Louco amor - metido a machão pegador 20

Um conto erótico de Lipe
Categoria: Homossexual
Contém 4036 palavras
Data: 12/10/2015 20:29:59
Última revisão: 13/10/2015 01:30:17

LOUCO AMOR – metido a machão pegador 20

Anteriormente:

Quando eu estava quase terminando um hambúrguer meio que improvisado, a companhia tocou e eu claro, fui atender. Era o Fagner.

– Ah, vamos pegar um cineminha hoje?

– Claro que não Lucas.

– Você é meu melhor amigo, então você É da família – argumentei.

– O que você não me pede chorando que eu não faço sorrindo.

– Aeeee – comemorei lhe abraçando forte mas aí ouço alguém imitando uma tosse, olho de lado sobre o ombro de Fagner e vejo Caio inclinado sobre o corrimão nós observando, usando as roupas que havia lhe emprestado que mesmo ficando folgadas em mim, nele ficou muito, mais muito justa.

– Atrapalho algo? – perguntou provavelmente imaginando merda.

Continuação:

– Ah... Fagner veio aqui saber como você estava e aproveitei pra chama-lo para o cinema também.

– E aí cara, tá melhor? – perguntou Fagner.

– Estou sim – respondeu descendo o resto da escada – e ah, queria te agradecer por ter me ajudado e também pedi desculpas pela minha criancisse, se conseguir esquecer aquilo, fico grato, Não estava nos meus melhores dias.

– Tudo bem – disse Fagner se levantando, também me levantei – bem, vou indo, a gente se ver a noite então.

O acompanhei até a porta onde lhe dei um abraço apertado de despedida. Voltei para a sala mas não vi o Caio que estava ali, alguns segundos antes, gritei o seu nome e ele respondeu dizendo que estava na cozinha.

– Ah filha da mãe – disse pra mim mesmo, segundos antes de correr pra cozinha pra velo devorando o hambúrguer que eu havia feito.

– Nossa, está muito gostoso cara – debochou com a boca cheia.

– Ah cara, você acaba de mexer com uma pessoa faminta e extremamente preguiçosa – disse começando a andar ao redor da mesa pra poder alcança-lo mas ele também andava e intensificou os passos assim que eu intensifiquei os meus, corremos bastante ao redor da mesa rindo e soltando piadas feitos crianças até expandirmos a correria pelo resto da casa, só paramos no quarto quando o encurralei mas aí já não tinha premio algum, pois ele acabara de colocar o último pedaço do meu hambúrguer na boca.

– Você vai se arrepender disso Caio – disse rindo.

– Ah é, o que vai fazer? Estou morrendo de medo – disse rebolando em ritmo de deboche na minha frente.

Corri e pulei em cima dele que por sua vez caiu em cima da minha cama, rapidamente peguei um travesseiro e bati na cara dele que se defendeu com a mão.

– Essa é pelo meu esforço perdido (travesseirada) essa é pelo meu hambúrguer (traveisserada) Essa é por...

– Para, para Lucas, que dor – disse fazendo cara de dor enquanto colocava a mão no ferimento da bala.

– Puta merda Caio – disse saindo de cima dele na qual se virou de lado ficando em posição fetal agarrado com a barriga, me estiquei até a escrivaninha na qual havia deixado o remédio pouco antes dele sair do banho, o fiz engolir a seco enquanto corri na cozinha pra pegar um copo d´agua.

– Desculpa vei, acabei me esquecendo, as vezes tu age como se estivesse 100% – disse lhe entregando o corpo com água.

– Nada de desculpas, foi divertido – disse dando um sorriso meio torto pra logo em seguida beber a água.

– Está doendo ainda?

– Pouco, daqui a pouco passa – disse voltando a deitar de lado depois que bebeu a água – Deita aqui comigo que eu garanto que vai passar mais rápido.

