As aparências enganam #01

Um conto erótico de Edu
Categoria: Homossexual
Contém 3343 palavras
Data: 16/11/2015 22:18:13
Última revisão: 16/11/2015 22:25:03

Amigos da Casa dos Contos, sou R.S., escritor dos contos "O amor é passageiro de ônibus" e "Meu amor escolar". Depois de algum tempo só lendo os contos da Casa, agora eu resolvi postar esse meu conto. Esse conto será curto, mas cada capítulo terá muitos parágrafos, onde as histórias de Eduardo, Ricardo, Alberto e Eliana serão contadas de uma forma intensa. O sexo deixarei pro capítulo seguinte. Espero que gostem, votem e comentem.

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As férias passaram tão rápido que mal me dei conta que hoje começaria as aulas do terceiro ano do ensino médio. E mal poderia esperar que aquele velho ditado do tempo da minha vó fosse tão apropriado: "Quem vê cara, não vê coração".

Bom, eu sou o Eduardo, tenho 16 anos, faço 17 em agosto. Estou no terceiro ano, o ano da formatura. Minha turma é a mesma desde a quarta série, com pouquíssimas mudanças. Eu tenho o Carlos, o Alberto e a Eliana como meus melhores amigos. São a minha galerinha do bem.

Como em todo lugar, tem sempre aqueles insuportáveis, que estão no colégio só para tirar alguém do sério. São o Roberto, o Ricardo e o Rafael, mais conhecidos como a Turma do Erre. Eles perturbam a vida de todos, especialmente dos gordinhos, dos nerds e dos gays da sala.

Eu suspirei porque sabia que passando pelo portão da escola, saberia que algo mudaria na minha vida pra sempre.

ALBERTO: EDU!

EU: Beto! - abraço - Que saudade!

ALBERTO: Verdade! Eu também senti tua falta. Essas férias te fizeram muito bem. Você tá mais magro, tá fortão...

EU: Obrigado! Eu realmente aproveitei as férias para cuidar de mim. Mas também com você de inspiração... Olha esse corpo que você tem! Você é todo grandão, todo sarado... Olha só! - levanto a camisa dele e...

ALUNAS: Delicia! Gostoso! Quero lavar minhas calcinhas nesse tanquinho! Ui!

EU: Chega, né?! - e cubro o abdômen do Alberto - Não vou te elogiar senão seu ego vai crescer a ponto de não caber aqui na escola!

ALBERTO: ha-ha - ¬_¬ - Muito engraçado...

EU: Eu estou brincando! Eu sei que o que você tem de malhado, você tem de humilde. Por isso eu gosto de você. - Alberto me deu uma de suas olhadas estranhas - Por falar em gostar, cadê o restante da galerinha?

ALBERTO: Eles ainda não chegaram, Edu. Mas ainda está cedo. São 7h15. E você sabe que eles só chegam aqui em cima da hora.

EU: Verdade... Então vamos pra sala.

E enquanto caminhávamos pelo pátio, eu ouvi uma voz que eu detestava de verdade.

VOZ: Olha gente quem chegou?! O Edu baitola! E aí, deu seu brioco nessas férias?

Era o filho da mãe do Ricardo. Desde que eu entrei aqui que ele me escolheu para ser seu alvo particular de bullying. Eu sempre ignorei as suas infantilidades, o que o irritava e sempre suas "brincadeiras" ficavam cada vez mais ousadas.

Apesar dele me perturbar agora, eu resolvi ignorar a provocação e passei direto por ele, mas aí ele pôs o pé dele na minha frente, me fazendo cair.

RICARDO: Ahahahahahahah! Olha pro viadinho! Caiu que nem jaca podre!

E mais uma vez eu engoli aquela provocação e me levantei, com a ajuda do Beto. Eu ia andar até que o Alberto me parou, se aproximou do Ricardo e disse:

ALBERTO: Olha Ricardo, você não sabe a vontade que tenho de te dar um soco neste teu rosto e quebrar todos esses ossos de frango que você tem.

RICARDO: Então vem! Tente quebrar meus ossos! Venha me enfrentar se você é homem!

Alberto olhou pra mim, me perguntando com o olhar se poderia dar uma surra no Ricardo. Mas não estava afim de confusão do primeiro dia de aulas. Então balancei negativamente a cabeça e meu amigo entendeu o recado. Ele voltou a encarar o Ricardo.

