Volteeeeeeeeeeiiiii!!!
Olá meus amadinhos ♥ hehe.. Vim trazer um capítulo pra vocês... Não sei se ficou bom, pois fiz de pouquinho em pouquinho... Eu postei um “Nota” aqui, mas a CDC excluiu a ela e provavelmente muitos não a leram... Eu expliquei minha demora e disse alguns motivos (problemas familiares e Confusões que nunca acabam)... Mas consegui terminar este...
E não vou poder responder aos comentários, pois estou postando esse o mais rápido que posso.
Ah, e só pra constar... Aquele capítulo de especial de Natal e Ano Novo não são spoilers. Como eu disse no especial de Natal, são cenas que “PODEM” acontecer, eu não disse que “VAI” realmente acontecer...
Então, aquelas cenas são apenas uma criação fora da história, um spin-off. Vai haver muito mais personagens, muito mais poderes e muito mais coisas... Aquelas cenas podem ser alteradas a qualquer momento. Eu contei uma parte da segunda da temporada, mas ela não vai sair daquele jeito... Tipo, no especial de Ano Novo a invasão acontece quando o Ben já é um adolescente. Mas na verdade pode acontecer com ele ainda bebê ou com ele já adulto... Ou pode ser sem o Benjamin... Hehe...
Bom, parei de enrolar... Boa leitura pra vocês...↓↓♥↓↓♥↓↓
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Narrado por Luka:
Assim que olhei melhor o que tinha dentro daquele lugar, meus olhos arderam e me lamentei por tudo o que havia se passado alí... Era terrível! Os Hellest são pessoas horrivelmente cruéis!!
Guilherme— Meu Deus...
Nathalie— O que é isso?!
Eu— Ai... Não consigo olhar pra isso.. – me virei de costas e Guilherme pôs a mão em meu ombro.
Joaquim— Nossa... Eu nunca ví esse lugar... Juro pela minha alma.
Nath— Isso se você tiver uma alma ainda. – dei um tapa nela.
Joaquim— Por enquanto eu tenho... Acho...
Marcus— Entre tudo o que eu já ví, além das mortes em Ástria e Cetos... Esta é a pior cena que já ví...
Sílvia— Concordo.
Olhei pro ogro ele também perecia estar incomodado com a visão que estava tendo. Ele deu um passo que fez o chão tremer um pouco. Eu tenho que acompanhar ele... Não posso ficar de costas pra aquilo o tempo todo... Tenho que enfrentar todas aquelas coisas...
Guilherme— Tá tudo bem... – ele sussurrou no meu ouvido direito. — Me dê sua mão... Vamos ajudar eles...
Senti ele tocar meu pulso e um sorriso automático se formou no meu rosto. Ele sabia como fazer pra eu me sentir mais calmo. Me virei e segurei firme na mão dele. Agora eu iria conseguir andar naquele lugar com alguém me dando força...
Pelo canto do olho, ví um flash na cor ciano ao nosso lado. Olhei rapidamente e meus olhos encontraram os do Guilherme. Os olhos dele estavam brilhando, mas não naquela intensidade que parecem dois sóis verdes. Era mais suave e ainda dava pra ver a pupila negra se adaptando à escuridão alta do local com pouca iluminação das tochas.
Os olhos dele eram realmente lindos e atraentes naquele tom verde. Eu adoro verde, é a cor da esperança, da vida e da liberdade, é a cor da natureza e de tudo o que está em harmonia com ela. Aqueles olhos me trazem uma sensação de paz e segurança.
Ao perceber que eu já o estava olhando por muito tempo, abaixei a cabeça e senti minhas bochechas queimarem.
Nath— Luka... Quando chegarmos em casa, quero ter uma conversinha com você.
Eu— Que conversa? É importante?
Nath— Pra mim e pra sua vida, é sim. – dei de ombros e olhei em volta... A cena partiu meu coração...
Haviam jaulas espalhadas por todos os lugares da caverna. Tinham criaturas que eu já ví e outras que eu nunca ví na vida. Algumas estavam descritas no livro da biblioteca da câmara... Banshee, Duendes, licantropos, Vampiros, fadas... Mas eu não havia visto fadas alí...
Marcus— Aqui é deprimente...
Eu— Precisamos libertar eles..
Marcus— Não. É perigoso... Ví um a Quimera, elas são perigosas com aquelas caudas venenosas em forma de serpentes ou de cauda de escorpião.
Como?! Uma criatura com uma serpente no lugar da cauda?! Um leão com um rabo de escorpião?! Mas que estranho... Mas isso não importa! Não irei deixá-los sofrendo naquele lugar horrível!
Havia sangue espalhado para todos os lados e alguns duendes nos olhavam com caras espantadas e rostos manchados por sangue.
Guilherme— Eu concordo com Luka. Não podemos deixá-los morrer aqui. – ele apertou minha mão.
Beatriz— Dessa vez eu concordo com os dois... Eles estão sofrendo aqui. Querem se libertar e voltar pros lares, pra sua natureza...