Deitei ao seu lado, frente a frente com ele, lhe beijei e passei minha mão por sua cintura, ficamos lá namorando um pouco, falando coisas bonitas um ao outro, testa com testa, os famosos clichês que nenhum ser humano se cansa de ouvir. Poderia passar o dia todo ali com ele, naquele clima de começo de namoro, onde os dois sentem um amor avassalador pelo outro. Queria ser capaz de eternizar aquele sentimento, o amava tanto que eu não conseguia imaginar que no mundo todo outra pessoa pudesse sentir o que eu estava sentido. Os minutos se passaram e tivemos que nos levantar, meus pais chegariam em breve e aliás, ainda estava morrendo de fome, preparei outro hambúrguer e dessa vez consegui comer.

Meus pais chegaram no estante em que eu e Caio iria dá uma passada em seu ape para poder pegar roupas mais confortável pra ele e também dinheiro. Havia o convencido de ficar aquele final de semana lá em casa para que eu pudesse cuidar dele melhor, lá vimos sua mãe que praticamente havia se mudado pra lá para poder cuidar dele, ela surtou quando viu Caio mais arrebentado do que nunca, lhe dissermos que havia sido um assalto que não terminou muito bem, ela ficou muito desconfiada e com razão, desde quando um raio cai duas vezes no mesmo lugar em tão pouco tempo? Pois é, não tivemos muito tempo pra pensar em algo melhor, mas resumindo toda essa história: passamos 2 horas com ela nos enchendo de perguntas até nós deixar ir. Acho que depois daquilo ela resolveu voltar pra sua cidade.

A noite logo chegou, eu, Caio, meu pai e Fagner já estávamos todos prontos apenas esperando minha mãe.

– Mulheres – comentou meu pai assim que minha mãe finalmente desceu as escadas e disse que estava pronta.

Fomos todos no carro de meu pai, com ele contando histórias engraçadas – principalmente sobre quando eu era pequeno – minha vergonha estava nas alturas, mas sorria junto com eles, minha mãe fechada como sempre se mantinha em silêncio e só ria vez ou outra. Finalmente chegamos lá, bem que Fagner e Caio quiseram pagar suas entradas no cinema mas meu pai contestou e acabou pagando todas, os ingressos eram para um filme de terror cujo nome não me lembro. Nos sentamos na última fileira de cadeiras, Caio no canto da parede, eu do seu lado, Fagner do meu lado e depois meu pai e minha mãe. A única coisa que me segurou pra não agarrar Caio a cada susto que eu tomava foi o receio de minha mãe ver algo mesmo estando na penumbra, então só fiquei apertando a mão do coitado com força que ria baixinho ao invés de gritar de dor a cada vez que eu levava um susto.

O filme acabou e resolvemos nos sentar em uma pizzaria, foi aí que começou a enxurrada de perguntas veladas pra cima do Caio.

– Você mora sozinho aqui? De onde é seus pais? – iniciou meu pai.

– De uma cidadezinha perto daqui, eles são donos de uma fazenda lá, como é uma cidade pequena sem muitas oportunidades e escolas de qualidade eles acharam melhor me mandar pra capital pra poder terminar o ensino médio e assim ingressar em uma faculdade.

– Donos de fazenda? hum, é nessas horas que eu queria ter uma filha – comentou minha mãe.

Lhe lancei uma olhar meio reprovador em relação a isso mas ela fingiu não ver.

– E então Caio, qual o curso que quer fazer? – perguntou meu pai ignorando o comentário de minha mãe.

– Olha, meus pais creem que eu vou fazer veterinária, para poder cuidar dos animais da fazenda mas o que eu quero mesmo é fazer direito e depois tentar entrar na policia federal.

– Claro que não – disse num momento de impulso, todos olharam pra mim, inclusive minha mãe.

– Porque ele não pode entra na policia federal João Lucas? – perguntou minha mãe.

Puta merda – pensei antes de responder.

– Ah mãe, a senhora sabe que essa é uma profissão muito arriscada, fiquei meio que traumatizado desde aquele dia lá que ele levou aquele tiro – argumentei. Não deixava de ser verdade o que falei.

