Cap.9
NARRADO POR BEN
Virei me e olhei o nos olhos. Eu não acreditei que ele estava fazendo uma pergunta daquelas.
- Do que está falando ?
- Achas que eu não sei que você e o meu irmão estão se encontrando ? - arregalei os olhos.
- Se encontrando ? Apenas saímos uma vez, para almoçar. Além disso, qual o problema de nos encontrarmos ? Os amigos não podem mais se encontrar ?
- Tem certeza que são só amigos ? - não acreditei naquilo que ele falou.
- Está insinuando o que ?
- Você sabe que o meu irmão é gay ! Ele pode...
- Fique tranquilo Rafael, eu não tenho interesse nenhum no seu irmão, que Não seja o de sermos amigos. E pare de bancar o ciumento !
- Ciumento ? Ciúmes de que ?
- Não sei ! Do seu irmão talvez... - eu começei a andar em direção ao campo, porém parei novamente - para Que você não discuta mais, e nem fique pensando coisas, eu vou até a sua casa !
NARRADO POR RAFAEL
Quando vi ele subir as escadas e me deixar sozinho dentro do vestiário, foi que me perguntei. Porquê eu havia agido daquela forma ? Porquê eu estava com tanta raiva ? Não havia necessidade para isso. Se meu irmão e ele quisessem se pegar, o que eu tinha a ver com isso ? Será se... Não... Não é possível.
MAIS TARDE
O treino foi bem curto. Teríamos uma partida em casa no dia seguinte, e sempre é bom relaxar os músculos antes dos jogos. Terminei de tomar o banho, e enquanto me arrumava, percebi que ele estava chateado comigo, pois estava do meu lado e não dizia uma palavra que seja.
- Você ficou chateado ? - ele não olhou para mim. Apenas mexeu os olhos na minha direção e então colocou a mochila nas costas.
- Estarei na sua casa lá pelas 20hrs - e então saiu. É, ele havia ficado chateado.
NARRADO POR BEN
Eu fiquei mais chateado, pela forma como ele falou. Rude, como se eu estivesse fazendo alguma coisa errada, como se estivesse com raiva de eu apenas ter me encontrado com o seu irmão. Aquilo mais parecia ciúme. Só espero que seja ciúme de irmão. Ou melhor, é ciúme de irmão. De forma alguma existiria alguma outra forma de ciúme vindo da parte dele. Ou existiria ?
HORAS DEPOIS
- O que ? - Léo falava pelo telefone - você vai vir aqui em casa ?
- Vou, seu irmão me convidou para comer sushi.
- Ah foi é ?
- Foi... Disse que era muito apenas para ele e a mãe, então me convidou... - ele riu no telefone.
- Engraçado que toda vez que comemos sushi ele reclama que é pouco... - Ué ?
MINUTOS DEPOIS
Será se o que ele queria era me arrastar para a casa dele ? Mas pra Que ? Porquê ? Porquê ele mentiria ? Apenas pra que eu fosse até a sua casa jantar ? Mas pra Que ?
NARRADO POR RAFAEL
Na verdade, eu não entendi muito bem porquê mantive aquele convite de pé. Era apenas um teste, para saber se ele Toparia ou não sair comigo, por causa do meu irmão. Mas na verdade ele aceitou. E virá para a minha casa a noite. Agora vou ter que pedir uma porção maior, já que menti a respeito do sushi sobrar. Agora, ainda não consigo responder a mim mesmo. Porquê a mentira ? Estava me arrumando para recebe-lo, quando escutei batidas na porta.
- Entra - a porta foi aberta e eu vi Leo entrando - Oi Léo... - imediatamente quando ele entrou, tudo aquilo voltou a minha mente.
- Oi. Vai comer sushi hoje ?
- Vou, acabei de pedir, mamãe tava com vontade, então eu pedi...
- Ah... Só vocês dois ?
- Não. Chamei o Ben e ele também vem.
- Só ele ?
- Só, porquê ?
- Achei que você tivesse mais amigos.
- Ah, eu tenho, mas chamei apenas ele.
- Ah... Sei...
- Porquê ?
- Não, por nada, apenas curiosidade mesmo.
- Ele te falou alguma coisa ?
- Falou... Disse que você o tinha convidado ! - falou, se levantando - eu só acho estranho, que você sempre reclama porquê compra pouco sushi... - e então se foi, me deixando intrigado. O que sera que ele quis dizer com aquilo ?
MINUTOS DEPOIS
Algum tempinho depois, e ele estava na frente da minha casa. Desci, abri o portão da garagem para ele entrar, e logo ele estava dentro da minha casa. Saiu do carro, trancou. Por algum motivo eu gostava de o observar. Parecia me relaxar. E logo estava vindo em minha direção.
- Oi Rafa...
- Oi Ben. Achei que não viria mais.
- Você sabe que eu sempre cumpro as minhas palavras...
- É, eu sei... Então, vamos entrar. O Rio tá jogando e a gente precisa secar.
- Então vamos secar direito kkk - e então ele foi entrado. Ben tinha uma qualidade, ser divertido sempre. Entramos na casa, ele foi na frente - fique a vontade, você já é quase de casa - ele riu.
- Óbvio que não... - vi ele se acomodar, e então fui até a cozinha, pegar uma bebida para passar o tempo enquanto o Sushi não chegava. Fui até a geladeira, peguei um refrigerante, coloquei gelo num copo, coloquei o líquido e, já ia levar até a Sala, quando de repente e sem eu nota-lo, ele aparece.
- Você sabe quem... - de repente nós dois nos batemos, com tanta força que ele perdeu o equilíbrio. Foi o jeito soltar o copo e segura-lo. Nossos olhos grudaram. As respirações ficaram mais fortes. Pude ver ele corar, e de longe, Leonardo nos observar.
Continua
E aí ??? Gostaram ??? Comentem e votem por favor. Hoje vai ser curto, pois estou no aeroporto, é meio ruim escrever aqui, muita gente em volta, muito barulho, então fica difícil escrever. Não escreverei nada esta madrugada, pois estarei no ar indo visitar os meus avós em Tóquio. Mas amanhã pela Manhã conseguirei escrever. Beijos pessoal, boa viagem pra mim :)
