[GLUE] 16

Um conto erótico de JR
Categoria: Homossexual
Contém 2022 palavras
Data: 20/01/2016 22:01:40
Assuntos: Gay, Homossexual

[GLUE] 16

Ele desceu do píer com uma das mãos segurou a base e estendeu a outra. – Vem não tenha medo o disse. Coloquei os pés na agua eu segurava sua mão, ele me olhou nos olhos me passando toda a confiança do mundo e com isso me joguei do píer. Afundei por uns momentos e subi puxado por sua força. – Calma, calma eu não vou te soltar ok o disse. Eu balancei a cabeça num consentimento ele me trouxe mais perto dele, podia sentir seu corpo ao meu. – Vamos lá? Primeiro bata seus pés bem devagar. Fui fazendo tudo que ele me pedia ate que ele me pôs de costa sobre agua – Agora vou te ensinar a boiar, respire bem devagar e tente deixar seu corpo leve. Estávamos em uma distancia considerável entre a margem e o lago; No céu escuro as estrelas iam aparecendo uma a uma ele com suas mãos embaixo de mim me guiava como um barco é guiado pelo vento. Coloquei-me de frente para ele e o beijei, ele me trouxe de volta a base do píer e me encosto contra o mastro de sustentação ali ficamos por varias horas, ele me beijando dizendo como estava feliz comigo. Logo de manha pudemos ouvir a coordenadora nos levantando aos berros no megafone, logo todos haviam saído de suas barracas e casebres e estávamos esperando instruções.

– Bom dia alunos foi ela dizendo hoje será o primeiro dia de pesquisas, e já que estamos viajando entre varias salas diferentes as turmas serão misturadas em duplas e cada professor decidira quais vão ser, e lembre-se não se afastem muito do acampamento e cumpra com seus deveres, isso é tudo. O Marcelo se virou para mim com uma cara nada amigável – Não acredito que é essa historia de nos dividir de novo. – Calma é só por algumas horas, e não reclama porque pelo que sei você precisa de alguns pontos em certas matérias. – Não preciso de pontos, meu futuro é ser jogador de futebol e os únicos pontos que tenho que me preocupar é os do placar. – Mas até lá respondi, acho bom você se preocupar com seus pontos de matemática. Ele fechou a cara e com isso dei um beijo em seu rosto e ele sorriu igual bobo. Segui ate o responsável pela nossa turma que estava separando as duplas com outra sala. – Quem será que vamos pegar foi perguntando Ana. – Não sei respondi. – Eu espero pegar o Rafael do 2B ele é um gato. Eu revirei meus olhos, como os momentos iam passando as pessoas sem duplas iam ficando cada vez menor. – Ana e Rafael disse o professor responsável.

– Que bruxaria você fez para isso acontecer? Perguntei a ela enquanto ela saia aos pulos para o lado do Rafael. Eu fiquei rindo da situação ate que a coisa mais improvável aconteceu. – Júlio e Juliana. Eu fiquei imóvel o olhar da Ana foi de espanto. Quando olhei para trás lá estava ela com o Luan, ele parecia mais surpreso do que eu ele fez um sinal de cabeça que era como se ele quisesse me fazer desistir da ideia. – Professor posso trocar de dupla perguntei. – Não respondeu ele num tom seco. Caminhei ate Juliana e fiquei parado em seu lado, a cena era tão estranha era eu ela seguido do Luan que ainda esperava ser chamado pelo professor.

Olhei para o lado contrario e vi Marcelo vindo em minha direção – E ai pegou quem de parceiro o perguntou. Eu o afastei mais para longe dos dois- A Juliana. – Você está de brincadeira Júlio? – Não, não estou que ironia de vida é essa. – Calma meu garoto o disse, vai lá faz o trabalho não precisa se desviar em assunto nenhum a não ser o da matéria e pronto. – Não me sinto bem com isso Marcelo respondi. – Eu sei Júlio, mas é só por algumas horas ok? Você vai ficar bem? O perguntou. – Sim vou, acho que vou respondi. – Esse é meu garoto respondeu. Com isso ele me beijou e saiu.

