ENTRE PRIMOS - PARTE 06

Um conto erótico de Lord D.
Categoria: Homossexual
Contém 2521 palavras
Data: 21/01/2016 13:57:05
Última revisão: 21/01/2016 13:57:29

6. O PASSADO SEMPRE VOLTA

- O que você está fazendo? – desgrudei a minha boca da de Giuliano, enquanto sentia meu coração explodir dentro do meu peito. Não que eu não quisesse, apenas estava muito assustado com a atitude do meu primo.

- Chegou a hora de acabar com a palhaçada! – Giuliano respondeu, chapando a minha boca antes que eu respondesse alguma coisa.

Não tentei resistir, e aceitei o silêncio que ele me oferecia. Provavelmente estava tentando bloquear as lembranças e suas motivações mentais para me rejeitar. Para isso ele colocava toda a sua fúria naquele beijo. Não havia carinho, quando ele mordia os meus lábios e devorava o meu queixo. Não havia cuidado, quando suas mãos quentes e grandes desciam pelas minhas costas, até bunda, fechando-se em apertos e tapas muito fortes, que se não fosse pelo tesão, a dor com certeza seria maior.

- Assim, não. – reclamei um pouco, encerrando aquele beijo contínuo, até para respirar um pouco.

- Assim, sim! – ele disse em tom de autoridade, e me olhou com uma cara de bravo – Eu quero desse jeito, seu putinho safado.

Fiquei um pouco assustado de início. Eu não sabia se ele queria me causar prazer ou dor. Mas considerei que toda aquela certa agressividade estava ligada às nossas desavenças do passado e do presente. E também, eu não estava ali a força. Se eu não desejasse aquilo, já teria mandado que ele parasse. Nesse momento, relaxei os músculos e me fiz totalmente entregue. Ele percebeu. E um segundo, me subiu com força, fazendo com minhas pernas se encaixassem em sua cintura, sem desgrudar as nossas bocas. Nesta posição, ele me carregou para o seu quarto, e fechou a porta com o pé, batendo com violência.

Fui arremessado sem nenhuma delicadeza em cima de sua cama. O desejo já havia me incendiado nesse momento, mas em Giuliano, parecia que havia entrado em erupção.

Antes que tivesse tempo para me ajeitar em sua cama, ele retirou sua única peça de roupa, a cueca, e a jogou longe, e sem perder tempo, pegou nas minhas coxas e me girou rapidamente, me fazendo ficar de bruços. Minhas pernas foram afastadas com urgência, e senti seu peso afundar o colchão de molas da cama. Ele agarrou a minha bunda com força, abriu os lados e enfiou o rosto.

- AHHHHHHHH!!! – urrei incontrolavelmente, sentindo sua língua dar uma lambida do saco até o topo do reguinho.

- Você quer que eu continue, vadiazinha? – ele me perguntou com uma voz alucinada, me dando um tapa forte em seguida.

- Quero! – respondi quase sem força.

- Pois peça, por favor – ele enfiou um dedo no meu cu de uma vez só. Soltei um grito muito alto.

- Por favor, Giuliano, chupa o meu cu – eu disse explodindo de desejo.

- Assim não – Giuliano deitou sobre as minhas costas e sussurrou em meu ouvido – Diga: “Giuliano, me macho comedor, chupa o meu cu, por favor”.

- Giuliano, meu macho comedor, chupa o meu cu por favor – eu repeti me contorcendo todo, com seu dedo atolado no meu cu.

- Agora sim, seu viadinho putinha – ele me deu mais uma tapa, e depois começou a lamber o meu cu, como se tivesse provando a melhor coisa do mundo.

- Isso! Vai! Me deixa todo molhado – eu gemia, me contorcendo.

Giuliano mordia minha bunda, estapeava e chupava muito, enfiando o rosto dentro dela. Ele me forçava a ficar de quatro, para melhor me chupar, mas eu não conseguia ficar em uma posição, parado, com a voracidade de seu cunete. Eu estava totalmente entregue, aberto, salivado, pronto para ser comido sem dó. E era o que veria em seguida.

Meu primo parou os chupões, e subiu mais pelas as minhas costas, até alcançar uma pequena cômoda ao lado. Enquanto ele pegava preservativo e lubrificante, já sentia seu cacete duro, babando a minha bunda sedenta por ele.

Giuliano destampou o frasco e virou metade do liquido nas minhas costas, levando a parte mais volumosa do lubrificante direto para a minha bunda, ali ele espalhou como se estivesse recheando um peru de natal. Eu estava completamente liso, até em lugares desnecessários.

- Agora, priminho hétero, eu vou te mostrar como um homem enfia a vara num cuzinho gostoso – ele sussurrou. – Você deve estar ciente que dez é muito tempo, e algumas coisas podem crescer consideravelmente.

A julgar pelas cutucadas que eu já sentia na entrada da bunda, tinha certeza que esse crescimento a qual meu primo se referia, era o da sua jiboia.

- Giuliano, é melhor... AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!

Era tarde. Ele socou sua pica de uma vez dentro de mim. Senti sua virilha estalar na minha bunda em um instante. Sem esperar que eu me acostumasse, ele segurou nos meus ombros, e começou a socar com tudo. Parecia um bate-estaca. Sua rola entrava toda e saía quase toda, mas parecia que cada estocada ia mais fundo. Mas era uma delícia senti-lo me possuir daquela forma.

Quando tentei virar a cabeça para vê-lo me comendo, Giuliano levantou a perna e pôs o pé em cima da minha cabeça, me impedindo de olhar para trás. Ele não estava me machucando, mas fazia força o suficiente para me imobilizar. As estocadas ficaram ainda mais fortes, o que eu não que era possível.

- É assim que você gosta, né, putinha? – ele falava com grosseria. – Vou te arrebentar ao meio.

- Isso meu primão, acaba com o meu cuzinho – eu falei com dificuldade, pois os solavancos que Giuliano me dava, entrecortava a minha respiração.

Meu primo tirou o pé da minha cabeça, e puxou os meus dois braços para trás, algemando os mesmos, com suas mãos. Fiquei com a bunda mais inclinada para cima. E ele ajeitou o seu pau, deixando o bem na vertical, assim ele sentou sobre os glúteos, e começou a quicar em cima de mim, fazendo com seu pau me varasse no máximo da potência. Comecei a gritar muito alto. E tive certeza de duas coisas: os remédios da minha avó eram muito fortes e lhe causava profunda anestesia, e Giuliano queria me aleijar naquela noite.

Depois de me comer muito de bruços, meu macho viril, me pôs de frente, pulando da cama e me arrastando para a quina da mesma, de pé, ele ficou na altura perfeita. E mais rola eu ganhei. Sue abdômen se contraía com brutalidade, e seu peito vertia-se em suor, que era derramado sobre mim. Finalmente pude olhar em seus olhos, e vi fogo saírem deles. Ele me encarava com profundidade, mas não sorria. Fazia cara de prazer, mas um prazer solitário. Como se eu não estivesse ali. Então ele fechou os olhos e senti seu corpo estremecer. Ele estava gozando. Enquanto despejava seu leite, pegou o meu pau com força e punhetou tão rápido que as minhas pernas tentaram se fechar, mas Giuliano me manteve aberto. Gozei muito, me contorcendo em choques de prazer. Olhei e vi sua mão suja com meu esperma, ele limpou na minha barriga, soltou um suspiro profundo. E caiu na cama. Ajeite-me ao seu lado, ficando de frente para ele. Giuliano permanecia em silêncio, ainda ofegando. Minhas pernas estavam totalmente sem força, eu não conseguiria ir para o meu quarto, e nem queria. Então me acomodei bem ali. Meu primo não protestou, apenas fez um leve e rápido carinho no meu rosto. Naquele pequeno instante, tive contato com aquele Giuliano do qual eu sentia tantas saudades.

Seu olhar profundo, que me devorava de dentro para fora, foi a última coisa que eu vi, antes de ser tomado por um profundo sono.

