Sob Os Trajes de Gala

Um conto erótico de Jhone
Categoria: Homossexual
Contém 1757 palavras
Data: 19/12/2015 17:41:58
Última revisão: 19/12/2015 17:44:56

Oi gente, então eu estou de ferias e como não tem nada para fazer eu pensei em fazer uma coletanea de contos nao puramente sexuais e coisa parecida. Então se vocês gostarem eu estarei tentando postar um conto por semana. Se gostarem comente <3

Seu cheiro me penetrava as narinas, sua pele quente me causava arrepios constantes que me levava a perguntar para os céus se tal pessoa realmente existia ou se tudo não passava de um delírio meu. O quarto de motel era organizado, lençóis limpos e até cheirosos e a cor beje da parede me transmitiam uma calma estranhamente alegre.

Eu não sabia mais do que o seu nome. Paolo. Nome latino eu acredito, assim como a o seu bronzeado perfeito. Ele não é o tipo de cara que faz parar o transito, ele é normal, normal de um jeito encantador. Até porque se não fosse não estaríamos aqui nesse motel caro transando como se o mundo fosse acabar amanhã.

Eu nunca o vi na vida antes, e antes de você começar com um discurso moralista para cima de mim lhe digo que eu sei muito bem o que eu estou fazendo e sabia também das possíveis consequências de tal ato impulsivo meu. Eu não sou desse tipo de gente que transa com desconhecidos, tanto é que eu só fui transar com o meu primeiro namorado quando completamos dois anos de namoro. Talvez seja por isso que ele me traia com o amiguinho dele. Mas isso não vem ao caso, não hoje, não quando tenho ele aqui nessa cama inteiramente pelado para mim.

Eu não fazia ideia de que estaria aqui após a minha formatura a qual eu recusei de muito a ir, eu não queria comemorar a minha saída do ensino médio, não queria comemorar o fato de que agora em diante a vida que eu tinha iria mudar. Que eu tinha que ir para uma faculdade, conhecer pessoas novas, arranjar um trabalho, encarar a vida como ela é. Mas fui forçado pela minha mãe e pode ter certeza aquela mulher sabe ter o que ela quer quando ela quer.

Meu terno estava perfeitamente alinhado ao meu corpo nem um pouco definido, frequentei academia por um tempo de três meses e posso dizer que até que eu ganhei um corpinho legal mas a minha preguiça é maior do que tudo e por essa razão decidi que não iria continuar mas não por isso eu era gordo ou magrelão, meu cabelo recém cortado estava assentado com gel e meu projeto de barba estava tecnicamente feito, estava bonito até e olha que eu estava com medo de usar o terno porque achava que iria me parecer com um testemunha de jeová mas isso não ocorreu.

Eu tinha acabado de completar 18 anos uma semana antes, o que não é muito legal levando em conta que estamos no final de ano e é difícil ganhar dois presentes pelo aniversario e pelo natal. Disse isso para você não pensarem que sou uma "criança" em um motel com um adulto. Ele não tem mais de 22 anos, isso eu digo com certeza.

Tive que ir de táxi para o local da formatura pois não era perto da minha casa e não iria de bicicleta para tal evento, além de não ser nada elegante eu também correia o risco de ficar muito suado ou pior eu poderia estragar o terno que não é meu.

O local tava cheio de amigos e familiares dos formandos, da minha parte so viria minha família já que meus amigos basicamente estão formando juntos comigo. Estava me dirigindo para o grupo de conhecidos , já que meus amigos ainda não tinham chegado, quando o vi. Ele estava de lindamente vestido, um terno negro com uma blusa por baixo cinza escuro e uma gravata preta que parecia ter algum tipo de estampa. Ele parecia um daqueles banqueiros jovens que vemos em capas de revistas. Seus cabelos num corte bem baixo davam um ar meio militar à ele.

Ele olhava para frente e isso mandava seu olhar para a rua, acho que estava esperando alguém. Continuei conversando com os conhecidos, e percebi que não perdi muito da conversa. Pela minha analise parecia que tinha perdido horas olhando ele, o que na verdade não passou de segundos. As vezes meus olhos divagavam para a sua direção e ele continuavam com o olhar vazia em direção a rua e seus músculos pareciam que não haviam se movido um milimetro. Foi quando ele me olhou.

Não foi nada excepcional ele apenas se virou e como eu estava basicamente de frente para ele, a uma boa distancia é claro, seus olhos me flagraram. Eram de uma cor comum, castanho escuro. Nada de verde caribe ou de azul celeste ou ate mesmo heterocromos. Nada disso era castanho, o que deixou ele ainda mais charmoso.

Não ele não tinha um olhar misterioso que exalavam sensualidade ou desejo, ele só me olhou como se estivesse olhando para qualquer pessoa desconhecida. Ele manteve um olhar por uns cinco segundos eu acho, um tempo considerável ate. Não vou dizer que ele me olhou me desejando e que eu o olhei envergonhado mas no fundo querendo. Eu o olhei com curiosidade porque queria saber quem ele era e como eu nunca o vi na escola já que se ele estava de terno obviamente ele estava se formando, o uso de terno não era necessário para não-alunos. Depois desse pequeno tempo trocando olhares ele se virou de novo para a rua e eu voltei a conversar com meus conhecidos.

