Thithi et moi, amis à jamais! Capítulo 89

Um conto erótico de Antoine G
Categoria: Homossexual
Contém 2355 palavras
Data: 15/11/2015 23:18:26

Eu sai da casa do Pi e fui para a minha. Chegando em casa, o Bruno realmente ainda não havia chegado. Eu tomei meu banho e fiz algo para comer e nada do Bruno chegar. Eu jantei por que não consegui espera-lo. Eu fiquei na sala até tarde, mas nada de Bruno. Eu fui para o quarto, e me deitei. Como a cama estava bem quentinha, eu acabei dormindo bem rápido.

Na manhã seguinte eu levantei e não vi o Bruno ao meu lado, eu já fiquei extremamente preocupado. Mil e uma coisas vieram à minha cabeça, eu pensei que ele tinha sido atropelado, tinha se perdido, tinha sido assaltado... mas na verdade ele só estava no banheiro tomando banho.

- Bom dia! – Ele disse saindo do banheiro.

- Bom dia! Tu chegaste que horas, ontem? Eu fiquei te esperando até tarde.

- É, eu cheguei bem tarde. Quando eu desliguei o telefone, naquela hora, meu professor chegou e nós começamos a analisar algumas coisas da pesquisa e acabamos ficando até tarde lá.

- Poxa, poderia ter me avisado, né?

- Assim como tu me avisaste que tu ias passar o dia com o Thiago?

- Ah, então é isso? Tu te vingaste por eu não ter te falado isso?

- Não, claro que não, Antoine! Eu só esqueci mesmo.

- Então, eu também me esqueci de te falar, mas quando tu me perguntaste eu te falei.

- Pelo menos, né?

- Vamos lá, pode falar o que está ai preso... eu te conheço.

- Eu não gostei nem um pouco de tu teres passando um dia inteiro com aquele cara.

- Isso eu já entendi.

- O que vocês tem?

- Como assim o que vocês tem, Bruno? Tá ficando maluco? Já esqueceste tudo o que eu passei?

- Não, eu não esqueci. Quem esqueceu pelo visto foste tu.

- Não, eu não esqueci. O Thi é muito importante para mim, eu nunca te escondi isso. Ele e eu estamos tentando ser amigos novamente, é só isso.

- Só isso?

- Claro que sim, Bruno! Ou tu estás pensando que eu estou tendo um caso com o Thiago e que eu estou te traindo? – Eu fui mais ríspido do que eu queria.

- Não sei! Mas é meio estranho tu passares um dia inteiro sozinho com o teu ex-namorado.

- Pode até parecer estranho, mas o único cara que eu amo és tu, se tu não acreditas nisso o que eu posso fazer? Se tu não confias em mim, o que eu posso fazer? Eu acho que eu nunca te dei motivo algum para desconfiar de mim.

- Não, nunca deu. Mas, sempre há a primeira vez para tudo, né?

- Pelo visto tu estás disposta a brigar, não é? Eu vou tomar meu banho e vou sair para trabalhar. E SIM, O THIAGO VAI ESTAR COMIGO, EU VOU TRABALHAR COM ELE NA MESMA ESCOLA, NÓS PASSAREMOS O DIA JUNTOS. – Eu fui para o banheiro com muita raiva, minha cabeça chegou a doer.

Eu tomei meu banho rápido, pois tinha que estar cedo na escola. Quando eu sai do banheiro ele estava lá sentado na cama. Eu passei por ele e fui me vestir, ele ficou somente me olhando.

- Então vai ser assim? – Ele perguntou depois de um tempo.

- Assim como?

- Tu vais sair de casa brigado comigo? – Ele já me olhou com a carinha triste linda.

- Eu não estou brigado contigo, Bruno. Eu parei de falar justamente para não brigar contigo.

- Mas a sensação que eu tenho é que estamos brigados.

- É por que tu querias brigar...

- Eu não quero brigar, Antoine. Eu só não gosto de te ver com esse cara, e eu acho que eu tenho motivos para não te querer perto dele. Quantas vezes ele deu em cima de ti na minha frente? Umas 10? 20? 30?

- Bruno, meu amor, eu não vou entrar nesse joguinho. Eu te entendo, mas eu também adoraria se tu me entendesse e tentasse confiar em mim.

