Foi espetacular assistir o William picando, mexendo, provando e fazendo caras e bocas enquanto preparava nosso almoço-jantar rsrs.
Achei simplesmente bárbaro ver um homem daquele tamanho, todo cheirosinho, cabelinho arrumado e bastante desajeitado pilotando um fogão com tanta intimidade..
Não sei se eu saberia fazer algo tão perfeitamente bem como ele, claro que não, aquilo era óbvio rsrs!
Tentei me imaginar fervendo uma água para preparar aquela massa suculenta, mas, ficou apenas no pensamento mesmo.
- Vem provar esse molho Henrique, veja se está do seu agrado?
Eu coloquei uma pequena quantidade sobre as costas da minha mão, e provei aquele tempero no ponto e bastante saboroso do molho.
- Nossa William! Que delicioso, você dá pra um bom cozinheiro rsrs.
Ele: Sério? É que você ainda não provou a minha salsicha empanada, tenho certeza que vai se acabar com a textura, quase não cabe na boca.
Nós rimos por um tempo!
Nossos olhares se cruzavam e novamente me senti a vontade com aqueles olhos encanadores que transmitiam amor e uma certa paz.
Mas, brincadeiras a parte o que me encantou ou encantava era o charme, a sedução que aquele momento foi capaz de causar.
Ahhh! E ele fazia aquilo tão bem, com tanto carinho e orgulho que chegava a me deixar excitado em vê-lo tão compenetrado com as panelas e as refeições.
Qual ser humano não se encantaria ao ver o homem ou mulher dos sonhos preparando deliciosas receitas?Tem coisa mais romantica?
Talvez possa até ter, mas, que valia alguns pontinhos e muitos créditos com o William, ah isso valia.
Acredito eu, que, muitos homens em sua sensibilidade são capazes de captar essa grande sacada, e, acreditem! Eles são ou ficam ainda mais charmosos e simplesmente irresistíveis na cozinha.
O fato é que o William estava me encantando com todo aquele desempenho capaz de levar a minha imaginação a lugares fantásticos.
A ideia do machão que não lava louça ou sequer ousa encostar a barriga no fogão estava literalmente por fora dos padrões William de ser rsrs.
Outra coisa era que a barriga toda desenhadinha e chapada dele, sequer encostava na pia ou no fogão.
O almoço foi digno de agradecimento, o William sabia o que estava fazendo e como estava fazendo, ele me surpreendeu em todos os aspectos.
Após o almoço nós tiramos um cochilo e quando era umas sete da noite resolvemos dar uma volta pela cidade, tomar alguma coisa ou ir pra algum lugar dançar.
Paramos numa chopperia para o William saborear um bom chopp com alguns petiscos, enquanto eu continuei no suco por causa dos remédios que estava tomando.
No palco um showzinho ao vivo de MPB, uma banda maravilhosa cantando várias canções de artistas nacionais.
A casa tinha uma quantidade até que considerável de gente, mas não estava lotada.
Muita risada, conversa alta, e muita rodada de bebida nas mesas.
Um rapaz me olhava insistentemente, trocava palavras com algumas pessoas sentadas a sua volta, mas sempre com olhos fixos em mim.
Fiquei sem jeito com os olhares!
O William percebendo meu incômodo com o menino, sugeriu e se ofereceu para trocar de lugar comigo.
Aquila nossa troca de lugares, parece que deu coragem para que o rapaz se levantasse e viesse até nossa mesa.
- Boa noite meus caros, como você está Henrique? Não se lembra mais de mim?
Eu olhei para o rosto fino de um jovem de trinta e poucos anos, algumas olheiras e a barba cheia e comprida o deixavam com aparência de mais idade.
Eu olhei e respondi:
- Olá, boa noite! Estou bem obrigado. Só fico meio sem jeito por não conhecer você!
Ele: Nossa, o que foi? Vai dizer que perdeu a memória? Sou eu, o GG pow! Ta de sacanagem?
William: Sim! Ele sofreu um acidente e não se lembra de você rapaz! Acho melhor você voltar pra sua mesa com seus amigos. Você está incomodando!
- Calma cara, só vim falar um oi pro meu amigo já que ele me viu lá sentado e nem ligou ou foi me dar um oi! Eu não sabia que você tinha perdido a memória Henrique! Foi mal cara, nem sei o que dizer, se não, melhoras para você.
O rapaz voltou a mesa dele e eu fiquei tentando imaginar qual a espécie de relação de amizade eu poderia ter com aquele ser estranho.
Decidimos ir pra casa e no estacionamento o tal rapaz nôs esperava com outros dois homens! Estes altos, corpo atlético e bastante jovens.
Ele sorria enquanto me olhava e comentou:
- Tem certeza que não se recorda de mim Henrique? Temos um bom tempo de amizade, você me deixou chateado com essa notícia.
Eu: Fala rapaz, como me conhece? Qual a nossa relação? Eu não me recordo de você!
Ele: Esse são dois de meus garotos que você ainda não "provou", você não se recorda, mas, me ligava algumas vezes para pedir por uma noite de prazer com um de meus meninos.
Na mesma hora eu lembrei das imagens no celular do Gabriel, os garotos naquela cama, todos pelados e sorrindo com os membros entre suas mãos.
