Amor Incondicional ? 2°Fase Cap.15

Um conto erótico de gustavinho
Categoria: Homossexual
Contém 1267 palavras
Data: 17/10/2015 04:35:04
Última revisão: 17/10/2015 04:52:59

Cap.15

Meu coração acelerou, milhões de lembranças vieram a minha mente. Minhas pernas tremeram, assim como o resto do meu corpo. Era quase que inacreditável que eu estava revendo aquele corpo andando por aqueles corredores novamente. Aquele garoto, que foi tão importante para mim um dia.

"Enfim eu havia chegado ao ensino médio. Sentia que aos poucos eu estava abandonando essa vida chata de criança e me aproximando cada vez mais da maioridade. Aquele colégio era o mais bem visto. Eu estava muito feliz de ter conseguido entrar ali. Agora era só esperar, e ver que aventuras a minha adolescência me proporcionaria. E eu estava muito ansioso. Ansioso para beijar alguém. Ansioso para sair para festas. Ansioso para que a minha primeira vez acontecesse logo. Entrava olhando para todos os lados, assim como muitos outros alunos, que como eu estavam totalmente perdidos naquele show de vislumbramento que era aquele colégio. Quando de repente um corpo esbarra sobre mim, me fazendo ir ao chão.

- Oh, desculpa ! - falou ele, assim que nos estatelamos no chão. Assim que abri os olhos depois do acontecido, meu coração acelerou. Como era lindo ! Moreno, olhos castanhos, cabelos meio rústicos, corpo malhado.

- Não... Não e nada - durante alguns segundos nos olhamos nos olhos, sem falar nada. Meu coração palpitava de uma forma que nunca havia acontecido antes"

Eu nunca imaginei que apenas uma queda pudesse despertar tantos sentimentos distintos e ao mesmo tempo próximos uns aos outros. No outro dia a minha vontade de conhece-lo era enorme. E assim foi no dia seguinte, e no dia seguinte, até que aquilo aconteceu.

"Meu Deus, como fui perder a hora dessa forma ? Acordar as 7h30 é quase uma sentença de morte. Corria desesperadamente para tentar chegar a Sala. Cheguei a frente do elevador, e vi que a porta estava prestes a abrir. Chamei, ia ser mais rápido que subir as escadas. A porta abriu, eu entrei acelerado para que chegasse logo o próximo andar. O elevador começou a fazer o seu trabalho. Foi quando eu Ergui o meu olhar um pouco, e a surpresa... Ao meu lado estava ele, o garoto que havia esbarrado em mim. Imediatamente meu coração acelerou. Para piorar, o elevador parou no meio do caminho. Meu primeiro impulso foi me afastar. Parecia que estávamos os dois envergonhados, pois no mesmo passo que eu me afastava, ele se retraia. Até que ele falou...

- Me chamo Diego... - falou, para logo em seguida erguer o olhar.

- O Que ?

- O meu nome... É Diego.

- Ah... O meu é Michel

- Prazer - falou, sorrindo de canto para mim pouco antes de abaixar o rosto novamente. Por algum motivo ganhei confiança, e parei de me afastar.

- O prazer é meu...

- Deve ter faltado luz...

- Pois é... - o silêncio reinou no elevador - e então ? Qual é a sua turma ?

- Eu ? 1°8, e você ?... "

Em pouco tempo nos tornamos amigos. Acabamos ficando os dois bem populares no colégio, já que éramos bem bonitos e isso atraía muita gente para perto de nós. Mas dentro de mim eu só continuava tendo apenas um amigo. Ele. O ano foi passando, e pouco a pouco eu fui aprendendo a gostar daquele garoto fofo.

"- Ora ? E porquê não podemos comprar dois milk shakes grandes ?

- Porquê não... Engordaremos... Você quer engordar ?

- Não... Mas e só um milk shake, deixa de ser careta.

- Tá... Mas se engordarmos você vai arranjar uma fórmula mágica para emagrecermos de novo"

Diego sempre foi aquele tipo de garoto raro nos dias de hoje. Divertido, antenado, estiloso, estudioso, cheio de bons valores, puro, fofo... enfim, um prato cheio para pessoas como eu, que são extremamente fracas para a paixão. Não deu outra...

"Estava tomando Nescau em casa, assistindo séries quando a porta se abre.

- Oi ? - era a voz do Diego.

- Oi moreno. O que faz aqui ?

