Meu chefe, meu príncipe – O sobrinho

Um conto erótico de LuCley
Categoria: Homossexual
Contém 2733 palavras
Data: 05/12/2015 00:19:17

Demorei? Obrigado pelos comentários e por lerem. Feliz que estejam gostando. Até o próximo ;)

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Depois de uma noite de amor maravilhosa com o Edu, dormi tranquilamente. Acordei às cinco da manhã pra uma corridinha básica. Eu abria a porta do quarto e ele me chamou.

— eu não queria ter te acordado. Estranho, porque nem fiz barulho.

— eu me virei e não esbarrei nesse teu corpo gostoso. Deita aqui só mais um pouquinho comigo?

Tirei meu tênis e me enfiei com ele debaixo do edredom. Joguei minhas pernas por cima das dele e ficou acariciando e mexendo com meus pêlos. Seu rosto ainda iberne tocava o meu e o beijei delicadamente a face. Ele me segurou uns vinte minutos ali, somente abraçado comigo e disse que iria junto.

— vai mesmo?

— vou. É sábado mesmo. Não quero ficar na cama o dia todo.

— então levanta homem...

Ele jogou o edredom na minha cara, gracinha ele, e foi correndo pro banheiro. Trocou de roupa mais ligeiro do que nunca e eu ainda coberto pelo edredom. Ele veio até mim e me descobriu.

— que rapaz bobo hahaha.

— bobo é você de jogar as coisas na cara dos outros, crianção.

— hahaha, to pronto.

— to vendo. Tem um shots mais comprido não?

— não!

— aham, sei.

— ciúmes das minhas pernas agora?

— não é ciúmes, é cuidado.

Ele me puxou pela mão e antes de sairmos, a Maria perguntou se iríamos tomar café na volta. Disse a ela que sim. Descemos e fomos pro calçadão. Começamos com uma caminhada e depois de mil metros começamos a correr. Foi preciso muito esforço pra fazer o Edu sair correr comigo. Muita insistência de minha parte e a difícil tarefa de fazê-lo entender que faria bem a saúde dele.

Durante o trajeto, encontrei meu amigo. Mesmo morando na mesma cidade, fazia uns dois anos que não via o Leandro. Paramos e o Edu foi comprar uma garrafa d'água. Fiquei conversando com o amigo, e me disse que tinha se assumido pra mãe.

— e ela?

— não fala comigo desde o dia que contei. Um ano já.

— poxa cara, eu sinto muito por ti, mas com o tempo ela vai entender.

— sei lá. E vocês, como estão?

— estamos bem. Na verdade, nunca estivemos tão bem.

Me olhou de um jeito que me fez desviar o olhar. Deu pra sentir que ele ainda gostava de mim e mesmo depois de cinco anos não havia me esquecido. Não queria que ele entrasse no assunto e reclamei que o Edu tava demorando. Me despedi do Leandro e fui até o quiosque. Vi o Edu sentado, tomando água de coco. Me sentei e perguntei porque demorou.

— eu não queria atrapalhar. — ele disse sem olhar pra mim.

— atrapalhar o que meu Deus do céu?

— a conversa de vocês. Não aguento olhar pra aquele rapaz e ver nos olhos dele o quanto ele gosta de você.

— ei, pra que isso agora? Ele gosta de mim, mas eu amo você. A-M-O, entendeu?

— nunca gostou dele?

— gostei e gosto, como amigos que sempre fomos. Você sabe que a gente transava, nunca escondi isso de você. Agora, amor, eu sinto por você.

— as vezes eu pareço um adolescente. Desculpa.

— não precisa se desculpar. Você pode passar o resto da sua vida inseguro e mesmo assim, eu vou passar o resto da minha vida contigo, dizendo o quanto você é amado por mim.

Me inclinei e o beijei na boca. Ele segurava meu rosto e era incrível o poder que ele tinha de me deixar de pau duro hahaha. Mostrei pra ele e o safado olhou pro lados e colocou a mão boba no cacete e massageava gostoso.

— pare. Vão ver.

— desde quando você se preocupa?

— uma coisa é eu te dar um beijo e outra é você me masturbando. Tira a mão dai.

— se não tivesse bom, você mesmo teria tirado.

— hahaha, pior que ta gostoso...ahhh!

Tirei a mão dele devagar e tomei o resto da água de coco dele, e voltamos a correr.

Notei o cansaço do Edu e pedi pra voltarmos a caminhar.

Voltamos pra cobertura caminhando e ele pegou na minha mão. Dei um beijo na mão dele e passei meu braço em volta de seu pescoço. Beijei sua bochecha e senti sua mão espalmar minha bunda.

— você reclamou que meu short é curto, mas o seu não fica muito longe. Pior é que deixa essa sua bunda mais tesuda ainda. Quem vai querer olhar pras minhas pernas?

— ahhh meu amor. Suas pernas são grossas, eu acho deliciosas. Por isso adoro ficar preso nelas.

— ta, chega. Antes que eu fiquei duro no meio da rua.

Antes de chegarmos na cobertura, vi o carro da irmã do Edu dobrar a esquina. Dificilmente a Solange ia em casa, as vezes ligava pra saber como o irmão estava e ficávamos por longos minutos conversando. Das irmãs do Edu, era a mais apegada à ele, mas conhecendo o Edu muito bem, sabe que ele não gosta muito de visitas. Quando ele quer a família toda reunida, convida todos pra um restaurante, é o jeito dele ter um pouco de sossego em casa. Comentei que era o carro da Solange e ele ficou preocupado. Fomos rápido, pois deixamos os celulares em casa. Assim que entramos nos deparamos com Vitinho, o sobrinho do Edu, filho da Solange. O garoto tava estirado no sofá, parecia chateado.

— fala Vitinho.

— oi, tio Lauro.

— que cara é essa muleque?

— minha mãe foi pro shopping e não quis me levar. Disse que ia no salão.

O Edu deu um beijo na testa do sobrinho e foi tomar um banho. Fiquei com o garoto na sala e conversava com ele. A Maria perguntou se já podia servir o café da manhã e disse que sim.

— vem garoto. Muda essa cara e toma um café com seus tios.

— opa, agora fiquei mais animado.

O Edu voltou e perguntou porque a mãe dele tinha deixado ele lá em casa. O garoto disse estar de castigo e que na cobertura do tio não tinha video game pra ele se divertir, igual na casa do primo Henrique, filho da Carla, a outra irmã do Edu.

— o que você aprontou dessa vez? — o Edu perguntou com uma voz firme.

— briguei na escola.

— o que fizeram pra você?

— olha tio Carlos, o senhor é o primeiro que me pergunta o que me fizeram e não o contrário. Mas deixa pra lá.

— eu sei que a gente não se vê muito, mas se quiser conversar... — disse e ele sorriu tímido.

Tomamos café em silêncio. O Vitinho era um menino muito bonito, quinze anos e era muito parecido com o Edu, se a Solange não fosse irmã do Edu, poderia dizer que o muleque era filho dele. O garoto pediu mais iogurte pra Maria e fiquei meio intrigado com a tal briga dele no colégio. Terminamos e perguntei se ele queria jogar vídeo game.

— hahaha, não acredito que você tem um, tio Lauro.

— claro que tenho, mas fica no quarto. Não gosto de deixar seu tio sozinho no quarto pra vir jogar aqui, então eu jogo lá com os fones de ouvido e fico com ele.

— caramba, bora jogar?

— bora jogar. Mas segredo heim, porque se tua mãe descobre, não te deixa mais aqui.

— olha que lindo, ensinando o garoto a mentir. — disse o Edu, rindo.

— é só uma mentira de leve, amor.

Fomos os três pro quarto e o Edu aproveitou pra revisar uns papéis. Sentamos no chão e liguei o Play. Coloquei o NFS- Underground e dei play no jogo. O garoto até que era engraçado, mas me olhava de canto de olho enquanto a gente jogava. Ganhei uma partida, troquei meu carro e ele pareceia que queria me falar alguma coisa. Tomei iniciativa e perguntei.

— Viti, fala pro tio o que aconteceu no colégio...

— ah, eu não sei. Tenho vergonha. — o Edu me olhou por cima dos óculos e sorriu.

— Vitinho, só tem a gente aqui, confia nos tios. — disse.

— ta. Caramba, eu nem sei por onde começar. Bom, você já foi muito zuado na escola por ser gay, tio Lauro? — era isso, o muleque era gay e tava sofrendo bulling.

— já. Nunca me bateram, mas riam muito de mim. Sabe o que eu fiz? Eu não dava bola, aí com o tempo eles pararam.

— mas eu não consigo ficar quieto. Tio, ninguém sabe disso, bom, só vocês agora. Caramba, a mamãe vai morrer do coração quando descobrir. Tio Carlos, conta nada pra ela não, por favor.

O Edu se levantou e foi até o sobrinho, deu um abraço no garoto e disse que podia contar com ele pra qualquer coisa. Nunca imaginei que o Vitinho tinha esse tipo de problema no colégio. Continuamos o jogo e ouvi a campainha tocar. Ouvi passos e era a Maria, disse que a Solange tinha vindo buscar o filho.

— deixa eu dormir aqui hoje tio, Carlos? Eu não quero ter que ficar respondendo as perguntas dela. Também não quero dizer coisas que ela não quer ouvir.

— você é quem sabe. Mas vá você dizer que quer ficar aqui.

Ele foi pra sala e o Edu me abraçou. Deu um sorriso e brincou dizendo que a família tinha ganhado mais um gay. Disse pra ele dar mais atenção ao garoto. Ele não tinha mais pai, morreu em num acidente de carro, e a mãe, por mais boa pessoa que fosse, poderia dar um pití do tamanho do mundo, até aceitar tudo numa boa.

Fomos pra sala e a Solange disse que não queria nos atrapalhar, deixando ele lá em casa. Estava nervosa.

— esse menino está impossível. Brigando na escola, desobediente. Não sei mais o que fazer com ele. — ela disse.

— Sol, faz o seguinte querida, deixe ele aqui esse fim de semana. A gente conversa com ele. Domingo a noite, eu mesmo levo ele pra casa. — disse e ela olhava pra ele.

Ela acabou concordando e foi pra casa. O garoto voltou pro nosso quarto e continuou jogando. Senti os olhos do Edu em mim. Perguntei o que ele tinha e veio me abraçar.

— você é um homem incrível. Sempre preocupado com os outros.

— você e eu sabemos como é estar nesse meio social com a nossa condição sexual. Não é fácil. Tem muita gente bacana que entende, mas ainda tem muita gente que fala mal da gente. O Vitinho só tem 15 anos, hormónios a flor da pele e ainda não sabe lidar com isso. Você como tio, deveria conversar mais com ele. Eu sou um tio torto, vou ajudar no que for preciso, mas quero que você pegue esse garoto pela mão e conduza ele pelo melhor caminho.

— eu sei meu amor. Fica tranquilo. Não acredito que a Solange vai criar problemas. Quando me assumi, ela foi bem compreensiva.

— mas você não era filho dela, era? Algumas pessoas se sentem confortável com a condição do outro, mas quando é com um filho ou filha, muda completamente. Minha mãe mesmo disse que nunca iria deixar de me amar, mas não queria que eu fosse gay. Um pouco ela tinha medo, pela violência, o preconceito e temia eu não me realizar profissionalmente.

— entendo. Agora pense, se fosse não fosse gay, como irira viver sem mim? — ele disse rindo.

Fui chegando perto dele, segurei pela gola da camisa e joguei ele no sofá. Fiquei meio de lado com as pernas por cima dele; com ele deitado. Como eu adorava aqueles cabelos acinzentados e lisos, passei os dedos por entre os fios e ele fechou os olhos, amava quando acariciava seu rosto e assanhava os cabelos dele. Não resisti aquela boca carnuda e encostei a minha na dele. Naquele beijo fui da terra ao céu em um único fechar de olhos. Seus braços me tomaram pra si e se o céu existe de verdade, era nos braços do Edu.

Senti a presença de alguém e me virei, era o Vitinho.

— caramba, muito lindo tudo isso, mas da pra vocês se desgrudarem e me levarem pra almoçar?

— hahaha, vai querer comer o que? — o Edu disse.

— ah, sei lá. Qualquer lugar que tenha lazanha. A mãe vive de dieta, to cansado de comer só alface naquela casa.

— okay, seu tio Lauro, sempre que enjoa da comida daqui de casa, me leva pra comer num restaurante Italiano aqui perto, pode ser?

— super! Vou calçar meu tênis. — saiu correndo.

— o que ele quis dizer com "super"? Me explica, você que é mais novo hahaha.

— ai Edu. Quer dizer que ele gostou da ideia. Você precisa se atualizar pra conversar melhor com ele.

— vou comprar um dicionário hahaha.

Tomei uma ducha rápida. Levamos o garoto pra almoçar e antes se sair, o Edu deu folga pra Maria e disse pra voltar só segunda. Quando ele fazia isso, me deixava maluco, era eu quem ia pra cozinha.

Chegamos e o garoto foi logo pegando um prato e se servindo de tudo que via pela frente.

