spoiler: um personagem morre!
Adivinhem quem voltou???? Euuuuuuzinhaaaa!!!
Eu quero dedicar em especial a aniversariante (eu sei que foi ontem, mas tá valendo.) Minha querida amiga prirei822, que está completando mais uma primavera. Bjoooo parabéns queria bolo, mas tá longe!!
GENTE ATENÇÃO: o negócio tá bem, mas bem grande. Eu sei que as vezs a leitura pode ficar cansativa, mas é que eu tinha que por tu isso num só capitulo e vou logo avisando que o bônus do Mel ta maior ainda. Fiz apenas uma revisão então com certeza inda tem bastante errinhos que vou procurar consertar bjo minha gente vou dormir.
prireis822: Pri parabéns mana mais uma vez!! Foi muito lindo né vê o Mel com ciúme??? Eu particularmente adorei. ( eu empaquei, mas acho que essa semana te envio sobre o danilo.) Primeira vez deles eu estava numa aflição, porque queria um clima de romantismo que bom que gostou Pri. Mel sonhava com isso, mas ao mesmo tempo nem tinha expectativa que acontece, o bichinho tá nas nuvens pelo menos até esse capitulo. Bjooo pri há ia esquecendo, vão aparecer dois personagens aqui que quero saber tua opniao.
Geomateus: com certeza o amor vai fluir, mas a inveja, e a vingança tbm.. malvada!! Gostou da primeira vez deles?? Eu espero que vc goste desse, tá muito grande, mas eu precisava postar ele inteiro. Bjooo
M(a)rcelo: eiii... Olha eu tomei como elogio viu te deixar ansioso..rsrs espero que goste desse e do outro que será o bônus do Mel e que tá um pouquinho maior que este... bjoooo
Hello: oiiiiiii... saudade de ti. Sou uma garota malvada, hj vc vai vê!! Mana brigado eu é que fico sem palavras para agradecer, vcs são maravilhosos demais, da vontade de dar um beijo na testa de cada um!! Julio foi msm, mas ele vai reconhecer, o único problema é que nem todas as coisas são possíveis consertar. bjusss
AllexSillva: desculpa tanta demora é que eu não estava esperando que o final do ano fosse tão conturbado, mas eu estou tentando (juro que to mesmo) me organizar para parar de dar esses vacilos. Eu fico boba com vcs, são uns maravilhosos! Bjo bjo bjo
Grazy S2: kkkk... eu amei, amei e amei Jumel! Eu até redefini o nome da pasata no computador e na nuvem com os capítulos para Jumel de tanto que eu gostei! Adorei vc ter comentado foi uma surpresa muito boa e espero que continue aqui dando força ao casal!!! Bjos grazy.
A cabacinho: AAAAAAAHHHHHHHH eu que to passada a ferro!!!! Fiquei tão feliz da reação de vcs!!! Agora deixa eu te falar, Juca faz besteiras, mas vcs vao ter mais noção do que o Mel viu, ouviu e presenciou so no bônus dele.. eu sei sou malvada!! Bjoooosss
Jardon: Amigo vc que é maravilhoso e lindo!! Gostou né dos últimos capítulos??? Eu fico tão contente que o conto seja um dos teus favoritos, e fico muito mais contente por conseguir transmitir essa vivacidade e muito mais fliz por está fazendo mais um amigo! Agora vc já terminou o período e eu to adorando conversar contigo! Amigo vc é maravilhoso, quero saber que acha desse capitulo, tá enorme vou logo dizendo. Bjossss xerooooooooooooo P.s. viciadinho vc né amigo kkkk eu tbm sou, já acordo e a primeira coisa que faço é ver se postaram os contos que acompanham.
patyvivi: Paty eu fiquei emocionada quando li teu comentário na parte 15, brigada msm de coração, eu fico tão grata por me passar essa confiança, esse retorno, fiquei tao feliz quando vc voltou a comentar. Brigado é pouco sabia. O juca vai fazer merda, mas eu resolvi aliviar o lado dele e não será tão ruim, mas ainda sim vai magoar o Mel. Eiii eu adorei ele ser chamado de ogro apaixonado se encaixou direitinho. Juro que não quero torturar, foi vacilo meu msm, mas vou me organizar melhor e para com essa brincadeira feia de fazer vcs esperarem rsrs... Paty bjoooooooooooo
R.Ribeiro: mi amore!!!!! Como sempre perspiscaz, mas pode parar com esse negocio de inaceitável viu por eu já te compensei. Amigo muito obrigado por ter entrado na minha vida, vc é uma amigo fodástico no melhor sentido da palavra. Brigadaço pelo ombro amigo e por me escutar, brigada msm vc faz falta, muita falta o dia que não posso falar contigo.. bjooooooo
NinhoSilva: Amigoooo simmm, mas nem foi de proposito que me inspirei rsrs... pois é num gosto de muita normalidade não kk. Simmmm a Nanda é muito manipuladora, e ela quer fazer o Mel sofrer não digo que é amor reprimido, mas ela tem um ódio dele por rejeição sim!! Kkkk... é para glorificar de pé msm! O casal se ama demais, mas existe a nanda no meio. Juca tem muita sorte de ter essa mulherada toda torcendo por ele, porque elas são capazes de aprontar todas para ajuda-lo. Amigo muito obrigado por mesmo estando tão atarefado como estava separou um tempinho para vir aqui lê e ainda comentar. Obrigado tbm por aceitar a construir um trabalho que creio será muito importante. Bjoooooooooooooooo
Tati Guerra: mana viaja que essa história está tudo de bom!!! Demorei mas tá aqui longa pra caramba, mas vale a pena rsrs;... bjoo
CDC✈LCS: oi oi oi... menino não sabia que vc lia esse conto, to muito feliz viu, e obrigado pelas palavras, realmente é uma época sufocante final de ano. Bjooo
VALTERSÓ: e que deleite né???? Obrigado por estar aqui,por partilhar sua opinião, obrigado msm, é muito bom vê o retorno, mágico brigado!!! Bjoo
Isztvan: e eu nem sei o que falar para ti! Além de obrigado mil vezes !! espero que continue acompanhando e gostando do que está vindo por ai!! bjoos
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- Eu estou me sentindo nervoso com essa situação. – fala Mel de forma pensativa.
- Que situação amor? – pergunto de boca cheia com pão doce recheado de morango e menta que Mel havia feito, adoro tudo o que ele cozinha, meu homem abriu o caminho para o meu coração por todos os lados e pelo estomago foi apenas mais um deles.
- Isso... – fala voltando seu olhar para mim e sorri. Sorri de forma que quebra todas as minhas estruturas. – Amor você é tão lindo assim, come com tanta vontade que acaba sujando o rosto inteiro.
Mel limpa o canto da minha boca com o polegar, porém percebo que seu olhar travou ali, na minha boca, eu o encaro e depois viro-me um pouco para chupar-lhe polegar com o olhar firme no seu.
- Amor não faz assim – fala de forma manhosa.
- Eu sei que você gosta. Vem sentar aqui no meu colo. - falo ainda com o seu dedo em minha boca e batendo com uma das mãos em minha perna.
- Não Juca já disse – fala tirando o dedo da minha boca. – se eu sentar ai vamos transar e não sairemos de casa hoje.
- É essa a minha intenção. Poxa mel é o nosso primeiro dia e eu queria passa-lo inteiro com você.