- Eu confio em ti.

- Se confiasse não estaria fazendo esse circo todo. – Eu sai do quarto e fui para a cozinha tomar café.

- Circo? Circo, Antoine? – Ele foi atrás de mim.

- Bruno, eu tenho uma reunião agora, eu não vou brigar agora, entendeu?

- EU NÃO QUERO BRIGAR! – Ele gritou.

Eu sai da cozinha, fui para o quarto, peguei minhas coisa e fui saindo.

- Tu vais sair assim?

- Vou! Por quê?

- Tu vais sair brigado comigo? Vais sair sem terminar essa conversa?

- Quando tu arranjares um tempo na tua agenda super cheia, ai tu me avisas e a gente termina a conversa, ok?

Falando isso eu sai de casa. Fui para a estação de metrô e fui direto para a escola. Eu acabei ficando com dor de cabeça e de acordo com que eu andava, eu ia sentindo uma dorzinha chata no joelho direito. O nível de cansaço com certeza estava bem alto.

Ao chegar lá, já acomodaram os professores brasileiros todos em uma sala, o Thi ainda não havia chegado. Quando a reunião já estava quase começando ele chegou. Ele veio todo sorridente e sentou ao meu lado.

- Por que tu estás com essa cara? – Ele perguntou no meu ouvido assim que sentou.

- Que cara?

- Essa é a tua cara de raiva, o que foi que aconteceu?

- Desde quando eu tenho cara de raiva?

- Desde sempre! O que foi que aconteceu?

- Não aconteceu nada!

- Aconteceu, sim! Tu não ficas com raiva à toa.

- Não aconteceu nada!

- Aconteceu, sim! Pode falar!

- Agora, não. A reunião já está começando.

Nós nos calamos e prestamos atenção na reunião. A reunião foi toda em português, os professores de lá estavam super animados com a nossa chegada, e ele estavam mais interessados em falar português com a gente do que nos deixar falar francês com eles. Tadinho dos meus colegas...

Naquele dia nós passamos o dia inteiro em reunião, nós almoçamos na casa de um dos professores franceses, mas que davam aula de Português Língua Estrangeira. Eles estavam fazendo questão de nos recepcionar muito bem. Nós pegamos nossas turmas e planejamos as primeiras aulas, estava tudo pronto para o início da aulas no dia seguinte.

- Vamos, agora me conta...

- Contar o que, Thi?

- O motivo de estares chateado.

- Eu não estou chateado!

- Está, sim!

- É coisa boba, Thi. Deixa pra lá.

- Que coisa boba?

- Não me deixaram entrar na escolas, eles tiveram que ligar para a empresa, pois meu nome não estava na relação enviada para eles. Aí, eles pensavam que eu não era professor. Se duvidar, ele pensaram até que eu era terrorista.

- Aqui é a França, meu filho, e não os Estados Unidos.

- Como se não tivesse terrorismo na Europa.

- Tá! Mas tu estás chateado só por isso?

Eu não quis falar o verdadeiro motivo, eu não queria parar de falar com ele. Eu ia precisar de um parceiro naquela escola e naquela cidade, já que o Bruno só queria saber da tal da pesquisa. E nada melhor do que ter meu melhor amigo ao meu lado.

- Só isso? Deixa alguém não te deixar entrar no teu local de trabalho e tu passares vergonha na frente de todos os teus colegas.

- Isso não é nada demais!

-Não é por que não foi contigo.

- Que bobagem!

- Se tu falares mais uma vez isso, eu te dou uma bicuda.

- Uau, tá violento, hoje! – Ele disse rindo da minha cara.

- Tchau! Tô indo!

- Espera, maluco... Esqueceu que a gente vai juntos?

- Se a gente vai juntos, eu acho melhor tu fechares essa tua boca.

- Ok! Não falo mais nada!

E não é que ele não falou mesmo?! Nós fomos em silêncio até nossa estação.

- Onde é o teu hotel? – Eu perguntei quando estávamos saindo da estação.

- A gente passa na frente quando estamos indo pra tua casa.

- Eu vou passar na frente, né? Por que tu vais ficar nele.

- Não, eu posso te levar até tua casa.

- Não, não pode, não. Não há necessidade!

- Eu levo, sem problemas.

- Thiago!!!

