Acordei no outro dia com o Guilherme por cima de mim dormindo pesadamente, ele estava deitado de bruços por cima da minha barriga, nossas barrigas coladas e nós formando um “+” no meio do quarto, coloquei minha mão direita em seu cabelo e comecei a fazer carinho, olhei no relógio e eram 8:07 da manhã, o Nathan ainda dormia tranquilamente e como eu não quis acordar nenhum dos dois, eu permaneci ali deitado, sentindo os movimentos da respiração de Gui contra meu corpo, ele é tão fofinho dormindo!
Levantei um pouco minha cabeça e o Nathan dormia de lado virado para a parede, eu só pensava em como estava a cabeça dele e se a nossa amizade continuaria sendo a mesma, claro que vai mudar muita coisa, mas pelo menos eu tenho a consciência de que o que fizemos foi um ato praticado em uma amizade coloria em que não devemos demonstrar nenhum sentimento alem da amizade que temos e espero que ele também pense como eu.
Alguns minutos depois escuto a porta do meu quarto se abrindo devagar, era minha mãe que tinha acabado de chegar em casa e ao entrar se deparou como Nathan dormindo em minha cama e eu e o Gui dormindo no chão, ela se aproximou devagar e se ajoelhou do meu lado no meu colchão, ela colocou a mão nas costas do Guilherme e ficou fazendo carinho enquanto falava comigo:
L: convidou seu amigo pra dormir aqui?
Eu: sim, fiz errado?
L: não querido, ta tudo bem, é bom que você tenha seus amigos por perto, eu gosto disso.
Eu: obrigado.
Ela desceu a mão pelas costas do Gui até chegar em seu bumbum e deu um tapinha de leve...
L: esse aqui dorme feito uma pedra, não acorda por nada.
Eu: só quando esta dormindo comigo, ontem ele teve outro pesadelo comigo, ele ficou traumatizado quando me viu cheio de sangue naquele dia.
L: não vamos lembrar disso, enfim, vou tomar um banho e ir me deitar pois não dormi nada né?
Eu: verdade, então enquanto você toma banho, eu vou levantar e começar a preparar logo algo para você comer, porque ai você come e depois vai dormir.
L: esta bem, então vamos.
Ela me ajudou a tirar o Gui de cima de mim com cuidado e deixou ele aninhado com meu lençol, saímos do quarto deixando os dois dormindo, ela foi para o banheiro e eu para a cozinha.
...
NATHAN:
Acordei na manhã seguinte sem me lembrar de onde eu estava, até que me lembro de tudo o que aconteceu... AI MEU DEUS! Eu não sou mais virgem! Eu fiz sexo com Diego! Eu comi ele! O que eu vou fazer agora? Ai meu Deus! Meu rosto esta queimando de tanta vergonha que eu estou sentindo aqui, não sei nem como que eu vou conseguir encarar o Diego depois dessa, por falar nele, rapidamente olhei para o lado e vi apenas o Guilherme lá deitado, dormindo sozinho, me levantei devagar e fui ao banheiro, quando voltei do banheiro o Guilherme já estava acordado sentado no colchão e olhando para mim.
Eu: oi.
G: oi, dormiu bem?
Eu: sim e você?
G: meu irmão me protegeu a noite toda, então eu dormi muito bem!
Eu: que bom, ele é o melhor irmão do mundo né?
G: é sim.
Ele se levantou rapidamente, passou por mim e entrou no banheiro, resolvi sair do quarto e ir procurar pelo Diego, quando cheguei na cozinha vi toda a mesa de café da manhã que acho que foi ele quem preparou, e ele estava sentado na varanda, olhando para o céu nublado que fazia naquela manhã, fui em sua direção morrendo de vergonha, quando cheguei ao seu lado encostei em seu ombro, como ele estava distraído, ele teve um pequeno susto e olhou rapidamente para mim, no que será que ele estava pensando?
D: oi, Nathan, você me deu um susto, eu estava distraído – dando um sorriso amarelo.
Eu: tudo bem. Como você esta? – eu estava com muita vergonha e acho que dava pra perceber.
D: não precisa ficar com vergonha, o que fizemos foi supernormal.
Ele se levantou, me envolveu em seus braços e me deu um selinho e me puxou pela mão até a cozinha.
D: temos pão, ovos mexidos, mortadela, cuscuz, salada de frutas, iogurte, queijo mussarela, suco de laranja, café e leite. É só se servir.
Eu: você fez tudo isso?
