A VIDA DE DIEGO 20

Um conto erótico de Gatinho02
Categoria: Homossexual
Contém 2419 palavras
Data: 19/12/2015 00:00:14
Última revisão: 19/12/2015 00:43:02

Eu e o Nathan fitamos o seu pai de expressão séria no rosto por alguns segundos até que minha mãe convidou a ele e sua mulher para se sentar e conversar civilizadamente...

L:primeiro devo dizer Senhor José Carlos, que os convidei para resolver essa situação pacificamente, se você insistir em ser agressivo deverei pedir que se retire de minha casa, aqui eu exijo respeito e calma da sua parte – disse mina mãe com a voz firme.

J: Peço desculpas doutora por desrespeitar a sua casa, não foi a minha intenção, eu só não consigo aceitar que o seu filho tenha feito isso com o meu – falou ele com nojo na voz.

N: pai, você esta errado, eu sempre fui gay...

J: nunca mais diga isso, eu e sua mãe não temos um filho viado.

C: pra falar a verdade eu sempre soube que ele era gay, sempre soube que meu filho gostava de garotos e nunca deixei de o amar.

J: como assim você sabia Clara?

C: sempre soube – o Nathan olhava para a mãe com lagrimas nos olhos – desde pequeno, como você sempre trabalhou muito José, nunca percebeu isso, mas eu sempre soube, a mãe sempre sabe.

J: e você me esconde uma coisa dessa, assim desse jeito?

C: olha o que esta acontecendo com nosso filho homem, olha o que você tem feito ele passar desde que você descobriu naquela noite em que ele falou tudo enquanto dormia, se você tivesse descoberto antes, a vida dele teria sido um inferno.

O pai do Nathan ficou calado olhando firme para os olhos da esposa, eu e o Nathan acompanhava-mos a conversa deles um ao lado do outro, podia sentir o medo do Nathan ao meu lado, vi em suas mãos que ele tremia de tensão e não sabia o que fazer quanto a isso tudo o que estava acontecendo, também não o culpo, ele esta passando por tudo isso agora, não sabe o que fazer, esta perdido quanto a tudo...

L: Enfim, eu deixei vocês entrarem em minha casa, principalmente para discutir o que você senhor José fez com meu filho na praia. Eu queria ir na polícia, o Diego é que não quis ir.

J: quanto a isso eu devo dizer que eu fiz sem pensar, eu estava cego de ódio na hora.

L: eu só lhe digo isso uma vez, encoste mais uma vez no meu filho e faço da sua vida um inferno, quanto a você Clara, você é uma ótima mulher, cuide do seu filho, cuide bem e não deixe esse homem nunca mais agredir ele...

C: ele nunca mais vai encostar no meu filho – falou ela olhando para seu marido.

J: ele é meu filho também, eu só não aceito isso - o Nathan chorava muito – eu só não aceito.

N: não precisa aceitar, só me respeite, apenas me respeite, é só isso o que eu peço.

Dona Clara se levantou e abraçou o filho o beijando na testa, eu fui para o lado da minha mãe e me sentei ao seu lado.

J: eu vou tentar, Nathan, você sabe que nunca foi isso o que eu quis pra você...

N: você sempre quis tanto e nunca procurou saber o que eu quis, eu nunca contei nada porque eu tinha medo disso tudo aqui acontecer, a ultima semana da minha vida foi um inferno, você se transformou no diabo do meu inferno pai – sua mãe chorava ao seu lado.

J: eu vou tentar garoto, mas para mim é difícil, todo pai quer um filho normal...

N: mas eu sou normal, você é que não me vê como normal.

J: como eu disse, eu vou tentar.

N: obrigado – agradeceu olhando com tristeza para o pai.

J: agora gostaria de dizer que você e sua mãe partem amanhã mesmo para o Espírito Santo, depois que eu resolver tudo aqui eu vou também.

Eu: como assim?

J: eu não quero o meu filho com você e até ele tiver maior idade e podendo se sustentar sozinho, eu não quero ele com nenhum garoto...

Eu: isso é um absurdo, você não pode...

J: quem você pensa que é para dizer o que eu posso ou não posso? Enfim, vamos embora, você dois tem que preparar suas malas.

Depois disso o Nathan largou sua mãe e me abraçou, o seu pai queria nos separar mas sua mãe segurou em seu braço o impedindo de nos atrapalhar. O Nathan me abraçou forte e começou a falar sussurrando em meu ouvido esquerdo enquanto chorava.

N: você foi o melhor amigo que eu já tive, o melhor.

Eu: eu não quero ter que me separar de você, mas temos que encarar isso, temos que ser fortes - Ele segurou minha mão, onde tinha a cicatriz de onde eu tinha cortado.

N: sejamos fortes, para que coisas assim não aconteçam mais.

Eu: eu te amo amigo.

N: eu também te amo.

Mais uma vez nos abraçamos, aquela era nossa despedida, não iria ousar aparecer no aeroporto e correr o risco do pai dele surtar na frente de todo mundo, então toda a despedida deveria ocorrer ali...