— pobrezinho, por isso é tão magrinho. — o Edu disse e eu não parava de rir.

— não tem nada haver. Eu só tenho o corpo que tenho por conta da natação. Posso comer o que for e não engordo.

— quero nadar nesse corpo gostoso hoje.

— se controla homem. E não pense que não estou de olho no que você serve, porque vi muito bem o senhor servir dois pedaços enormes de lazanha debaixo dessa salada toda.

— porra! Isso não é vida. Não me ama mais?

— amo. Se não amasse, não cuidaria de você. Quero viver contigo por muito tempo. Vai, me passa o outro pedaço.

Peguei de volta um pedaço da lazanha dele. Pressão alta é coisa séria. Por ele comeria de tudo. Nos sentamos e o Vitinho brincou.

— me fala tio, como é outro homem mandando em você? — o Edu olhou pra ele meio rindo.

— você vai saber...quando encontrar um. Então, não venha rir da minha cara.

— hahahah, o tio Lauro é pulso firme. Sabe o que o vô fala?

— não, mas vai falando.

— ele diz que depois que vocês casaram, até o seu humor que era insuportável, melhorou bastante. Santo Laurinho.

— é o amor, meu querido. Eu amo demais seu tio Carlos. Aí fica fácil.

— eu queria um amor assim, mas não posso nem ser eu mesmo.

Ficamos em silêncio. O que dizer em um momento desse? Tão jovem e cheio de conflitos. O Edu conversou bastante com ele. Fiquei quieto, só ouvindo. Não dava pra deixar um garoto como ele largado por aí sem instrução. Morria de medo da mãe expulsar ele de casa.

— filho, quando for conversar com ela, o tio vai também. E se ela pensar em te mandar embora, você não vai ficar desamparado. Você vem pra cá. Seu tio Lauro e eu estamos contigo pro que precisar, certo?

— certo! Brigado tios.

Senti tanto orgulho do Edu. Terminamos de almoçar e fomos pra casa. O Edu disse que iria descansar e o garoto perguntou se poderia montar o Play no outro quarto. Disse que tudo bem e ajudei ele ligar na TV.

Voltei pra minha suite e o Edu já estava deitado. Estendeu o braço e me puxou pela mão. Beijava meu pescoço, orelha e pediu que tirasse a roupa.

— caramba rapaz!

— que foi?

— eu sou tão inseguro as vezes, mas quando te dou um único beijo e percebo o quão duro você fica, me sinto o mais feliz dos homens.

— você é um homem fabuloso, em todos os aspectos. Nunca duvide disso. E nunca duvide do tesão que sinto por você, que é imenso.

— e se eu tocar aqui?

— hummm, aí é bem gostoso... vai mais pra baixo.

— aqui?

— ahhh. assim você me mata de tesão.

— e se eu passar a língua?. — ele se enfiou embaixo das cobertas.

— aí você vai ter que me fazer gozar.

— hummm, adoro te fazer gozar.

Me fez homem dele com todo amor e carinho.

Passamos o domingo fazendo as vontade do sobrinho e a noite, levei o garoto pra casa. Pareceia que ele não queria ir e quando chegou, via em seus olhos que não queria ficar em casa. Mas o que eu podia fazer? Combinei com ele de ficar em casa no próximo fim de semana e ele disse que tudo bem.

Cheguei em casa e o Edu me esperava pronto.

— vai onde, bonito desse jeito?

— nós vamos! Troque de roupa, te espero no carro.

— aonde vamos?

— aproveitar o resto da noite. Vá e fique bem bonito pra mim.

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Comentários

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Lindo demais, adorei a forma que explanou a questão da descoberta e todos seus conflitos além claro da visão madura sobre o assunto. voce escreve tão bem que tenho a impressão que faz isso dá vida, é simplesmente maravilhoso. Agora uma dúvida, o Lauro transava com leandro? então Lauro só não queria ser passivo de qualquer um, mas já tinha sido ativo???

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eita que agora deslanchou o conto ta muito bom otimo!

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REALMENTE FASE COMPLICADA. DESCOBERTA DA SEXUALIDADE. É NECESSÁRIO ALGUÉM QUE O AJUDE.

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Ta muito diferente de mim não, tb morro de pavor de contar pra minha mãe!

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Fase dos conflitos é muito tensa. Ainda bem que Vitor tem os dois pra ajudá-lo. Quero mais! rsrs bjs

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