Enquanto os meninos estavam na casa de Jonas, dividindo o que iam fazer no show de talentos. Henrique acordava dentro do carro, ele espantando como estava não percebeu o que estava acontecendo, até se inclinar para frente, onde o carro se inclinou junto.
Um grito foi engolido, assim como a coragem de Henrique em souber onde estavam. Olhando para trás do carro, os vidros estavam pichados.
“Brincando de gangora, enquanto um fica em cima o outro vai cai. Escolha, Henrique. Qual vai esta salvo?
-A”
Aquilo foi como um bom soco na boca do estômago. Henrique, para não começar a ter uma crise de asma, respirou fundo para a calma. Ele tentou abrir as portas do carro, mais todas emperradas.
- Tem que haver uma saída. - disse Henrique para si mesmo.
Ele não fez nenhum movimento que comprometesse os dois. Não queria cair, nem ao menos ver Júlia caindo também. Ela não tinha nada haver.
Mas A não queria saber, ele ia usar qualquer um para poder torturá-los, mesmo que fosse família ou namoradas. Enquanto ele procurava uma saída para os dois, pensou em tudo que fez, principalmente de ruim, lembrou do que fez junto com André, se arrependia muito por isso.
Lembrou até de maltratarem muita gente, Cristóvão, Júlio, Paulo, Diego, Luiz e entre outros.
Ele fez duas promessas em silêncio, a primeira era que ia matar A com suas próprias mãos. A segunda era, ser uma boa pessoa, assumir o que fez e concerta tudo.
Com o balanço do carro, Júlia acorda. Ela olhou para Henrique e gritou.
- Onde estamos? Quem era aquela pessoa? O que houve? - perguntava ela.
- Se para com essas perguntas eu explico tudo. - disse Henrique, tentando manter a calma.
Júlia tentou abrir a porta, resultando no carro se movimentar.
- Onde estamos? - Gritou Júlia dessa vez.
Ela olhou para trás e viu a ameaça, dai ela já começou a chora, gritar e se desespera. Henrique foi para os bancos de trás do carro, achou o machado que A deixou para eles.
- Nos tire daqui. Quem é A? Eu não deveria ter voltado e nem ter vindo. - Dizia ela Nervosa.
- Quando sairmos daqui, eu explicarei tudo. Só me deixa pensar. - pediu ele.
Ele pegou o machado e viu que a única alternativa era de quebra o vidro. Mas, isso só daria tempo para tempo para um passar.
- Vou quebra o vidro e sair. Te prometo vou te tira.
Ela concordo não querendo, devido ao aviso de A. Ela era professora de matemática e sabia que quando ele forçasse a quebra do vidro, o carro poderia sair e isso daria apenas chance para um sair.
Ele pegou o machado. Fechou os olhos e a boca, deu o primeiro ataque, nada feito, deu o segundo e nada. Foi indo com mais força e conseguiu abri. Estilhaços de vidros pularam para todo o carro, machucando parte de seu rosto e braços.
Ele teve que ser rápido, pulo para fora do carro, ela correu para os bancos traseiros, fazendo o carro começar a ceder.
- Rápido. - Gritou Henrique.
Ela correu e tentou sair. Mais suas roupas ficaram presas. Henrique, pegou ela e tentou puxar a garota. Ela chorava pedindo a Deus ajuda. Quando estava quase saindo, o carro cedeu e caio.
- Então como ficou? - perguntou Murilo.
- Jonas, vai ficar no teclado. Cristóvão e Christopher vão cantar. Murilo na guitarra e eu no contra baixo. - Respondeu Guilherme feliz com ele mesmo.
- E o Henrique? - perguntou Cristóvão.
- Vai ficar na bateria. - Respondeu Gui. - Se ele ajudar vai ser melhor. Se não, Sola.
- Vamos então? - Perguntou Christopher.
Todos concordaram. Ao se arrumarem, chegaram na porta de Jonas, o celular de Gui tocou.
“Seu vagabundo, onde se meteu em?” perguntou Gui.
“Penhasco… A… Ferido… me ajuda... “ respondeu ele cansando e chorando.
“Esta aonde?” perguntou Murilo.
A ligação caio.
- O que houve em? - perguntou Cristóvão, mexendo em sua bolsa.
- Nada. Apenas meu irmão. - Respondeu Gui rapidamente.
- Vão para onde? - perguntou Cristóvão. - Posso levar um de vocês.
- Não se preocupa não, vamos no carro do Gui. - Respondeu Murilo.
Se apressaram para ir para o carro. Cristóvão sentiu que tinha algo naquele mato. O carro de Guilherme não foi feito para estradas de barro batido, a cada solavanco na estrada, ele se remexia e parecia que os pneus iam quebrar.
Guilherme não queria saber do carro, queria chegar e ajudar o amigo. O Gps mostrava a distância e as horas para chegarem.
Ele corria o mais rápido que podia, o carro se batia a cada curva. Eles estavam desafiando não só o tempo, mas, também as tramoias de A.
O carro apenas freio. Eles tinham chegado. Henrique estava sentando chorando, com um corpo em suas pernas. Os meninos não acreditavam no que viam.
Jogada nas pernas de Henrique, estava o corpo de Júlia, todo ensanguentado, parecia que estava morta, e quase estava se eles demorassem ali.
Pegaram os dois e foram para o hospital. Até aquele momento, estavam querendo chegar rápido, senão ela morreria.