Ela me olhou estranho como se não acreditasse mas aí meu pai começou a fazer mais perguntas, uma mais tenebrosa que a outra, riamos de vez em quando em relação a isso mas certa hora notei que Fagner estava bem distante, com o pensamento longe, nem falava muito.

– Pessoal, vou ali no banheiro, já volto, com licença – disse Fagner em meio ao burburinho que meu pai, minha mãe e Caio faziam.

Não disse nada, apenas o observei se distanciando ao lado contrário de onde ficava o banheiro, ele saiu por um lado mais afastado e movimentado do ambiente, estranhei bastante, então resolvi segui-lo, também avisei que iria ao banheiro e Caio também veio comigo.

Por sorte assim que saí vi Fagner entrando numa biblioteca mais a frente.

– Você não iria ao banheiro? – perguntou Caio assim que notou que saiamos do estabelecimento.

– O Fagner estava meio estranho, não notou?

– Não, acho que não, mas agora que você falou, não ouvi muito a voz dele hoje.

– Eu preciso falar com ele a sós, será que...

– Claro, confio em você, vou voltar para mesa.

– Valeu, já volto.

Seguimos rumos diferentes, ele voltou para onde meus pais estavam e eu fui rumo a biblioteca, que por sinal era enorme, me perderia fácil ali dentro mais por sorte o avistei no primeiro corredor, de costas, provavelmente olhando algum livro, fui até lá.

– O que está acontecendo Fagner? – perguntei quando cheguei próximo, ele pareceu se assustar um pouco com a minha voz.

– Nada, porque? – disse colocando o livro de volta a prateleira.

– Fala sério né Fa, primeiro tu fica todo distante até quando minha mãe tá se divertindo e depois diz que vai ao banheiro e vem pra cá, o que está acontecendo?

Ele baixou a cabeça – Eu digo pra mim mesmo que consigo, e o motivo de eu ter vindo foi esse: eu consigo, mas eu estava errado, eu gosto muito de você, tanto que quando estou perto de você, sinto como se eu fosse o cara mais saudável do mundo – ele olhou pra mim – por que eu não cheguei primeiro? Nunca pensei que fosse sentir na vida tanta inveja de alguém como eu sinto do Caio, queria poder ter coragem de seguir com aquela chantagem mais eu sou covarde, desculpa.

Foi com os olhos marejados que ele voltou a pegar o livro que estava vendo pouco antes de eu chegar e deu as costas pra mim, o observei ainda meio que sem reação se afastar, ele deu seus dados na recepção e pegou o livro emprestado, com um último olhar em minha direção, foi embora.

As coisas ainda podiam piorar? Sim, elas vão piorar Lucas – pensei comigo enquanto sentia meu coração aperta e olhos marejar. Olhei de relance para a prateleira de onde ele havia tirado o livro e em meio a uns seis da mesma cor vermelha e com o seguinte titulo “Superar é preciso” havia um espaço faltando um.

Eu não sabia mais o que fazer, minha presença ao lado dele só o fazia nutri ainda mais aquele sentimento que eu não era capaz de retribuir. Deixei que se fosse. Se eu pudesse voltar ao passado e mudar tudo aquilo e continuar com a minha vida monótona e sem graça eu mudaria, mas eu não posso, tenho que enfrentar aquilo, já fugi por tempo demais.

Me recuperei daquele choque e voltei para a pizzaria.

Narrado por Fagner:

Mais uma vez joguei o peso de meus problemas sobre uma pessoa que me faz tão bem e ás vezes tão mau, eu não queria ter falado aquilo, mas palavras ditas jamais podem ser retiradas da mente de alguém com um “esquece” ou “retiro o que disse”. Eu também não queria ter que me afastar dele, mas era minha única saída porque se não eu iria enlouquecer, ele de longe é pessoa mais extraordinária e bonita que eu já tive o prazer de conhecer, cego de amor ou não, era assim que eu o via.