- Eu sei meu amor, mas tenho muita coisa em andamento no restaurante, eu não sabia que o amor da minha vida iria se declarar para mim está semana, se eu soubesse juro que deixaria tudo arranjadinho para passarmos todo o resto da semana juntos.
Fico fazendo cara de cão que caiu da mudança - mas eu também nem tinha essa certeza, porém eu daria um foda-se e ficaria aqui com você o mês inteiro.
- ohhh meu amor. - fala vindo sentar no meu colo de frente para mim. Consigo sentir perfeitamente sua bunda perfeita e gostosa se encaixando no meu pau.- vou ficar aqui para te compensar, mas saiba que não ha comparação, você tem o Joaquim e a Isa que conseguem desenrolar qualquer coisa, já no restaurante é apenas eu e a Julia e somos extremamente dependentes um do outro.
- Tá amor, mas vou almoçar com você e também irei à noite, só saio de lá com você.
- Mas é muito amor. Toma - me oferece uma torrada - amo essa nossa rotina sabia Juca, me sinto especial porque mesmo antes quando nos viamos apenas como amigos você me valorizava, pois dedicava esse tempo a mim.
- Amor eu nem sei como, mas eu acho que desde aquele olhar, aquele primeiro olhar aqui na sala que você me ganhou e eu só não percebia. Amor me diz – pergunto de forma séria - era dele que você falava quando disse que seu coração era de outro? Era do seu primo?
Mel enterra seu rosto no meu pescoço.
- Sim - fala fraco.
Levanto-o pelos ombros para que possa olhar em seus olhos.
- Então você ainda o amava.
- Não, sim. - mel solta o ar com força e meu coração falta parar com sua de declaração. Não posso perde-lo. Aquele maldito sonho fica vivido me atormentando.
- Explica isso direito Melanio. - até meu pau amoleceu. - por favor.
-Por isso eu disse que estava nervoso, pelo Marcos, ele volta em algumas semanas e eu lhe devo uma conversa que me neguei a ter desde o dia do jantar de boas vindas ao papai e ao Danilo. - e novamente ele solta o ar.
- Você não deve nada, eu te ouvi falando a ele que vocês dois, tudo que tinham ficou no passado! – falo irritado, caralho porque ele quer conversar com esse idiota!
- Eu sei o que eu falei, mas você não conhece a história Júlio – fala me encarado. Puta que pariu! Mel sabe que eu não consigo ficar bravo com ele e principalmente quando faz essa carinha. – no dia em que cheguei, no meio do jantar meu coração quase saiu pela boca por que o homem da minha vida até então, o cara que foi meu primeiro amor estava ali a minha frente a tão poucos passos de mim. Ele estava lá tão perto e tão longe. - quando ia protestar por suas palavras ele cobre meus lábios com o dedo. - você é agora o homem da minha e vida e só você pode mudar isso então amor, por favor, só me deixa terminar ok?
Concordo com um balançar afirmativo da cabeça, pois se algo que eu sei é que não quero perde-lo e não vou fazer nada que o faça mudar de ideia por estar comigo.
- Antes de sair de Viena eu prestei queixa contra Miki, eu criei coragem do mais íntimo do meu ser, pois apesar de tudo ele estava começando a consolidar carreira como advogado e no futuro visava crescer na área jurídica, então agressão ao companheiro seria uma lama terrível no seu nome para o resto da vida. – Mel fica com os olhos brilhantes, eu sei que ele está sendo forte, ou tentando pelo menos para não chorar na minha frente.
- Amor você não precisa continuar se está sendo difícil. – falo envolvendo uma mão na sua cintura e a outro levo ao seu rosto o acariciando.
- Tudo bem, não quero falar de Miki. Bem eu estava determinado a fazer a última tentativa com o Marcos. – sinto minha espinha gelar só em ouvir isso. – eu liguei para ele e disse que voltaria ao Brasil em definitivo e que se ele ainda via alguma chance por mais remota que fosse de estarmos juntos que estivesse lá quando eu chegasse, e ele estava. – fala já de forma emocionada.
- Não acredito que você veio para ficar com ele. – falo e dentro de mim surge um sentimento como se tivessem me ferido, sinto como se meu coração estivesse sendo pressionado contra uma parede por algo intranspassável. – não acredito que é ele que queria!
- Ei, meu peter pan. – fala Mel já me invadindo com sua boca tomando minha língua na sua, ele me beija vorazmente me dando a certeza, a total plenitude que ele é meu. Mel suga minha língua com total dominância, sinto meu corpo inteiro esquentar com o movimento que seus lábios fazem juntos ao meu. – você é... – morde meu lábio superior com certa força e meu tesão é gritante. – o homem da minha vida.
Mel termina me dando leves selinhos, mas que para mim são tão incendiários como os beijos mais provocativos.
- É você o meu amor, eu quero só você – fala com suas mãos no meu rosto e me olhando profundamente – é você que eu amo.
Meu coração para por uma fração de segundos para em seguida bater tão freneticamente como de um beija-flor.
- Eu te amo Melanio, te amo te amo demais. – falo o levantando e indo em direção ao quarto com mel na minha cintura.
- Você tem que tomar banho seu porquinho suado.
- Eu tomo depois com você – falo o jogando na cama e indo enterrar meu rosto em sua barriga, cheirando, lambendo e mordendo.
- Amor, eu não sei se estou pronto para outra. – fala já de olhos fechados quase entregue.
- Então me deixa apenas adorar esse corpo Mel. – falo lambendo sua barriga e dando mordidas mais intensas. – vem tira essa camisa – retiro sua camiseta e cueca jogando as longe.
Fico admirando-o estirado na cama, todo quente, sensual, gostoso pra caralho e totalmente vulnerável a mim. Nunca na minha vida pensei que o solo do meu quarto seria profanado principalmente por um homem e agora estou eu aqui querendo profanar cada canto desse apartamento com o amor da minha vida, uma pessoa que igual a mim tem um pau, o cacete mais lindo que vi. É incrível o fato de quando aceitei que o queria e que tinha tesão por ele, sempre achei que não iria querer nem tocar no pau dele e agora me vejo querendo chupa-lo até se derramar a mim.
- Vai ficar ai só olhando?? – fala com uma voz tão safada que quem convive com ele no dia a dia nunca o imaginaria falando nesse tom. – você me provocou e agora terá que vir e apagar o incêndio que se iniciou em mim!
- Ah meu amor serei seu bombeiro com muito prazer.
Ficamos na cama, no chão, na parede, no aparador e até na mesinha do abajur apagando o fogo do meu namorado e agora estamos aqui novamente na banheira, apenas quietos.
- Mel.
- Oi amor – me responde todo aconchegado nos meus braços.
- Termina a história. Eu não gosto, mas eu quero entender, só me poupe do romance de vocês no passado, disso eu não quero saber nunca.
Mel ri um pouco antes de falar.
- Quando eu vim para sua casa...
- Nossa casa amor, você acha mesmo que eu vou deixar você sair daqui?
- Mas eu tenho meu canto só não está pronto.
- Mel se você insistir nisso eu não vou provocar uma simples infiltração não viu, vai ser bem pior.
- Não vamos falar disso agora, mas ainda vamos futuramente conversar sobre isso.
Bufo, mas tudo bem foi uma pequena vitória, porém essa guerra está no papo e no meu pau também, se preciso for eu uso meu corpo para prendê-lo aqui.
