[César]
- Como estão por aí? - ele perguntou com uma voz de sono.
- Estamos bem. Não tem como não estar com Fortaleza tão linda como sempre. Eu estava pensando... Seria bom se você estivesse aqui. Nossas viagens sempre são tão legais e o Victor tá adorando tudo.
- Hum...
Hoje eu devo levá-lo pra dar uma volta no centro, no shopping... Amanhã eu quero ver se entramos em alguma dessas agências locais que fazem tour pelas praias aqui perto. Ainda queremos passar no Beach Park, mas isso só se a grana der...
- Legal. Ainda não tem previsão de quando volta?
- Não. Devemos ficar até o fim dessa semana pelo menos. Rômulo, você tá acordando agora?
- Sim.
- Mais já passam de 9h! Você malha pela manhã nas férias.
- É... Mas é que eu dormi demais hoje.
- Que estranho... Enfim, nós já vamos sair.
- Ok. Tomem cuidado.
O Rômulo estava estranho. Eu podia sentir. As frases curtas, sem conversa, o celular chamando diversas vezes até ele atender. Eu sabia que aquilo não era normal. Rômulo sempre atende o celular no máximo até o segundo toque, é como uma regra de etiqueta pra ele. Ele sempre atende falando "Pronto", como uma secretária irritante. Além disso, nas férias o Rômulo não descuidava da academia e malhava pelas manhãs sempre às 8:30h, nenhum minuto a mais do que isso. Comia sempre pães com presunto e queijo com um copo de ovomaltine. Na volta, sempre o Whey. Depois o banho com o sabonete líquido preferido dele. Um que serve pra corpo, cabelo e barba do Boticário, que inclusive quem deu o primeiro frasco fui eu. Rômulo gostava de sentir o próprio cheiro após o banho então ele nunca usava sabonetes em barra comuns. Eu o conhecia de todas as formas possíveis.
- Vamo? - Victor saiu do banheiro pronto.
- Vamo.
- O que é isso? - ele perguntou olhando pros panfletos encima do móvel.
- Eu peguei na recepção. São algumas pequenas agências que fazem viagens aqui perto. Pras praias... Daí algumas delas tem pacotes que já incluem passeio de buggy na areia, mergulho e tudo mais. Tava olhando os preços...
- São muito caros...
- Nem tanto... Tem temporadas que eles ficam mais caros. Mas isso fica pra depois...
Nós saímos do hotel e pegamos um táxi até o Shopping Iguatemi. Shopping como vocês podem imaginar só muda a planta do prédio. Sempre aquela imensidão de lojas vendendo tudo muito caro e você pelos corredores babando por tudo, até pelo o que não precisa. Mas Shoppings tem esse efeito mesmo. O Iguatemi é muito bonito e tem um desenho bem diferente dos Shoppings aqui do Piauí. Apesar disso, como disse, Shoppings são sempre iguais.
Demos uma volta pela praça de alimentação mas combinamos de só comer mais tarde. Passamos em algumas lojas e eu comprei umas camisetas que havia gostado. O Victor também escolheu algumas. Só que as dele eram mais comuns que as minhas, quase sem estampa. Que sem graça...
- Victor, você precisa escolher umas camisetas melhores.
- O que há de errado com essas? – ele perguntou as segurando as camisetas na mão.
- Nada. Esse é o problema. Precisa de algo diferente aí.
- Tudo aqui é caro...
- Tenho certeza que você tem dinheiro suficiente pra comprar uma camiseta.
Depois de muito custo eu o fiz comprar uma camiseta com uma estampa que havíamos gostado. É a preferida dele até hoje.
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[Victor]
Eu não sou bom em escolher roupas. Desculpem se não tive um curso de moda antes de namorar alguém com mais dinheiro que eu. Estampas de camisetas nunca foram um assunto muito importante pra mim antes daquela tarde.
Por falar naquela tarde, nós ainda conseguimos passear bastante dentro do shopping. Como a capital grandiosa que Fortaleza é, é comum a divulgação dos filmes do cinema passar de apenas cartazes como vemos em outros lugares por aí. Haviam cartazes, telões espalhados e até estátuas em tamanho real dos personagens dos filmes. Aquilo era demais!
- Sabe quem adora esse tipo de coisa? – César me perguntou.
- Quem?
- O Rômulo. Ele tira selfie com esses bonecos, acredita?
- Ele ligou?
- Não... Eu liguei pra ele... Acho que ele não está bem.
- Besteira... – eu me adiantei em cortá-lo. – É só a gente voltar e ele vai ficar bem. Não se preocupe.
- Hum...
- Você anda meio pra baixo. – eu falei ainda lembrando da noite anterior.