- Nada demais, estou só passeando mesmo. Estava muito chato para eu ficar lá em casa, prefiro a sua companhia - falou, me arrancando mais um sorriso. Eu já não tinha dúvidas, estava completamente apaixonado por ele.

- A gente pode pedir pizza depois - falei, vendo ele sentar na cama.

- Vai ser ótimo, assim a gente engorda mais um pouquinho juntos - ri. Continuamos assistindo a série, quando escuto a sua voz ecoar no quarto.

- Michel ?

- O que ?

- Me responde uma coisa... Você namora alguém ?

- Não... - falei, imaginando um namoro entre ele e eu, e o quanto seria perfeito. Assim que ele ouviu a minha resposta, se ajeitou na cama e olhou para mim.

- Sabe quando o nosso coração bate como se o mundo fosse acabar em segundos ? - perguntava ele, olhando firmemente em meus olhos.

- Como ?

- Sente... - e então ele pegou minha mão esquerda e colocou sobre o seu peito direito, repousando a dele sobre a minha. Dava para sentir claramente o coração dele bater descompassadamente - o meu coração só bate assim quando fico perto de uma pessoa...

- Quem ? - de repente ele se aproximou. Se pôs sobre as minhas pernas e colou o rosto dele no meu.

- Você..."

Durante um bom tempo a felicidade reinou entre nós. Saímos diariamente para namorar em lugares lindos. Estávamos incrivelmente felizes um com outro. Porém infelizmente aquilo aconteceu. E me mudou para sempre.

"- Não Diego ! - dizia ele, me puxando para um abraço na frente da casa dele.

- Fica tranquilo, meu pai não está em casa.

- Mas e os vizinhos ?

- Só estão em casa de madrugada... - ria.

- Seu louco... Você sabe o que pode acontecer se formos apanhados...

- Ninguém tira você de mim...

- Jura ?

- Juro... - foi rápido e acabou me roubando um selinho. Que se transformou em um beijo calmo e amoroso. Quando de repente, e quase que calado, um carro se aproximar e vira na garagem da casa dele. Só escutamos um grito.

- DIEGO !!!"

Desde então o conto de fadas virou um inferno de choro e lágrimas. A minha família soube, claro... Mas ao contrário do que eu esperava, com eles as coisas foram muito bem. Disseram para mim apenas coisas boas. Disseram que já sabiam. Disseram que me apoiavam. Mas com ele as coisas iam de mal a pior.

DISCUSSÃO NA CASA DE DIEGO

"- Você não pode fazer isso ! - Diego gritava.

- Eu posso, e vou. Você vai morar com sua avó em Recife, e está acabado !

- Porquê você simplesmente não aceita e pronto. Eu o amo !

- Não ama ! - o velho gritava - filho meu não ama homem ! Se você ao menos só comesse o viado, tudo bem. Mas namorar, dar uma de Marica, eu não aceito isso !

- Eu NÃO admito que você fale assim dele.

- Você não tem que admitir nada ! Ou você obedece ou vai ter que trabalhar para se sustentar, porquê eu só sustento o meu filho homem ! Viado eu não quero !"

Não teve jeito. Nos separamos bruscamente. Nem um último beijo pudemos dar. Foi a minha primeira desilusão amorosa, de muitas. Sai do colégio pouco tempo depois também, pois eu não conseguia andar por aqueles corredores sem lembrar dele. E tudo o que me lembrava dele me fazia chorar. Apenas uma despedida, pelo celular, pouco antes dele viajar, pois logo depois isso foi tirado Também.

"Me desculpa por tudo o que aconteceu. Eu sei que de culpa minha. Sei que você está sofrendo. Mas tenha certeza que estou sofrendo muito mais que você. Estou sofrendo 100 vezes mais. Mas eu te prometo uma coisa, um dia eu vou voltar ! E nesse dia, espero que você ainda sinta algo por mim, porquê o meu sentimento não vai mudar ! E se o seu mudar, eu vou te reconquistar. Nós viveremos juntos ! Te amo Michel"

Continha

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Comentários

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Eita o protagonista da história mudou?. . . ficou muito bom tou gostando. . . Volte logo!

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Rente, o que foi isso? Estou pretérito, petrificado... mas amando o conto... , um tô msm... confesso que não acompanhava no início por se tratar de um aidético (não que eu tenha algum tipo de preconceito ou repulsa, só não gosto de ver o sofrimento alheio desnecessário... aí não queria ver esse personagem sofrer), eu me envolvo muito rápido com os pepersonagens, que por um lado é bom, mas por outro não...

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