- Ok, ok, ok!

- Eu tô morto hoje...

- Eu também, eu já não aguentava mais aquela francesada toda tentando falar português com aquele sotaque horrível.

- É bem chatinho mesmo, a gente não fala francês como eles falam português. Graças a Deus!

- Amém! Senão, eu não aguentaria me ouvir. Chegamos! É esse aqui!

- Então, até amanhã!

- Até! – Ele me deu um abraço.

- Tchau!

- Tchau!

Eu continuei andando, eu só pensava no Bruno, desde de manhã eu só pensava nele. Em como eu estava com raiva dele. Eu pensava: pra quê esse circo todo? É só o Thi! O Thi! Como se isso fosse a coisa mais simples do mundo.

Logo eu cheguei em casa e ele não estava lá. Eu encontrei um bilhete na mesinha de centro da sala.

“CHEGAREI CEDO, ME ESPERA! TE AMO”

Eu já estava bem chateado com ele, mas na verdade eu não estava chateado por ele estar com raiva de mim, eu estava chateado por que ele só queria saber daquela maldita universidade. Nem no Brasil que ele cuidava de toda uma ala do hospital ele me deixava de lado. Ele sempre tinha tempo pra mim, mesmo com os plantões malucos dele. Mas, com aquela universidade não tinha conversa. Ele sempre estava ocupado.

Eu tentava repreender esses pensamentos, por que eu sabia que ele estava estudando e que ele estava gostando do curso, mesmo com algumas dificuldades na língua francesa. No entanto, eu queria passar um tempo com meu marido, eu queria ele mais presente. Desde que ele começou o curso que nós não transávamos e pelo visto isso nem fazia falta para ele.

Eu odiava pensar essas coisas, odiava bancar o marido incompreensível. Eu fui para o banho e me acalmei. Prometi a mim mesmo que não iria brigar com ele quando ele chegasse. Nós íamos conversar e tentar nos entender. Terminando meu banho eu fui preparar alguma coisa para jantarmos. Fiz toda a comida, arrumei a mesa bem bonita esperando ele chegar. Porém, as horas foram passando, a comida foi esfriando, eu me estressando e nada do Bruno chegar. Quando deu 0h, eu peguei tudo o que tinha na mesa e nas panelas e joguei na pia com raiva. Ele havia dito que chegaria cedo e mais uma vez ele nem sequer ligou para me avisar. Fui para o quarto e tentei dormir, eu demorei bastante, mas consegui. Dormi mais uma vez e nem o vi chegar.

Na manhã seguinte eu acordei e ele ainda estava dormindo. Eu peguei minha roupa e meu material e fui para a casa do Pi. Não queria falar com ele e nem olhar para ele, naquele momento.

- Bom dia!

- Bom dia! – Pi respondeu – O que aconteceu?

- Brigamos!

- O que? Como assim? Por causa daquele dia?

- Também! Posso tomar banho aqui?

- Claro que pode! Entra!

Enquanto eu tomava banho eu fui contando tudo para o Pi.

- Vocês são dois bobos, por que não se entendem logo?

- Tu ouviste o que eu te contei?

- Claro que ouvi!

- Eu não transo há uma eternidade, Pi. Meu marido está me trocando por um professor velho!

- Deixa de drama, Antoine! Vai lá conversar com ele.

- Agora? Nem pensar! Hoje é meu primeiro dia na escola, não vou me estressar.

- Tu continuas falando com o Thi?

- Claro!

- E tu não vais parar?

- Não!

- Isso vai dar confusão!

- Ele vai ter que entender!

- Ele vai falar que tu também tens que entender que ele está estudando agora.

- Tu estás de que lado, Pierre?

- De nenhum lado, só estou te fazendo enxergar direito as coisas.

- Seu traíra!

- Não sou, não! – Ele falou rindo – Enquanto tu te arrumas eu vou fazer nosso café.

- Te amoooooooooooo, Pi!!!!

- Interesseiro!

Eu sai do banheiro e fui me arrumar, o cheiro de café da manhã invadiu o apartamento e minha barriga começou a gritar de fome, com raiva eu nem havia jantado. Terminei de me arrumar bem rapidinho e fui para a cozinha tomar café com o Pi.