N: Doutora Liliana?

L: sim querido?

N: obrigado por tudo - eles se abraçaram.

L: por nada querido, eu sempre gostei de você mesmo, então foi um prazer – ela falou sorrindo para ele.

Logo depois das despedidas, eles se foram e um vazio tomou conta de mim quando vi o Nathan saindo pela porta do apartamento, eu não queria que ele fosse, mas foi a melhor coisa para se fazer, sai andando lentamente para o meu quarto, entrando no mesmo me joguei na cama e fiquei fitando o teto até que minha mãe entra no quarto e se deita ao meu lado, me abraçando e deitando sua cabeça no meu peito...

L: você vai ficar bem?

Eu: eu vou sobreviver, eu nunca mais quero amar ninguém nessa vida, toda vez que eu amo eu sofro droga.

L: é filho, a gente só descobre como o amor é de verdade, quando sofremos por ele.

Eu: como eu disse, não quero mais sofrer por amor, agora eu só quero amar você, o Gui, o pai e meu irmãozinho que vem por ai, o papai vai ser pai de novo ta sabendo?

L: é, ele me contou, desejo que seu irmãozinho nasça saudável.

Eu: é, eu também.

...

Já fazia uma semana que o Nathan tinha ido embora e eu cada vez mais sentia que minha tristeza não podia passar, sempre que podia minha mãe tentava sem sucesso me tirar de casa, acho que ela tinha medo de eu entrar em depressão, mas acho que isso não iria acontecer, eu só estava triste mesmo.

Num certo dia estava eu deitado em meu quarto quando o Arthur entra de uma vez, com um balde na mão e sem dizer nada derrama a água gelada encima de mim, encharcando a mim e toda a minha cama, com o choque causado pela água gelada eu dei um salto da cama e acabei caindo no chão...

Eu: você esta louco?

A: vamos para a praia agora! E sem reclamar.

O Guilherme apareceu na porta do meu quarto e começou a gargalhar alto ao ver meu estado, podia ouvir as risadas da minha mãe da cozinha.

Eu: eu não vou, me deixa aqui.

A: não mesmo, se você não vier, eu volto com outro balde de água gelada.

Eu: esta bem, eu vou.

Me enxuguei, troquei de roupa na frente do Arthur mesmo, tínhamos essa intimidade na frente um do outro, não tinha-mos problema de ficar pelado um na frente do outro não, logo já estava pronto e saímos para a praia acompanhados do Guilherme que quis vir conosco.

Chegando na praia, compramos água de coco e nos sentamos na areia, ficamos ali, olhando o mar, podia sentir uma calma imensa ali sentado com meu amigo e meu irmão mais novo comigo.

A: ainda não acredito que você e o Nathan viveram tudo isso e eu só vim saber de tudo por ultimo, fiquei indignado.

Eu: não quero falar sobre isso, pensar nele me deixa triste.

A: desculpa, não queria te trazer essas lembranças.

Eu: sem problema.

A: mas e agora, o que quer fazer?

Eu: quero viver minha vida, estamos na metade do ano agora, quero apenas terminar esse ano e o próximo na escola e tentar medicina na UFPE ou UPE, já estou estudando para isso, se eu não passar nas públicas, tento na UNICAP que creio que vai ser mais fácil.

A: UNICAP, como sua família é rica, pode pagar, eu tenho que passar numa universidade publica mesmo, ou na Universidade de Pernambuco ou na Universidade federal de Pernambuco mesmo.

Eu: você é esforçado cara, consegue.

A: assim espero.

Eu: sabe, eu não sou tão religioso, mas acho que posso dizer que Deus tem um plano para cada um de nós, e se tudo o que passei é parte dos planos dele para me fazer forte, porque se for, eu acho que ele pega pesado as vezes, primeiro o Iago, depois o Emanuel e por ultimo o Nathan, eu nunca dou sorte, só tive três amores na minha vida e não dei sorte com nenhum deles, será que vou ter sorte algum dia?

Nessa hora o Guilherme estava jogando bola com um grupinho de garotos um pouco distante de nós, esse garoto tem uma facilidade imensa para fazer amigos.

A: Vai ter sorte sim, olha pra mim, você conhece minha vida, te falei de tudo, você sabe por tudo o que eu já sofri, principalmente por causa de amor, e olha agora, tenho o meu Caio, estamos firmes e fortes, ele é tão fofo comigo.

Eu: eu fico feliz por você amigo.

...

