Ele só queria me fazer sorrir (Capítulo 8)

Um conto erótico de Eduardo
Categoria: Homossexual
Contém 1219 palavras
Data: 17/12/2015 21:15:19
Última revisão: 17/12/2015 21:17:47

MIL, mil mil perdões pela demora… Alguns motivos de força maior…Curativo né? - Ele disse mordendo o lábio – Amei fazer esse curativo.

- Não me olha com essa cara de santo – Falei irônico.

Ele se despediu e saiu. Abri o maior sorriso que eu tinha e fiquei na porta.

-Posso entrar professor? - Perguntei.

-Onde você tava? - Ele perguntou.

- Fui fazer um curativo no laboratório – Falei levantando o braço.

- Pode, pode sim – Ele falou – PáginaOk, obrigado professor.

Maya sorria para mim… Tinha muita coisa para contá-la.

Maya era umas das raríssimas amigas pela qual eu poderia confiar, ela, diferente das outras pessoas, sempre que podia estava comigo, e eu, com ela. Maya e eu nos conhecemos a 2 anos. Ela tropeçou, eu segurei e nos tornamos amigos. Ela tinha muitos amigos, vários, não a julgava por não falar comigo muito tempo, sempre tem alguém que puxe ela, e eu tenho certeza que meus assuntos não são dos melhores.

Quando eu entrei na sala ela olhava para mim, ela viu com quem eu tinha saído, e eu já havia comentado com ela sobre Gustavo. Vivia dizendo que o achava bonito, e isso, e aquilo, ela, com certeza, esperava que eu falasse o que conversamos. Mal sabia ela que não foi apenas conversa. E não queria esconder a ela, seja lá o que for acontecer entre eu e ele, não quero abafar apenas comigo, mais do que tristeza, eu preciso de amigos, ele me fazia pensar assim.

O Intervalo chegou tão rápido, já tinha chegado na aula no fim. Maya já ia saindo, quando a chamei.

– Hey, Maya – Chamei, e ela veio sorrindo.

– Já ia me esquecendo – Ela disse – O que aconteceu que você veio tão sorridente?

- Então… er… - Falei sem sabe ser direto – Nós, eu e ele, no laboratório...

- Desembucha – Ela disse fingindo impaciência – O que tem o laboratório?

- Nos beijamos – Falei antes de travar de novo – Ele me beijou e eu ele.

- Peeraa!!! Sério??? - Ela falou assustada, como se tivesse espantada e rindo – Senta aqui e me conta direito isso!

- Foi isso – disse – Ele foi comigo no lá, fez o curativo e plun.

- Não!! – Ela disse – Aqui no colégio… vocês… seus safados!!!

Não entendo ela, mas eu não me entendo, não posso sair por aí falando de pessoas que não dá para entender. Confio nela. Demorou para mim confiar nela, mas hoje ela me passa confiança.

- Bom – Disse – Agora eu tenho que pensar bem no que vou fazer.

- Migo, eu, no seu caso – Ela começou – Não pensaria muito não, tu gosta dele, falta só tu mesmo assumir isso. Nunca nem precisou falar que gosta para mim perceber isso, e aliás, Você vivia me falando que queria ficar com ele. Só digo uma coisa: Perca essa oportunidade que eu te mato!!!

- Foi tão rápido – Tentei, sem saber muito o motivo, contestar – Sei lá, ele pode tá brincando comigo, querendo… sei lá… confuso, talvez.

- Deixa de ser idiota – Falou – Ai se fosse eu, eu que gostaria que ele brincasse comigo…

- Vai tirando a Zebra da chuva – Disse irritado – Nunca!!!!!!

- Pacote tem ciúmes e tudo – Falou rindo – Ai, ai, você xonou-se já.