ALBERTO: Sabe, eu só não quebro a tua cara agora porque o Eduardo não quer. Mas saiba que você vai se arrepender por tudo que você fez e faz contra o meu amigo. Escreva o que eu te disse: Você vai se arrepender!

RICARDO: Vai, seu pau mandado! Vai correr atrás do seu viadinho! Eu estou aqui e posso acabar com você a hora que quiser, aonde quiser!

Saímos dali calados. Eu percebi que o Alberto estava muito irritado, por causa da visível rigidez dos seus músculos e a respiração pesada. Eu coloquei a mão no seu ombro que o fez parar. Ele me olhou, ainda com o semblante de raiva. Eu o olhava nos olhos e aos poucos o rosto dele ficava sereno.

ALBERTO: Sabe, Edu, eu não entendo como e porque você aguenta calado o Ricardo desde o fundamental e fica tão calmo assim? Você não tem amor próprio?

EU: Eu tenho amor próprio sim, Beto. Eu ignoro o Ricardo porque não vale a pena dar ibope pra um cara daqueles. Temos que ser melhores do que ele, não piores.

ALBERTO: Entendi. Sabe Edu, a cada dia que passa eu fico impressionado com você! Eu quero morrer sendo teu amigo. - disse fazendo graça.

VOZ: EDU!!!!

EU: Eliana! Sua escandalosa! - disse rindo enquanto ela me dava um abração daqueles - Que saudades de você!

ELIANA: E eu de você, seu lindo! Uau! Você está gostosinho, hein?! Andou malhando, tá com roupas novas... Quem é o cara?

EU: Oxe! Não tem nenhum cara não! Eu me cuidei porque eu quis! Eu percebi que deveria me cuidar melhor, e eu me sinto bem agora.

ELIANA: Hum... Sei... - ela parecia não acreditar no que eu falei, mas é a pura verdade.

TRIMMMMMMM! O sinal tocou, avisando que era hora de entrar na sala.

CARLOS: E aí galera! Aqui estão os nossos lugares - Todos os quatro sempre nos sentávamos no fundo da sala, no canto direito - Edu, por que o Alberto está com essa cara de tacho?

ALBERTO: Não é da sua conta!!!

CARLOS: Ih, o Beto está de mal humor. Edu, ele brigou com o Ricardo pra te defender, né?!

EU: Como sempre! O Ricardo botou o pé e eu caí. O mala sem alça ficou me zuando e o Beto me defendeu.

CARLOS: Ah tá! Tá explicado o mal humor dele.

EU: Deixa eu me sentar. - Ficamos sentados assim: Ficávamos na penúltima fileira Carlos e eu; e na última, Eliana e Alberto.

PROFESSORA: Bom dia classe! Bem vindos de volta pro nosso convívio! Já fazem quase três anos que ensino literária pra essa classe, e pouca coisa mudou desde que vi vocês pela primeira vez.

A professora Carla tinha razão. A turma continuava a mesma antes mesmo dela lecionar pra gente. Se eu pudesse, não mudaria a turma, exceto o Roberto, o Ricardo e o Rafael. Esse trio é meu tormento.

PROFESSORA: Só que esse ano é diferente. É o último ano escolar de vocês aqui, e esse será o ano em que vocês decidirão o que fazer da sua vida. Você! - disse a professora, apontando pra um aluno - O que você quer ser daqui pra frente?

ALUNO: Eu quero ser podre de rico!

A turma inteira riu.

PROFESSORA: Certo, certo - ¬_¬ - Mas com o que você pretende enriquecer, engraçadinho?

ALUNO: Eu não sei...

PROFESSORA: E você? - com o dedo apontado pra mim - O que você quer ser quando se formar - além de ficar rico?

EU: Eu? Bem... Eu ainda não sei o que eu quero da vida, mas eu vou descobrir.

PROFESSORA: Espero que você consiga logo. Aliás, essa será a primeira atividade de vocês esse semestre: Quero que vocês escrevam uma redação com esse tema. O que você fará de sua vida após a formatura?

ALUNOS: ahhhhh - o desânimo era uníssono.

PROFESSORA: Ahhh, Bê, Cê... Quero essas redações daqui a uma semana. Ponto final.

Enfim, as aulas continuaram, mas a pergunta me fez refletir. Eu não faço ideia do que fazer da minha vida. Eu queria ser médico porque meu pai quer que eu seja; minha mãe quer que eu seja um advogado. Só que em nenhum momento eu pensei sobre o que EU queria ser.

