foi difícil de perceber que era outro vampiro. Mas assim que percebo começo a perseguir a criatura invasora que pretende me roubar o território. Minha fúria não tem comparação com qualquer outra coisa naquele momento. Sinto o meu rosto cortando o vento enquanto persigo o vulto cinza. Ele corre para baixo e para frente, para dentro da floresta. Só percebo que estou sendo levado para uma armadilha quando já é tarde demais. O outro vampiro se vira rapidamente e ao ser alcançado me dá um chute na cabeça que me faz cair a toda velocidade no chão. Com o impacto, volto a minha forma humana e sinto muita dor.

Olho para cima e fico ajoelhado no chão. Ela desce devagar com o bater de asas glorioso que sempre foi assim, asas de Marishka, da loira Marishka.

Uma das noivas de Drácula.

Eu abaixo minha cabeça em adoração a tamanha beleza e ela solta uma gargalhada alta cheia de divertimento e apresso por mim. Ela caí de pé no chão em sua forma humana. Tão bela e viva que mal se parece com um vampiro. Ela também prefere não mudar suas roupas para a moda da atualidade, veste um vestido grande e redondo, amarelo e com detalhes brancos. Seios fartos, rosto fino e perfeito e cabelos longos e dourados e cacheados.

‘Meu jovem Edward.’

‘Desculpe-me, senhora’ respondo. Estamos conversando na nossa língua, o latim antigo. Lady Marishka carrega um sorriso malicioso nos lábios vermelhos, os olhos brilham como fogo na escuridão. Ela se aproxima de mim a passos lentos e dignos de uma princesa.

‘Eu é que me desculpo. Levei nossa brincadeira a muito longe. Vejo que encontrou uma nova casa.’ Ela olha para a direção onde se encontra a cidade.

‘É sua, minha senhora, se desejar.’

‘Claro que não. E levante-se agora mesmo, Edward. Não me chame de senhora. Esquece-se que sou sua amiga?’

‘Nunca. Mas há muito tempo que não há vejo.’ Então ela fica com um rosto triste.

‘Trago tristes notícias.’ O jeito que falou me deixou tremendo de apreensão. O que poderia ser triste o suficiente para incomodar a imortalidade de uma das noivas do Drácula? ‘Ele está morto, meu querido Edward. Drácula está morto.’ Responde, como se pudesse ler meus pensamentos.

Ela soluça um choro sem lágrimas enquanto corre para o meu abraço. Toco seus cabelos dourados e dou o meu conforto.

‘Van Helsing!’ ela diz. ‘Lembre-se desse nome.’

‘Onde está Verona?’ pergunto, sem prestar muita atenção.

‘Segura. Assim como Aleera.’ Ela se solta dos meus braços. ‘Estou indo para junto de minhas irmãs em busca de alguns amigos. Precisamos tomar conta de alguns padres… Agora que Drácula se foi, nada mais será o mesmo. Estão perdendo o medo, Ed. Tome cuidado.’

‘Eu não consigo acreditar.’ Falo. Não estou compreendendo muita coisa do que ela me fala. Posso ver na eletricidade de seus gestos que Marishka está muito nervosa.

Marishka olha-me severamente. ‘Tome cuidado, eu repito. Se está aqui nesse lugar, fique quieto e não faça alarmes. Existem caçadores poderosos. Não tão poderosos quanto nós, mas bem preparados. Verona, Aleera e eu estamos recrutando os vampiros mais velhos para revidar. Após isso, uma nova autoridade deve ser escolhida.’

‘Deve ser você. Ou vocês. As três noivas.’ Eu digo isso com certeza. ‘Ele se foi, mas vocês são suas discípulas.’

‘Não se preocupe quanto a isso’ ela me fala, sorrindo sabiamente, seus dentes crescem e seus olhos brilham.

‘Deixe-me ir ajudar também. Se não se lembra, eu era um dos melhores lutadores da minha época.’

‘Não.’ Ela responde rápido. Sinto-me ferido, mas me calo. ‘É ainda um jovem vampiro. Insisto-te que tome cuidado E… se alguma coisa acontecer e ele vier atrás de você, não hesite em correr para buscar ajuda, Edward, meu príncipe de Negro. Meu sobrinho querido.’

‘Quem? Se ele vier, quem?’

‘Van Helsing. Não se esqueça do nome… Van Helsing’ então Marishka se tornou cinza e suas asas bateram de forma que ela desapareceu no ar.

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Então, eu não sou dono de alguns personagens que se encontram aí, Verona, Aleera e Marishka pertencem a outras histórias que eu adoro muito e estou apenas me divertindo escrevendo sobre eles. Quero deixar claro que n estou na intenção de roubar nada, beleza? Como devem ter percebido, algumas personagens são do filme van helsing, se quiserem pesquisar algumas fotos pra saber como as noivas sao, fiquem a vontade.

Sr.Chris: hahaha, para descobrir exatamente vai ter que continuar lendo... mas posso dizer que eu estou trabalhando com uma paixão meio complicada, e você está certo no sentindo de que eu me baseio um pouco em true blood, mas em várias outras obras também. hahaha.

S2DrickaS: mas gente, tu é mt fofa, obrigadão, espero q esteja gostando mesmo e que n deixe de ler. diga aí o que vc mais gosta no capítulo pra eu poder deixar td melhor.

lu6454 : obg, .... lucas? luan? lucio?

e hello: quase q n respondo o teu, haha, tava acabando de postar qnd vi o teu comentário. obrigado!

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Comentários

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maravilhoso continue assim bjs luciano

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Muito legal. Estou amando seu conto. Muito incrível e vc escreve muito bem

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Adorei o cap., o conto está bem interessante. Continue postando 😁

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Esse cara é incrível!!! Você mesmo Vamp19. Já postou o 3 e eu amei. Eu gosto de tudo. Tua escrita é de um jeito que quanto mais eu leio eu fico querendo mais e não dá preguiça de ler.

Obrigado pelo" fofa" você é muito gentil.

Bjos e até baby. . A.

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Nossa acabei de ler o 2 e vc ja postou o 3 *o* Fico muito feliz q vc não demore um século pra postar! Adorei tbm esse capítulo...

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