- Desculpa... É a situação com o Rômulo.
- Que situação? Meu Deus do céu! – eu falei alto demais no corredor.
César fez um segundo de silêncio estranhando eu ter me exaltado. Começamos a discutir no meio do shopping.
- Victor, o Rômulo é meu irmão e eu sei quando ele não está bem. Sei quando nós não estamos bem.
- O Rômulo só tá querendo que a gente volte! Será que você não vê isso? Ele tá chateado pelo o que você está fazendo aqui!
- Eu não tô fazendo nada aqui! Eu não fui procurar a minha mãe ainda!
- Se é pra ficar aqui pensando nele lá é melhor achar logo essa mulher e voltar com isso resolvido. É com ele que você quer ficar então pronto.
- Você consegue escutar o que tá falando?
- Já chega de falar no Rômulo, por favor!
- Por que você quer tanto evitar o Rômulo desde que chegamos?
- Eu não tô evitando.
- Seu comportamento muda ao falar sobre ele. Qual o problema?
- O problema é que... Eu tenho tentado evitar lembrar do Rômulo porque desde a noite em que viajamos eu tenho uma sensação estranha.
- Que. Sensação. Estranha. Victor? – ele revirou os olhos.
- A mesma do avião. Desde que... Desde que o vi chorar. A sensação de que não deveríamos ter vindo. Minha mãe sempre fala pra gente escutar essas coisas.
- Então você quer ir embora?
- Não! Justamente o contrário. Eu quero aproveitar. Já estamos aqui e o Rômulo ficou pra trás... Então não precisamos ficar tocando nesse assunto. Não vai mudar nada.
- Você ainda sente algo por ele.
- Claro que não...
- Não foi uma pergunta.
Ele disse e saiu com as sacolas nas mãos.
Ainda passamos um tempo no shopping e almoçamos bem. A volta pra casa foi silenciosa no táxi. Chegamos no hotel perto das cinco da tarde porque o taxista demorou um bocado.
César jogou as sacolas sobre a cama e se dirigiu ao banheiro já tirando a camisa e chutando os sapatos. Eu arrumei as sacolas no armário do quarto. Também tirei a roupa e me enrolei numa toalha o esperando sair. O chuveiro foi ligado.
Eu estava sim preocupado com o Rômulo e queria evitar pensar nisso. Era isso que ele queria que eu dissesse? Isso não significa que eu ainda goste dele. Eu estava com o César e me sentia confortável assim. César me ensinou muita coisa nos últimos tempos.
Nossa viagem não estava sendo exatamente como deveria. Tanto eu como César tínhamos outras coisas na cabeça e isso nos impedia de estarmos alí por completo.
Abri a janela do quarto e ela dava pra praia de Iracema com uma certa distância. Apesar dos prédios a nossa frente até chegar na praia era possível sentir a brisa correndo por entre eles. Eu fechei os olhos e inspirei forte. A lembrança do gosto de sal veio na minha cabeça e fez minha boca salivar de imediato. O sol já havia sumido no horizonte e a água do mar agora era azul muito escuro. Mais uma noite no quarto de hotel. Quantas já somavam? Três? Que ódio! Apertei os olhos pro choro não vir.
O chuveiro continuava ligado no banheiro. Eu caminhei em direção à porta e torcendo pra que estivesse aberta girei a maçaneta. A porta abriu num clique. Muita fumaça subiu. Dei um passo pra dentro. O espelho estava embaçado. As roupas do César estavam sobre a pia. Todo o box estava embaçado. Eu apenas via seu corpo moreno de forma embaçada pelo vidro se movimentando. Ele estava de costas, parado, deixando apenas o jato de água forte cair sobre seus cabelos.
Eu me olhei no espelho e criei coragem.
Fui até a porta do box e a puxei pro lado. Ele girou o rosto pro lado notando minha presença.
- O que você tá fazen...
Eu entrei no box deixando a toalha branca cair do lado de fora. Assim que entrei coloquei a mão esquerda sobre seu ombro e fui pra mais perto. Eu estava nervoso e respirava pela boca. Minha outra mão também seguiu pro seu ombro. A água tocou minha pele e me fez arrepiar eriçando minha coluna. Nossos olhos se encontraram. Ele me olhava com a boca semi aberta ainda aparentando surpresa pelo o que estava acontecendo.
- Victor...
- Não vamos perder mais tempo, por favor...
Nós nos beijamos e naquele instante eu senti o corpo do César diferente de todas as outras vezes em que estivemos juntos. O toque das mãos dele nas minhas costas, nossas pernas se encontrando, as minhas mãos em seus ombros, nossos abdomes juntos e pela primeira vez nossos membros em contato direto... Tudo era diferente.
