Após confirmar que minha roupa estava seca eu voltei pra casa com o César. Fomos boa parte do tempo calados e após aquele papo com o Rômulo parece que meio que havíamos voltado a ser estranhos um ao outro. Rômulo havia pensado que estávamos nos beijando e talvez tenha parecido isso mesmo pela minha vaga memória. Eu com os braços no pescoço do César e ele comigo contra a porta do carro, mãos na minha cintura e rostos próximos.
Ok. A gente também não ajudou fazendo toda essa cena. Ok. Essa mania de falar ok antes das frases é do César. Ok. Isso é muito estranho.
- Olha, um dia você precisa se mudar daqui. Que ruazinha molambenta... – César disse ao se aproximar da minha casa.
- Eu não tenho opção. Aqui é um bairro pobre, é onde gente pobre mora.
- Desculpa... O que tanto o Rômulo disse?
- Nada de mais... Eu disse pra ele que não ia ficar sofrendo e ia seguir em frente. Que seríamos só amigos e tal.
- Então você meio que deu um fora nele?
- Eu só reafirmei o que ele já havia dito antes.
- Hum...
- Obrigado pelas roupas. Por ter lavado e secado.
- Não fui eu. Agradeça à dupla dinâmica lavadora e secadora. – ele riu.
- Escuta... Aquilo sobre você ficar com caras que o Rômulo disse...
- Sim... Eu já fiquei com uns caras sim. Mas era só curtição. Normal. Não morri apaixonado por nenhum não.
Chegamos em minha casa.
- Sua mãe está em casa?
- São 11h. Ele deve tá saindo pro trabalho se é que não já saiu.
- Você entra de férias na segunda?
- Sim. É minha última prova. Porquê?
- Hum...
Ele mordeu o lábio inferior.
- Há alguma possibilidade de você curtir motocross?
- Motocross?
- Aff... Não precisa nem responder. Você e o Rômulo parecem duas bonecas...
- Desculpe se eu não tenho uma moto que rosna na lama!
- Uma moto que o que? – ele começou a rir sem parar.
- Que rosna na... Idiota...
- Você quer ir comigo? É amanhã.
- Pode ser.
- “Pode ser” – ele imitou o meu tom de voz. – Vai... Eu te pego aqui amanhã.
Eu mal saí do carro e ele arrancou em alta velocidade.
Ok. Eu ia no motocross.
Que mania irritante de falar Ok!
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NA MANHÃ SEGUINTE
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Uma buzina rápida na porta da minha casa. Eram 5:00h. Ainda estava muito escuro e frio. A rua não estava bem iluminada, como de costume, mas pelo horário dava uma impressão pior ainda. Eu havia avisado pra minha mãe que iria sair pela manhã bem cedo pra ir num torneio de motocross com o César em algum lugar. Eu saio tão pouco de casa que minha mãe não liga de saber qual o lugar, ela só quer que eu saia mais um pouco. A buzina soou mais uma vez.
- Eu já vou! – eu saí na porta sussurrando.
Uma moto vermelha enorme estava parada na porta. Um cara com o uniforme de motocross mesclado de preto e vermelho a montava com um capacete passado no braço. Havia uma mochila em suas costas.
- Você vai assim? Pelo amor de Deus, Victor!
Eu vestia uma bermuda, tênis e uma camiseta.
- Qual o problema?
- Onde foi que já se viu ir fazer motocross de bermuda? Coloca uma calça!
- Espera. – eu disse me virando.
Troquei por uma calça escura, imaginei a sujeira que ia ficar, e voltei pra porta.
- Agora sim. Bora! – ele acelerou a moto.
- Cuidado! – eu peguei o capacete e abotoei.
- Hoje você vai conhecer o que é ação!
- Meu Deus...
- Larga de ser frouxo!
Ele saiu em uma velocidade até tolerável até chegar na BR. Quando não haviam mais carros ele acelerou muito. Coisa de 100km/h na certa. Eu não tive mais opção a não ser agarrar o peito do César e encostar o meu capacete no dele.
- De vagar! De vagar! – eu gritava e ele não escutava.
Até que ele diminuiu uns 10 minutos depois que saímos da cidade.
- Graças a Deus! – eu o soltei.
- A viagem só começou.
Ele desceu da moto e foi até uma porteira de madeira no meio de uma cerca na lateral da estrada. Dava acesso a um caminha de chão batido já com bastante marcas de pneu de motos.
Ele abriu a porteira.
- Vem com a moto.
- Eu não sei pilotar.
Ele bufou e veio em minha direção.
- Tem que aprender. Todo homem precisa aprender a pilotar moto.
Eu desci da moto e ele a empurrou até depois da porteira. Fechou novamente e seguimos viagem pela estrada seca. Mais à frente o sol começou a nascer. Haviam muitos buracos com poças de água que nós desviávamos devagar. Mais uns 20 minutos de estrada e a vegetação ia ficando cada vez mais verde. Que estranho... Continuávamos viajando comigo agarrado ao seu peito até de repente as árvores acabarem e entramos num terreno enorme todo gramado.
A grama era muito verde e baixinha. Havia uma casa no meio do terreno com muitas motos ao redor. Vários rapazes com seus uniformes caminhavam por alí. Era lugar muito vasto e a casa não parecia ter luxo, era como um rancho. Um lugar onde eles deixavam as motos, eu acho.
Paramos perto da casa e descemos da moto.
- Aqui... – ele tirou o capacete. – é onde o pessoal fica quando a gente marca de correr. A gente faz comida, toma banho, conserta as motos, bebe a noite... Essas coisas. A gente chama de QG.
- Quartel General?
- Exatamente. Não dá intimidade demais pros caras não que eles vão tirar umas brincadeira muito sem graças. Fazem isso com todo novato então limite a conversa.
Fomos caminhando em direção à casa e César parou de repente. Eu esbarrei em suas costas.
- Ah... Lembra do que eu disse na festa sobre você me dizer sobre quem você está a fim e eu te dizer se é ou não uma boa pessoa?
- Sim. Lembro.
- Esquece. A única coisa que você precisa saber é que ninguém aqui vale a pena. Nenhum deles!
- Tudo bem.
- Só eu, é claro... Vem.
Entramos na casa e eles se cumprimentavam feito bichos. César soltou um grunhido e eles responderam igual. Era só isso que soava alí. Sons indistintos que pelo visto era interpretados como “Oi. Tudo bem? Como vai?” por eles. Aquilo foi um arroto?
- Quem é esse? – um perguntou.
- É o Victor! Um amigo que eu trouxe pra conhecer porque ele tá querendo comprar uma moto e quer fazer motocross com a gente daqui uns tempos. – César disse abrindo uma garrafa térmica e bebendo água direto da garrafa derramando há poucos centímetros da sua boca.
- Já tem um modelo na cabeça? – outro perguntou pra mim.
- Eu tenho uma ótima em casa! Tá parada há um tempo. Dá de dar um jeito e você comprar. Faço um preço bacana...
- Oow oow! O Victor só veio conhecer. Depois ele decide.
- Seja bem-vindo. – um deles disse.
- Bora que o dia tá claro! – César disse já saindo e me puxando.
Fomos pras motos e o barulho dos motores soou alto no meio do vazio em que estávamos.
- Como as árvores aqui conseguem ser tão verdes? – eu disse colocando o capacete.
- Porque aqui é mais úmido. Não tá sentindo frio?
- Um pouco.
- Aqui chove de vez em quando. A gente vai pra um terreno só de terra e lama onde se corre com as motos.
Continuamos a viagem, dessa vez por menos tempo, só 5 minutinhos rápidos. Chegamos na “arena”. Eles investiam mesmo naquilo... Era uma pista enorme e cheia de lombadas. Nas laterais haviam estacas e entre elas eram passados aqueles plásticos de propaganda de cerveja.
- Tá no jeito! – César gritou tirando o capacete.
- O que é “tá no jeito”? – eu perguntei atrás dele.
- Significa que a pista tá pronta. Tá úmida. Tá no jeito de correr. Desce e fica atrás do plástico. Só entra na pista quem tem moto. Se quiser caminha um pouco alí pra frente que tem uns troncos de madeiras bem grandes que a gente pôs pra servir de assento. Eles ficam mais pro meio da pista... Pra gente sentar e ver tudo. É só procurar. Vai que eu já vou entrar.
Eu vi os troncos enfileirados ao longe e fui correndo. Não me sentei, subi encima de uma e fiquei esperando. Um cara veio com sua moto em alta velocidade e começou a fazer os pulos. Era simples, não era como eu imaginava. Pensei que eles fossem fazer piruetas no ar. O mesmo cara fez o percurso de volta. As outras motos roncavam no início da pista. Alguns rapazes vieram pro meu lado.
- Quando que o César entra? – eu perguntei pra um deles. Magrinho com um boné e um palito de dente na boca. Loiro rosado com sardas no nariz.
- César só depois do Bruno. É ordem alfabética.
- Tô vendo que o negócio aqui é gerenciado mesmo.
Ele riu e me olhou rapidamente.
- Qual o seu nome mesmo?
- Victor. E o seu?