O ogro parou e fez um ruido estranho. Parecia um gemido de lamentação... Ele encostou o porrete de madeira numa jaula enorme. Olhou pra mim e soltou o porrete no chão.
Eu— É aí que está sua família?
O ogro olhou pra além da escuridão e gemeu mais uma vez. Levei aquilo como um sim. Ele tocou na barra de aço grossa da jaula e ví um movimento dentro da escuridão, no fundo da jaula. O ogro deu um rosnado alto e tenho certeza de que ví uma mão bem grande passando bem rápido.
Theo— Estou com medo, Joca...
Joaquim— Não fique, eu estou aqui com você.
Eu— Olá... Eu me chamo Luka. Vim aqui pra ajudar vocês a sair desse lugar e voltarem para seus lares... Se estiverem me ouvindo, por favor, mostrem-se.
O Rocha fez mais um rosnado e de repente três figuras enormes saíram do meio da escuridão. Ergui minha mão e fiz uma concha, uma esfera de luz se formou e iluminou parte da caverna e eu pude ver tudo bem melhor do que antes.
Eu— Vamos libertar vocês deste lugar e tirar os Hellest deste domínio... Só um momento... – cutuquei a Nath e puxei o Guilherme. — Vou precisar da ajuda de vocês...
Nath— Tudo bem.
Guilherme— Pode contar comigo... – soltei a mão dele e me aproximei da jaula dos ogros.
Toquei na barra de aço e segurei firme nelas. Senti a barra gelada ficar quente... Ví ela ficando com uma coloração vermelha como lava e desmanchando sobre minhas mãos. Me afastei um pouco e apontei minhas mãos para as barras e elas começaram a derreter e virar uma espécie de lava derramada pelo chão. O Ogro observava tudo e esperava para ficar perto de sua familia novamente. Os outros três ogros dentro da Jaula se assustaram no começo, mas depois se aproximaram cada vez mais de acordo com as barras derretidas. Agora já tinha espaço suficiente para eles saírem lá de dentro. Nath usou o gelo para resfriar o aço derretido para que os ogros pudessem passar.
Eu— Venham. Não vamos machucar vocês... – o Rocha falou algo pra eles e logo os três rapidamente se moveram em direção à saída da jaula...
De repente senti uma tontura e me apoiei no ombro do Guilherme. Ele me segurou rapidamente e minha visão ficou escura.... Senti uma sensação estranha... Algo de ruim iria acontecer naquele momento...
Guilherme— Tudo bem, Luka?
Eu— Não... Temos que sair daqui... – me recompus e olhei diretamente nos olhos preocupados dele.
Eu juro que senti uma tremida no chão...
Nath— Sentiram isso? O chão tremeu...
É... Não foi empressão minha... O chão realmente havia tremido... E estava tremendo de novo cada vez mais forte...
Diogo— Vamos sair daqui!
Eu— Eu não saio daqui enquanto não libertar todos eles... – fiz uma concha com as mãos e lancei duas bolas luminosas para frente.
Ví as criaturas se movimentando muito assustadas. Ví um ser com asas machucadas que nem conseguia voar... Levei alguns minutos para saber que era um grupo de mulheres pássaros machucadas que estavam em desespero. Todas as criaturas estavam mais assustadas do que nós.
Corri até a jaula mais próxima e apontei minhas mãos para as barras de ferro. As barras derreteram e os duendes se amontoram no fundo.
Eu— Não tenham medo... Só quero ajudar e libertar todos vocês.
Nath— Quer ajuda? – olhei pra ela e sorri...
Eu— Claro. – ela e Guilherme se separaram pela caverna e só se viam clarões verdes e dourados por todos os lados. — Tio Marcus, tire todos daqui. Não quero que todos morram esmagados pelas pedras.
Marcos— Nós vamos ajudar... – o chão tremeu mais forte e uma estalactite despencou do teto. — Nós vamos sair daqui...
Sílvia— Tenha cuidado, Luka.
Eu— Pode deixar, mãe...
Nath— Luka! Eles não querem sair de dentro das jaulas!
Droga! As criaturas devem estar pensando que iremos fazer algum tipo de tortura com eles... Dei alguns passos pra frente e pisei em algo que quebrou. Olhei pra baixo e ví que eram ossos pequenos... Ossos provavelmente de alguma criatura pequena... Podiam ser de duendes, de goblins ou de algo bem pequeno...
Eu— Eca.... — tenho que fazer algo... Já sei....
Ergui as mãos pro teto e me concentrei o máximo naquele lugar... Duas esferas grandes de luz se formaram e eu as arremessei no teto da caverna... Arremessei umas doze esferas de luz e a caverna ficou mais clara e já se podia ver todas as jaulas e gaiolas penduradas.
Assim que olhei em volta, a visão piorou... Haviam esqueletos em alguns lugares e ossos perto de algumas jaulas. Correntes prendiam o pulso ossudo dos esqueletos cheios de teias de aranhas e alguns insetos rastejavam sobre eles... Eca...