Nosso beijo aumentou e César subiu uma das mãos ao meu cabelo me impedindo de sair do momento. Ele movimentou minha cabeça pros lados me seguindo com os lábios que pela forma deveriam estar me devorando sem pressa. Nossas respirações agora eram compassadas e determinadas pelos intervalos que dávamos no beijo.
Com dois ele me pressionou na parede descendo a mão livre por minha coxa me deixando leves arranhões agora expressados por gemidos mansos. César separou os lábios dos meus por um breve momento pra levá-los ao meu pescoço distribuindo beijos e chupões enquanto minhas mãos se enchiam com seu cabelo liso que escorria entre meus dedos.
Sua mão segurou meu membro rijo o masturbando enquanto aos poucos ele me virava contra a parede. Ele não soltou minha ereção enquanto me virava. Sua língua passeava por trás da minha orelha direita, sua mão continuava me masturbando e seu membro duro foi encaixado entre minhas nádegas num movimento gostoso o fazendo arfar. A sua ereção escapa entre minhas nádegas e se perdia entre minhas coxas, logo depois voltando a ser massageada pela minha bunda.
Uma de sua mãos me pegou de surpresa ao massagear meu orifício em movimentos circulares. Eu gemi ao sentir o contato do dedo de surpresa. Ele prosseguiu de forma mansa com o dedo me relaxando ao máximo enquanto me masturbava. Devemos ter ficado naquele jeito por mais cinco minutos. Era muito bom.
Um de seus dedos me penetrou e me fez curvar um pouco as costas e empinas a bunda pedindo por mais. Gemendo de forma mais apressada e delirando com os beijos e mordidas no meu pescoço eu tive que segurar a sua mão que estava no meu membro antes que viesse a gozar.
Agora de frente pra ele depois de mais beijos trocados fomos de volta pro quarto. Ele deitou na cama devagar e eu engatinhei sobre seu corpo. Beijando sua barriga e deslizando as mãos sobre o contorno do seu corpo. Mais um pouco pra baixo e pela primeira vez eu encarei seu membro desde que tudo aquilo começou.
Eu o segurei com as duas mãos e dei a primeira lambida na glande já molhada com um pouco de pré gozo. O gosto não era ruim. Eu dei mais uma lambida e abocanhei a cabeça o olhando. César tremeu as pernas com excitação. Comecei a chupar da melhor forma que sabia. Não era possível ter todo o membro dentro da boca então me esforçava para que a glande sempre fosse bem tratada.
Fiz mais sucção com as bochechas e suas pernas tremeram novamente. Ele levou as mãos ao meu cabelo guiando a velocidade que queria. Eu por vezes engasgava mas não parava. César gemia de forma sexy pra mim demonstrando o quanto estava gostando. Os movimentos de chupadas ficaram mais rápido conforme ele guiava minha cabeça. Ele segurava a base do pênis e tirava da minha boca me fazendo salivar e buscar por mais.
- Eu vou gozar.... Eu vou gozar!
Eu tirei a boca pra que evitasse. Li em algum lugar na internet que a melhor posição pro sexo anal, no caso de virgens ou pessoas que passam muito tempo sem praticar, é sempre sentar sobre o parceiro. Aproveitei que César já estava deitado e subi sobre ele.
Eu já estava muito bem relaxado pelo banho minutos atrás. César avia deixado o lubrificante dentro da gaveta da cabeceira. Ele esticou o braço e o pegou. Nós rimos um pro outro. Nós sabíamos que ia ocorrer.
Ele despejou um pouco de lubrificante entre os dedos e levo à minha bunda me penetrando com dois dedos de uma vez. Ele o fez e continuou me olhando. Após um tempo passou a mão já lubrificada no membro.
Encaixei sei membro em meu orifício já relaxado e a glande passou sem dificuldade. Apesar disso o corpo do membro era grosso e exigiu mais um tempo. César me olhava fixo enquanto me penetrava. Eu respirava pra relaxar e dividia minha atenção entre seus olhos penetrantes e a sensação de estar sendo preenchido por ele.
O membro foi escorregando cada vez mais e mais. Logo eu já estava com César inteiro dentro de mim. Meu orifício massageava seu membro de forma devagar arrancando gemidos descompassados e eu me acostumava com a presença dele alí.
Eu o beijei enquanto ele massageava minhas nádegas.
Nossos gemidos aumentaram assim que eu me movimentei sem avisar antes ao César que pelo visto também se concentrava para não gozar. Espalmei as mãos em seu peito e comecei a subir e descer já num ritmo um pouco acelerado. Os estalos do contato de nossos corpos começaram a ecoar pelo quarto.