- Amor eu como disse a você antes falei com ele sobre minha volta, ele disse que se eu não o houvesse ligado ele estaria embarcando em quatro dias para me vê em Viena, pois queria falar comigo. – Mel fica um tempo quieto, odeio não estar olhando direto para ele, odeio não conseguir enxergar aquilo que se passa nos seus olhos. – eu fiquei com medo do que realmente ele queria falar, se era para ficar comigo ou para acabar com as minhas esperanças.
Puta que pariu! Eu só posso ser masoquista para querer ficar escutando meu namorado falando dos sentimentos que ele tinha pelo outro. Foco Juca você precisa conhecer o inimigo, pensar como ele para vencê-lo.
- Não falamos muito, pouco tempo depois estava chegando, não queria ninguém me esperando, queria começar a andar pelas próprias pernas então fui para o hotel descansei à tarde, pela noite me arrumei e fui para a casa da Julia. – fica com a voz profundamente triste, - eu sinto tanta raiva de mim mesmo por ter perdido o casamento da Julia.
A raiva me sobe nesse momento. Pego Mel e o viro para que possa me encarar.
- Você não tem culpa amor, aquele imbecil é que tem por estar devendo a um agiota e ainda ter exposto você ao ponto desse canalha ter lhe espancado, você ficou hospitalizado, teve que inventar uma desculpa para não comparecer ao casamento e não levantar suspeitas do que estava realmente acontecendo. Eu realmente só não entendo como depois de haver se livrado dele por mais de um ano você voltou com esse idiota. Não quero que fale mais disso está bem?
Mel deita-se no meu peito movimentando a água encostando sua bochecha na altura de meu pescoço. – eu sei que não quer, e nem eu quero falar dele. Amor eu cheguei ao jantar, mas pelo fato do único, a saber, do nosso relacionamento ser meu pai e ele não estar ali para me dar apoio não poderia ficar a vontade com o Marcos – cada vez que ele fala o nome do babaca sinto como se fosse um mosquito que estivesse bem no meu ouvido, é um incomodo desgraçado. - iria falar com ele depois do Jantar, quem sabe depois ele me levaria para sua casa, pelo menos era minha esperança.
- TENHA DÓ DO MEU SACO MEL! – por mais que eu esteja gritando Mel sequer se move apenas me abraça mais forte e rir. – Pelo amor do meu pau, caralho de história!
- Júlio você que pediu.
- Tá continue, mas não preciso saber de tudo que você estava sentido.
- Meu amor eu fico tão surpreso pelas suas reações, a Julia me falou que você era tão frio com suas parceiras e até com uma namorada que teve você era distante, nem parecia se importar com a garota.
- Isso não é mentira, eu realmente nunca fui possessivo ou de demostrar ciúmes, na verdade nunca tive ciúmes de ninguém que não fosse da minha família, as tudo mudou por um carinha aí. – falo apertando ainda mais em meus braços.
- Te amo Juca. Então sem ser tão detalhista agora, tivemos aquele pequeno desconforto lembra?
- Sim amor e sinto vergonha até hoje.
- Não precisa amor, eu vejo que você mudou muito e hoje não seria capaz de magoar mais com essas palavras – nesse momento me sinto mal pelo que falei no banheiro. O Quim estava certo, falei aquelas merdas para não aceitar o que estava sentindo. O mel nunca pode saber do que eu falei dele, nunca! Aquilo não retrata o que sinto dele, pois o amo de todas as formas, com ou sem seus trejeitos, eu o amaria se ele fosse totalmente feminino e o amaria se ele fosse um rato de academia, pois não foi sua aparência apesar dele ser gostoso pra caralho, o que realmente me fez cair de amores por ele. Mel não pode saber nunquinha dessa historia maldita.
- Então ficamos lá no terraço um bom tempo e depois fomos jantar, bem enquanto eu fui com você vê o uísque que meu tio pediu, pois queria algo mais forte depois de ter jantado o Marcos foi embora, amor não fica chateado com o que vou falar, mas naquele momento eu estava morrendo, sangrando por dentro e ter que me fazer de forte, pois naquele instante eu me senti a rose do Titanic. – Mel e Titanic são uma combinação que nunca vou entender, se ele me força a vê essa porra mais uma vez vou fazê-lo assistir uma maratona de terror comigo. – eu estava perdendo ele, ou melhor, ele me deixou ai depois você quis me levar para sua casa e eu estava tão mal, não queria mais ficar só, estava magoado com o Marcos e decidi que não queria nenhum contato até meu coração sarar, depois sim poderia falar com ele.
- Então seu coração não estava sarado há semanas atrás? – minha voz sai amarga para as próximas palavras - Você ainda o queria?
- Deixa de ser bobo peter pan, eu não queria porque já te amava e eu não queria falar com ele, pois ele me cobraria a chance da qual eu falei quando sai de Viena, eu soube depois que ele teve que viajar as pressas, que realmente teria que sair no meio do jantar para pegar o vôo, pois a filha dele estava hospitalizado novamente com desnutrição e desidratada.
- Então agora que estamos juntos você pode falar com ele, e ele não poderá te cobrar nada é isso?
- Já que você quer colocar assim, é amor.
Ficamos por mais ou menos meia hora ali no banho e eu lhe contei por alto sobre Lorena, não dei detalhes, mas disse que não fui cavalheiro com ela e Mel me sugeriu procura-la para desculpar-me. Mel nem sabia o que eu tinha feito, mas percebeu que boa coisa não havia sido.
Quando saímos do banho Mel foi ligar para Julia para falar porque não estava ainda no restaurante, ficou pendurado por uns quarenta minutos no telefone, depois fomos arrumar toda a bagunça que a casa estava com a minha surpresa de ontem.
Depois de limparmos tudo e Mel me ensinar a separar o lixo orgânico, já íamos para o meio dia, estava ficando preocupado, pois o Mel não tirou nada da geladeira.
- Amor, vamos pedir comida? – pergunto a ele com a mão já no estômago.
- Juca, desculpa esqueci-me de lhe avisar... – quando Mel está falando entram em casa a cambada inteira. Tenho que repensar esse negócio de ter dado a cópia da chave para o Quim.
- PARABÉNS AO CASAL MAIS LINDO QUE EU CONHEÇO – fala Julia berrando e prendendo Mel e eu num abraço triplo. – Claro que depois de mim e do meu gostoso né. – Fala rindo e nós a acompanhamos.
E começou assim os cumprimentos, estavam lá Quim e Julia, Ostrinha e Angel que estava com a roupa do trabalho ainda. Engraçado é que eu não havia imaginado que as coisas seriam assim tão naturais para todos, acho que deveria estar bem na cara mesmo que nos amávamos. Deveria ser assim que todo ser humano deveria agir, deveriam ficar felizes porque o seu igual encontrou a felicidade ao lado de outra pessoa independente de serem do mesmo sexo ou sexo oposto, o importante deveria ser o amor, mas não o ser humano tem que fuder com tudo e se importar demais com o cú dos outros em vez de se importar com o amor.
Julia trouxe comida do restaurante e ficamos conversando e falando dos planos que sinceramente eu nem sabia que tinha, mas conforme eles iam nos entrevistando iam saindo naturalmente.
- Então e o casamento? – Mel estava com uma taça de um drink de maracujá o tomando, o que fez virar para o lado o cuspir tudo dá boca na Isa.
- MEL – fala Isa toda melada com os braços estendidos e uma cara de pateta – merda Mel, vou pegar uma camisa tua. – e sai em direção ao antigo quarto de Mel.