No final todas já estavam com seus pares, fui ate o professor e peguei o tema que era para nos explorarmos, dei graças a Deus que era algo fácil como a diversidade de cogumelos. Voltei a ela o Luan a beijou e saiu com sua dupla. – Eu acho bom começarmos disse eu. Ela apenas me olhou e começou a caminhar. Já estávamos andando por vinte minutos sem uma palavra apenas o som das folhagens sobre o bosque era a única coisa que quebrava o silencio. Tudo que eu via eu catalogava, ela não fazia nada além de andar eu mesmo não me importava, só queria terminar aquilo logo e voltar para o Marcelo. Estávamo-nos, ou melhor, eu estava quase terminando tudo ate que ela parou de andar e se pôs a minha frente. No decorrer do tempo que eu fiquei com o Luan nunca tínhamos trocado uma palavra, mas algo me dizia que aquilo ia mudar.

- Então você está com o Marcelo? A perguntou. Eu continuava imóvel a olhando – Depende respondi. – Quem diria um cara tão viril e bonito igual a ele viado. Fiquei meio desconfortável com o que ela disse. – Seja oque ele for acho que não é da sua conta respondi e acho que terminamos. Virei-me de costas e comecei descer a ladeira coberta de folhas. – Eu sei de você e o Luan a disse. Parei por um momento fiquei olhando para o nada. – Eu sei a continuou que você saia com ele na verdade sempre soube, mas isso não me interessa já que vocês dois acabou não é. Eu me voltei a ela estava parada com um ar de sarcasmo. – E você nem vai dar o trabalho de negar não é Júlio? A continuou. – Não, respondi. – Como você pode ser tão cretino, fazendo isso por minhas costas você achava mesmo que estava me enganando. – Olha eu nunca gostei de você e você nunca gostou de mim então para quer ficar questionando coisas que não existem mais respondi. Ela começou a descer a ladeira em minha direção – Você tem razão ele não te quer mais, e agora ele me quer mais do que nunca, mas só uma coisa eu te falo fica longe de nos se não você vai se arrepender. Com isso ela esbarrou no meu ombro e seguiu de volta para o acampamento.

Mais tarde eu estava conversando com a Ana sobre todos os ocorridos que incluía o pai do Luan a situação de sua mãe e sobre a Juliana. – Então aquela vaca sempre soube? A perguntou. – Pelo jeito sim Ana respondi, e ela deve gostar muito do Luan para continuar com ele. – Deve gostar, eu nunca fui com a cara dela e depois disso já está escrito que eu nunca irei e se ela fazer alguma coisa é só me falar. – O que você vai fazer? Proteger-me com seus músculos perguntei a ela com um tom de riso. – Talvez a respondeu, falando em músculos olha o seu chegando ai. Com isso Marcelo chegou ate eu e me beijou - Nossa que saudade de você terminamos o trabalho agora e estou morrendo de fome. –Olhei no relógio era quase meio dia. – Vamos descer respondi já vai servir o almoço. Com isso nos três descemos ate o salão de refeições do acampamento.