Engoli em seco e respirei fundo. Tinha que continuar a salvar as outras criaturas....
Eu— Guilherme, liberte as fadas das gaiolas.
Guilherme— Ok.. Ele mirou pro alto e um raio ricocheteou e atingiu duas gaiolas...
Eu— Nós viemos aqui pra salvar vocês desse inferno! Saiam das jaulas e se libertem desse lugar! Só queremos ajudar a se livrarem dos Hellest! – falei bem alto para todas as criaturas escutarem.
Os duendes se recomporam e saíram um por um em fila indiana da jaula. Eles eram tão pequenos... Acho que não passavam da altura dos meus joelhos...
Me virei e mirei numa outra jaula de seres pequenos... Mas dessa vez eram gnomos, parecidos com duendes, mas um pouco maiores... Pensei que as barras de aço iriam derreter, mas o que fiz não foi aumentar a temperatura... Várias raízes surgiram do chão e se enroscaram nas barras... O aço foi se entortando e abriu uma passagem para os gnomos..
Eu— Uh... Legal... — os gnomos saíram rápido da jaula e desapareceram pela entrada da caverna.
Nath— Podem sair, viemos ajudar... – as mulheres pássaros, ou harpias, saíram batendo as asas pela caverna afora.
Procurei o Gui pela caverna e o ví atirando raios nas correntes que prendiam as gaiolas no teto. As fadas que ele libertou estavam o seguindo e voavam felizes bem atrás dele. O brilho dourado delas estava aumentando cada vez mais de intensidade ao ficarem juntas.
Saí correndo pela caverna derretendo barras e fazendo raízes surgirem do chão e arrancarem as barras para libertar as criaturas... A caverna começou a tremer mais forte e várias estalactites caíram do teto.
Uma estalactite iria cair bem em cima de mim, mas assim que ela se aproximou, uma raiz enorme se levantou e entrou na frente. Eu fui salvo por uma raiz... Que legal...
Apontei minhas mãos para uma outra Jaula e varias raízes entortaram as barras de aço. Goblins pequenos e feios saíram em disparada pela caverna. Nath encostou em uma jaula e as barras congelaram. Ela deu um soco em cada uma e elas quebraram como vidro quando cai no chão.
Eu— Acabou?!
Nath— Acho que sim!
Guilherme— Luka! Vem aqui... Tem uma jaula aqui! — eu e a Nath fomos até ele e vimos o que estava dentro da jaula...
Haviam três cachorros enormes... Assim como o que me salvou na praça... Dois estavam deitados sem movimento e outro estava sentado nos olhando e parecia bem triste. tristes.
Nath tocou nas barras e elas congelaram rapidamente. Depois dei um soco em cada uma até quebrarem como uma pedra de gelo.
O cachorro que estava sentado não teve animação e parecia não querer sair... Entrei na jaula e me aproximei dele... Que na verdade era ELA... Ela rosnou e mostrou os dentes pra mim e se afastou.
Eu— Calma garota... Quero ajudar você... – estendi a mão lentamente e ela apenas ficou observando.
Toquei levemente na orelha direita dela e fiz um carinho leve. Ela fechou os olhos e se deitou no chão.
Eu— Você precisa sair daqui... A caverna está desmoronando e vai cair tudo aqui... Vamos...
A cadela se arrastou e cheirou o pescoço do outro cão deitado e chiou. Me aproximei mais e ao olhar pro cão deitado... Percebi que ele não estava vivo.. Os olhos estavam abertos e sem cor, os dentes cheios de sangue estavam a mostra... Os Hellest mataram dois cães com tortura...
Senti uma lágrima escorrer pelo meu rosto... Toquei a pelugem dos cães mortos e deslizei lentamente até a cabeça deles. A cadela deitada apenas me observava. Eu não sabia direito o que estava fazendo, até algumas raízes verdes surgirem do chão e se enrolarem em volta dos cães mortos. As raízes criaram flores coloridas muito lindas e se envolveram em todo o corpo dos cães.
Eu— Adeus... Sigam seu caminho em paz... – A cadela latiu e se levantou..
Escutei mais um latido vindo de longe... De repente o cachorro da praça veio correndo e entrou na jaula também. Ele se abaixou e cheirou as raízes... Latiu mais uma vez e ele e a cadela começaram a se cheirar... Acho que eram parentes. Isso é bom, aí nenhum dos dois ficam sozinhos...
Eu— Precisamos ir... Vamos! – me levantei e saí da jaula. As raízes puxaram os cães mortos pra baixo da terra e os dois vivos me seguiram.
Guilherme— Vamos!!
Começamos a correr e pedras enormes se deslocavam do teto da caverna...
Escutei um grunhido fraco e estranho... Parecia um rugido sem força... Me virei e bem no fundo da caverna havia algo se movimentando rápido.. Estava agitado... Me virei e comecei a correr em direção contrária à saída.
Guilherme— Luka!!! – ele gritou e parou no meio do caminho.
Eu— Saiam! Eu preciso salvar todos que estão aqui!! – