Continuando…
Sai de casa o mais rápido possível, pode parecer que eu esteja exagerando, mas… eu nunca bati no meu filho, é difícil pensar que outra pessoa possa ter levantando a mão pra bater nele mesmo sendo uma outra criança, o menino pode ser o reflexo do que vê em casa, ou os pais dele não o deram educação e o ensinaram que não se pode bater nos outros, mesmo sendo um menino mais novo que o meu filho isso é estranho só de se pensar, como um menino de 6 anos pode ser tão agressivo a ponto de deixar marcas em outra pessoa?
Cheguei a escola, estacionei meu carro, e me dirigi até a entrada, fui direto para a secretaria, chegando lá falo com a recepcionista.
-Olá, eu vim falar com o diretor Edwards, ele se encontra?
-Sim ele está, tem hora marcada?
-Senhor! Não sabia que precisava ter hora marcada pra falar com um mísero diretor de colégio.-digo indignado.
-Desculpe senhor é que… -ela ficou envergonhada.
-Me desculpe você.-disse mais calmo.-tem como falar com ele sim ou não?
-pode se sentar na cadeira irei lá ver se ele poderá te atender nesse instante.- ela levantou e se dirigiu até a sala de Edwards. Depois de uns 5 minutos ela voltou.
-Ele pediu que o senhor entre por favor, irei te guiar até lá.- disse educada.
-Não precisa eu sei o caminho.
-descu… -a interrompo.
-Não peças tantas desculpas querida, assim você não chega a lugar nenhum.- digo um pouco antes de entrar na sala do senhor Edwards.
Entro fecho a porta atrás de mim.
-Ao que devo a honra senhor Juno.-Disse dando um sorrisinho, Edwards era um homem de no máximo 40 anos, mas que aparentava menos, sempre que eu aparecia por aqui ele dava em cima de mim, já avia saído com ele algumas vezes más nada que saísse dos beijos.
-Lucas você sabe que comigo não precisa dessas formalidades, nos conhecemos muito bem até demais, diga-se de passagem.- digo me sentando a sua frente.- bom mas eu não vim aqui falar de nós, vim aqui tratar de um assunto muito importante.- digo ficando sério.
-Pela sua cara é algo muito sério.- disse se arrumando na cadeira.- só espero que não seja um problema relacionado a escola.- disse lamentando.
-Depende do ponto de vista.-digo vendo sua cara confusa. Continuei: -U aluno de nome Leandro Dantas, anda batendo no meu filho.- digo por fim.- E eu gostaria de ter uma boa conversa com os pais dele, porque é inadmissível um menino de 6 anos fazer esse tipo de coisa.
-Realmente, o Leandro é bravo mesmo, más há os seus motivos, a mãe dele dona Eliana morreu a 2 anos, foi um choque muito forte pra ele, o pai Marcos nunca foi presente, trabalha demais e o menino diversas vezes o viu trazer mulheres pra dentro de casa sem que a mãe soubesse, a relação dos dois praticamente não existe, são só pessoas dividindo uma casa, o menino é sozinho, e tem dificuldades em fazer amizades, por isso ele desconta nos outros oque ele passa dentro de casa.- disse por fim com um semblante triste.
Agora sim eu entendi o motivo de tanta agressividade.
-Mesmo assim pretendo falar com o pai dele, pra ver se coloco algo na cabeça do homem.
-Acho difícil viu, nem a mãe dele conseguiu colocar, imagina você.
-Você me conhece, e eu não sou a mãe dele. Bom como eu não conheço ele e não tenho contato com ele, eu gostaria que você me desse o endereço dele, ou aonde ele trabalha pra mim poder falar com ele.- digo, com pressa.
-Me desculpe Juno, mas eu não posso fazer isso, você sabe que eu faço tudo por você mas isso pode acabar com o meu emprego.- disse, explicativo.
-Por que não pode?-digo me exaltando.
-Fique calmo, não posso porque é antiético, fornecer dados dos pais para pessoas desconhecidas.- disse por fim, e continuando: -O que eu posso fazer é, ligar pra ele perguntar se ele está disposto a falar com você e te dar o retorno.
-então tudo bem, mas você pode fazer isso agora?- pergunto esperançoso.
-Posso sim.- disse pegando o telefone, e discando um número que ele olhou no computador.- Olá, Suy? É o Edwards, bom dia, Tudo bem? Estou Ótimo. Sim gostaria. Obrigado.- ele tampa o microfone do telefone e fala.- Ela vai transferir a ligação.- voltou ao telefone.- Alô, Senhor Luiz? É o Edwards diretor da escola do seu filho, tudo bem? Comigo ótimo. Não, não tem nada a ver com isso. Bom um pai veio aqui hoje me procurar porque o seu filho anda batendo no filho dele. Isso. E ele gostaria de saber se o senhor está desposto, a conversar com ele pessoalmente para resolver esse incidente, o senhor aceita? Ótimo irei o informar. Obrigado e um bom dia.-desligou o telefone, virou pra mim e falou.- ele aceitou, falou assim que é pra você comparecer no escritório dele amanha as 12:30 em ponto porque ele não gosta de atrasos.