- coof... nã — coff...— nãão acha.. – runrum, fala limpando a garganta. – não acha que é prematuro demais falar em algo assim Julia? a um casal que tem apenas um dia de namoro?
- Mel a Julia tá certa – fala Quim – você sabia que o Juca tem o sonho de adotar no mínimo três crianças?
- O quê??? – fala Mel com a expressão perplexa, será que ele me acha incapaz de ser um bom pai? – isso é sério amor?
- Sim. O Quim é o melhor irmão do mundo, tá certo que não tenho outros para tirar uma média.
- Engraçadinho como sempre – fala Quim.
- Eu sempre pensei em adoção amor, eu fiz vasectomia, tenho sêmen congelado porque a mamãe me obrigou a manter, mas eu nunca pensei em usa-los, pois eu sempre quis adotar. Imagina quantos Quins tem por aí? E eu não posso, ou melhor, nós... – falo segurando sua mão – não podemos ter apenas um, vamos ter que dá irmãos aos nossos filhos.
Mel está com a expressão maravilhada, eu nunca havia falado disso a ele. Ele simplesmente me beija e eu correspondo sem nós importamos com quem está por perto, isso acaba com os gritos histéricos da Julia e dá Isa que acaba de voltar com uma blusa do Mel.
Ficamos naquele papo gostoso entre casais e acertamos para viajar a Viena em duas semanas para falar com o seu Eugênio pessoalmente sobre nosso namoro, além de eu querer vê em que pé está o caso do Miki, Mel pode ter deixado para lá, pois não voltou para vê como o desgraçado havia se livrado da punição, mas eu não ia deixar barato tudo que ele fez ao meu namorado nem que para isso tenha que usar minhas mãos.
Ficamos em uma sintonia maravilhosa, eu abri espaço no meu closet para Mel, não sei bem porque, mas enquanto as coisas dele estivessem em outro quarto era como se ele e eu não estivéssemos totalmente juntos. Eu estava até pensando que quando resolvêssemos adotar precisaria mudar de casa. Sim sei que estou indo com muita sede ao pote, mas se há algo que tenho certeza é que não haverá outra pessoa que arrebate meu corpo, minha alma, meu coração e minha mente como Eugênio Melanio Junior faz, eu não me importo mais com o que ninguém vai falar, se forem me rotular de gay, bicha, viado, morde fronha ou o caralho a quatro eu realmente não me importo, pois o sentimento que tenho a respeito de pessoas assim é apenas um: pena! São seres humanos com uma venda nos olhos incapazes de pensar por si só, e ainda por cima obcecados por corrigir os outros por seus próprios códigos de conduta, não importando se essa conduta é certa ou não. Além do mais o que é certo a um pode não ser a outro, em pensar que eu fui assim, mas o bom é que a vida me ensinou que eu estava errado.
- Juca... Amor cadê você? – fala Mel
- No closet. – falo retirando alguns sapatos que estão em bom estado, mas que não uso, pretendo doar lá no centro aonde o Mel vai, preciso me aproximar daquilo que meu homem gosta de fazer sinto que irei me apaixonar mais ainda por ele.
- Eiiiii..- fala me abraçando por trás – adoro sentir esse torso musculoso. Amor você passou à tarde quase inteira aqui.
- Pequeno príncipe, quero levar algumas coisas ao centro comunitário o que acha? – falo me virando e o abraçando dando um rápido selinho.
- Acho que você está se tornando um homem cada vez mais maravilhoso aos meus olhos amor, principalmente porque sinto que suas atitudes partem de um homem que quer se torna melhor primeiro para si e em segundo para agradar ao seu namorado.
- Sim meu lindo, porque você é assim? Mel você é a pessoa mais incrível que eu já conheci em toda a minha vida, caralho sou um filho de Clara Sortudo! –Mel dá uma gargalhada gostosa de se ouvir – que foi amor, está rindo de mim?
- Não, quer dizer é engraçado porque você e o Quim falam filho de clara.
- Claro amor, mamãe é uma santa e nunca que irei xingar mamãe de puta e nem o Quim faria.
Ficamos ajustando os detalhes de tudo que levaríamos no dia seguinte, eu iria chegar um pouco mais tarde no escritório, pois queria acompanha-lo e começar a participar das atividades também. Mel preparou um jantar fantástico e leve, uma salada a grega com peixe de forno e para sobremesa eu tive sorvete de pistache com castanhas servido sobre o Mel no quarto. E se posso dizer algo sobre isso é que foi a melhor sobremesa do mundo.
Acordo no horário de sempre para correr quando volto vejo o Coisa saindo, provavelmente deve estar indo a academia. Descobri que o desgraçado tem uma rede de academias, e para completar são as melhores do estado, mas o pior não para por ai, o desgraçado falou com o Quim que queria nossos serviços de consultoria e o fodido do Quim aceitou.
- Bom dia Júlio.
- ahhhggg
- Como está o Mel? Ele havia me prometido uns dias depois da inauguração me receber no restaurante.
Júlio Caio de Almeida Villar você vai virar e falar de forma educada, pois primeiro se o Mel souber que você agrediu o coleguinha dele é capaz de ter greve de sexo e mais ele é seu cliente então seja o profissional que você sempre foi.
- O Mel é meu agora filho da puta! Fica longe do meu namorado – eu vejo a cara de espanto dele – Isso que você ouviu NA-MO-RA-DO e se você chegar perto dele eu te arrebento tá me escutando seu mané??? Eu sei lutar porra e teu tamanho não me assusta!
Depois disso entrei no prédio de alma lavada. Lógico que não vou contar para o Mel e se esse filhote de ornitorrinco não for um bebê chorão também não irá falar nada.
Quando voltei Mel estava com a máscara do Venom, aquela desgraça ainda me assusta, mas mesmo assim não me impede de dar um beijo nele e ir para o chuveiro. Termino de me vestir de forma esportiva, pois não quero chegar lá com o Mel parecendo um cara superior aos outros, então vou tomar café com meu amor.
- Amor você já tomou banho? – pergunto, pois o vejo limpo e vestido para sairmos. Ele apenas afirma com a cabeça, pois está no telefone com alguém. – poderia ter ido tomar banho comigo e não ter usado o antigo.
- Nando – quando escuto esse nome paraliso e fico atento à conversa. – estamos a dias falando sobre isso, você tem que seguir em frente com essa oportunidade, são apenas dois anos em outra cidadeOlha Nando eu sou seu amigo, acho incrível isso, mas eu entendo também o fato de você ter sua vida inteira aqui, só espero que não esteja fazendo isso por mim, pois eu não posso lhe corresponder – Mel respira fundo antes de falar as próximas palavras. – Nando eu e Juca nos acertamos estamos namorando e eu o amo, amo demais e não posso lhe dar qualquer brecha, pois seria de uma deslealdade comigo, com o Juca, mas principalmente com você. – quando Mel fala essas palavras olhando fixamente em meus olhos, retumba dentro de mim a certeza de que ele é meu e ninguém tiraSim querido, eu vou lhe esperar em qualquer dia que quiser almoçar comigo no restaurando – antes mesmo de eu abrir a boca para protestar Mel me lança um olhar que me faz ficar quietinho. – até lá então. Beijo tchau.
Quando ele desliga o telefone imediatamente vem ao meu encontro e me agarra num beijo firme, totalmente masculino e isso faz meu tesão ir para estratosfera.
- Caralho Mel, nunca me beije assim em publico se não quiser que todos nos vejam transando. – Mel apenas ri.
