Boa noite, espero que gostem. Obrigado pelos comentários e pela leitura. Bjs ;)
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Ele me levou até o banheiro. Me sentei no vaso e não conseguia apoiar meu pé no chão. O cheiro do Bruno me fazia enlouquecer, ele estava segurando meu braço e brigando comigo por não deixar ele me ajudar. Eu sabia que séria um martírio ter ele tão perto.
— deixa de ser teimoso e deixa eu te ajudar.
— não precisa, eu me viro.
— ta com vergonha que te veja pelado? Não há nada nesse corpo que eu já não tenha visto, ou se esqueceu?
— não me esqueci de nada. Só que não precisa.
— homem teimoso! Parece uma mula empacada. Vou lá na cozinha, qualquer coisa me chama.
Estiquei meu braço e abri o chuveiro. Me apoiei no vaso e quando fui me levantar, senti uma dor imensa no pé. Meus olhos se encheram de lágrimas, não teve jeito. Gritei meu primo e ele veio correndo. Perguntou se eu tinha me machucado.
— não. Só não consigo firmar o pé no chão.
— te avisei. Vem aqui. — ele tirou a roupa e ficou só de cueca. Eu queria morrer.
— pra quê isso?
— eu iria me molhar de qualquer jeito. Te ajudo e volto pra tomar banho. Vem, segura meu pescoço.
Me segurei nele e ele pegou a esponja e o sabonete. Começou a lavar meu tórax e desceu até as coxas. Me olhava debaixo e eu rezando pra não ficar de pau duro. Que homem tesudo. Ele se levantou e lavava minhas costas quando segurei a mão dele.
— pode deixar que meu rabo, eu lavo.
— hahaha, vai, passa sabonete na mão e lava essa bundona.
— qual é macho? Anda reparando na minha bunda agora?
— foi só jeito de falar. Agora, não começa de graça, senão te deixo aqui.
— ta...ta.. já parei. Vou lavar meu pau, da o sabonete.
Ele passou sabonete na minha mão e lavei rápido pra não dar tempo de ficar duro. Me distraia cantando e quando dei por mim, já estava de banho tomado. Fomos até o quarto e me sentou na cama de casal. Pedi que me alcançasse as roupas e me ajudou a vestir.
— fica aqui, vou tomar banho e já volto. Quer que ligue a TV?
— quero sim.
Ele foi tomar banho e o cheio de seu suor ficou no meu ombro. Era o cheiro de macho mais gostoso que eu já tinha sentido. Comecei buscar na memória os momentos que passamos na adolescência e era fato que estava sentindo falta daquilo tudo. Me encostei na cabeceira da cama e apertei meu cacete duro de tanto lembrar do primo. Da época que nos escondíamos atrás da casa de nossa avó pra ficarmos nos enroscando um no corpo do outro. Poderia ser coisa de moleque travesso, mas deixou marcas, pelo menos em mim.
Ele voltou e disse que faria o peixe. Disse que o ajudaria, mas ele não deixou. Foi até a cozinha e demorou cerca de uns quarenta minutos pra voltar. Trouxe em mãos uma lata de cerveja pra cada.
— bebe uma comigo que passa a dor.
— hahaha, é pra já.
— só falta esperar o peixe ficar pronto.
— te deixei na mão, né?
— esquenta a cabeça não. Amanhã você me ajuda.
— teu pé ta melhor?
— acho que ta melhorando. — ele deixou a lata de cerveja no chão e se sentou na cama. Colocou meu pé sobre suas pernas e iniciou uma massagem.
— ta bom assim?
— ta. Desse jeito vou acabar dormindo.
— se quiser....
— não, não quero te deixar sozinho.
— tudo bem. Téo, se lembra de nós dois na cachoeira? Eu devia ter uns treze anos.
— não lembro. — ele mais uma vez fez uma cara de decepcionado.
— pensei que ainda se lembrasse.
Ele se levantou e foi pra cozinha. Fiquei com raiva de mim por ter mentido. Ele, por mais que implicasse comigo, parecia querer reviver nossas lembranças e eu estava dificultando. Ele gritou e disse que a janta estava pronta. Veio até a porta e perguntou se eu queria mais cerveja. Disse que não, mas poderia ser refrigerante. Ele fez um sinal de positivo. Antes dele ir eu o chamei.
— hey?
— que foi? Precisa de alguma coisa?
— não, mas queria te dizer algo.
— pois diga.
— eu me lembro da cachoeira. Me lembro de quando brincávamos atrás da casa da nossa vó. Me lembro de quando você dormiu lá em casa e a gente brincou de médico. Eu claro, era o médico.
— hahaha, palhaço. Sabia que não tinha esquecido. Eu nunca esqueci. Já trago a janta pra você.
— valeu. — ele sorriu.
Ele trouxe o jantar e uma mesinha de madeira. Colocou perto da minha cama e se sentou do meu lado.
— ta forte, heim?
— são só seus olhos. — ele disse rindo.
— hahaha, deixa você. Nossa, parece gostoso.
— eu sou mesmo.
— o peixe, deve ta gostoso. Ta se achando, hahaha.
— você não acha?
— quem? Você ou o peixe?
— o peixe, claro. — ele sorriu sacana.
— não sei, ainda não comi.
— não seja por isso.
Ele espetou o garfo no peixe e me serviu um pedaço na boca. Fiquei meio sem graça, mas fui entrando na vibe dele. E não é que o peixe tava bom. Ele serviu meu prato e dividimos o mesmo copo de refrigerante. Gelado pra caramba. Pedi mais peixe e ele serviu.
Fazia tempos
que não ficávamos só ele e eu sozinhos por tanto tempo. Quando ia visitar a filial, ficava pouco na casa dele e sempre tinha gente perto. O tempo nos afastou um pouco, perdemos aquela intimidade que sempre tivemos e nosso relacionamento se tornou mais profissional. Confesso que estava adorando ter ele perto de novo. Sentir o cheiro de homem feito. Ele falou comigo e não ouvi, me perdi em meus devaineios e pedi que repetisse.
— perguntei se você já vai dormir.
— acho que sim. Meu pé ainda doi.
— ta bom. Vou levar os pratos.
Eu queria ficar mais um tempo acordado com ele, mas meu pé doia e queria descansar logo pra dor passar. Acabei pegando no sono, nem vi ele voltar pro quarto.
Acordei e senti o cheiro de café fresco. Adorava aquele cheiro logo pela manhã. Mexi meu pé e pareceu que estava bom. Coloquei os pés no chão e não doía mais. Fui pro banheiro escovar os dentes e quando cheguei na cozinha, ele lavava a louça na pia. Fui sorrateiro, sem fazer barulho e dei um tapa na bunda dele.
— filho de uma mãe. — ele deu um pulo.
— oxi, pra que se assustar assim?
— é né? Olha ai, já ta conseguindo andar, que beleza.
— foram suas mãos de fada.
— hahaha, fala sério. Fica ai tirando onda com a minha cara, mas bem que tava gostando da massagem.
— confesso, tava boa mesmo.
— viu só. Toma café ai.
— tem pão?
— tem. Tem café, tem leite, presunto, queijo e eu...
— hahaha, você é a sobremesa?
— macho, macho...
— você quem disse.
— eu, como companhia, mas você veio me atrolepando e não me deixou terminar de falar.
— ah sim, claro. Senta ai, eu também gosto da sua companhia.
O café da manhã estava delicioso. Lavamos a louça e fomos pra fora. Levamos umas cervejas e estava muito abafado. Sentamos nos bancos de madeira embaixo das árvores e ficamos conversando.
— o vô Saulo, uma vez, disse que por esses lados existia o tal fantasma do padre. Lembra? — ele disse meio rindo.
— que a mulher traiu o marido com o padre e o chifrufo armou tocaia e abateu o padre na mata?
— essa mesmo.
— lembro. O vô adorava assustar a gente com essas historias.
Fizemos uma pausa. Fiquei olhando pro nada e ele tomava a cerveja. Ia me levantar pra pegar mais uma latinha pra gente e ele me segurou o braço. Fiquei encarando ele. Parecia querer dizer alguma coisa.
— quer ir dar um mergulho na cachoeira? — ele me convidou e soltou meu braço.