-Ótimo eu também não.- ele me deu um papel com o endereço do escritório de Luiz.- Bom Lucas, já vou tenho outros assuntos a resolver.- digo me levantando.
-Ué e eu não ganho nem um beijinho?- diz fazendo bico.
-Amanha te trago um da padaria, até mais Lucas.- digo fechando a porta.
NO OUTRO DIA…
Nossa acordei acabado hoje, cheguei ontem e fui beber, estava estressado. Olhei no relógio e já eram mais de 11 horas, oque significava que eu estava sozinho em casa, Iago já deve ter ido pra escola e Fabrícia já deveria ter ido pra sua casa.
Me levantei, prendi meu cabelo em um coque mal feito, e me dirigi ao banheiro, fiz minha higiene e fui tomar meu café.
Já eram 12:00, hora de se arrumar. Coloquei uma roupa bem básica e fui ao escritório. Cheguei lá 12:25 o trânsito me ajudou, entro e subo até o andar indicado. E sou recepcionado por uma mulher linda, de cabelos loiros e olhos negros como a noite.
-Bom dia tenho hora com o senhor Luiz Dantas, ele está?
-Está sim, Mas eu não sou a secretária dele. O andar dele é o próximo.-Olhei no papel, e realmente olhei errado.
-Desculpe foi erro meu tenha um bom dia.-Digo com um sorriso sem graça.
-Sem problemas, igualmente.- diz sorrindo.
Entro no elevador novamente, e saio agora no andar certo.
-Nossa, que estranho não tem ninguém.- Digo quando entro, aonde deveria estar a secretária não tinha ninguém.- Bom mas como ela disse que ele está aqui, vou bater à porta e entrar.- digo me dirigindo até a porta. Bato timidamente, e nada, dou mais uma batida e entro.
Quando entrei, vi uma cena que poderia ter sido poupada. Ele no caso Luiz, com uma mulher vestida de social, sentada em seu colo com uma perna de cada lado, e eles se beijando com se fossem se comer ali mesmo. Continuei ali parado, como a porta fica na frente da mesa dele, ninguém me viu ali, me aproximei.
-Hum, Hum.- pigarrei.
Os dois levaram um susto tão grande que quase caiam no chão.
-Quem é você? Oque você tá fazendo na minha sala? Quem te deu autorização de entrar aqui?- perguntou exalando raiva, coisa que eu não tinha medo.
-Primeiramente abaixe o tom pra falar comigo.- digo me sentando a sua frente, e olhando para a mulher envergonhada em pé, com um caderninho na mão, deduzi ser a secretária.
-Quem você pen…-disse irritado, pela minha má resposta.
-Sou Juno, muito prazer, vim aqui tratar do assunto que o senhor Edwards ligou para falar.-digo o interrompendo.
-Ah sim, é…-Olhou para a mulher.- Suy, pode nos dar licença por favor.- disse e ela saiu, olhou pra mim ainda com raiva e disse.-não achei que você realmente iria vim aqui pra tratar de um assunto tão sem importância.
-Bom se seu filho não tem importância pra você fique sabendo que o meu tem muita pra mim.-Digo olhando pra cara de ódio que ele fez.
-Mas é claro que eu me importo com meu filho seu…- disse se levantando.
-Bom depois que eu vim e vi oque você faz no seu local de trabalho, não me impressiona que seu filho seja do jeito que é, isso só me dá pena. Olha acho que realmente foi tempo perdido vim aqui tentar falar com você, tenha um bom dia.- me levantei e fui andando até a porta.
-Espera… meu filho vai fazer aniversário semana que vem… você não gostaria de levar o seu filho pra podermos quem sabe os aproximar e eles poderem pelo menos se suportar.- ele disse calmo, nem parecia o mesmo homem que eu falei minutos atrás.
-Tudo bem, eu ligo para a sua secretária e vejo tudo direitinho, tenha um bom dia.- digo me virando e indo embora.
-até…-diz ele antes de eu fechar a porta.
Continua...
Gente o conto só vai ter um pouco agitado a partir do 3 ou 4 capítulo, obrigado pelos comentários espero que gostem, pessoal eu gostaria de pedir um conselho, eu sei que sou novo aqui mas acho que pelo fato de não nos conhecermos facilita a gente de poder se abrir e se expressar por aqui. Bom meu nome é Vitor, tenho 18 anos recém completos, as características que sitei sobre Juno me descrevem, conheci um menino amigo de um amigo meu que tem 15 anos, ele é lindo tem olhos castanhos, moreno, alto, é o sonho de qualquer menininha por ai, realmente muito bonito, ele nesse domingo veio aqui em casa e se declarou pra sabe na frente do portão falou que me amava e eu fiquei perplexo sabe, nunca imaginaria que ele sentisse isso logo por mim, mas só tem uma coisa que me deixa com o pé atrás, ele é muito novo, só tem 15 anos e eu 18, mas ele foge totalmente do tipo de garotos de 15 de hoje em dia, ele trabalha é responsável e as vezes até parece ser mais velho do que eu, o eu realmente gostaria de perguntar é, se eu deveria dar uma chance pra ele, mesmo sabendo que ele é mais novo que eu?
bom é isso e obg.