- Esse beijo é apenas para mostrar a quem eu pertenço. Amor não faça drama, por favor, quanto ao Nando ele não é o cara que eu vi naquela festa, ele é bom, tem um coração humilde só precisa se encontrar.
- Ok, o Fernando não me assusta mais amor, só não gosto de vê ele te cercando.
- Juca ele é carente no quesito amigo. Mas vamos parar de papo e vamos ao centro, além disso, hoje vamos a escola que tem no mesmo bairro, pois tenho que mostrar a horta de lá, a mais importante já que é de lá que vão os vegetais para a própria escola e para o lar Maria da luz.
- Lar Maria da luz? Não me lembro de você ter falado desse lugar amor. – falo sentando a mesa e iniciando nosso café da manhã.
- É porque eu nunca fui lá, na verdade tem apenas duas semanas que dona Agatha, aquela senhora que estava aqui no dia que Nando invadiu o apartamento lembra?
- Sim. – falo com desgosto na voz.
- Então ela me pediu se poderíamos aumentar o tamanho da horta para mandarmos um pouco para esse lar. Bem ela me disse que são crianças na maioria que não podem passar o dia com a família, pois a mesma não tem nem ao menos o que comer, ou os pais trabalham fora e as crianças não estudam, ou estudam, mas somente por um período do dia e o restante ficam em casa ociosas. – fala passando geleia nuns pãezinhos e colocando num pratinho para mim, acho que às vezes Mel nem se toca do tanto que ele cuida das pessoas a sua volta. – e tem algumas, umas seis ou sete que são crianças que moram no lar mesmo, o conselho tutelar deixo lá com as irmãs da luz por acharem melhor do que envia-las a orfanatos superlotados. Eu quero ir por lá, mas somente depois que voltarmos de Viena, pois penso em desenvolver um projeto lá dentro inclusive com os pais.
Ponho minha mão sobre a de Mel.
- Você é meu super herói. – vejo Mel corar violentamente, eu sei que ele não faz isso para ser visto, sei que ele enxergar que se não fosse o pai ele poderia ter vivido assim e quer a todo custo melhorar a vida dos menos favorecidos.
Passamos uma grande parte da manhã dividida entre o centro e a escola. Sinceramente levei um grande susto, pois achei que iria encontrar um lugar feio e pessoas tristes, mas não foi isso que vi. No centro tinha muitas senhoras entre elas dona Agatha que me abraçou e disse que já tinha percebido que eu tinha segurado Mel como ela havia me sugerido, e que estava muito feliz de nos vermos juntos, disse também que eu seria extremante observado ali, pois todos amavam profundamente o Mel e queria vê se me aprovavam, eu achei hilário, mas tudo bem.
Na escola houve algo que me chamou atenção, acho que Mel não havia notado, pois ele estava muito concentrado na cozinha ensina as tias da merenda como fazer um melhor reaproveitamento dos alimentos.
Embaixo de uma arvore tinha um garotinho que aparentava ter no máximo cinco anos, ele me chamou atenção, pois era a única criança nesta faixa de idade que esta quieta, apenas observava os outros.
- Oi. – falei, ele me olhou e vi pânico nos seus olhinhos e aquilo apertou meu coração. Ele apenas baixou a cabeça e não me respondeu.
- Olá? Me chamo Júlio, qual o seu nome? – nada do garoto me responder, mas vejo começar a mexer as mãozinhas umas na outra freneticamente. – você não vai me falar?
- Meu mano disse para eu não falar com estranho. – sorrio de sua ingenuidade.
- Mas você acabou de falar comigo. – ele volta a me encarar, mas agora está quase chorando. Puta merda Juca, é uma criança caralho, não faz assim.
- Ei eu já disse meu nome, então não se preocupe eu não sou estranho, não mais, agora você me conhece e não desobedeceu seu irmão, mas ele está certo não pode ficar falando com estranhos.
Ele olha para mim e agora com um sorriso que me revela uma janelinha linda.
- Eu sou o Caleb e meu irmão é o Caio, o garoto mais forte e mais legal do mundo inteirinho. – Sorrio, primeiro o amor que ele tem pelo irmão e sua forma de falar me trás uma nostalgia dos tempos que tinha com o Quim quando criança e segundo que o irmão também tem o mesmo nome que o meu.
- Poxa que legal Caleb, sabia que seu irmão tem o mesmo nome que o meu?
Ele me olha com uma carinha confusa e depois solta – não – fala negando com a cabeça. – meu mano é Caio e não Júlio.
- Mas eu me chamo Júlio Caio. – ele faz uma carinha de espanto? – você tem dois nomes? – afirmo com a cabeça e me sento ao seu lado. – e como que te chamam?
- As pessoas misturam meus dois nomes, meus amigos e família me chamam de Juca. – ele solta uma risada que me faz lembrar a risada do Mel.
- É nome de criança.
- É já me falaram isso. – digo sorrindo. E nisso chega um menino que no máximo dou dez anos, deve ser o irmão de Caleb, os dois são muito parecidos, a diferença é que Caleb parece uma criança mais franzina e o garoto Caio tem um cara de marrento.
- O que o senhor está fazendo com o meu irmão? – fala me olhando dentro do meu olho, caralho que criança de fibra! – Caleb já disse para não falar com estranhos.
- Não ele não é estranho não. – fala tentando convencer o irmão. – o nome dele é Júlio Caio, mas a gente pode chamar ele de Juca. – Que criança confiada, mas não vou desmenti-la. – ele é meu amigo.
- Isso é verdade?
- É sim. Eu estou aqui porque meu namorado faz um trabalho comunitário. – quando falo isso me arrependo, pois não sei se isso assusta as crianças, não faço ideia de como elas veem um casal homo afetivo.
- Você namora com meninos? – pergunta Caleb.
- Com um apenas. – Caleb olha para o irmão e sorri.
- Caio, ele então sabe gostar das pessoas diferentes – não entendo o que ele quis dizer.
- Caleb isso não significa nada.
- Do que estão falando. – nisso Caio senta a minha frente no gramado.
- Nos moramos com as irmãs da luz. – me lembro de mel ter falado desse lar. – as senhoras que cuidam da gente são muito bondosas, e bem – ele fala escolhendo as palavras – nos não temos muitos amigos e nem ninguém que nos visite como os outros, porque somos diferentes.
- Não! – fala o pequeno – eu sou diferente, você apenas me ama muito e por isso também fica de lado. – agora que não entendo nada.
- Isso que dizer?
- Isso.
Caio tira o pequeno cobertor que cobria Caleb da cintura para baixa, então vejo algo que faz meu estômago retorcer de angustia. Caleb tem metade da perna direita amputada, não consigo disfarçar as lagrimas em meus olhos.
- Não chora Juca, não está doendo. – fala com tanta ingenuidade e pondo seu dedinho próximo ao meu rosto limpando minha lágrima solitária.
- Como, como isso ocorreu? Você nasceu assim pequeno? – pergunto com dor no peito.
- Não. – quem fala é o irmão. – meu irmão nasceu perfeito – e olha para o irmão – ele é perfeito ainda, mas foi um acidente, a nossa mãe deixou ele brincar no chão e ele pisou em alguma coisa com ferrugem, as irmãs nos disseram que não estávamos vacinados direito e que por isso e mais ela ter demorado a leva-lo no hospital tiveram que cortar a perninha do meu irmão.
