Guiiinhooo, Beauteful, Tay Chris, Ypii, FASPAN vocês foram se não me enganam os primeiros a comentar, muito obrigado, quando escrevi esse conto eu só considerei a continuar quando li os comentários de vocês tão rápidos assim.
Irish - Apesar de curti muito The Smiths, acabo nem escutando sabe, vem lembranças a minha cabeça, meio tristes... MAS, The Smiths é fooooooda! - no, sou uma pessoa que gosta de escrever, apesar que, sempre há algo de real no que escreve, vide o que digo no agradecimento em seguida.
Matinez e Hello - obrigado por terem achado o conto bom, confesso que estou com medo de não continuar bom rsrs (Apesar que eu já escrevi mais de vinte contos para CDC com outros perfis shhhh)
rodrigopaiva e Monster - Put paws up!
Nick *_* - ele beijou o Luís quando o Luís menos o esperava *_*
lucassh, R.Ribeiro, Ru/Ruanito - obrigado por votarem e comentarem, e espero fazer a continuação desse conto interessante e boas ainda para vocês
Continuando o conto...
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Faixa 2 - Nada importa, mesmo
"Ele estava tão próximo de mim... O cheiro dele, o calor do corpo dele... E aquela barba que roçou no meu nariz. Quando beijei ele eu pensei em nada...", me explicava aos meu amigos, tímido.
"E o que ele fez", perguntou meu amigo Bete, que preferia ser chamado assim do que o nome real, Gregório, que é mesmo que o meu.
"Ele deu aquela respirada forte sabe? Afastou e disse", aqui tentei imitar a voz rouca de Luis "Eu não sou bixa!"
"Ele disse isso?", Bete questionou indignado "Como ele pode ter falado essa palavra"
"Ain, qual é o problema", perguntou Valéria, que estava sentada na cadeira enquanto Bete fazia a sobrancelha dela "Você vive falando bixa por aí"
"A diferença é que ele não é bixa, para ficar falando bixa para uma bixa", pontuou Bete enquanto cuidadosamente tirava uns fios com a pinça "Apesar dessa bixa em questão ser enrustida"
"Eu não sou enrustido", Bete costumava me chamar de enrustido por não ser afeminado nem ter tantos trejeitos gays "E não achei que ele tentou me ofender ao falar isso."
"É por isso que você veio tão nervoso para cá" Valeria perguntou.
"Quando ele disse isso, eu pedi desculpa e sai correndo como um idiota, nem pensei direito, vim logo para cá."
"Ain, tu deixou o cara sozinho em casa", Valeria continuou, "Como tu tem coragem. Ele não tá la com vocês porque o cara tentou se matar? E se ele tentar se matar agora?"
"Isso é charme, se ele quisesse se matar já teria morrido, não fracassado na tentativa", disse Bete taxativo "Gente que se mata, acerta na hora, esse tipo só quer chamar atenção."
"Não é bem assim também", corrigi Bete, irritado. "Sabe se lá por que ele cortou os pulsos... Sinto pena dele"
Com a mão na cintura e um olhar desconfiado Bete me olhou daquela sua maneira irritante. "O boy é bonito tu tá doido para dá, né narniano"
Bufei. Sério, amava o Bete, ele era meu amigo, confidenciamos muita coisa um ao outro, e se não fosse por mim, ele ainda estaria na sete série com 25 anos, e se não fosse por ele, eu teria sofrido bullying por muito mais tempo, mas as vezes ele me irritava.
Ain, o bebê não para de chutar", reclamou Valéria, passando a mão na sua barriga, que contia uma menina da qual ela não sabia direito quem era o pai.
"Qual o nome do bebê, já decidiu?", perguntei tentando jogar minha irritação pelo o Bete de lado.
"Já. Natasha Harros".
"Mapô, isso é nome de travestir", Bete falou afetado.
"É nada bixa. Natasha porque eu acho lindo, e Ohara porque é o sobrenome daquela atriz que fez a Nazaré na Senhora do Destino."
"Mas o nome dela é Renata Sorrah" eu falei achando estranho aquele nome, parecia de travestir e de garota de programa.
"Pois então, Harros é Sorrah de trás para frente", ela explicou com a sua voz anasalada.
Enquanto Bete e Valéria continuaram a discussão sobre o nome do bebê, minha mente vagueou até ao apartamento. Eu fiquei tão nervoso que fugi de lá deixando Luís sozinho no meu quarto. Como eu era idiota, jesus. E pra piorar, quanto mais eu ficava ali com os meus amigos, mas vergonha eu sentia de voltar para casa e encará-lo novamente. Mas uma hora eu teria de voltar.
Quando voltei para casa, mamãe já havia chegado do trabalho. Preparava o jantar quando dei um beijo na bochecha dela e balancei seus peitos caídos dizendo "Eita gravidade, não perdoa". Ela deu um tapa na minha bunda e disse "Pois não é filho, meus peitos estão caído que nem a tua bunda". Olhei para ela indignado. "Deixa de brincadeira, e vá tomar o banho. Aproveita e pergunta ao Luís se ele não quer jantar". Nessa hora gelei.