– Que droga! – vociferei quando senti algo trombando em mim, fui ao chão sentindo algo molhando e viscoso entre meus dedos do que parecia ser suco, numa primeira observada notei que o livro havia protegido a minha roupa.

– Cara, desculpa mesmo, está tudo bem aí? – perguntou uma voz se agachando próximo a mim.

– Estou com cara de... – iria ser grosso até o momento que ergui a cabeça e o vi, perdi o folego com tamanha beleza e familiaridade, ele era branquinho, olhos castanhos, era um magro com certos músculos, não tinha barba e aparentava ter no máximo 18 anos.

– Puxa cara, danifiquei seu livro – disse observando o livro que estava na minha mão todo molhado.

– Pois é, agora vou ter que pagar – disse no mesmo estante que ele se levantou e me deu a mão para me ajudar.

– É da biblioteca não é? – perguntou.

– É mais está tudo bem, seu moletom também está manchado por culpa minha, estava distraído – disse já começando a andar.

– Nossa, estava louco atrás desse livro também – disse me fazendo parar assim que ia passando por ele – será que tem como me mostrar onde pegou, não sou daqui então não sei andar muito bem aqui dentro e confesso que já me perdi – disse sorrindo.

O olhei meio desconfiado, mas resolvi ajuda-lo, que mal tem afinal?

– Tudo bem, só que antes tenho que passar no banheiro pra poder lavar minhas mãos – disse lhe mostrando as mãos molhadas de suco.

– Claro.

Antes de irmos ele pegou o copo plástico de suco que estava no chão e colocou no lixeiro mais próximo e também tirou seu moletom manchado, por baixo ele usava uma camisa branca.

No banheiro, enquanto lavava minha mão ele havia ido ao mictório, pelo espelho dava pra observa-lo melhor, suas costas eram largas, tinha um cabelo bem curto raspado ao que parecia ser maquina um. E aquela sensação de familiaridade em relação a ele só fazia aumentar, minha mente rodava tentando encontrar alguma explicação, talvez eu já o havia visto em algum lugar, sei lá. Pelo seus movimentos percebi que já estava guardando sua ferramenta dentro da calça, então parei de olhar e voltei minha atenção pra minha mão debaixo da água corrente, já estava enrugando, a tirei dali e a enxuguei.

– Vamos? – disse ele atrás de mim. Consenti com a cabeça e seguimos até a biblioteca em silêncio porém quando estávamos próximos ele puxou conversa.

– A maioria das pessoas que procuram esse livro, são pessoas que já se decepcionaram em uma relação, seja ela amorosa ou de amizade, pessoas que precisaram acabar com essa relação mesmo ainda sentindo algo pela outra pessoa. É o seu caso? – perguntou acertando em cheio minha ferida.

– Você também o quê, é o seu caso?

– Não te disseram que responder uma pergunta com outra pergunta, é falta de educação? Mas tudo bem, é meu caso sim, passei quase 2 anos com uma pessoa que parecia ser o meu amor eterno mas estava enganado, fui obrigado a acabar o relacionamento, passei dias sofrendo e fazendo coisa que pessoas solitárias como eu fazem, procurar ajuda na internet, então achei esse livro “Superar é preciso”.

– E você é de se abrir assim pra qualquer um? – perguntei já chegando próximo a prateleira onde havia pegado o livro.

– Só para as pessoas que também leem “Superar é preciso” – falou pegando o livro e balançando a minha frente, ele sorria. Tinha que admitir, ele sabia e tinha o controle do que falava.

– Minha história é um pouco mais complicada – decidi falar pois senti que podia confiar nele – nem cheguei a me relacionar com a pessoa, já tinha um na minha frente.

– Os famosos amores platônicos, sei bem como é.

– Você fala como se já tivesse uns 30 anos.

– E eu não tenho?

– Sério? Não parece – disse abismado.

Ele sorriu – não, só tenho 19.

– Hum e sabe tanto assim da vida.

– Já sofri muito nessa vida – disse pensativo como se lembrasse de algo que o fez mau.

– Bem, eu tenho que ir agora, já tá tarde.

– Posso te acompanhar até lá fora?

– Claro.

Fomos até a recepção onde ele ao invés de pegar emprestado, decidiu comprar e um livro daquele em bibliotecas como aquela eram muito caros, não me intrometi, apenas fiquei na minha.

– Poderia me emprestar uma caneta? – ele perguntou a recepcionista que prontamente lhe emprestou uma caneta, ele abriu o livro e escreveu algo que eu não consegui ver, saímos e quando estávamos chegando próximo à saída ele diz: – é seu e não irei aceitar um não como resposta.

– Cara, eu não posso aceitar, não precisa me pedir desculpas, foi eu quem tive a culpa e aliás manchei seu moletom.

– Nós dois tivemos culpa, a diferença é que estou pedindo desculpas agora, tenho certeza que vamos ter muito tempo pra você retribuir – disse envolvendo sorrateiramente o livro em minha mão desocupada, acabei deixando, não sabia o porque, talvez ele fosse um vampiro e estivesse me hipnotizando com aqueles olhos claros. Ah que bobagem – Tchau – disse por fim saindo pela porta do shopping.

Fiquei lá um tempão parado feito uma besta olhando por onde ele tinha saído e tentando entender o que havia acontecido agora há pouco. Ninguém nunca havia agido com tanta atitude assim comigo, nem sabia que isso existia na vida real. Quando me dei por mim percebi que ele tinha ido embora, embora? E agora? Eu não havia perguntado o nome dele nem nada, corri pra fora mas nem rastro dele, ainda dei uma volta pelo estacionamento do shopping mas não o encontrei.

Desfacei o meu descontentamento, peguei um taxi e fui para casa. Tentei dormir aquela noite mais vez ou outra me pegava pensando naquele cara um tanto misterioso. Não, eu não estava apaixonado, meu coração ainda estava nas mãos do Lucas, mas é que aquele cara é uma pessoa que na vida se é preciso conhecer, porém eu havia desperdiçado essa chance por ser tão otário.

Narrado por Lucas:

Meus pais estranharam a ausência de Fagner mais acabei inventando outra desculpa – já havia virado rotina isso.

Assim que cheguei em casa parecendo um caco, chamei Caio – que percebeu o meu estado – para o quarto. Não sei o que deu em minha mãe naquela noite, logo aquela noite que eu mais precisava de Caio ao meu lado, ela resolve coloca-lo em outro quarto, contestei mais ela argumentou que ele já estava bem melhor, não falei mais nada, minha cabeça latejava e a cada palavra que eu falava ela doía ainda mais, lancei um olhar triste para ele que se distanciou junto com minha mãe a um quarto de hospedes. Com certeza ele daria um jeito de vir.

Narrado por Caio:

Passei uma hora naquele quarto sozinho esperando que a casa se silenciasse por completo, me levantei nas pontas dos dedos, abri a porta que rangeu um pouco e segui o corredor, chegando mais a frente notei que a porta do quarto dos pais de Lucas estava aberta. Droga – pensei. Eu não podia voltar, eu tinha que passar, coloquei meu ouvido na parede pra poder ouvir algo que evidenciasse que ainda havia alguém acordado lá dentro mas não ouvi nada. Respirei fundo e quando estava prestes a passar, uma sombra se aproxima de mim, olho um pouco pra cima e quase grito de susto, ele sorriu, era o pai de Lucas que fez sinal com a cabeça para que eu prosseguisse, sorri e disse um obrigado. Espero que ele saiba leitura labial.

Entrei no quarto do Lucas, estava meio escuro, mas meus olhos foram se acostumando a cada passo que eu dava para dentro de seu quarto. Cheguei perto de sua cama e consegui ver sua silhueta. Demorei tanto que com certeza ele já estaria dormindo, fui por trás dele, levantei as cobertas nas quais ele estava e me aninhei ali com a mão envolvendo sua barriga até segurar sua mão, ele apertou e ouvi fungar o nariz, ele estava chorando.

– O que foi Lu? – perguntei preocupado.