- E é por isso que agora eu tomo todas as vacinas, eu nem choro né Caio? – o irmão apenas concorda com a cabeça. – eu não quero perder minha outra perna.
- Você não vai perder. – o sinal toca nesse momento.
- Temos que ir. – fala Caleb me dando um abraço com seus bracinhos pequenos, eu o retribuo com todo amor possível. - você vai nos visitar?
- Eu vou, mas só posso daqui a duas semanas, você pode me esperar daqui a duas semanas para brincarmos?
- Simmmmm.
- O senhor vai mesmo? Por favor, não brinque com ele.
- Eu vou sim, em duas semanas.
Não havia notado a cadeira de rodas do lado da arvore, é uma cadeira feia e desgastada e totalmente desproporcional para ele, além disso, acho que esse pequeno merece mais, merece uma prótese para poder correr se divertir como qualquer criança.
Quando eles voltam a sala de aula vou até a pedagogia e converso com a pedagoga por meia hora e ela me conta a real história dos meninos. A mãe era usuária de drogas pesadas e realmente ela não o levou ao hospital, depois de dois dias uma vizinha se incomodou com o choro das crianças e foi vê, caio estava todo roxo com marcas de cintadas, até no rosto ele tinha por querer ir buscar ajuda para o irmão e a mãe o deteve, Caleb estava com o pé quase gangrenado e foi preciso à vizinha chamar a policia para tirar as crianças de lá.
Resumido toda a história tiveram que amputar a perna do Caleb até abaixo do joelho para salvar sua vida, a mãe foi presa e acabou morrendo de overdose na cadeia, e eles nunca foram adotados, pois Caleb era rejeitado pela deficiência e Caio não aceitava ficar longe do irmão.
Saí com Mel daquele lugar com uma nova visão do mundo, pelo menos em relação aos meninos preciso de algum modo ajuda-los e a primeira coisa é dar cor a vida deles, a segunda será levar Caleb para uma avaliação e verificar a possibilidade de ele usar uma prótese, e a terceira, bem eu ainda não pensei na terceira.
Deixei Mel no restaurante e fui para o escritório.
- Bom dia senhor Villar.
Fui ouvindo os cumprimentos até chegar a minha sala e assim que o faço e sento, começo a fazer o levantamento sobre os documentos das academias do Coisa, são no total cinco empreendimentos sendo que três são em nossa cidade. Fui verificando inicialmente se realmente a parte jurídica estava ok, depois fui relatando num rascunho inicial os documentos que preciso que Isa faça busca nos devidos órgãos, Quim deve estar fazendo a mesma coisa na parte fiscal da empresa. E assim vão as horas.
- Chefe...
Fala Isa entrando.
- Oi ostrinha. – digo sem levantar o rosto, pois não quero perder o foco. – preciso que faça algumas coisas para mim. Primeiro quero que consiga adiantar o vôo que lhe falei para Viena, tenho que estar de volta daqui a duas semanas, então se puder nos mandar para lá no máximo na próxima semana será ótimo. Também preciso que você verifique para mim uns documentos em órgãos específicos, quero o espelho de tudo e também que solicite uma reunião com o Coisa para quando eu voltar, só confirma com o Quim se a parte introdutória dele estiver pronta. E por ultimo e o mais importante – levanto meu rosto – preciso que você fale com a Angel e veja o melhor pediatra da cidade?
- Pediatra??
- Sim.
Peço que Isa se sente e conto toda a história a minha amiga que fica assim como eu horrorizada por tudo que as crianças passaram.
- Meu deus Juca. Você já falou para o Mel?
- Não – digo recostando na minha cadeira. – vou apresenta-los quando voltarmos. Conheço mel e sei que ele ficará inquieto.
Depois de passar tudo a Isa continuo trabalhando duro, pois no dia anterior não vim para o escritório e irei me ausentar por cinco dias, tenho que deixar o máximo possível adiantado.
Vou ao restaurante almoçar junto com o Quim e a Isa, e depois de comer a comida vou me deliciar com a boca do meu amor por pelo menos quinze minutinhos. Depois disso volto ao escritório
- Juca tem um tempo. – fala Quim já entrando como sempre.
- Fala Judas Iscariotes. – digo com um olhar indignado para meu irmão.
- Porra Juca você sabe que não dispensamos trabalho e esse vai nos render um bom retorno sem tantos gastos. – fala sentando na cadeira a frente de minha mesa.
- Você – digo apontando minha caneta na sua direção – sabe que aquele filho da puta está querendo meu namorado, foi uma sacanagem muito grande ter aceito e ainda mais sem me consultar.
Quim fica todo espalhado na cadeira e coloca os pés em cima da minha mesa.
- Tira essa porra daí – digo já jogando seus pés.
- Lógico que eu não te consultei mano, você antes era um cara que o profissionalismo vinha em primeiro lugar e agora é o Mel que vem e não, não acho isso ruim pelo contrario prefiro essa versão, mas você não pode esquecer-se da nossa missão como empresa, levaremos com comprometimento e profissionalismo a qualquer um que procure nossos serviços.
- AHHHHH – grito – você já venceu ok Joaquim!
- Eu sei, mas não vim aqui falar disso não, quero só te lembrar de que em dois meses nossos pais retornam e você vai ter que falar para eles que está namorando o Mel.
Nesse momento pela primeira vez bate a preocupação do que meus pais vão pensar. Por mais que eu os ame demais nada me faria desistir de Mel, nem eles.
- Você acha que eles nos rejeitariam como casal, que me rejeitariam como filho?
- Como filho nunca. Juca você sabe que nossos pais sentem até hoje a falta do nosso irmãozinho que nunca nasceu eles sabem como é ruim perder um filho e não vão te afastar ou te rejeitar. Talvez a ideia de agora não terem uma nora e sim um genro os assuste e eles venham a falar alguma merda, mas eu estarei com você para o que dê e vier maninho e eu tenho certeza que com o tempo eles aceitaram porque não existe ninguém que o Mel não consiga conquistar.
- É verdade, ele é perfeito – suspiro que nem um idiota apaixonado.
- É engraçado meu irmão você achar que ninguém ia te laçar e agora está ai todo apaixonado, caído de amores.
- Eu estou mesmo nessa porra. – falo dando um tapa na mesa. – eu vou casar com ele, vou ter filhos, eu vou construir minha família e ninguém vai me impedir, apenas tenho que acertar algumas contas com o passado.
- Do que você está falando? - pergunta meu irmão.
- Da Lori. – Quim fica sério.
- Acha realmente que é uma boa ideia? – pergunta cruzando os braços. – ela sumiu depois que terminaram.
- Não sei se é uma boa mais eu vou – esfrego minhas mãos no meu rosto como querendo arrancar a pele. – eu tenho pesadelos com o dia que terminamos e eu me vejo no lugar dela e Mel no meu. Isso tá acabando comigo Quim.
- Então vá mesmo, você não pode ficar sendo oprimido por isso. Mas ao menos sabe onde procura-la?
- Não, mas sei onde a tia dela mora, assim que voltar de Viena eu vou procura-la.
Quim e eu acertamos muitas coisas da Villar naquela tarde. Os dias foram se passando e dentro de uma semana estávamos desembarcando na Áustria.
- PAPAIIIII...
Grita Mel correndo em direção ao seu Eugênio.
- Mel meu bebê. – fala
- Que saudade – fala beijando várias vezes seu Eugênio. – Pai, tenho tanta coisa para lhe contar, eu estou tão feliz!!
- Eu sei meu bebê, mas quero saber cadê meu genro? – quando escuto isso meu riso cresce, pois saber que tenho o apoio de seu Eugenio é como um calmante.
- Como vai seu Eugênio – digo estendendo a mão, porém seu Eugênio me puxa para um abraço forte.
- Rapaz agora você é como meu filho, nem sei dizer o quanto faço gosto desse namoro. – ele chega bem próximo do meu ouvido e fala baixinho – lembre-se que você tem no máximo cinco anos, eu quero logo netos e se vocês não me derem eu vou ser muito, muito chato.
Sorrio porque até havia esquecido dessa peculiaridade do meu sogro, mas isso não é problema pelo contrário adoro a ideia de formar família com o meu pequeno príncipe.
- E cadê o Danilo papai? – pergunta Mel enquanto me ajuda a pegar as malas.
- Ele está resolvendo um pequeno problema familiar, estará conosco a noite e irá voltar com vocês.
- A que bom que meu amigo está voltando para casa, seu Eugenio como temos dois quartos pensei em mantê-los lá em casa por um tempo, pois tenho uma proposta a fazer a uma pessoa e dependendo do que ela falar poderei conseguir um apartamento no nosso prédio para eles.
- Perfeito Júlio agora vamos para casa.
A casa do seu Eugenio era uma propriedade linda, um casarão magnifico por fora uma construção tipicamente do século passado, já por dentro era totalmente moderna e ousada. Seu Eugênio preparou nosso quarto, isso mesmo, ficamos no mesmo quarto e eu nem precisei fazer barraco.
Ficaríamos apenas três dias, pois não tínhamos como atrasar demais no trabalho.
Ficamos descansando durante a tarde e quando eu digo descansar quero dizer fazer amor de forma lenta e gostosa, adorando cada centímetro de pele do meu macho. À noite Danilo veio para casa do seu Eugênio já com a bagagem e seu irmão a tira colo, realmente olhando assim ninguém diz que são irmãos, Diego é quase da minha altura, loiro dos olhos azuis, porém o tom de pele tem um leve bronzeado.
- Dan meu amigo que falta que você fez – digo indo abraça-lo – vamos ter que separar um tempo para conversar antes de sairmos daqui.
- Tenho tanto para lhe contar, mas o mais importante é que estou de alma lavada. Dessa vez foi definitivo.
Olho feliz para Danilo, finalmente ele vai poder começar a viver de verdade e eu faço questão de ajuda-lo.
- Esse é meu irmão Diego.
Todos cumprimentaram o menino que foi tímido no começo, porem depois foi se abrindo. Falei a Danilo minha ideia e ele adorou, além do mais não perdeu a chance de me sacanear por demorar tanto a perceber o que eu sentia por mel.
Passaram os três dias e já estávamos no aeroporto, eu infelizmente não encontrei rastro nenhum de Miki, mas contratei um investigador, eu vou encontrar esse desgraçado nem que seja no inferno.
Chegamos ao final da tarde, eu em especial cheio de recomendações do seu Eugênio sobre como lhe dar com o seu bebê, mas eu deixei claro que agora Mel não é mais só o bebê dele, é meu também.
- Amor, estou tão cansado. – fala Mel se jogando no sofá.
- Eu sei príncipe. – falo entrado como nossas bagagens. – Danilo você conhece o caminho dos quartos podem escolher o que acharem melhor a cada um, tem toalhas limpas no armário dos banheiros e roupa de cama nos armários dos quartos, como vocês são de casa se virem para por na cama.
- JUCA!! – grita Mel. – não se preocupe que eu faço isso Dan.
- Nem pensar Mel. – fala Danilo. – Juca já disse que eu sou de casa e você não vai tirar esse gostinho meu. – fala já levando as bagagens.
- Vem amor, vamos tomar banho naquela banheira gigante que eu aprendi que não consigo mais viver sem. – fala Mel me chamando com o dedinho.
- Quer que eu te carregue? – pergunto já imaginando tudo que vamos fazer nessa banheira.
- Hunrumm – fala manhoso e é lógico que eu não resisto. O pego no colo e o levo direto para o banheiro. – sabia que eu te amo muito.
- Não mais do que eu te amo meu amor. – falo tascando um beijo e empurrando a porta com o pé. Coloco Mel de pé e vou tratar de encher a banheira, quando me volto vejo aquele homem todo gostoso de pele semidourada me olhando mordendo os lábios.
- Eu quero você amor, eu quero agora, aqui.- fala vindo em minha direção e se pendurando no meu pescoço. – quero você dentro de mim.
Não perdemos tempo e nos amamos ali no chão, estava tudo tão intenso que pela primeira vez na vida esqueci-me da porra da camisinha.
Já no quarto estávamos quase dormindo. – Me perdoa amor por ter esquecido a camisinha. – falo fazendo carinho em seu cabelo ainda úmido.
- Eu confio em você amor. – fala já num fio de voz adormecendo, também não demoro muito a dormir.
“
- estava pensando que quero mais um namorado, estou em dúvida se fico com o Ricardo ou com o Marcos, o que acha meu amor?
- Você está louco Mel? – falo alterado – eu sou teu homem porra tu não vai ter caralho de outro namorado nenhum enquanto estiver comigo.
- Ótimo então terminamos por aqui.
- Não Mel não faz isso. – falo tentando alcança-lo, mas não consigo é como se uma força estivesse me prendendo na cama. – Volta Mel, Volta...
”
- Volta Mel, PORRA VOLTA!!!!
- Juca meu amor acorda, por favor, estou aqui!
Começo a abrir os olhos e vejo aqueles duas joias de citrino. Não perco tempo e agarro forte. – amor não me deixa, por favor, não queira a outro.
- Juca... ta me sufocando. – solto um pouco, mas não em absoluto. – amor é o mesmo pesadelo?
- Não, um pouco diferente, dessa vez você queria um namorado a mais. – falo com uma voz trêmula.
- Eii – fala olhando em meus olhos. – eu só quero você. – me dá um beijo quente e amoroso no qual consigo sentir toda a extensão dos seus lábios. – amor amanhã você vai atrás dessa moça ok?
- tá – digo de forma obediente, mas totalmente inseguro e isso é patético, pois se há algo que nunca fui foi inseguro e hoje aqui estou eu totalmente desestabilizado.
- Você não vai correr hoje, vai descansar um pouco mais – fala levantando e em menos de dois minutos já está de volta. – toma amor, pega esse comprimido vai te fazer descansar, é um relaxante. – pego e jogo garganta abaixo – agora toma a água.
- Obrigado meu amor.
- Estou aqui para cuidar de você, afinal você é minha vida.
- E você a minha.
Ficamos num chamego e sinceramente eu nem sei como ou a que horas eu apaguei, só sei que dormi tranquilamente sem pesadelos.
Quando acordei não havia ninguém em casa. Mel deixou um bilhete no seu lado da cama onde dizia que Danilo e Diego fora para uma cidade litorânea e só voltariam no outro dia e Mel já estava no trabalho, disse que me amava e que era para eu ir procurar Lorena.
Resolvi obedecer meu homem, mandei uma mensagem para Isa e pedi que limpasse minha agenda pela manhã, bem já era na verdade umas dez da manhã então provavelmente Mel já havia lhe prevenido.
Tomei um banho comi o café da manha que meu namorado me deixou e fui de encontro a tia da Lorena, fiz uma viagem de quase quarenta minutos até chegar a uma casa simples, porém muito acolhedora.