- Arcanjo.
- Arcanjo?
- Miguel. – ele riu.
- Adorei a piada.
- Foi é? – ele riu safado com o palito entre os dentes.
- Então isso é o motocross de vocês?
- Isso? Nem de perto... Não começou ainda. Os caras tão só esquentando. São as preliminares. – ele disse descendo o olhar sobre mim.
- Entendi... – eu disse meio desconfortável.
- Afasta pra lá. – ele disse vindo minha direção e sentou do meu lado sobre o tronco.
Eram 6h da manhã e ele já tinha cheiro de suor. Que horror. César passou subindo e descendo pelas dunas.
Quando o último cara passou os primeiros já estavam a postos novamente. O show começou.
Eles vinham em uma velocidade muito maior. Passavam pelas dunas e iam muito alto tentando fazer as acrobacias que eu imaginava. Uns não acertavam. Outros quase caiam. Outros eram perfeitos, dignos de campeonato profissional. César fez um giro perfeito na horizontal e continuou nas outras dunas. O tempo foi passando e o sol nasceu por completo. Ficou difícil ver algo porque dava em minha cara. A medida que iam terminando havia outra pista pra que retornassem ao ponto de origem. Acho que cada um deles deve ter feito o percurso umas 10 vezes. É sim perigoso, mas eu entendi porque é tão encantador. A adrenalina de assistir já ia a mil imagina de estar numa moto daquela.
Por volta de 8h César finalmente desceu da moto.
- Gostou? – ele perguntou vindo em minha direção porém olhando pro Miguel que continuava sentado do meu lado sobre o mesmo tronco.
- Gostei. Você foi demais! Deve ser muito bom fazer isso.
- É muito bom sim. Você não tem noção. Ei, você... – ele disse pro Miguel. – Vaza.
O garoto só levantou e saiu ainda mastigando aquele palito de maneira irritante.
- Quem é ele?
- Sei lá... Toda vez que a gente vem pra cá ele tá aqui. Deve ser filho de alguém aqui por perto... Tava te incomodando?
- Mais ou menos...
Os rapazes começaram a se aglomerar e comentar sobre a corrida. César abriu o zíper do uniforme e o retirou baixando até a cintura ficando com o peito nu. Não conseguia entender o que eles falavam. Além de falarem todos ao mesmo tempo eles também falavam muito alto e riam. Era uma bagunça onde só eles se entendiam.
O sol estava incomodando e realmente só dava de praticar o esporte ou no início da manhã ou no fim da tarde.
Aos poucos eles começaram a rumar pra casa com as motos. Percebi que Miguel foi de carona com um cara.
- Vamo? – eu perguntei.
- Vamo. Mas você é quem vai levar a moto?
- Eu não sei pilotar. Eu falei sério antes.
- E é por isso que eu vou te ensinar a pilotar agora. – César disse pulando do tronco e amarrando as mangas do macacão na cintura.
- Você só pode estar brincando...
- Não. Não estou. Você mora no Piauí. Todo homem tem que aprender a andar de moto! É um transporte prático, pequeno, seguro, rápido. Não se precisa de um carro pra tudo. Moto quebra muito galho.
- Eu não tenho uma então...
- Então... Precisa aprender a pilotar pra quando tiver. Sobe.
- César.
- Sobe na moto!
- Ninguém aprende a andar de moto assim, na primeira vez.
- E daí? Você vai experimentar. Sobe.
Ele segurava a moto pelo guidão e eu subi.
- Ok. Coloca os pés no chão bem firme. – eu fui seguindo as orientações. – Agora, diferente do que a gente aprende nas auto escolas a primeira coisa a se aprender sobre motos é sobre o peso. Sabe porque pessoas que sabem andar de moto andam como se elas fossem bicicletas?
- Porquê?
- Porque elas já se acostumaram com o peso da moto. – ele subiu atrás de mim e tive que pôr amis força nas pernas pra não cair. – A melhor maneira de se acostumar com o peso da moto é ter alguém atrás de você assim quando eu levantar a moto vai ficar muito mais leve porque você já vai estar acostumado ao peso antigo. Entendeu?
- Sim.
- Você liga nesse botão. – ele indicou. Eu apertei.
- Embreagem. Acelerador. Freio. – ele foi indicando. – Sabe porque o acelerador fica no mesmo local do freio?
- Porquê? – eu perguntei já sem perceber sei queixo ralando no meu ombro.
- Porque você não pode acelerar e frear ao mesmo tempo, Victor. É uma coisa óbvia.
- Então agora você já sabe o quanto eu entendo de moto.