Narrado por Lucas:

Ele chegou quando minhas lágrimas já haviam cessado, suas mãos e seu corpo forte se aconchegando atrás de mim me causou uma paz imensa. Lhe contei tudo o que havia acontecido, ele ficou bem boladão com o que Fagner disse. Foi preciso de muitas palavras pra poder acalma-lo, mas no final eu sempre conseguia.

No dia seguinte – domingo – não procurei o Fagner e tão pouco ele me procurou e acho que assim seria melhor para ambos pelo menos durante um tempo. Tentava não pensar nos problemas para não ter Caio pegando no meu pé que de certa forma eu gostava mas evitava, vai entender né. Mesmo querendo que os ponteiros do relógio diminuíssem a velocidade, a noite logo chegou, e a manhã do dia seguinte também.

– Se você não se sentir preparado, não precisa ir à escola hoje, a gente gazeia, vai algum outro lugar pra poder se distrair – disse Caio.

Realmente eu não estava preparado, estava com medo, mas eu queria acabar com aquilo logo porque se não seria mais uma noite sem dormir imaginando o que poderia acontecer.

Nós arrumamos, tomamos café a sós já que meus pais já tinha ido trabalhar e fomos junto como bons amigos, logo chegamos em frente à escola, a diante se via bastante alunos esperando o primeiro sinal para entrar nas salas de aula.

– Ainda dá tempo de desistir – disse Caio ao meu lado.

Disse não e entrei aparentando ter atitude, ele me seguiu mais fomos parados por vários colegas do Caio do handebol perguntando como estávamos, isso era um sinal bom, era um sinal de que ela ainda não havia feito nada, conversamos bastante, na verdade eles conversaram porque eu não conseguia para de olhar pra todos os lados em busca dela. Cheguei a perguntar a uma das amigas dela se ela tinha visto Teresa mas ela respondeu que não. O sinal tocou e seguimos para sala, temi vela lá sentada assim que eu entrasse mas não tinha nem rastro dela ali, nem tampouco de Fagner. Sentei em minha cadeira e Caio sentou ao meu lado.

– Ei cara, fica calmo – falou repousando sua mão em meu joelho que não parava de se remexer.

– Tá tão na cara assim?

– Muito. Acho que ela não vem hoje, relaxa cara – disse momentos antes da professora chegar na sala e mandar todos abrirem o livro e lerem em pagina tal, é serio isso? Não estava com cabeça pra nada naquele dia, muito menos ler livro. Passei uma aula inteira assim lendo aquelas malditas páginas, na verdade fingindo ler, Caio ao meu lado fingia as vezes, quando não estava jogando bolinhas de papel nos amigos que estavam no fundão até algo vibrar em meu bolso, normalmente não dou a mínima pra mensagens já que a maioria que eu recebia era da operadora enchendo o saco mas daquele vez foi diferente, quando ele vibrou senti algo ruim percorrer meu corpo. Tirei do meu bolso e logo de cara vi o nome: Teresa enviou uma mensagem – abrir/ignorar. Meu sangue gelou naquele momento, cutuquei Caio ao meu lado que se preparava pra jogar outra bolinha de papel, ele me olhou e em seguida olhou o aparelho em minha mão. Abri a mensagem e lemos juntos:

“Nossa Lucas, faz tanto tempo que eu não faço uma visitinha a sua mãe, já havia esquecido o quanto ela é legal, pena que esse sorriso que está na minha frente nesse momento pode se desfazer, que coisa feia Lucas”

CONTINUA...

Martines: Acho que depois desse capítulo Fagner tem muitas chances de partir pra outra em. Abraços cara!!!

S2DrickaS2: Tomara que Tereza consiga aceitar esse amor tão lindo. E sim eles se amam de mais. Abraços cara!!! E ah, só uma pergunta: o que significa esses A. que você sempre coloca no final de cada frase? Curioso aqui kkk.

Hello: Acho que parei na melhor parte de novo né rsrs é a alma do negocio rsrs. Abraços cara.