Merda, não queria encontrá-lo, só voltei para casa por imaginar que hora dessas da noite ele estaria recluso no quarto, não precisaria encontrá-lo, mas agora a minha mãe quer que eu ainda vá falar com ele. Fiquei todo cagado, quase que literalmente.
Com o coração batendo como se estivesse num show de rock-metal bati na porta do quarto de hóspedes. Que merda eu pensei depois que bati na porta, era só voltar para cozinha e mentir para mamãe que ele não quer jantar agora, aproveitaria, jantaria bem rápido e quando a fome batesse ele sairia do seu quarto e eu já estaria trancafiado no meu. Estava dando as costas quando ouvi sua voz.
"O que foi?", ele perguntou grosso.
"Ma-ma-ma", comecei a gaguejar nesse ma-ma-ma que deveria tá cantado Gypsy da Lady Gaga só para provocá-lo e passar por cima a história do beijo. Mas que nada, eu tava todo nervoso por estar falando com ele, que me tremia todinho "Mããããa (eu respiro fundo), mamãe te chamou para comer ela... quero dizer... para me comer... ( que porra eu tava falando?)... tu-tu quer jantar?"
Por que ele me olha com aquele olhar que a Paola Carosella lançar para os participantes do Masterchef quando eles apresentam o pratos?
"Eu não estou com fome agora", ele disse olhando para o chão, e eu fiquei admirando aqueles lábios secos.
"Okay, vou falar para ela", quando eu ia dar as costas a ele...
"Gregório!"
"Sim"
"Você estar bem?" ele suspirou, sem olhar para mim, parecia mais envergonhado que eu.
"Estou sim, por quê não estaria? Tô bem, muito bem" eu disse patético.
"O que aconteceu", ele passou a mão nos cabelos depois desceu onde ficou coçando a barba "Aquela merda que você fez. Eu te desculpo, tá certo"
Senhoras e senhores leitores, aos que comentam e aos que apenas leem, silêncio no estúdio. Músicos preparados? Maestro por favor... (U'0'U) Meu mundo caiiiiiu...
"Foi piração minha", eu disse tentando rir. Sentia minha cara queimando, queimando tanto que pensei que ia chorar. E quando percebi que ia fazer uma cena ridícula se eu chorasse, comecei a rir mais "corigamente" ainda "Sei lá o que tinha na minha cabeça. Eu sei que você não é gay. Não que eu seja. Na verdade eu sou sim..."
"Então você é gay mesmo", ele disse ainda sem olhar para mim, "Não parece"
"Ai, obrigado", dizia rindo, quem estiver lendo isso só deve tá pensando o quanto sou idiota, "Pois é eu sou. Lady Gaga não tá lá por acaso. Sou lirou"
"O quê?"
"Little monster, quis dizer. São os fãs da Lady Gaga"
"Você deveria parar de escutar essas merdas. Você tem um gosto musical ótimo, e isso estraga"
"Lady Gaga não é uma merda..."
"Isso tá ficando chato", ele disse me calando. "Que outras coisa você curte", perguntou-me cruzando os braços.
"Ah, as músicas aquelas que eu te mostrei... Gosto de ler, assistir filmes..."
"Que tipos de livros e filmes?". Esse jeito marrento dele, era atraente,
"Ahh... eu li A culpa das estrelas...", quando disse ele bufou fazendo meu sentir no chão novamente, "Que foi?"
"Tá que outros livros você leu?" perguntou se achando todo superior.
"A culpa das estrelas é muito bom, okay. Mas também já li Crime & Castigo, Guerra e Paz, Os irmão Karamazov", disse em minha defesa, como se eu estive em um tribunal, falando como um inocente acusado de se alienado.
"Opa, pelo visto tem alguma cultura nesse fã de Lady Gaga", disse sarcástico enquanto batia no meu ombro.
"É óbvio que tenho cultura. Por exemplo, agora estou lendo Karl Marx por que faço parte de ONG Gay que está associada ao PSOL..."
"Puta que pariu, mano, quando vejo algo maravilhoso em você, você vem com algo para estragar tudo"
Sem chão, tentei me explicar, defender os meus ideias.
"Olha, lutamos pelos direitos do homossexuais, luto por um país melhor..."
"Sendo comunista?"
"Não é comunismo, é um partido socialista, há diferenças..."
"Bla, bla, bla..."
"Não fale bla, bla, bla para mim..."
Então ele começou a rir. Segurou-me pelos os ombro, aproximou-se no meu ouvido.
"No fim, nada importa mesmo"
Fiquei plantado olhando para ele. Ele deu dois tapinhas no meu rosto, entrou no quarto e fechou a porta.