- GG? É esse seu nome?
Enquanto eu perguntava, ele sorria para mim com cara de idiota.
Ele: Você é um de meus melhores clientes, sempre que contratava um de meus meninos, pagava uma boa grana por cada serviço.
O William estava inquieto, respirando fundo e apertando as mãos com força demonstrando nervosismo e irritação.
- Olha GG, o Henrique não se lembra de você ou das coisas sujas que você faz, por isso é melhor você pegar esses dois garotos aí e sumir da nossa vista. Você está atrasando e atrapalhando nossa passagem.
Quando o William deu um passo para frente em direção ao carro, o rapaz lhe deu um empurrão que quase o derrubou no chão.
- Calma aí loirinho, que meu papo com o Henrique ainda não acabou!
O William avançou sobre o rapaz e deu um murro certeiro no nariz, o sangue começou a escorrer instantaneamente e o GG gritou para seus pupilos baterem partirem para cima do William.
Vieram os dois pra cima e tentaram lhe dar socos e pontapés, mas ele foi mais rápido e eu também não esperei e comecei a dar socos nos rapazes que correram rua abaixo deixando o patrão alí com o nariz sangrando e resmungando:
- Isso não vai ficar assim Henrique, você nunca mais vai conseguir outro cara por essas bandas, vou queimar seu filme na cidade.
Eu: Cara vai cuidar desse nariz e pode ficar sossegado que a partir de agora eu não vou mais procurar esse tipo de serviço.
Entramos no carro e voltamos pra casa! No caminho os pingos de chuva começaram a cair sobre o parabrisas, se deu início a uma forte chuva com brilhos fortes no céu e um pouco de vento.
Eu olhava para o William na direção com cara de bravo, depois mudei meu olhar para as ruas iluminadas, as pessoas correndo se esconder da chuva nos bares ou casas daquele quarteirão.
Já em casa eu subi para tomar um banho antes de dormir, o William ficou vendo TV deitado no sofá da sala.
Terminei meu banho, me vesti e peguei algumas roupas e toalha para entregar a ele, mas estava dormindo no sofá.
Fiquei olhando para seu rosto corado, sua barba e o cabelo meio desarrumado.
- Você gosta de ficar me olhando né Henrique?
Eu: Aí, caramba William, achei que tivesse dormindo. Te trouxe roupas e essa toalha pra você tomar um banho antes de se deitar.
- Obrigado Henrique, vou subir lá então!
Eu: Você está com fome William?
- Não, não, estou um pouco cansado apenas.
Ele subiu e eu o acompanhei até meu quarto e fui arrumando a cama enquanto ele tomava banho.
Ele colocou um colchão ao lado da minha cama e se deitou, eu não queria que dormisse no chão, mas ele fez questão.
A noite eu não consegui dormir e fiquei de queixo apoiado no canto do colchão observando o corpo do William.
O braço dobrado fazia o músculo inchar e deixar amostra as veias grossas e salientes. A barriga durinha, branquinha e bem desenhadinha.
Foi me dando um tesão, uma vontade de passar a mão no corpo, no cabelo e rosto, deitar com ele e abraçar com vontade aquele corpo.
Ele tomou a iniciativa antes mesmo que eu respirasse. Se levantou e deitou ao meu lado, pegou meu braço e passou por cima do seu peito, me fazendo abraça-lo.
Era isso que ele queria, me enlouquecer, me deixar com tesão, desejo e bastante vontade de arrancar o short e cair matando. Mas ele não fez nada, só mudou a posição, agora ele me abraçou em posição de conchinha e me puxou para bem perto do seu corpo quente, macio e forte.
- Amo você Henrique, mas não quero que seja nada forçado, nada no desespero, quero que seja natural.
Ele me beijou a nuca e suspirou forte no meu pescoço, fazendo meu corpo inteiro arrepiar de tesão.
Um sentimento gostoso de proteção, felicidade e de não estar sozinho me alegrou naquele momento, ele dormiu comigo naquela noite, me fez companhia.
No outro dia eu acordei e procurei aquele belo corpo na cama, mas não encontrei.
O aroma do café denunciou que ele já estava aprontando na cozinha. Eu pulei da cama, corri me arrumar, lavar o rosto, escovar os dentes e desci.
Ele sorriu quando me viu.
- Bom dia Hick!
- Bom dia William.
A mesa posta, cheia de coisas gostosas para comer, aquilo já estava me deixando mau acostumado rsrs.
A companhia tocou e eu fui atender.
Olhei para os olhos da moça em pé alí na minha frente, me olhando, esperando algo ou tentando entender algo.
Eu: Bom dia, posso ajudá-la?
Ela: Hick, sou eu, a Carol!
Eu tive uma sensação ruim quando ouvi o nome, mas, a convidei a entrar.
O William veio até ela para cumprimentá-la e aproveitou para convidá-la para tomar café conosco.
- Não! Obrigada, eu só vim pra falar com o Henrique. Um assunto muito importante.
Eu: Pois bem! Pode dizer?
Ela jogou no ar aquelas palavras.
- Estou grávida e se você não se casar comigo eu vou abortar esse filho.