O ponto dentro de mim foi atingido me rancando um gemido mais alto e um calafrio. De novo e de novo. Mais uma vez e Deus... Como era bom! O membro do César estava na posição perfeita e acertava minha próstata no local exato pra me causar todo aquele frenesi.
César segurava minha cintura firme e por vezes com mais força me forçando a ir mais devagar mas eu queria tanto aquilo que o ignorava e voltava a cavalgar mais rápido. César já gemia mais alto que eu quase se contorcendo embaixo de mim.
- Eu tô quase gozando de novo! – ele avisou.
Eu diminui o ritmo enquanto o beijava. Ele flexionou as pernas e segurou mais firme na minha cintura me impedindo de voltar a cavalgar.
Ele foi se movimentando aos poucos e me penetrando em seu ritmo acertando o ponto dentro de mim que pulsava a cada estocada desde o início da transa. Era tão bom que eu poderia passar a noite toda tendo aquela parte interna, e até então desconhecida do meu corpo, sendo estimulada.
César foi um pouco mais rápido e eu me masturbei. Menos de um minuto e eu gozei sobre sua barriga quase gritando entre os gemidos já que ele não parou de me penetrar. Logo mais ele gozou me puxando pra um beijo sugado enquanto se derramava dentro de mim. Só aí a camisinha me veio à cabeça mas tudo bem. Continuamos agarrados e gemendo enquanto as últimas sobras do seu gozo era expelido dentro de mim.
Quando saí de cima dele me sentia muito cansado. Como se fosse dormir quase imediatamente.
Nossas respirações apressadas tomaram o lugar dos gemidos de outrora.
César se virou em minha direção e beijou minha bochecha alisando meu peito.
- Foi como você esperava? – ele perguntou após um tempo.
- Foi mais do que eu esperava... – eu disse já de olhos fechados.
- Você quer de novo?
Eu ri.
Ele afundou o nariz no meu pescoço e eu não consigo lembrar de mais nada até a manhã seguinte... Eu só queria descansar e voltar ao normal depois de toda aquela explosão de prazer que eu havia tido nos últimos 30 minutos. A única certeza que eu tinha era de que eu queria muito aquilo de novo.
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Oi gente!
Desculpem a super demora. Não vou nem narrar aqui tudo o que tá acontecendo porque não vem ao caso, mas me desculpem mesmo. É que não tem dado tempo mesmo de vir aqui postar.
Mas tá aí. Hoje, eu não ia postar de novo. Porque hoje é sábado e eu tô com o Kaio... Mas como ele saiu agora pra comprar comida eu aproveitei e vim aqui rapidinho :) Então desculpem as respostas curtinhas.
ze carlos: Sim! Estou muito bem. Mais uma temporada. É sempre bom estar escrevendo!
M(a)rcelo: Vamo ver o que ainda pode acontecer então.
ms_cleiton: Pois é. Eles somem sim. Mas isso se dá por dois motivos. O primeiro, é que eles não são personagens principais. O segundo, eu não posso dizer porque compromete muita coisa.
@Mineira@: Obrigado por me entender!
Pyetro_Weyneth, Helloo, CDC✈LCS,, #Léo! : Rômulo vai sim ter alguns probleminhas.
¥¥david¥°: Esqueci de te citar nos comentários? Desculpe Tá aí agora!
jeorge_cunha: Eu fico com o coração na mão quando deito na cama e não venho aqui postar.
Hb: Pretendo sim ficar por mais um tempo.
Drica (Drikita): Não posso comentar sobre isso... :/
Énoisquevoa: kkkk Nossa! Que fã do César! Eu acho que ele é o personagem que mais cativou meus leitores.
esperança, LUCKASs : Obrigado!
AnittaOficial, Matt sousa : O encontro dele com a mãe não depende de mim. Você vai entender porque não depende de mim...
Drica Telles(VCMEDS), Lilinho: Nós tivemos um ano novo separado! Passei dias e dias sem ver o Kaio. :( Só viemos nos encontrar após o ano novo. É que cada um passou com sua família. Mas foi um reveillon muito legal. Já está tudo bem! :)
Monster: Siiiim! Isso mesmo!
Jardon, isabela^^ : Sim, Fortaleza é linda demais! Quem me dera ir passar ano novo lá... Ai ai...
Adios_pri: Quem bom! Seja bem vinda! Comente mais vezes!
Renan46a: Desculpe! Eu sei bem como é isso. Eu realmente tento evitar mas não tenho conseguido. :(
Ah! Muito obrigado por fazer o conto ir pro ranking da CdC. Eu nem sabia da existência desse ranking. Muito obrigado mesmo!
Nos vemos em breve.
Abraço.
Igor.
kazevedocdc@gmail.com