Enquanto eu estava nos meus devaneios, eu notei que o Alberto me fazia um cafuné faz algum tempo. Que coisa boa é o cafune dele. Eu virei o meu rosto para trás e o olhei. Ele ficou todo vermelho... Eu sorri e ele também. Virei-me de volta para frente e vi o Ricardo me olhando, um olhar de raiva e de impaciência. Parecia que ele estava irritado com o cafuné do Alberto. E parece que eu não fui o único a perceber isso.

ELIANA: Edu, eu vi o que aconteceu na aula de literatura - disse enquanto estávamos na fila para pegar o lanche da galera - Aquele olhar do Ricardo pra cima de você... Migo, espero estar errado, mas acho que o seu inimigo está afim de você.

EU: Você é louca? Nunca na galáxia que aquele Zé Mané está interessado em mim! - eu recusei a acreditar - Deve ser impresso sua.

ELIANA: Não é não, Edu. Eu já vi aquele olhar dele sempre quando Alberto e você estão juntos, demonstrando afeto. E não é de hoje, sabe?! Disfarça e olha para a tua direita.

Eu olhei de canto de olho, e eu vi o Ricardo mordendo o sanduíche com o olhar fixo em mim. Nem piscava os olhos. Quando ele percebeu que eu o observava, ele fechou a cara e olhou pro outro lado.

ELIANA: Viu o que eu disse? Ele esta te vigiando desde a hora que entramos na fila. Ele esta caidinho por você.

EU: Eu duvido! É impressão sua.

ELIANA: Eduardo! Você é cego ou se faz de desentendido? Acorda Alice: Ele tá na tua! Quer mais uma prova?

O que ela vai fazer?

ELIANA: Olhe de novo pro Ricardo. - olhei e ele estava atento em mim - Agora veja só! Ô Beto! - O Alberto se levantou da mesa e veio até onde a gente está - Dê um beijo na bochecha do Edu. Mas dê um bem demorado!

Alberto nem disse nada, apenas pegou no meu rosto e beijou a minha bochecha direita. Foi um beijo beeeem demorado. E enquanto recebia o gesto de carinho, eu vi a Helen fazer um movimento com a cabeça em direção ao Ricardo. Quando eu o olhei, ele estava de cara feia, apertando o sanduíche que esfarelou, e se levantou e saiu visivelmente enraivecido.

Eu voltei a olhar pra Eliana e ela levantou as sobrancelhas me dizendo, "Viu o que eu te disse?!". Tudo indicava que ela tinha mesmo razão, mas acredito que foi muita coincidência. Em seguida a Eliana fez uma cara estranha e balançou a cabeça pra frente, em direção ao meu braço. A segui com os olhos e vi que minha mão está entrelaçada com a de Alberto. Eu olhei para Alberto, que me olhava estranho, com o mesmo olhar quando eu falei que gosto dele. Assim que encarei-o, ele separou nossas mãos e voltou pra mesa.

ELIANA: Edu, você está arrasando corações! Você tem dois caras caidinhos por vocês! O Ricardo e o Alberto!

EU: Você está brincando, né?! Nenhum dos dois estão interessados por mim. O que Ricardo sente por mim é ódio mortal, já que ele me odeia desde o Fundamental; já o Alberto é hétero, faz dois meses que ele namorou a Márcia, a da nossa turma.

ELIANA: Tá bom... Se você diz... - disse, fazendo um movimento com os ombros.

Fomos almoçar e percebi que o Alberto realmente olha bastante pra minha direção. Desde a época do Fundamental que ele foi mais que um amigo, éramos irmãos de pais diferentes!

A primeira vez em que nos conhecemos foi quando eu corria atrasado e o portão do colégio estava quase fechando quando me choquei com um jovem que também corria desesperado e o choque foi inevitável.

Pedimos desculpas, rindo da queda um do outro e desde então ficamos amigos. E a cada ano que passamos na escola, ficamos cada vez mais íntimos. Nossos pais ficaram amigos, dormíamos na casa um do outro e íamos para vários "reggaes" - festas - juntos. Ele foi a primeira pessoa que me assumi e ele foi bem compreensivo comigo. Por isso eu afirmo que somos irmãos de pais diferentes.