Kevina: Obrigadão :) Abraços!!!

Esperança: :) Obrigadão :) Abraços!!!

Rodrigopaiva: Cada um com seus problemas, tem razão, bem que Lucas queria se desdobrar aí em dois pra poder corresponder aos dois mas ele não é super herói pra fazer isso e a lendo mais o coração dele já tem um certo dono. Mas alguma coisa me diz que Fagner vai sair bem dessa. Abraços!!!

Kel3599: Já publicado ;) Abraços!!!

Adrianonosmith: Obrigadão :) Abraços!!!

R.Ribeiro: Eu demoro mais sempre apareço, você não vão ser ver livres de mim nem tão cedo rsrs e Obrigado :) Abraços!!!

Mr.jhon: Muito fofo mesmo ^^ e algo me diz que vem bomba por aí rsrs. Abraços!!!

Lobo Azul: Oi amigão, li seu conto e está muito legal, obrigadão por tudo. Abraços!!!

A todos em forma geral: OBRIGADO!!!

E até a próxima ;) e ah, perdão por qualquer eventual erro ortográfico.

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Comentários

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Sobre a Teresa: bicha a senhora é bad blood mesmo em?!?! Hahaha vingança <3 amo vingança e rancor. E não, não estou contra o relacionamento dois meninos só sou ruim mesmo... Comecei a ler o conto ontem, amando muito, votado :)

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Isso é uma cobra, sempre soube que o namorado a traía passivamente, mas no momento em que ele declara ter sentimentos mais forte por outro a baixaria começa.

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Sabia que Tereza nao ia deixar barato. Como sempre estava ótimo. Já estou ansioso para o proximo. Abraços

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Omg, morrendo de medo da reação do Lucas... Será que ele vai dar um grito no meio da sala de aula? Rsrs iria ser muito engraçado kkkk

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kkkkkkkkkkkk Já vi umas duas pessoa perguntarem o significado desse " A " noa fins dos comentarios de S2DrickaS2 " o misterio das letras A " e ela sempre da uns comentarios muito bons. . . cara como foi emocionante a parte de Fagner fiquei triate por ele. . . Teresa, não creio que ela chegou a esse ponto em pensar fazer isso falar para a mãe do Lu aiaiaiaiaiai. . . Volte Logo!

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Amigo, agradeço pela sua presença no meu conto. O seu está perfeito. Uma mulher traída é capaz de tudo, ainda mais se for sua ex-melhor amiga. Adoro seu conto. Já quero o próximo capítulo. Beijaooo moço lindo!!!!

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Aaaaah esqueci de dizer que estou torcendo pelo Fagner ficar com esse novo personagem ele merece esquecer o Lucas e viver um novo amor que seja recíproco...

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Parar na melhor parte não é alma do negócio, É MALDADE!!!! ♡♡♡♡ adorei

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Hum... Personagem novo na parada. Espero que ele encontre uma pessoa que possa retribuir o amor que ele tem. O que será que ele escreveu no livro? Fiquei curioso aqui. A Teresa o que ela vai fazer? Vai contar pra mãe do Lucas do caso deles, já que a mãe dele anda desconfiando de algo. Abs e volta logo.

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Se fosse um conto de fadas provavelme a "bruxa má" morreria. Mas acho q não é o caso, até pq ela não é culpada de nada... Mas da um finalzinho feliz p ela. A maioria dos contos q Envolvem essa temática,ou acabam matando as coitadas ou transformando elas em mejeras loucas. (Acho q dos leitores aqui só eu q me importo com ela) rsrs.

Pelo menos o Fagner já esta se ajeitando né, menos mal.

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Oi lindinho... vc me chamou de "cara" ah fofinho,eu sou menininha,de verdade sou uma mulher que é fanática por contos gays,pq é mais romantico e não tem só sexo(tah sexo é bom...). Vc me emocionou bastante com o Fagner... tadinho dele. Que raiva dessa Teresa.Que merda ela vai fazer???

Bjos e até logo. A.

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