- Seu pé esquerdo é a marcha e seu pé direito é o freio traseiro. Só freia com ele. Não usa o freio da frente, esse da mão não que ele é muito forte. Freia primeiro com o traseiro e só numa situação de emergência você usa o da frente.
- Tudo bem.
- Ok. Pra sair basta apertar a embreagem... – ele apertou junto comigo. – Passar a marcha... Pisa. – eu pisei. A moto deu um leve tremida. – Agora é só ir soltando a embreagem de vagar e acelerando. De vagar... Vai.
Ele foi soltando a embreagem junto comigo e acelerando também. A moto começou a se mover.
- Isso... Devagar... De vagar... Ok. A primeira marcha é marcha de força. Apenas pra sair. Depois que a moto se moveu pode passar a segunda marcha e por aí vai.
Eu pisei na marcha novamente e começamos a nos mover mais depressa.
- Isso. Muito bem! – ele pôs as mãos nos meus ombros. – Acelera mas passa a marcha antes.
Eu fiz da maneira como ele ensinou mas a moto parou.
- Ok... Acho que me empolguei. – ele disse. – Vamo de novo. – ele voltou a pôs os braços em minha volta a segurar o acelerador e embreagem junto comigo.
A respiração quente no meu pescoço me eriçava e eu ajustava a coluna a todo instante. Fora que a voz grave no meu ouvido não ajudava muito na concentração. Eu mencionei que ele continuava com o peito nu colado em minhas costas sendo dividido apenas pela camiseta fina que eu usava?
- Victor! Liga a moto pow! Já são 8h. Não acordou ainda?
Recomeçamos tudo. No fim da próxima hora eu já estava dominando melhor o volante e...
- Guidão, Victor! Volante é em carro, caralho! Já disse!
- Tá, tá bom... Entendi. Guidão. Guidão. Que estresse...
- Isso. Você tem que virar o...?
- GUIDÃO! – eu disse mais alto.
- ...bem lentamente conforme a velocidade da moto, entendeu? Se você virar o...? – ele parava com a boca em forma “o” esperando minha resposta.
- Gui-dãode uma só vez a moto faz uma curva muito acentuada e daí você desequilibra e cai.
Fomos fazendo curvas e andando em círculos sem parar.
- Agora você vai sozinho. – ele pulou da moto e ela se tornou muito mais leve. Eu ia pilotando devagar e ele correndo do meu lado.
- Você tinha razão. Está mais leve!
- Tá vendo? Vai até o fim e volta.
- Sozinho?
- Não. Com Jesus... Anda! Acelera!
Eu fui até o fim tomando cuidado com as dunas, no fim fiz a volta sem pôr o pé no chão e retornei. A moto anda dava uns engasgos mas nem se comparava ao início das aulas uma hora e meia atrás.
Voltei até ele nos troncos com os capacetes na mão.
- Muito bem. Pilotar moto é mais uma coisa que você não podia morrer sem saber fazer.
- Você é um ótimo professor.
- Agora vai pra trás.
- Mas você não disse que eu podia pilotar?
- De volta pra casa? Nem pensar!
Eu afastei no banco e ele subiu na minha frente. Voltamos até a casa que já não tinha nenhum dos rapazes.
- Tudo o que tem aqui é nosso. – ele disse entrando na casa pra pegar a mochila.
- Tudo?
- É. Tudo.
Haviam coisas básicas de cozinha, um banheiro sujo de terra pelos rapazes que haviam se limpado mais cedo, uma sala grande mas sem móvel algum e um quarto com vários colchonetes enrolados.
- Vocês dormem...
- Espalhados pela casa quando queremos já amanhecer o dia aqui para as corridas com os cara de outras cidades.
- Tô vendo que o negócio é sério... Me dá água.
Ele pegou a garrafa térmica e jogou pra mim. Eu aparei.
- Não tem copo?
- Não. Vira na boca. Mas não encosta na boca, né? É de todo mundo. – ele disse entrando no banheiro.
Eu tentei beber mas me molhei um pouco. César riu ao sair do banheiro.
- Só você mesmo...
- Sou um desastre. – eu disse desapontado.
- Acho que nem o Rômulo seria tão ruim.
- Ele não vem aqui com frequência?
- O Rômulo Barbie??? No motocross?? – ele riu alto. – “Não gosto dessas coisas. Vou passear no shopping e comprar um óculos novo.” – ele imitou a voz do Rômulo.
Eu ri.
- Me deixa levar a moto até a BR?
- Gostou hein?
- Adorei! É muito bom pilotar! Dá a sensação de...
- Controle. – ele me completou. – Dá a sensação de que você está no comando, que você manda na situação, é isso?
- É isso!