Ele é bem carinhoso comigo, um amor de pessoa. Eu cheguei a pensar que ele estava interessado em mim e quando criei coragem para perguntar, ele me aparece acompanhada de uma bela morena, que ele me apresentou como a Márcia. Saber disso foi um balde de água fria na minha esperança. Ele é hétero e me dei conta que ele nunca seria meu.

Esse namoro com a Márcia durou quase um ano, até que eles brigaram feio - já faziam dois meses que eles discutiam por quaisquer coisas - e o Alberto veio se consolar comigo. Ele chorou muito, com direito a nariz escorrendo. Beto realmente amou a Márcia, e isso me fez desencanar dele.

Agora ele continua o mesmo amigo amoroso de sempre, então nem resolvi criar esperanças.

O Ricardo, por outro lado, é aquele que eu quero distância. Nos conhecemos no mesmo dia em que o Beto e eu nos chocamos no portão da escola. Quando passamos com ele, Ricardo me olhou com um ódio e desde aquele dia que o peste tira minha paz. E ficou pior depois que ele se juntou com os outros "erres", o Rafael e o Roberto. Antes dele, o Ricardo só me perturbava com palavras; depois deles eu cheguei a apanhar, ser derrubado além de piorar as agressões verbais. Por isso eu detesto aquele filho da mãe!

Voltei à realidade e terminei de tomar meu lanche. Teve mais duas aulas mas nem valem a pena mencionar. A última aula foi a de educação física. Claro que a maioria da molecada foi pra aula de futebol, inclusive o Ricardo e o Alberto. Eu preferi o vôlei, onde as meninas jogavam, e claro que o Ricardo não perdeu a chance de me atazanar.

RICARDO: Lá vai o Edu baitola, jogar voleizinho com as amiguinhas - falava com uma voz de falsete - Se quer bola de verdade, pega essas daqui - pegou no volume dele no meio das pernas.

Eu o olhei bem nos olhos dele com muita raiva e o ignorei. Quando eu entrei na quadra pra jogar com as meninas, o Alberto apareceu. E como apareceu... Ele estava com um short bem pequeno e justo, da cor azul. Ele estava sem camisa, com aquele corpão musculoso e definido, com aquele tanquinho... E o seu pau estava bem marcada no short. Era uma vara bem longa e grossa. E aquele tesão de homem vem pra quadra... Na minha direção.

EU: Beto! Você por aqui?

ALBERTO: Eu por aqui? Eu sempre estou por aqui. Lembra que eu acompanho os seus jogos de vôlei aqui?!

EU: É mesmo. Mas estranhei porque essa é a primeira vez que você vem até a quadra pra falar comigo.

ALBERTO: Isso é verdade. Mas estou aqui para te chamar para acompanhar o baba.

EU: Eu? Acompanhar a partida de futebol? - eu não quero ir não.

ALBERTO: Por favor! Acompanhe esse jogo. Eu sempre estou aqui, torcendo por você, agora vai lá por favor, torcer por mim.... - aquela carinha de pidão.

EU: Tá bom! Eu vou com você! - ele sorriu e "fez a festa" - Pelo que vejo, você vai jogar no time dos sem camisa.

ALBERTO: Claro! Vou fazer muitos gols e fazer a mulherada pirar nesse abdômen.

EU: Convencido - ¬_¬ ¬_¬ - Eu acho melhor ficar aqui e deixar você e seu abdômen jogar. - Disse num tom de voz sério, mas na brincadeira. e virei de volta pra quadra de vôlei.

ALBERTO: Não não não não não! - ele falou rápido demais e pegou em meu braço - Desculpe-me! Prometo que não vou me exibir lá no jogo. Só quero que você me veja jogar.

Eu fiquei olhando aquela cara de cachorro arrependido e não me aguentei: Comecei a gargalhar! Ri muitíssimo!

EU: Ai, Beto! Só você pra me fazer chorar de rir

ALEXANDRE: Seu filho de uma...

EU: Vamos logo pra quadra!

E fomos pra quadra correndo. Eu nunca fui fã de uma pelada, mas eu acompanho partidas na tevê. Normalmente eu não assisto o futebol da escola por causa dos "Erres", que eram figurinhas marcadas nas aulas de Ed. Física. Por isso nunca assisto os jogos de futebol.

EU: Vou ficar aqui acompanhando na torcida.