Alguns almoçavam do lado de dentro outros sentados sobre a sombra, mas o que me incomodava é que o tempo todo a Juliana não tirava os olhos de mim. – Acho que ela não vai mesmo com sua cara Júlio foi dizendo Ana olhando para a direção dela. – O que esta acontecendo perguntou Marcelo. –Nada respondi. – Fala Ana o que está acontecendo perguntou Marcelo a ela. Depois de a Ana contar tudo o Marcelo ficou me recriminando por não contar a ele sobre o que aconteceu. – Não tinha motivo de te falar nada Marcelo, aconteceu nos conversamos e pronto, não tem porque ficar remoendo isso respondi. – Mas Júlio o fato de você não ter me contado é o de menos, e se ela fizer alguma coisa? O perguntou. – Fazer o que Marcelo? Quer saber perdi a fome e com isso me levantei da mesa e sai do salão. Eu estava sentado debaixo de uma arvore bem acima do acampamento pensando no que aconteceu e sobre a Juliana saber de tudo e nunca ter feito nada. – Posso sentar ai foi dizendo Marcelo. – Pode respondi. – Olha me desculpa de ficar empurrando essas coisas é só que fico meio que preocupado com você em relação a isso o disse. – Preocupado com oque Marcelo ela não vai fazer nada respondi. – Não com isso Júlio é outra coisa. – Que coisa? . – Toda vez que olho pra você eu sei que o motivo de seu pensamento de estar longe é porque você pensa nele, e essa historia da Juliana só vai fazer você pensar mais ainda e meu medo é que uma hora você chegue a mim e diga que acabou tudo; Porque eu realmente gosto de você. A brisa do vento correu sobre nos, nessa hora pensei em todas as vezes que o Marcelo se sentia inseguro sobre meus sentimentos por ele, e toda vez que ele me olhava era para checar se eu realmente estava bem e que realmente e não ia deixa-lo. – Não diga isso Marcelo, eu não vou te deixar porque gosto de você, você é tudo que eu precisava e preciso. Com isso segurei sua mão. – Mas você ainda não me ama Júlio o perguntou. – Não ainda, eu poderia dizer que sim, mas eu estarei sendo desonesto com você e é uma coisa que eu não quero ser respondi. Com isso ele me beijou sobre a sombra daquela arvore.

Ficamos conversando mais um tempo até a noite cair e irmos para nossa barraca – Então pronto para outra aula o perguntou. – Sim, mas eu tenho que ir ao banheiro primeiro respondi. - Oras mija na agua. Eu o olhei com uma cara de desdém. –Ok ok, vai no banheiro e te encontro la embaixo. Com isso nos despedimos subi cheguei ao banheiro e comecei a pensar no Marcelo e o que ele realmente significava, ele é tão agradável, companheiro, amoroso é como se tivessem pegado tudo de bom e colocado em um cara só. Sai do Banheiro e desci a ladeira olhei no píer e lá estava ele, desci com um sorriso no rosto.

Mas algo não estava certo, a figura que estava na minha frente estava usando blusa de capuz – Oi perguntei. Quando se virou era nada mais nada menos que a Juliana. – Meu Deus oque você quer agora. – Eu avisei para ficar longe de nós a respondeu. – Mas o que eu fiz? Respondi. – Seu namorado foi falar com o Luan hoje à tarde e ele veio falando um monte de merda para mim. – Olha eu não sei por que o Marcelo fez isso e se fez não foi porque eu pedi, mas pode deixar que eu vou falar com ele. –Como você é covarde Júlio falar pra ele ir se resolver com o Luan. – Eu já te falei Juliana eu não disse nada. Com isso ela veio para cima de mim. – Sai das nossas vidas Júlio a disse apontando o dedo contra meu rosto se não você vai se arrepender o. Ela passou por mim e começou a seguir para fora do Píer. – O que você vai fazer se eu não sair perguntei num tom serio. Ela se voltou e caminhou de volta em minha direção. – Você acha que sou uma retardada não é, com isso ela me empurrou, você acha que eu sou burra porque eu não fiz nada quando você estava com o Luan, em seguida outro empurrão, fique sabendo que eu só não fiz nada por causa do pai dele e você sabe bem oque aquele porco é capaz de fazer não sabe? . Eu fiquei imóvel olhando para ela. – Então nos deixe em paz. Com isso ela me empurrou mais uma vez, não percebi que eu já estava na beirada do píer e cai em direção a agua, fui afundando bem devagar enquanto a vi desaparecer da borda do píer, sentia a agua preenchendo meus pulmões e afundei.

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