***

Meus olhos foram se abrindo lentamente, e uma irritação tomou conta deles. O ambiente estava muito iluminado, e inicialmente era incômodo. Na verdade, eu nem sabia ao certo onde eu estava. A amnésia matinal ainda amortecia meus sentidos. Mas aos poucos o meu despertar ganhava mais força, e as imagens turvas ganhavam formas sólidas. Logo eu percebi que estava no quarto de Giuliano, e as memórias da noite passada tomaram conta de mim, tecendo um riso enorme na minha face ainda inchada.

Já com os sentidos totalmente recobrados, corri a visão pelo cômodo rapidamente, a procura de seu dono, porém ele não estava lá. Somente o seu cheiro, um espectro de sua presença, havia permanecido. Rolei na cama, me deliciando com as imagens detalhistas de nossa transa, que agora eram tão nítidas. Mal podia acreditar que a nossa conciliação havia acontecido. Eu que pensei que Giuliano jamais tocaria em mim, fui surpreendido por tanto desejo.

Levantei de sua cama, e a arrumei rapidamente, antes de ir para o meu quarto tomar um banho e ficar pronto para vê-lo logo. Tamanha foi minha frustração quando desci para a cozinha.

- Bom dia, meu amor – minha avó me cumprimentou. – A noite de ontem parece que foi bem agitada, hein?

- Como assim? – perguntei, já morrendo de vergonha diante da evidência de que a minha avó ouvira todos os gritos e gemidos.

- Seus olhos estão brilhando intensamente – ela disse, enquanto servia uma xícara de café para mim.

Respondi com um sorriso amarelo, revelando na minha inquietação, que desejava saber o paradeiro de um certo alguém. Minha avó percebeu.

- Ele não está em casa.

- Quem? – perguntei com um improvável tom de espanto.

- Ora, quem – ela me olhou com malícia. – Giuliano. Quem seria mais?

- Claro, claro – eu tentei me esconder por trás da xícara, dando um gole em seu café fumegante.

- Só vamos vê-lo a noite – minha avó continuou – ele disse que tinha muitas fazendas para atender.

- Oh, Dona Elisa, olha que beleza de goiabas – Rosa entrou com uma cesta cheia da fruta.

- Que lindas, Rosa, vamos fazer uma mousse – vovó Elisa verificava. Aproveitei a distração das duas e dei uma saída, para andar pela fazenda.

A manhã estava especialmente iluminada. Ventava muito na fazenda, o que tornava a caminhada uma atividade muito prazerosa.

Resolvi andar meio sem rumo, e acabei chegando até o casarão abandonado, onde eu Giuliano tivemos nossa primeira vez. O cenário ainda era o mesmo de desolação, e os espelhos permaneciam ali, mesmo depois de dez anos. Parecia que depois daquela nossa fatídica visita, ninguém cruzou aqueles corredores. Foi inevitável não recobrar tudo. Mais que isso. As lembranças da noite passada e as lembranças do casarão vinham ao mesmo tempo, como se o meu cérebro quisesse fazer uma comparação. De repente, um sentimento ruim tomou conta do meu coração, aquela alegria que eu senti mais cedo, quando acordei, se esvaiu como um floco de neve que encontra o primeiro raio de sol.

Ao sentir aquilo saí com pressa do casarão, e voltei em direção ao lago. Lá fiquei, admirando a placidez das águas, por muito tempo. O lago me fazia bem.

Quando voltei para casa, já passava do meio-dia. Minha avó me deu uma bronca por eu ter faltado ao almoço, mas logo Rosa veio amenizar, trazendo um prato feito cheio de coisas. Não consegui comer a metade, e tive que ouvir muitas reclamações da minha cozinheira predileta.

O resto do dia passei trancado no quarto, tentando ler um Hemingway, mas não conseguia me concentrar por um minuto. Meus pensamentos sempre paravam na imagem de Giuliano, principalmente sem seus olhos, que penetravam até a divisão da alma.