ALBERTO: Torça por mim! E me veja dar uma surra naqueles otários. - Logicamente quem estavam no time dos com camisa são o Ricardo, o Roberto e o Rafael.

E o jogo foi disputado! Era uma marcação cerrada entre os times, Especialmente o Alberto e o Ricardo. Eu não sei explicar, mas eu via faíscas saindo deles dois. E isso piorou depois que o Ricardo me viu na arquibancada, do lado do treinador. Ricardo ficou cada vez mais ofensivo nas jogadas, eu acho que ele queria me atingir ao ficar marcando o Alberto.

Teve um momento, no calor do jogo, que o Ricardo chutou a bola diretamente para o Alberto, golpeando-o na barriga. Eu tenho certeza que ele fez isso na maldade!

ALBERTO: Ai minha barriga! - dizia o meu amigo, contorcendo-se de dor - Ai minha barriga!

Eu invadi o campo e fui até o Beto, enquanto isso o Ricardo provocava o meu amigo.

RICARDO: Ora! Não aguenta nem uma bolada. Se não aguenta brincar, não desça pro play!

Eu olhei pro Ricardo com um ódio muito grande. Uma coisa é me atingir, outra coisa é atingir meus amigos.

Ele viu o meu olhar de raiva e o de espanto dos jogadores e saiu dali para o vestiário. O Beto foi pro ambulatório da escola enquanto o resto da turma voltou pra sala de aula.

Depois de mais ou menos meia hora, Alberto aparece na sala com cara de dor mas aparentemente bem.

EU: Beto! Você está bem? Como se sente?

ALBERTO: Eu estou bem, somente algumas dores na barriga por causa da bolada.

EU: Meu Deus... O Ricardo tá ficando louco! Eu tenho certeza que ele fez isso com você para me atingir.

CARLOS: Você acha?

EU: Hum hum - balancei a cabeça de forma afirmativa.

ELIANA: E eu tenho certeza que ele fez isso por causa de ciúmes.

ALBERTO: Ciúmes? Ciúmes de quem? De quê?

ELIANA: Eu não sei, é só uma suspeita - ela disse isso olhando diretamente pra minha direção.

Depois do ocorrido resolvemos ir embora, e enquanto caminhava rumo a minha casa, eu tentava processar tudo o que aconteceu nessas últimas seis horas: No Alberto e seu carinho que tem comigo; no Ricardo e seu ódio antigo por mim; e o que eu queria do meu futuro.

Estava viajando nos meus pensamentos e nem percebi que vinha uma bola na minha direção. A redonda atingiu em cheio a minha cabeça, me fazendo cair de costas no asfalto.

Quando eu me levantei, meio desorientado, eu vi quem me acertou com a bola, adivinha quem foi? O Ricardo! Ele veio rápido na minha direção, com o seu belo abdômen a mostra, envernizada pelas gotas de suor. Vestido de um short azul muito provocante. Detalhe é que o Ricardo mora na frente da minha casa.

RICARDO: Foi mal, Eduardo. Dessa vez foi sem querer

EU: Dessa vez? - me deu uma vontade de gritar minha raiva nele, mas quando olhei pra ele fiquei sem reação - Obrigado.

RICARDO: De nada.

Sei lá, fiquei preso naquele olhar do Ricardo. Eu via algo que me atraía e me mantinha preso a ele. Só que minha mente tomou controle de mim e percebi que as nossas mãos estavam entrelaçadas. Eu fiquei olhando para as nossas mãos, tentando entender o que aquilo significa. Quando olhei pro Ricardo, ele estava com os olhos fechados, como se sentisse prazer com o nosso contato. Mas eu sei bem quem é Ricardo.

EU: Por favor, você pode soltar a minha mão?

Ele percebeu e soltou a minha mão. Confesso a vocês que essa cena toda mexeu com meu coração. Estou com medo de me apaixonar pelo meu inimigo da escola!

Minha mente foi meditando nesse sentimento enquanto eu caminhava sozinho até o portão da minha, enquanto eu sentia que o olhar de Ricardo estava fixo em mim.

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Comentários

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Oi, eai desistiu? espero que não!

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AMEIIIIIIIII, por favor continua logo moçuuuuu!

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Estou na torcida do Ricardo, não acho que o Beto goste do Eduardo. Continua logo. 👌👌👌

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Gostei muito, estava na torcida pro Alberto, mas sei la, o comportamento dele me intriga e o Ricardo é um incubado

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