Fiz uma careta para ela de espanto, nem tinha me dado conta… Tudo bem, agora além de bobo idiota, sou igual aqueles clichês que passa mil anos sendo algo, e quando alguém chega e diz que ele é, aí que ele percebe. Tipo um vampiro recém-transformado, há um mês e só sente a “sede” quando alguém chega e fala: Tu é Vampiro. Esse ciúme agora… mas a verdade mesmo é que eu nunca gostei de ver ele abraçado demais com ninguém. Não vou ser besta agora, vou tentar… Mas eu não posso, Ele é garoto, eu também, vou acabar com a vida dele se for assim, isso não pode acontecer…

Comecei a ficar nervoso, quando dei por mim o intervalo tinha acabado, e as aulas antes do almoço passaram rápido demais. Minha cabeça formigava. Não sabia o que fazer, não conseguia ser egoísta o suficiente para jogar tudo para o alto e falar que eu estou completamente apaixonado por ele. Isso não poderia acontecer, ele tem uma vida, amigos, família… Meu Deus!!!! Não vou me casar, nem namorar, nem nada, só dizer, “eu gosto de você” e pronto, o que vir depois, virá depois… E o que virá depois?

Tinha tanta coisa na minha cabeça que eu já não sabia mais o que pensar. Eu não disse nada, não disse que gostei, nem que achei ruim. Nossa, se eu estou gosto dele de verdade tenho que, pelo menos, mostrar interesse coisa que infelizmente não mostrei. Como eu fui burro! Mas vou resolver isso, da melhor forma possível.

Quando chegou a hora de nossa turma almoçar, e fomos para a fila, tentava pensar em alguma coisa para falar. Maya começou a falar comigo, me dando concelhos, falando que eu deveria começar a namorar. Respondi alguma coisa e fiquei em silêncio.No meio caminho tentei vê-lo, e me senti um idiota por fazer isso…

Consegui vê-lo, estava sentado perto de sua sala, escutando música, e com expressão bem distante.

Almocei, e não sabia o que eu faria, então, vi que ele ainda estava lá, e fui. Quando ia me aproximando ele me viu e sorriu. Não sei se era possível, mas sempre que ele sorria e ficava ainda mais ligado a ele, mas perfeito era, não sem defeitos, mas perfeito para mim, embora, aparentemente, não via defeito algum. Sentei do lado dele e ele tirou os fones, pausou a música e guardou o celular. Tive vontade de falar “Não precisa, sério!”

Mas ele foi mais rápido.

- Oi – Falou

- Olá – disse nervoso, não sabia o que falar naquela hora – Como foi a aula? – Melhor pergunta ¬¬.

- Difícil de se concentrar – falou se virando para mim – e a sua?

- Do mesmo jeito – Falei mais seguro, não via motivos para não ser – Você sabe por que.

- Sei – Dessa vez ele se virou para mim de corpo todo e ficou sério – Queria falar com você.

- Claro – Disse – Acho que realmente precisamos conversar…

- Naquela hora- começou com uma pontada de nervosismo na sua voz. Não pude deixar de observar o quanto ele era lindo até nervoso, se é que não se tornava mais – que… você disse… que… bem… disse que, gostava de mim, você estava falando sério?

- Eu já lhe confirmei que sim – Disse um pouco nervoso, não sabia o que ele diria – Eu gosto de você, mais do que de qualquer outra pessoa, e você, mais do que qualquer outra coisa, vive em meus pensamentos – Não poderia ser mais sincero.

- Eu… eu não sei o que dizer – Ele sorriu depois mudou rápido de expressão, como se eu fosse falar que era brincadeira – Eu… te…

- Não, não fale – O interrompi, levantando meu dedo – Não a use agora.

Ele entendeu o que quis dizer. Sorriu. Eu fiquei bobo, novamente com seu sorriso. Sou encantado pelos seus olhos castanhos-claros tão lindos e profundos, que me faz perder-me, seus cabelos também castanhos, quase ruivos, tão vivos, sua pele, tão clara que via suas veias com facilidade, seu corpo de quem ama ir a academia com frequência, seu jeito, alegre e leve, que me enchia de um calor, que não era acostumado a sentir, alegria. Sorri para ele, e começamos a conversar besteiras, sempre olhando um para o outro e sorrindo.

Continua…?

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive David R. a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Aiiii que lindo eles dois. . . ainda bem que volto nem acreditei quando vi kkkkkk. . . que bom que volto cara espero que não pare mais. . . esperando o proximo.

0 0
Foto de perfil genérica

É claro que continua!!!!! Só não demore tantooooo.

0 0