D: sim – com um sorriso tímido – minha mãe já comeu e foi dormir agora só faltamos eu, você e o...
G: e eu! Cheguei e to morto de fome – sentando-se na mesa.
D: e Guilherme.
Eu: sua mãe chegou faz muito tempo?
D: mais ou menos a uma hora.
Comemos tranquilamente e depois do café da manhã o Diego mandou eu e Guilherme nos arrumarmos que iríamos para a praia. Eu fui para o quarto e comecei a trocar de roupa, coloquei uma sunga preta, vesti meu short azul com uns detalhes em onda e uma camiseta branca, quando me levantei depois de fechar minha mochila senti duas mãos abraçando a minha cintura e me puxando com força para traz até que minhas costas se chocaram contra seu corpo, Diego começou a beijar minha nuca e depois me virou de frente para ele e beijou minha boca, senti sua língua entrando em minha boca e comecei a seguir os movimentos da mesma com a minha língua, realmente é como dizem, beijar é muito bom! Eu desci minha mão pelo seu corpo e segurei sei volume que estava firme por debaixo do seu short...
L: Diego eu... AI JESUS!
D: Mãeeeee!
L: ai meu deus eu... eu vou sair, desculpa, eu não queria atrapalhar, quer dizer... – ela apoiou a palma da mão no rosto – depois disso, tenho que conversar na sala, com os dois, venham.
Eu comecei a tremer, eu estava muito envergonhado, o Diego não parecia nervoso, só envergonhado, eu estava morrendo de medo, será que a Doutora Liliana iria contar para os meus pais sobre isso? AI MEU DEUS! O que eu faço? Chegamos na sala e todos nos sentamos.
L: Guilherme vai já pro seu quarto e fecha a porta, isso é conversa de adultos.
G: ta bom!
Pelo menos ele é obediente, ele correu para seu quarto e ouvimos o som da porta sendo fechada.
L: primeiro eu quero me desculpar por ter entrado sem bater na porta, e agora eu queria saber de vocês o que foi aquilo o que u vi?
D: mãe eu...
L: você quer sofrer mais garoto?
Eu: eu não quero fazer ele sofrer Doutora!
L: mas vai fazer, você esta para se mudar e quando for embora eu mais uma vez vou ficar em casa com meu filho deprimido. Vocês dois não pensam não?
D: mas mãe, nos fazemos isso sem compromisso algum, é uma amizade colorida!
L: desculpa meu filho, mas você é igual ao seu pai, um eterno apaixonado, romântico e se apega facilmente aos seus romances. Você não percebe que já esta gostando do Nathan?
Ele olhou para mim com os olhos marejados.
D: eu já percebi sim, desde ontem eu percebi que gosto dele.
Eu: Mas Diego, nós não poderemos ficar juntos, eu também gosto de você – falei baixando a cabeça – eu queria não ter que ir, mas não poderei ficar aqui no Recife.
D: eu sei, é por isso que não propus nada sério com você, eu tenho consciência de que não poderemos ficar juntos – ele se levantou e estendeu a mão para mim – então vamos voltar a ser apenas amigos?
Eu: está bem, apenas amigos – estendi a mão e apertei a dele, ele me puxou e me abraçou – obrigado por tudo!
D: por nada.
L: eu sinto muito que seja assim garotos, mas essa é a dura realidade dos fatos.
Ela se aproximou e abraçou o Diego e depois veio ate mim e me abraçou e me deu um beijo na testa.
D: ainda quer ir na praia?
Eu: quero!
D: então vamos!
L: Opa! Eu também vou!
D: então vai se arrumar mãe! Logo.
Fomos todos para a praia e o dia correu naturalmente, foi muito divertido, ficamos brincando na água enquanto o Guilherme ficava na areia fazendo castelos e a D. Liliana estava tomando sol, voltamos para casa já no final da tarde, tomei banho, me arrumei e esperei meu pai vir me buscar, quando o mesmo apareceu eu me despedi de todos e Diego me acompanhou ate a portaria do prédio, no elevador ele resolveu atacar de novo...
D: sabe, somos amigos, mas isso não nos impede de dar uns amassos né?
Eu: eu acho que não...
Ele não esperou me empurrou contra o espelho do elevador e me beijou ali mesmo, sorte que não paramos em nenhum andar, fomos direto para o térreo, quando a porta se abriu, paramos de nos beijar, eu já estava todo assanhado, fomos para a saída e nos despedimos, entrei no carro com papai e fui para casa. Só verei Diego de novo na escola...
Gatinhoo2gatinho02@hotmail.com
