Eu não poderia estar mais feliz e mais confuso, eu mal consegui me concentrar nas chamadas pelo resto da madrugada. Levei até uma "chamada" do meu parceiro o policial Sandro, que já era um policial experiente e com muitos anos de corporação, por isso me colocaram com ele, como uma forma de treinamento. Ele percebeu minha distração e me deu um "puxão de orelha", quando estava amanhecendo eu pude ir pra casa. O gosto dos lábios daquele garoto marrento ainda estava em meus lábios, quando eu cheguei em casa pude me sentar no sofá e analisar toda a minha situação.
-Isso realmente aconteceu... O que esse garoto tem? - Perguntei eu pra mim mesmo no silencio do meu lar. Novamente um sorriso brotou em meus lábios ao lembrar do beijo dele, do toque da sua mão em minha pele, da maciez da sua pele e dos seus lábios.
Me deitei no sofá e fiquei pensando, como eu pude ser tão fraco? Me deixar envolver por esse garoto dessa maneira? Ele me fez fraquejar, baixar minha guarda, me deixa nervoso, atrapalhado, inseguro, bobo, me sinto um adolescente tímido perto dele. Além do mais ele nem me deu esperanças, nunca me deu "confiança" pra eu ao menos pensar que ele queria algo comigo, ele tem namorado e a essa hora deve estar nos braços dele, confessando que me beijou e dizendo que isso não se repetira, afinal, ele também quis não foi? Não mostrou resistência e aproveitou até o final.
Eu fui pra minha cama só de cueca após tomar um banho, quando eu estava quase pegando no sono um pensamento louco passou pela minha cabeça, corri na sala, me sentei á mesa, peguei meu notebook e abri no Facebook, coloquei na caixinha de busca o nome do Enzo e o nome da escola dele que eu sabia de cór, afinal todos os dias o via passar por mim pra ir pra escola.
Nossa, quantos alunos com nome Enzo, podem ter naquela escola? Eu fiquei um bom tempo passando e nada de ver o rosto dele, quando eu já estava desistindo eu vi um garoto parecido com ele, abri a foto e era ele mesmo, estava sorrindo ele usava um macacão de moletom cinza claro e aquelas botas amarelas dos rappers kk's, estava tão lindo. Eu fiquei estalqueando suas fotos e babando em todas elas, vendo suas postagens e ficando impressionado no quanto ele é militante, cara, o garoto é muito culto, falava sobre feminismo, igualdade racial, direitos LGBT. Além de tudo isso ele era bem ligado em moda, bastava olhar o modo como ele se vestia e vestia o irmãozinho, que ele tinha centenas de fotos com o irmão. Tem como não ficar mais e mais fascinado por esse garoto?
Eu mandei uma solicitação e uma mensagem "Oi...", espero que ele aceite minha solicitação e responda minha mensagem. Fiquei olhando suas fotos até o sono ser insuportável, decidi ir pra cama e pensar nesse garoto fascinanteAcordei um pouco tarde no dia seguinte e logo fui checar meu Facebook e pra minha surpresa, ele tinha aceitado minha solicitação de amizade e respondido minha mensagem, mesmo que fosse do seu jeito todo "próprio" de ser.
*Oque você quer capeta? E como conseguiu meu face?- Ele colocou vários emojis de cara vermelha zangada
*Eu sou policial esqueceu? O que eu faço de melhor é investigar... - Tratei logo de responder, não demorou muito e ele ficou Online e começou a digitar.
*Na verdade o que vocês policiais fazem de melhor é ser corrupto kk's – Ele mandou emojis chorando de rir.
*O que você tem contra a corporação?
*Contra a corporação eu não tenho nada, mas contra policiais como você, eu tenho muita coisa...
*Eiii, calma aê marrento! Não generalize, eu não sou como os outros. Sou um "tira" bonzinho, mas posso bancar o "tira" mal se você quiser! - Coloquei vários emojis de diabinho. Kk's Vocês sabem o que isso significa né? Afinal, quem nunca recebeu um desses? kk's
*Me poupe viu... - Ele colocou emoji cansado.
*Precisamos conversar, cara a cara, onde podemos nos ver?
*Conversar? Com você? Sobre o que? Os cinquenta tons de ódio que eu sinto por você?
*Você sabe muito bem sobre o que...