- Agora chegou a hora de acertar as contas com o passado Juca. – bati na porta uma senhora abri e ao me olhar parece ter me reconhecido. – Bom dia, eu sou Ju...
- Júlio Caio.
- Sim. – estendo minha mão – a senhora é a tia de Lorena?
- Sim querido entre, por favor.
Entro na casa e sou levando pela senhora até a sua sala, sento no local indicado por ela. Ela diz que vai preparar um chá, por mais que eu tenha dito que para mim não havia necessidade.
- Rapaz você é muito mais bonito do que pelas fotos.
- Obrigado.
- Pegue essa é sua – oferece-me uma xícara – é de camomila, muito bom para os nervos.
A senhora não fala uma palavra enquanto não acabo todo o conteúdo da xícara e como estou em sua casa não posso fazer nenhum tipo de desfeita.
- Bem eu vim aqui porque queria encontrar a Lori, já que sabe meu nome deve saber que eu e ela tivemos um relacionamento e eu não fui gentil com ela.
- Sim eu sei – fala me servindo mais chá – filho não se martirize tanto, Lorena meio que forçou a vocês terem um relacionamento, pois acreditava que você a amaria como ela te amou. – fala suspirando. – beba todo seu chá então lhe contarei o que você quer saber.
Não titubeei e tomei tudo, só espero que não tenha alguma droga aqui e que essa doce senhora não seja uma traficante internacional de órgãos.
- Bem filho Lorena tinha um câncer do qual ela não teria uma expectativa maior do que um ano e meio de vida.
- Como – falo me afundando no sofá de espuma. – Como assim? Ela era jovem, bonita e se quer tinha aspecto de doente.
- Mas Lori estava, e por isso ela criou coragem de correr atrás de você, porque queria ser amada como ultimo desejo.
Levanto nesse momento e fico andando de um lado para outro como um animal acuado.
- PORRAAAA!!! – grito a plenos pulmões – seu idiota o que você fez – falo numa reação de desespero tentando arrancar meus cabelos. – Seu merda! Você ferrou com os últimos momentos dela.
Sinto uma vontade louca de vomitar e corro para porta de entrada, acabo despejando tudo que comi no café em cima de umas plantinhas.
- Meu jovem, por favor, tome um pouco dessa água.
- Obrigado – pego a água e faço um bochecho e jogo fora, depois tomo todo o resto do conteúdo. – senhora não deveria estar sendo boa para mim, eu fui um canalha com sua sobrinha.
- Filho todos cometemos erros, resta-nos saber como lidar com o aprendizado e com as consequências desses erros. – fala esfregando minhas costas. – venha querido, quero lhe entregar algo.
Volto e me sento no sofá. Passa-se um filme em minha cabeça e tudo o quero é chorar por saber que fiz tanto mal a alguém que só queria ser feliz em seus últimos momentos de vida. Tento reprimir meu choro ao máximo, mas é difícil.
- Filho não fique assim.
- Ela foi infeliz, partiu com ódio de mim e isso foi justo, mas não gosto de mim, não gosto de saber que eu fui tão mesquinho com a felicidade de alguém que tinha tão pouco tempo para viver.
- Mas ela não foi infeliz filho, por vocês terem rompido ela pode desfrutar de um amor, o médico dela, eles se apaixonaram e ela foi feliz pelo tempo que ainda tinham.
- Mas isso não tira a minha culpa.
- Filho – fala sentando-se ao meu lado. – pegue essa carta ela deixou a você, para que se um dia viesse eu pudesse lhe entregar, ela acreditava que existia algo bom em você e eu vejo que ela estava certa. Pegue.
Fiquei com a carta, mas não a li naquele momento precisava de força que sei só encontraria em Mel para lê-la.
- Obrigado. – falo dando um abraço na pequena senhora, não é algo típico meu abraçar pessoas assim, mas estou tão necessitado de amparo nesse momento que tenho que ter contato humano.
Sai de lá e liguei o carro, antes de sair cantando pneu liguei para Isa.
- Isa. – falo com uma voz que é estranha até para meus ouvidos.
- O que aconteceu? Que voz é essa Juca. – minha ostrinha já me conhece.
- Lembra quando falei da Lorena? – ouço um sim do outro lado da linha – Ela tinha câncer. Ela morreu.
- Meu deus Juca! Onde você está?
- Saindo da casa da tia dela. Isa vai lá pra casa, por favor, não quero ficar só, o dan e o irmão só voltam amanhã e Mel tá muito atarefado no restaurante, ele nem me ligou até agora.
- Ok, eu vou.
- Não fala nada para ninguém tá.
Desligamos e fui para casa. Quando cheguei Isa já estava lá com muito sorvete e colo.
Passei a tarde em um estado lamentável, Isa foi perfeita, não poderia ter uma amiga melhor, dessas que larga tudo para lhe ajudar, mas eu queria meu amor estava precisando do calor dos seus lábios queria chorar.
- Isa meu peito não para de apertar, sinto tanta vontade de chorar e ao mesmo tempo de segurar tudo dentro de mim.
- Isso é remorso meu lindo. Calma isso vai passa – fala fazendo carinho na minha cabeça. Acabei tomando mais remédio para dormir quando, acordo com a Isa brigando no telefone.
- Mel eu não sei que porra você tem que resolver com o seu primo, e mais você não tem nada que dormir aíCACETE MEL!Eu sei que eu estou desbocada, mas porra você quer dormir na mesma casa que teu ex? Caramba eu sei que são primos e sei que a Julia vai estar com vocês que serão os quatro num quarto e não só você e ele, mas porra o Juca está mal!Se você me deixasse falar! Ele foi atrás da Lorena, mas a garota havia morrido.
- Isa
- Puta merda ele acordou, tchau mel.
-Isa como assim meu namorado vai dormir no mesmo quarto que o ex dele????
- Calma, ele vai vir aqui, calma. – fala vindo em minha direção pedindo calma com as mãos.
- CALMA É O CARALHO!!!
Saio furioso, não quero saber de mais nada, é muita coisa para um dia só.
Vou descendo de escada mesmo, quando chego à rua pego o primeiro taxi vazio.
- Pra onde amigo.
- Pro primeiro bar que o senhor conhecer.
Salto na frente de um bar até requintado que fica próxima a casa do Quim. Entro e vou pedindo bebida após bebida.
Depois de já ter secado duas garrafas de sei lá o que.
- Oi Juca...
Levanto um pouco a cabeça e tento focar, vejo a imagem de uma mulher. – não me chammmaaa assim. Naaão vou com a tua cara.
E essa é minha ultima lembrança da noite.
Acordo me sentindo estranho.
- Aí porra – falo ao tentar levantar a cabeça. – caralho bebi demais, onde eu estou? – olho para os lados e reconheço meu quarto, vejo Mel na porta chorando. Chorando?
- Amor porque está chorando? – falo baixo, pois até minha própria voz dói em meus ouvidos.
- Você dormiu com ela Júlio. – fala com as lágrimas banhando seu rosto.
- Do que você está falando? Estou aqui com você.
- Bom dia gostoso.
Não essa voz não! Olho para meu lado e lá está ela, Nanda.
- Não isso não é real – falo me afastando dela. – Mel eu não te trai eu sei que não.
Mel me dá as costas e sai porta a fora.
*
*
P.s. eu sei que a brincadeira foi de mau gosto lá em cima, é que eu sempre quis fazer essa brincadeira, bjo galera.