Ele riu se aproximando.
- Você precisa mais disso na sua vida Victor. De estar no comando. De falar alto. De mandar. De decidir. De tomar a iniciativa. Tudo nessa vida tem que ser dosado e você é tímido, retraído demais. Você precisa ser mais confiante, erguer mais o queixo e não deixar que ninguém te diga o que fazer. Todo mundo precisa ter controle da sua própria vida. Todo mundo merece ser feliz e não sofrer por ninguém. E você percebeu isso comigo na festa! Que você não precisava sofrer pelo Rômulo, pow! – ele disse se aproximando mais até ficar frente a frente comigo. Meu rosto baixou.
- Eu sei.
Ele levantou meu rosto com o dedo.
- Não... Não abaixa a cabeça não. Nem eu nem ninguém pode te intimidar. Fale de novo! – ele apontou o dedo na minha cara.
- Eu sei! – eu disse mais confiante. Ele abriu um sorriso lindo.
Naquele instante eu percebi como o César estava certo. Eu não precisava sofrer pelo Rômulo, não precisava viver na sombra dele, não precisava deixar que me dissessem o que fazer nem me intimidar perante ninguém. Eu também merecia ser feliz.
Todos esses pensamentos fizeram ainda mais sentido quando César colou os lábios que antes sorriam nos meus e me apertou contra seu corpo me arrancando um leve gemido.
Eu terminei a cena interrompida da noite da festa e voltei a entrelaçar os braços em seu pescoço movendo e sugando os lábios lentamente com os dele demonstrando nos mínimos detalhes que sim, eu estava completamente entregue a essa nova paixão. E não, eu não sabia o que viria depois.
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Daí quando o negócio vai ficando bom, chego eu! Pra dizer boa noite pra todos vocês. hahaha
Primeiro, eu queria agradecer a todos os comentários. Meu Deus, vocês fizeram o capítulo passado ser o mais comentado de todos os meus capítulos. Eu adorei ver aquele número crescendo e crescendo com o passar dos dias. Vocês são demais e eu adorei todos e cada um dos comentários. Muito obrigado mesmo! Porém ninguém respondeu a minha pergunta sobre o motocross... Tá aí o porque de eu ter perguntando.
CDC✈LCS: Talvez um pouco de ciúme sim!
Monster: Que bom que não decepciono. Espero que continue surpreendendo vocês.
Tozzi: Victor vai evoluir.
tavinhoo: Todo mundo queria jogá-lo da ponte! kkkk Todo mundo precisa de auto confiança.
Edu19>Edu15 e esperança, Marcos Costa,LUCKASs, lu6454, Rph_rj : Obrigadãozão!
AllexSillva: A intenção foi fazer a pausa e finalizar que nem novela das oito kkkk
Higor Gonçalves: Rômulo tá começando a cair na real. Sim, muito bem observado isso da citação da fala dele. Realmente o texto dá a se entender isso. Não se preocupe que de falta de tempo eu super entendo. #VictoreCésar
Jardon: Quem não quer a briga dos irmãos?
Drica (Drikita): Eu sempre achei o César gay. Esse comportamento não me toque dele no início me deu a entender isso. Quanto ao Rômulo eu realmente não sei. QUando eu fui criar o conto o Rômulo foi o meu primeiro personagem criado. Depois veio o Victor e só então o César. Por mais que eu tivesse criado o Rômulo primeiro, de alguma forma o César sempre se destacou na minha mente. Era um sofrimento escrever tão pouco sobre ele nos primeiros capítulos. Mas eu tinha que fazer isso pra não chamar a atenção de todos vocês. Queria que todos vocês ficassem com a impressão de que o César era legal e estava alí do lado o tempo todo, só que vocês não viam.
Drica Telles(VCMEDS): Obrigado!
B Vic Victorini: Tô tentando acelerar!!
Phelps: Nossa, que super ideia. Pode rolar sim, quem sabe... Quando ao modelo, cara, obrigado por me imaginar assim, viu? kkkkk
Helloo: Pois fica ligado que eu devo postar com mais frequência, não só as sextas.
Malévola: Obrigado por me amar! :D A sua resposta já está no conto de hoje. E sim, eu vou postar com mais frequência.
Sr.Chris: Todo mundo tá chocado com essa do César já ter ficado com caras. Sério, eu sempre imaginei o César meio gay pessoal!
Matt sousa: O pessoal pelo o que vejo tá tomando o time do César. Se decide aí!
Tay Chris: "Pelo menos uma transa" é ótimo kkkk Veremos.
Obrigado a todos vocês.
Abraço.
Igor.
kazevedocdc@gmail.com