*Aquilo foi um erro idiota, esqueça que aquilo aconteceu! E me esqueça junto, porque você simplesmente não me deixa em paz? Qual seu problema comigo?
*Um erro? Se você acha que foi erro, porque não mostrou resistência, você estava curtindo tanto quanto eu!
*Você curtiu meu beijo? Enfim, tanto faz... Foi um ERRO, afinal, errar é humano!
*E querer reviver um erro é oque? E respondendo sua pergunta, sim, eu curti muito o teu beijo. Muito mesmo!
*Reviver um erro é burrice...
*Podemos pelo menos conversar, pessoalmente? Colocar os pingos nos "is"?
*Não sei.
*Para de gracinha mano, naquela praça perto da sua escola esta bom?
*Eu não disse se vou, você não devia estar prendendo gente inocente ou pendido suborno por aê?
*Hoje é meu dia de folga, eu só quero conversar com você. Só isso, você sabe que vamos acabar nos esbarrando de um jeito ou de outro, e o que você acha melhor? Num lugar reservado na praça, ou no meio da rua comigo fardado?
*Ok, na praça ás 15:00, esteja lá na hora, se eu chegar e não te encontrar, dou meia volta e volto pra casa, entendido?
*Com certeza, te espero lá garotinho. - Ele me mandou um emoji de dedo do meio e ficou offline.
Cara, eu ia mesmo me encontrar com ele! Parece mentira... O mais importante é, estar perfeito, fiquei horas tentando escolher a roupa perfeita, parecia um adolescente nervoso pro primeiro encontro da sua vida. Meu quarto parecia uma cena pós-desastre, tamanha a bagunça que eu fiz, mas consegui achar a roupa certa. Tomei um bom banho, aparei a barba e fiz toda a minha higiene pessoal, borrifei meu perfume, que eu sei que é um truque na manga, quase irresistível. Me olhei no espelho e modéstia á parte, eu estava um gato, eu estava usando uma bermuda jeans clara, uma camisa jeans na mesma cor da bermuda com a mangas dobradas no cotovelo e um sapato branco, se esse garoto não cair de amores por mim, eu juro que desisto dele.
Fui de carro até a praça, me sentei em um dos banquinhos e vi que ainda estava cedo, droga, coloquei meus fones de ouvido e fiquei lá ouvindo minhas musicas e viajando em meus pensamentos, e pra minha surpresa o principal deles estava virando a esquina, e como estava lindo, ele usava uma calça jeans preta, meio justa e rasgada nos joelhos, um sapato vermelho e um moletom da "GAP" branco. Ele veio se aproximando e sorriu pra mim.
-Eaê miliciano? - Disse ele dando aquela gargalhada gostosa, se referindo a policiais corruptos.
-Você é muito engraçadinho viu? - Disse eu olhando ele se sentar.
-Viemos aqui pra conversar e é isso que vamos fazer. - Disse ele me olhando sério. - Você me beijou e eu não gostei da sua atitude, eu sou um homem comprometido, esqueceu? - Disse ele me mostrando a aliança em seu dedo.
-Não gostou? Jura? Não foi o que pareceu... - Disse eu olhando pra seus lábios.
-Enfim, vamos passar uma borracha nesse acontecimento, foi um erro, das duas partes. Vamos esquecer que isso aconteceu e seguir em frente. Como AMIGOS! - Disse ele dando bastante ênfase a essa palavra.
-Ok. - Foi a única que consegui dizer, eu sei que aos poucos eu vou conquistar esse garoto e ele vai ser meu. (Risada maligna) kk's.
Do nada começou a chover, no começo era um "chuvisco" fino, do nada começou uma chuva forte e de vento, eu sai correndo puxando ele pela mão, chegamos perto do meu carro. Eu abri a porta e ele se recusava a entrar.
-Eu não vou entrar no seu carro! Sem chance... - Disse ele.
-Para de gracinha, esta "mó" chuva e você fazendo doce? Entra logo garotinho! - Disse eu.
-Fora de cogitação! - Disse ele, eu já estava perdendo minha paciência com toda a sua marra. Segurei no braço dele e o joguei dentro do carro, fechei a porta, dei a volta e entrei, como já era de se esperar, ele estava dando um verdadeiro show lá dentro, dando ataques de raiva.
-Sossega garotinho, eu te levo em casa. - Disse eu.