Eu entrei juntamente a uma amiga minha, minha melhor amiga alias, ja que nao queríamos entrar com nossos pais. Sentamos nos nossos lugares designados e ficamos ouvindo o cada um que deveria falar na frente daquela multidão, desde o diretor ao orador que era o nosso amigo. Não vi mais o cara dos olhos castanhos, e meus olhos também não o estava procurando até que sinto um pequeno cutucão no meu braço e olho para a minha amiga que me olha com uma cara de sapeca e a pergunto o que é, ela somente inclina levemente a cabeça para trás e como de praxe entre a gente essa comunicação que indica que há um garoto bonito por perto eu olho e o vejo.

Mas não era que minha amiga estava sinalizando e sim o cara ao lado, o que eu devo dizer é o cara mais gato que eu já tinha visto na vida até aquele momento. Ele estava vestido normalmente o que significa que não era formando até porque ele tinha cara de ter uns 25 anos. Ele estava sentado dois banco depois do cara dos olhos castanhos que assim que eu direcionei o olhar pra si olhou de em minha direção e inclinou a cabeça em um cumprimento silencioso, não me intimidei e o cumprimentei também.

Não me virei em nenhum momento para a direção dele, mas sabia que ele estava me olhando. Agora sim posso usar os cliches de contos e dizer que senti seu olhar pesar nas minhas costas. Eu o queria, e acho que ele também estava pensando isso. Não tenho nada contra em dizer que queria um estranho na minha cama. Não sou do tipo que transa com qualquer mas ele eu queria e por isso iria tentar algo.

Após o término da cerimônia teve um pequeno comes e bebes para os formandos. Ele parecia não ter amigos, bom pelo menos não igual a mim, já que conversava somente com uma menina que sugeri ser da turma dele já que nunca havia visto ela na escola. Descobri também que ele estudava a noite e por essa razão nunca o tinha visto. Meus amigos e eu estavamos proximos ao banheiro e ele na mesa de petiscos. Resolvi que agora iria conversar com ele.

Me aproximei como quem não quer nada, me servi com um taça de champagne e fazia isso olhando em seus olhos que agora desviaram da amiga e se direcionava a mim. Ele disse algo para ela que eu li pelo seus lábios como se fosse um "Fora daqui Melina". Achei bem grosso da parte dele mas pela cara de dedutiva que a amiga dele fez acredito que ela sabia bem a razão para que a presença dela não fosse mais tão bem vinda.

Conversar com ele foi estranhamente comum, ele não me passava cantadas inapropriadas ate porque somos adultos o suficiente para nao precisar disso, sabiamos o que queriamos e queriamos um ao outro. Partir para o banheiro foi o primeiro passo que demos, as cabines eram fechadas do chão ao teto então não haveria problema em beija-lo ali. Seus beijos são de deixar qualquer um sem folego, e seus braços e mãos exploravam cada parte do meu corpo e eu nao deixava barato fazia igual e as vezes ate mais abruptamente. Seus beijos em meu pescoço se transformaram em chupões e rapidamente minha pele queimada de sol estava marcada de roxo.

Tivemos que sair quando minha amiga me ligou falando que estavam indo embora e que não havia sobrado mais de 10 pessoas no recinto. Fomos lado a lado em direção ao seu carro e no caminho aproveitamo para nos conhecer melhor, não contarei sobre ele já que nunca leram outra historia sobre ele. O motel, Pousada da Serra que de serra só tinha o nome era bonito com jardins bem cuidados apesar de estar de noite e a minha visibilidade comprometida ja que não tiro os olhos dele. A cama era de um redondo muito clichê com espelho no teto e tudo mas nao perdemos tempo olhando o ambiente, nossos corpos juntos era muito mais interessante.

Ele me penetrava com certa brutalidade e uma especie de carinho ao mesmo tempo, uma coisa que eu nunca tinha experimentado antes. Estavamos de certa forma se amando, amando-nos desconhecidamente. Ele me levou ao climax rapidamente em cima da cama. Corpo foi jogado na cama pelo peso do orgasmo e ele segurou delicadamente como se eu fosse quebrar. Depois de um tempo eu o penetrei, era tão quente e apertado, tão unico, tão ele que eu não entendia como ele nunca tinha aparecido antes na minha vida.

Gozamos tantas vezes que numeros ja nao era o sufuciente pra numerar. Dormimos juntos, e não foi estranho foi apenas comum como se ja fizéssemos aquilo milhares de vezes.

Dois dias depois nos vimos de novo. Duas semanas depois repetimos. Dois meses depois também. Dois anos depois não foi diferente. Nos amamos antes do nos amar realmente.

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