Cap 1 de 4
TEMA DE ABERTURA : IM WITH YOU - AVRIL LAVIGNE
Fazia faculdade de Medicina a pouco mais de 3 anos. Não nego que estava bem puxado. Minha vida social estava uma droga, justamente por eu ter que perder muito tempo me concentrando com as disciplinas ao invés de estar me socializando. Namorava a quase 4 anos com o Matheus. Comecamos a namorar na adolescencia. Ele foi a pessoa que mais me ajudou a recuperar da depressão que eu passei a viver quando meus pais morreram num Acidente Aéreo na Amazônia. Ou melhor, namoramos um. Porquê nos outros três, eu não pude lhe dar atencao por causa da faculdade.
"- Oi amor - dizia ele, me dando um beijo no rosto assim que se aproximou de onde eu estava.
- Oi
- Até que enfim lembrou que tem namorado não é ? - Fechei o rosto.
- É exatamente por isso que eu te chamei aqui hoje.
- Como assim ?
- Matheus... Eu sei que nós namoramos a muito tempo e... Não duvido nenhum pouco dos seus sentimentos mas... A faculdade... Eu não tenho mais como ter um relacionamento.
- Como assim ?
- Não Dá mais... Eu não seria legal se continuasse namorando com você mesmo depois de saber que não tenho mais nada a te oferecer.
- Você está terminando comigo ?
- É, estou !"
A partir daí um inferno se instalou na minha vida.
"Estava próximo da minha casa, quando de repente um carro passa ao meu lado. Parei, olhei, e vi que era Matheus. Ele parou, desceu do carro. Saiu, e veio na minha direção.
- Você acha que vai ser fácil terminar a nossa relação ? - perguntava. Olhei em seus olhos, estavam vermelhos.
- Matheus, nos já conversamos sobre isso. Estou fazendo por nós dois. Eu não posso mais tolerar que... Você simplesmente fique esquecido pensando em mim. Isso não é justo com você.
- Nao importa, eu prefiro continuar esquecido do que me separar de você !"
Ele passou a correr atrás de mim sempre que podia. Quando eu menos esperava, lá ele estava com flores, presentes, e outros. Eu quase pensei em desistir e voltar com o branquinho fofo. Porém aos poucos isso foi ficando mais agressivo. De repente, aquilo que eu considerava fofo, se tornou amedrontador. Eu troquei de telefone, exclui redes sociais, e tentei de tudo para tirar todo e qualquer contato que eu tinha com ele. Porém isso não era o suficiente. Ele sabia aonde eu estudava.
" Saia da universidade com o celular na mão, quando de repente o Matheus aparece na minha frente com um buquê.
- Aí garoto, que susto, pensei que era um assaltante !
- Não se preocupe, a última coisa que eu quero é te assaltar. Ou melhor, eu quero. Assaltar o seu coração e nunca mais devolver - Girei o olho.
- O que você quer Matheus ?
- Quer uma carona ?
- Não, obrigado, eu posso ir de ônibus.
- Poxa Marcelo, você não vai dar uma brecha mesmo ? - este era o meu nome.
- Sendo agressivo daquele jeito, é que você quer voltar ?
- Poxa, me perdoa ! Quer que eu peça de joelhos ? - ele já ia se ajoelhar, mas eu o segurei.
- Pelo amor de Deus Matheus, não faça isso.
- Então aceite a minha carona, ou então eu vou rastejar aos seus pés.
- Tá, vamos ! - falei, tentando me livrar daquele esporro. Até aí tudo bem, ele saiu com o carro, fomos em direção a minha casa, que tantas vezes ele já havia ido.
- Você vai voltar comigo ?
- Por favor Matheus, nós já discutimos isso mil vezes...
- Não importa ! Esses seus motivos não são suficientes. Eu quero mais ! Não se destrói um namoro de longa data dessa forma.
- Admita Matheus, nós só namoramos realmente 1 ano. Os outros três foi só falatório, mal nos encontramos, nós estamos muito ocupados, isso já devia ter sido feito a mais tempo - de repente então ele tirou o carro da via certa e começou a acelerar.
- Então o nosso namoro não valeu nada pra você ?
- EI ! Não foi isso que eu disse !
- Foi sim. Você namorou comigo obrigado, por acaso ? - ele estava indo muito rápido, o medo tomou conta de mim.
- Não, eu...
- Porquê você não falou antes ? Porquê você deixou eu te amar ? - eu não o reconhecia. Parecia que alguém havia tomado o seu corpo, e esse alguém era muito mal.
- Matheus, eu...
- Eu não quero viver longe de você. Eu prefiro a morte.
- Não ! - de repente o carro começou a capotar. Bati a cabeça e apaguei.
TEMPO DEPOIS
Não sei quanto tempo demorei para acordar. Não sabia aonde eu estava. Uma dor forte atingiu a minha cabeça assim que eu tentei me levantar. Olhei ao redor, um quarto branco, poucas coisas, apenas uma TV, um ar condicionado, um sofá e uma porta. Olhei no meu corpo, algumas marcas ainda me lembravam do que havia acontecido. Eu não havia morrido. Mas, sentia algo de diferente em mim. Estava com um tubo no nariz, que rapidamente me incomodou. Olhei ao redor, flores. Um retrato, era uma foto minha, que eu lembro que estava no meu apartamento, antes de tudo ter acontecido. Estava curioso, queria saber o que havia acontecido, como havia acontecido, e todos os outros detalhes que haveriam de ser esclarecidos. Olhei para o sofá, e foi quando percebi que havia uma pessoa ali, deitada, dormindo. Tentei me levantar, e ver melhor quem era, porém, por alguns motivos minhas pernas não quiseram se mexer. Foi só então que vi a real gravidade da situação. Meus olhos se arregalaram !
- Não pode ser ! - tirei o lençol e tentei olha-las. Me parecia normal. Mas eu não conseguia mexe-las ! - não ! - nessa hora, a pessoa que dormia no sofá se levantou.
- O que houve ? - nos olhamos - você acordou ? - era um homem. O homem mais lindo que eu já havia visto até aquele dia !
Continua