-ESTA MALUCO?! Eu não vou parar na porta da minha casa e sair de dentro do seu carro! - Disse eu.
-Então o que vamos fazer? - Perguntei eu cruzando meus braços, vi ele tremendo de frio por estar molhado, eu coloquei a mão nos bancos de trás do meu carro, puxei um pano que eu sempre mantinha lá e estendi pra ele, ele pegou e começou a se secar.
-Obrigado... Eu vou pra casa! - Disse ele abrindo a porta.
-Esta louco? Não vou deixar você sair nessa chuva, nós ficamos aqui dentro até a chuva passar, esta bom pra você? - Perguntei eu olhando em seus olhos, mas tive que desviar quando ele encarou os meus, como esse garoto consegue me deixar inseguro assim? Ficamos um tempo calados olhando a chuva, alguns constrangedores minutos.
-Você esta lindo... - Disse eu, ele virou o rosto e me encarou.
-Cala a boca. - Disse ele.
-Então vamos ficar calados esperando a chuva passar? - Perguntei eu olhando pro lado de fora e vendo o quanto a chuva ficou mais forte, só deu tempo de entrarmos.
-Quantos anos você tem? - Perguntou ele quebrando o silencio constrangedor que se formou.
-Tenho 25, e você?
-19, cara, você é um coroa kkk's Estou brincando. - Disse ele sorrindo, que sorriso lindo.
-E você é uma criança, por isso que te chamo de garotinho. - Disse eu só pra provoca-lo, ele riu.
-Você é tão engraçado, que me fez até esquecer de rir! - Disse ele dando um soquinho em meu braço. Ele riu e colocou as mãos sobre as pernas, olhou a aliança em seu dedo e seu sorriso sumiu de seus lábios.
-Você ama seu namorado? - Perguntei eu, ele virou a rosto e me encarou.
-Amo, claro que eu amo...
-Tem certeza? Não é o que parece. - Disse eu.
-Claro que tenho, mas sabe? Nós estamos passando por um momento muito difícil, todo o casal passa, mas não sei se somos maduros o suficiente pra passarmos por cima dessa fase ruim e levarmos isso pra frente. - Disse ele, não sei porque, mas ele desatou a falar, parecia estar aliviado por poder desabafar, ele realmente estava ferido por estar naquele relacionamento conturbado, de repente eu pude ver seus olhos cheios de lagrimas.
-Ei, ei, não chora garotinho. - Disse eu. Por trás de toda aquela "marra", por trás daquela muralha de agressividade e força que ele aparentava, estava um garoto sensível, frágil, sobrecarregado e que só quer alguém pra desabafar, alguém que possa puxa-lo pra seus braços e tirar seus medos. Eu limpei suas lagrimas com meus dedos e quando minha mão tocou sua pele, seus olhos encaram os meus, eu coloquei minha outra mão em sua bochecha e segurei seu rosto, ele continuava encarando meus olhos. Foi inevitável, nossos rostos foram se aproximando, a todo o momento nossos olhares estavam juntos, minha mão saiu de sua bochecha e foi pra sua nuca o puxando pra mais perto de mim, quando nossos lábios se tocaram, eu fechei meus olhos e aproveitei o sabor viciante daqueles lábios, aqueles olhos que conseguem enxergar minha alma. Eu sentia seus lábios se movendo junto aos meus, foi um beijo doce e suave, quase pra acalmar seu coração, secar suas lagrimas e fazer ele esquecer da tristeza, fazer ele se sentir bem, nem que fosse pelos poucos segundos que seus lábios estavam junto com os meus. Eu o puxei pro meu colo, de frente pra mim, seu corpo se encaixa perfeitamente ao meu. Meus lábios se desgrudaram dos seus e foram descendo em direção ao seu pescoço, onde eles ficaram, pude sentir o seu delicioso perfume direto da fonte, pude ver e sentir sua pele se arrepiando, ele emaranhou as mãos em meus cabelos e os puxou pra trás, fazendo meus olhos encararem os seus, tascou-me um beijo tão safado que eu mal esperava que aquele garotinho tão novo fosse capaz de dar, esse garoto é delicioso em todos os sentidos, que beijo viciante. Eu coloquei minhas mãos por dentro do seu moletom e acariciei sua pele macia, sentindo o quão quente ele estava, meu pau já estava estourando dentro da cueca e ter toda aquela bunda se mexendo em cima dele não ajudava muito, eu apertava sua cintura e sentia ele tremer quando eu fazia isso, desci minhas mãos e apertei sua bunda, carnuda, redondinha, firme durinha, carne de qualidade kk's, é uma delicia tê-la nas mãos, dei uma tapa e senti ele morder meus lábios quando eu fiz isso. Do nada, ele sai de cima de mim e vai pro banco do lado.