- Isso é muito bom! – Eu disse comendo um croissant

- Tu vais pra escola de metrô?

- Vou, sim!

- Eu te deixo lá!

- Imagina, eu vou te atrapalhar.

- Que nada! Eu te deixo lá.

- Pi, fica totalmente distante do restaurante, não precisa, de verdade.

- Eu sei, mas eu te deixo lá mesmo assim.

- Se tu insistes... Eu vou ligar para o Thi, assim ele já vai com a gente, então.

- Olha, olha, olha...

- O quê? A gente só vai dar uma carona para ele, calma.

- O Bruno não vai gostar...

- Não disse... seu traíra!

- Ok! Sou traíra mesmo, tô do lado do Bruno mesmo. Ele te trocou pela universidade, mas tu trocaste ele pelo teu ex-namorado. Pronto, falei!

- Eu não troquei ele por ninguém, não é ele que fica até tarde da noite me esperando para jantar e fazer as pazes.

- Eu não acredito que vocês vieram brigar em Paris, logo em Paris?

- Pois é...

Nós terminamos nosso café e saímos de fininho pelo corredor para o bruno não perceber nada. Pelo o Pi a gente bateria na porta da minha casa e ainda desejaria bom dia para ele. Eu preferi fugir.

COMENTÁRIOS DO AUTOR

Oieeee, meus amores!! Desculpem-me por não ter publicado, mas eu ainda estou sem internet em casa. Eu não mais sei o que fazer, já briguei, já fiz barraco e nada da minha internet voltar. Eu já estou sem um pingo de paciência com a empresa, estou pensando seriamente em ir ao Procon, visto que eles não cumprem o que prometem. Bom, só estou falando isso por que caso eu não publique amanhã, é por que eu ainda estarei sem internet e eu não conseguirei ir na casa de maman. Eu estou publicando utilizando a internet do celular, acreditam? E olha que é uma porcaria, estou há umas 2 horas tentando publicar...

Ah, por favor, continuem com as orações por Paris. Eu vi nos comentários (sim eu li, e não, eu não consegui comentar por que hoje o dia foi uma loucura) que vocês estão preocupados com minha família lá, mas graças a Deus está todo mundo bem, meus amigos de lá também não sofreram nada, e olha que um casal de amigos mora bem perto de onde aconteceu o ato terrorista.

É isso, meus amores! Boa noite! Bom inicio de semana a todos! Oremos por Paris! Um beijooooooooooooooooooooo!!

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Comentários

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Velho que bom que vc voltou!!!

Poxa pensei que tinha abandonado o conto.

+ então novos babados estão rolando aí + o que será que o Bruno ta aprontando em?? Isso ta estranho.

Saudades Antoine

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Primeiramente digo que também estou horrorizado com o que está acontecendo na França =/ (Nigéria e Vila Mariana também, diga-se de passagem). Mas fico aliviado de saber que nenhum ente seu foi vítima desse ataque. Perder alguém já é doloroso demais por um motivo natural, imagina se for por conta de uma tragédia dessas? ...Enfim, vamos focar no conto. Não acho que você está trocando o Bruno pelo Thiago, entendo o primeiro ficar chateado com a reaproximação, justamente pelo Thiago ter sido cara de pau e dissimulado em ficar te cantando na frente do Bruno. Até aí não fiquei irritado com ele, mas a ausência dele por conta do trabalho sim. Eu teria ficado revoltado pelo o que ele te fez fazer, o jantar e tal. Acharia digno se escrevesse um bilhete com 'tava todo arrumado te esperando, como não chegou resolvi curtir o resto da madrugada com o Pi' e na verdade ter ido só dormir lá. E acho certíssimo da sua parte não caçar briga, mas também tratar a indiferença dele na mesma moeda.

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Está trocando Bruno pelo

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Antoine me dá o número do telefone dessa empresa de internet que eu quero esculhambar esse povo! kkkkk Cara, não sei se vou conseguir esperar tanto tempo. Pelamordi, ajeita logo esse troço. rssrrs Olha, adorando o conto, mas triste por vcs terem brigado. E esse negócio de universidade do Bruno tá mó esquisito. Que bom que seus familiares/amigos estão bem em Paris. Vamos orar para que as famílias das vítimas consigam superar toda essa tragédia. Abraços e volta logo.

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