— pode ser, ta calor mesmo. Vou vestir uma sunga.
— te espero, vai lá.
Sento meu coração batendo mais forte. Botei uma sunga debaixo do shorts e fui chamar por ele. Seus olhos me seguiam e quando parei a sua frente, ele sorriu tão lindo que quase beijei aquela boca maravilhosa, mas me contive.
Ele se levantou quase tocando o corpo dele no meu, parecia querer me provocar, e estava conseguindo.
— vamos? — ele disse.
— vamos!
O sol ardia a pele, estava muito calor e a água deveria estar uma delicia. Ele tirou a camisa, largou os chinelos de qualquer jeito, abaixou o short e revelou seu corpo nu. Engoli seco, filho da mãe estava querendo o que? Me testar? Me confundir, ou desconfundir? Sei lá. Eu fiquei parado, olhando ele correr em direção a cachoeira e se jogou naquele fosso. Lembrei que ele não sabia nadar quando ela criança, mas pelo jeito, ele havia aprendido. Ele mergulhou e não voltava, comecei a ficar preocupado e fiquei esperando mais um pouco e nada. Estava demorando demais, não consegui mais esperei e entrei na água. Senti suas mãos nas minhas pernas e puxei ele pra cima. Ele ria, na verdade, ele ria muito. Fiquei puto da cara. Queria dar um soco na cara dele.
— porra! Não tem graça, Bruno.
— hahaha, desculpa, não resisti.
— caralho, pensei que tinha se afogado. Nunca mais faça isso. — soquei o peito dele e segurou minha mão.
— calma.
— eu to calmo, me solta. — ele segurou mais forte ainda e não queria soltar.
— não brinca comigo...
— posso ser mais novo que você dois anos, mas não sou homem de brincadeiras. — ele chegou mais perto e. eu o encarava.
— então somos dois, porque também não gosto de brincadeiras. — ele quis me largar mas fui eu quem segurou a mão dele. Que foi? Ta doendo?
— não. Me diz o que te faz lembrar esse lugar. Quero ouvir você dizendo.
— Bruno...
— por favor, prova pra mim que nunca se esqueceu da gente.
— você ficou preso em mim, com as pernas em volta do meu quadril, você me segurava e ...
— e o que?
— e começou a roçar seu cacete no meu. Era isso.
— bom que se lembra.
— nunca me esqueci. Nunca me esqueci de você, seu safado!
Ele pulou no meu colo e entrelaçou suas pernas grossas em volta da minha cintura. Me abraçou e eu segurava sua bunda. Fechei meus olhos e comecei a apertar devagar.
— ah Téo, porque a gente se afastou por tanto tempo?
— eu não sei. Você gosta de mim?
— seu puto, eu sempre gostei de você. Tive tantos relacionamentos, mas só você faz esse coração macho bater de verdade.
— meu macho tesudo. Quero você pra mim... quero você pra sempre.
Ele me beijou. Sua boca tocou a minha e meu corpo todo tremia de tanto desejo. Minhas unhas cravaram em suas costas e ele roçava o cacete duro no meu.
— isso, aperta esse cacete no meu.
— saudade de você mandando em mim. Lembra? Você mandava e eu obedecia.
— lembro. Como você está um macho gostoso.
— teu macho, teu homem. Não quero ficar mais nem um minuto sem você.
— não vai. Prometo.
Ele me beijou mais uma vez e me abraçou forte. Gostoso sentir seus músculos retesando, seu corpo todo dançando em mim, me procurando. Suas mãos gigantes me apertavam e sua língua serpenteava minha boca sedenta dos beijos dele. Ele não me largava, queria cada vez mais. Desceu do meu colo e ficou de costas pra mim. Me ofereceu seu corpo e mordia duas costas largas enquanto o punhetava. Empinou a bunda e minha mão largou o cacete pra sentir seu rego quente. Meu tesão era enorme e maior ainda, era o tesão dele por mim. Ele estava entregue ao meu desejo, estava entregue a sua vontade de me amar e ser amado por mim. Foram anos afastados e eu não queria perder mais nenhum segundo. Queria o Bruno pra mim...
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Continua...