-Eu não posso fazer isso. - Disse ele ofegante e com os lábios bem vermelhos, por causa do beijo selvagem que estávamos dando. - Eu tenho namorado e você é um estranho, praticamente...
-Tudo bem, desculpa. - Disse eu mordendo meus lábios e olhando pra ele, eu não sei o que esse garoto tem, mas ele me deixa irracional, a única coisa em minha cabeça era tê-lo em meus braços.
-Olha, a chuva passou. - Disse ele olhando pra fora, meu coração apertou ao saber que ele já ia embora. - Preciso ir. - Ele me deu um abraçou e eu dei um beijo em sua testa. - Tchau... - Disse ele abrindo a porta.
-Se cuida garotinho! - Disse eu, ele sorriu e fechou a porta, eu fiquei o vendo caminhar, até ele sair do meu campo de visão, meu pau estava doendo de tão duro, não daria pra aguentar até em casa, tive que bater uma ali mesmoAs semanas foram passando e o Enzo e eu estávamos cada vez mais próximos, sempre conversávamos quando ele passava por mim pra ir pra escola, encostávamos na viatura e conversávamos vários minutos seguidos até ele perceber que estava super atrasado pra aula e sair correndo, na verdade eu ficava o dia inteiro ansioso pra dar a hora e ele passar por mim, sempre com uma roupa mais linda que a outra e cada vez mais lindo. Nos tornamos muito amigos, tanto que estávamos marcando de ir ver "Vai que cola" o filme. Eu liguei pra ele pra confirmar se íamos mesmo no dia seguinte, quando ele atendeu eu percebi na hora que ele estava chorando.
*Porque esta chorando? - Perguntei eu.
*Nada não... Eaê, cineminha tá de pé amanhã? - Disse ele fingindo estar feliz.
*Esta, mas não até você me dizer porque esta chorando.
*Não é nada, bobagem...
*Se é bobagem, então me conte! - Disse eu insistindo.
*Droga, você é insistente né? Eu e meu namorado brigamos, só isso e... - Do nada ele caiu no choro, um choro forte. - Droga, desculpa, mas tipo, estamos juntos a cinco anos e ele quer que eu escolha entre ele e a minha família. E eu NUNCA foi deixar minha família de lado, meu irmão esta em primeiro lugar pra mim, sempre.
*Quer que eu vá te ver? - Perguntei eu.
*Não, não precisa, eu estou colocando meu irmão pra dormir e... - Antes dele terminar eu o interrompi.
*Eu estou calçando meus chinelo e daqui a pouco eu chego aê! - Disse eu, ele riu do outro lado da linha.
*Acho que nada que eu dissesse te impediria de vir não é?
*Garotinho, quando você vai perceber que eu vou te seguir onde você for? - Disse eu, nós nos despedimos e eu entrei no carro.
Eu fui o caminho inteiro ouvindo musica, musicas que me fazia pensar nele, na maneira como ele sorri, nos olhos dele, na maneira que ele arqueia a sobrancelha quando esta irritado, ele coloca as mãos na cintura e arqueia as sobrancelhas, um gesto tão simples que o fazia parecer tão lindo e fofo aos meus olhos, se ele soubesse o quão lindo ele fica fazendo simples gestos, ele com certeza me teria em suas mãos, se já não tem né?
.
.
Eu nunca amei ninguém completamente
Sempre foi com um pé no chão
E por proteger de verdade meu coração
Eu tentei não pensar em você...
Isso parte meu coração
Suponha que eu nunca tivesse te conhecido
Suponha que nunca tivéssemos nos apaixonado
Suponha que eu nunca tivesse deixado você
Me beijar de um jeito tão doce
E tão suave...