Os gritos foram postos ao chegar. Desespero e medo de não terem conseguido. Os médicos e enfermeiros foram chamados e a policia também.
Os primeiros socorros foram dados em Henrique, que passando por vários exames foi liberado. Chegando juntos com o amigo, o celular tocou.
“Sorte dessa vez, mais assim que ela disser uma coisa. Vou levar o que é meu.
-A”
Assim que leram aquela mensagem. Julio entra junto com Mariana, Hunter vem correndo, logo atrás de Cristóvão.
Henrique não queria saber quem estava olhando, pegou a gola da camisa de Júlio e torceu, trazendo para perto dele.
- Pode nos tortura. Mais se algo acontecer com ela. Eu mesmo o mato. - Disse Henrique entre os dentes.
- Do que esta falando? - perguntou Júlio.
- Pare Henrique. - separou Murilo.
- Vai ficar do lado dele? - perguntou Henrique sem acreditar.
- Ele é meu namorado. - Rebateu Murilo.
- Quero os quatro na delegacia. - Disse Jackson o detetive.
Por uma raiva súbita, Henrique foi o primeiro a chegar naquela delegacia, os meninos vindo um atrás do outro.
- Me diga, o que realmente aconteceu, senhor Henrique. – Disse o detetive.
- Já estávamos saindo, faz tempo, ela me disse que ia embora. O carro saio do trajeto e deu nisso. Estávamos conversando sobre nossa relação , como seria agora, se íamos ou não...
- Continue...
Henrique suspirou e pensou nela, o que A poderia fazer com ela, então ele pensou na única alternativa que tinha, eu te amo pensou ele, contar mais uma mentira.
- Eu posso ter ficado com raiva e não ter visto que tínhamos saído da estrada...
Aquilo não foi suficiente para o detetive, ele queria mais detalhes. Secretamente botou os quatros separados, assim podendo ter todas as pistas que queria, contudo os meninos sempre eram evasivos ou davam sempre as mesmas respostas.
- Me diga... – Começou o detetive para Henrique, - Já que ela ia embora e lhe rejeitou, então fez o que fez com ela , não só com medo dela contar para todos, como não aceitava a separação.
- Nunca disse isso...
- Mas insinuou que poderia haver algo, que você fez para ela... Que foi proporcional...
- Eu a amava...
- Quando se ama, fazemos loucuras... Como fez... – disse O detetive!
Aquilo foi como um tapa na cara dele, até os meninos entram na sala junto com ele, cada um passou por seu interrogatório, seus pais estavam esperando e o pai de Henrique ia mata-Lo.
- Como está? – perguntou GUI.
- Como acha que estou? – rebateu Henrique sendo irônico.
- Podem para vocês... – disse Murilo.
- Por que não foi com vocês, ela quase morre...
- Já passamos por isso, Henrique, cada um de nos... – Disse Murilo.
- Se ele for culpado, eu mato ele. – disse Henrique entre os dentes.
- Se for ele. – retrucou Murilo.
- Calados vocês. – Ordenou o detetive. – Estão liberados...
Eles se arrumaram e antes de sair o detetive avisou a eles.
- Estou quase perto para saber, o que tanto guardam...
Os pais de cada um estavam na delegacia, Henrique passou direto e foi para o hospital, deixando eles ali, Júlio segurou firme a mão de Murilo e a beijou, Christopher e Hunter saíram dali e foram para a casa de Hunter, Mariana ainda assustada, foi dormi na casa de GUI. Todos da cidade já sabiam da historia do casal proibido, A estava com todas cartas na mão.
O detetive ao sair da delegacia, foi ao encontro de um carro, uma linda Ferrari esperava por ele a duas quadras da delegacia, naquela altura da noite, não tinha ninguém na rua, sendo o local propicio ao encontro.
Rapidamente o detetive entrou na Ferrari, encontrando seu velho amigo, Arthur Black.
- Eles sabem de algo... – Começou Hélio o detetive.
- Acha que e sobre o André? – perguntou Arthur curioso.
- Sim, e ainda mais sobre alguém...
Antes dele falar, o celular de Arthur toca, era seu novo namorado.
- Oi amor, estou indo, apenas me arrumando. Já chego ai.
- Novo ficante? – pergunto Hélio
- Esse eu caso. – Respondeu Arthur com certeza daquilo.
Helio riu descaradamente do amigo, ele sabia os podres dos homens da família Black, começando pelo pai do amigo.
- Esse sabe me domar, me ama de verdade. – Suspirou Arthur ao se lembra do namorado.
- Depois se falamos então. – Disse Hélio saindo.
Esperou o amigo sair de carro, para acender o cigarro e viu a Ferrari desaparecendo ao dobra na rua. Arthur estava ansioso para chegar na casa de seu namorado, a nostalgia batia em seu peito, dos velhos tempos onde encontrou o garoto de seus sonhos, mais devido ao irmão, deixou ele escapar pelos seus dedos. E fazendo uma promessa que nunca mais ia deixa-lo ir.
Ele chegou na casa de seu namorado, mandou a mensagem e saio do carro esperando ele sair, com um buque de flores na mão, fazia tempo que não se viam e esperava que ele ainda sentisse algo forte por Arthur.
Ele saio, estava lindo, mais lindo agora que criou corpo e emagreceu, seus passos aumentaram até chegar numa corrida, abraçou e os beijaram.
- Saudades suas, Esta mais lindo do que nunca, Vamos Cristóvão? – perguntou ele abrindo a porta para o seu amado entra.