Em algum momento cai no sono, e sonhei entrando vestido de noiva em uma igreja exageradamente adornado. Giuliano me esperava de fraque, no altar. Acordei assustado do sonho bizarro, tentando exorcizar a minha imagem vestido de noiva. Havia se passado várias horas desde que tinha pegado no sono. A noite estava em seu comecinho, e caía uma chuvinha fina. Pessoas conversava na cozinha, e imediatamente pude reconhecer a voz de Giuliano. Meu coração disparou, ao saber que ele havia chegado.

Corri para o banheiro para conferir o visual. Eu estava horrível.

Peguei a minha escova para não correr o risco de bafo, mas no final decidi que um banho completo era o ideal. E foi o que eu fiz. Em meia hora estava bem vestido e cheiroso para receber meu tigrão. Quando dava os últimos toques, ouvi alguém subindo as escadas. Meu sangue gelou, com a possibilidade de Giuliano entrar no meu quarto. Mas ele não fez. Ouvi quando abriu a porta do seu quarto e a fechou em seguida. Pensei então que ele deveria estar sujo e cansado, e necessitava de um banho antes de falar comigo. Resolvi então esperar.

Aguentei apenas por alguns minutos, que pareceram horas, antes a minha ansiedade. Então resolvi que a iniciativa seria a minha, uma vez que Giuliano o havia feito.

Decidido a consumar nossa conciliação fui até o seu quarto. Entrei no impulso, e o encontrei só de toalha sentado em sua cama, olhando os papéis. Meu primo me olhou rapidamente, e depois voltou os seus olhos para o que estava fazendo.

- Desculpa eu ter entrando aqui no seu quarto sem bater, mas é que...

- Espero que seja algo importante, pois eu detesto quando a minha privacidade é quebrada – Giuliano cortou a minha frase com uma voz impaciente.

Minha animação esfriou mais da metade. Já não sabia mais o que dizer como introdução, então resolvi ir direito logo ao que me interessava.

- Eu acho que a gente tem que conversar, não?

- Sobre o quê, mesmo?

- Como assim, sobre o quê? Sobre tudo.

- Tudo? Tudo não é assunto – ele continuava sem me olhar.

- Tudo que aconteceu ontem entre a gente – eu falei sem paciência, pois era óbvio o tema.

- O que tem ontem à noite?

Pus as mãos na cintura e fiquei em silêncio, o encarando, parado no meio do quarto. Ele só podia estar de sacanagem comigo.

- O que tem ontem à noite? – Giuliano repetiu a pergunta, mas agora olhando para mim, como se a noite passada tivesse sido como qualquer outra.

- Não estou entendendo você – eu me aproximei dele – A gente transa a noite inteira, e você fica fingindo que nada aconteceu.

- Não estou fingindo que nada aconteceu – Giuliano se levantou e ficou olhando pata mim. – Só que não sei aonde você quer chegar.

- Claro que sabe! Você...

- Comi você! – ele completou de forma grosseira – Eu sou gay, e você é um cara que quis me dar. Eu estava afim, mas poderia ser qualquer um. Você não é especial só porque a minha rola entrou em você.

- O que você tá dizendo? – estava incrédulo.

- O quê? Não vai me dizer que pensou que eu te amava? Só foi sexo. E nem foi dos melhores.

- Cafajeste! – tentei lhe dar um tapa, mas ele deteve minha mão.

- Você dá para o primeiro que te agarra, e vem me chamar de cafajeste? – Giuliano cuspiu essas palavras cheias de veneno. – Se eu sentia alguma coisa por você, morreu há dez anos.

Puxei a minha mão da sua, e levei aos olhos para segurar as lágrimas antes que elas anunciassem a minha humilhação.

- Não foi só o sentimento que morreu, você também morreu há dez anos – eu ainda soltei.

- Morri sim, mas advinha quem foi o assassino?

- Giuliano, você não imagina quem acabou de chegar – minha avó entrou de súbito no quarto, me fazendo pular para longe de Giuliano. – Henrique! – ela anunciou.

Meu mundo desabou ao ver a minha avó segurando as mãos de um belo rapaz de cabelos ruivos. Era ele. O antigo namorado de Giuliano.

CONTINUA..

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Rapaz! O ruivo precisava voltar logo agora?!

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