Suponha que eu nunca tivesse te visto
Suponha que você nunca tivesse me ligado
Suponha que eu continuasse cantando canções de amor
Só para poder pensar em vocêEm menos de quinze minutos, eu já estava em seu portão, ele me mandou uma mensagem com o link do mapa que levava a sua casa, era perto da praça onde nos conhecemos, não foi difícil de achar. Eu buzinei e logo ele apareceu de pijama, um short bem fino e curto, com fendas laterais e um regatinha fina, e tudo com estampas do "Pikachu" kk's, eu sei, é bobo, mas ele estava muito fofo. Era um conjuntinho.
-Você veio mesmo. - Disse ele no portão da sua casa.
-Eu disse que vinha né? - Disse eu, eu o abracei apertado e afundei meu rosto em seu pescoço, eu que planejei conquistar ele com o meu perfume achando que fosse irresistível, acabei sendo pego é pelo cheiro dele, que é de outro mundo, o caçador virou caça kk's. Ele parecia estar gostando do meu abraço, ficamos um bom tempo abraçados.
-Aceita um café? - Disse ele me segurando pela mão e me puxando pra dentro da casa dele, era uma casa modesta, mas tão limpa e tão organizada, era tão bonitinha, do jeito dele.
-Claro, seus pais não vão brigar por ter um estranho na casa deles? - Perguntei eu rindo, me sentei na mesa da cozinha.
-Somos só eu e meu irmão, nossos pais faleceram, não quero falar sobre isso... - Disse ele, pude ver que é um assunto delicado.
-Me desculpe. - Disse eu segurando em sua mão.
-Tudo bem... Você não sabia. - Disse ele.
-Então quer dizer que seu namoradinho "zé ruela" partiu seu coração de gelo? Kkk's – Disse eu rindo, nos tornamos amigos, temos essa liberdade um com o outro.
-Palhaço. Fuzilou muitos inocentes hoje? - Disse ele. - Ele quer que a gente vá morar junto, mas eu não posso deixar essa casa, foi onde meus pais me criaram, eu cresci aqui, é uma das poucos e mais fortes lembranças que eu tenho dos meus pais e quero criar meu irmão aqui, eu disse pra ele vir morar aqui, mas ele não quer e ainda disse que não daria pro meu irmão ir morar com a gente, disse que não teria como ir morar uma criança no nosso apartamento. Disse pra eu dar ele pra minha avó criar e... - Sua voz ficou embargada e ele não conseguiu completar, eu me levantei e fui em sua direção o abracei por trás, ele se virou de frente pra mim e envolveu seus braços em meu corpo, afundando seu rosto em meu peito. - Sabe? Nós estamos juntos á cinco anos e é muito difícil pra mim escolher, mas eu acho que vou ter que desistir do meu relacionamento, eu jamais poderia fazer isso com meu irmão, ele é a minha vida, eu o amo mais que tudo. - Disse ele, esse garoto carrega muitas coisas nas costas, talvez por isso ele tenha criado essa mascara de durão, essa pose de garoto marrento. Pra não cair a cada porrada que a vida o dá, que não foram poucas afinal.
Nós tomamos o café e conversamos, eu consegui fazer ele sorrir, esquecer dos problemas, pelo menos por alguns minutos. Nos divertimos juntos e o nosso papo sempre flui naturalmente, podemos conversar por horas e horas.
-Obrigado por ter vindo aqui, você não tem noção do quanto isso me fez bem, obrigado por ser um amigo tão incrível. - Disse ele. Estávamos no portão de sua casa nos despedindo.
-Você sabe que eu sempre vou estar aqui pra você, garotinho. Quando precisar é só me ligar e eu venho correndo. - Disse eu o abraçando apertado, ele fica na ponta dos pés pra poder me abraçar, ouvimos um barulho de moto estacionando bem do outro lado da rua.
-QUE PORRA É ESSA?!?! - Me virei com raiva, meu sangue ferveu quando eu encarei os olhos daquele verme que é o namorado do Enzo, ele estava fazendo mal pro Enzo, fazendo ele ficar triste, tratando ele como lixo e ignorando o amor que o ele tem pelo irmão, sendo egoísta, eu ia ensinar ele a não tratar o meu garotinho dessa forma. E vai ser agora!
Continua...
Aqui esta mais um capitulo pra vocês amores, espero que tenham gostado. Deixe sua nota, um comentário e muito obrigado por ter lido o meu conto! XOXO ♥