O resto do ano e o novo ano que surgiu correram tranquilamente para mim, o meu irmãozinho, fruto do meu pai com sua nova esposa nasceu com muita saúde e foi recebido com muita felicidade, era um menino lindo que vinha para trazer mais luz para nossas vidas, logo após o seu nascimento fomos eu, a mãe e o Guilherme correndo para o Rio conhecer o novo membro da família o Guilherme ficou feliz por não ser mais o irmão mais novo e eu chorei feito idiota quando peguei meu irmão, ainda no Rio me encontrei com o Iago que já terminara a faculdade e trabalhava numa grande empresa, ele estava bem e feliz, pelo menos amizade nós pudemos manter, relacionamento não mais, ele até tentou me reconquistar lá no Rio, mas eu deixei bem claro que não teríamos mais nada além de amizade e ele concordou. Ainda visitei a Marcela que não pôde ir me visitar no ano anterior no Recife porque nas vésperas de sua viagem o seu tio morreu então ela resolveu ficar de luto com a família, como sempre fui bem recebido pela aquela peste criminosa e ainda saímos para aprontar um pouco, que por acaso para nós aprontar pouco é virar metade do Rio de Janeiro de cabeça para baixo, acho que até o cristo ficou com raiva de nós, ainda no Rio me apareceu um rapaz, amigo da Marcela, mas dispensei, não tinha vontade de ficar com mais ninguém, não queria mais ninguém, estava fechado para qualquer um que se aproximasse com outras intenções a não ser amizade.

De volta para o Recife pude continuar tranquilamente meus estudos pelo resto do ano que de passava e me preparava com horas diárias de estudos para o vestibular, as vezes o Arthur ia na minha casa para estudarmos juntos, o que era bom porque sempre gostei de estudar com ele, as coisas sempre ficavam divertidas.

Em todo o processo do vestibular eu fiquei apreensivo, nervoso, não conseguia dormir direito e nem comer, eu estava a ponto de enlouquecer a espera dos resultados das universidades que eu tentei (UFPE, UPE e UNICAP). Chegando o dia do resultado da federal, eu, minha mãe e o Guilherme fomos correndo para o local de divulgação das notas, chegando lá, logo me meti no meio do povo que se amontoavam frente aos quadros onde estavam as relações de aprovados, logo minha mãe chegou perto me mim com o Guilherme e me ajudou a procurar, eu já estava ficando aflito sem achar meu nome quando ouço um grito ensurdecedor do meu lado que fez todo mundo olhar para nós, era minha mãe gritando, a mesma saiu pulando pelo pátio gritando que o filho tinha passado em medicina, eu e o Guilherme olhávamos para ela ali feito louca, nos olhamos, sorrimos um para o outro e fomos nos juntar e ela, saímos correndo pulando e gritando de felicidade, logo outros feras se juntaram a mim e todos juntos raspamos nossas cabeças, pintaram de um fado da minha cabeça “UFPE”, do outro “MEDICINA” e na minha testa “FERA”. Logo após tirei um foto com minha mãe e o Guilherme, eu detestei a foto, pois com a cabeça raspada eu fiquei parecendo um rato careca mas minha mãe fez questão de revelar e pendurar na parede do meu quarto.

O Arthur conseguiu passar também na Federal para administração de empresas, foi uma comemoração imensa na sua casa, até porque ele foi o primeiro da família a entrar numa universidade, então da para imaginar a felicidade.

Agora, o que posso fazer é aguardar para ver o que me espera, nesse último ano eu me fechei completamente para o amor, todos os que tentavam chegar perto de mim eu logo tratava de afastar, não quero sofrer, não mais, só o que quero é viver minha vida tranquilamente e se pra isso eu tiver que ficar só, que assim seja.

<3 Boa noite pessoas maravilhosas! Ai esta o ultimo capitulo de “A vida de Diego”, estou em dúvida de escrevo uma segunda temporada, contando a história de Diego na universidade, ou se escrevo um novo conto, isso eu vou deixar para vocês decidirem. Novo conto, ou Diego na Universidade? Deixo essa decisão com vocês. Enfim, gostaria de agradecer todos os comentários, todos foram muito importantes para mim, mas gostaria de pedir que todos os que leem e não comentam, fizessem uma forcinha pra comentar, pelo menos esse ultimo capitulo, pelo menos para responder a minha pergunta: continuação ou capitulo novo? Quero que vocês decidam isso, então façam uma forcinha pelo menos para responder a isso, desde já, muito obrigado por ler o meu conto e muito mais obrigado ainda para quem comenta, vocês são muito massa gente, adoro todos os comentários! BJS e até a próxima! <3

Gatinhoo2gatinho02@hotmail.com

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 3 estrelas.
Incentive gatinho02 a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Continuação, continuação, continuação! Rsrs Isso tem que terminar com o Diego e o amor da vida dele! Tem muita coisa pra acontecer e o Nathan tem q voltar! Espero ansioso! Bjs.

0 0
Foto de perfil genérica

Olha eu qria mto ver como tudo fico depois se ele reencontrou o nathan ou se ele ficou com o iago de novo tipo gostaria mto da continuação aí depois tu posta o novo rs sou daquelas que lê sempre mas nunca comenta rs bjão meu lindo❤️

0 0
Foto de perfil genérica

CONTINUA DIEGO NA UNIVERSIDADE. TEM QUE TER ELE ENCONTRANDO ALGUÉM QUE O FAÇA FELIZ.

0 0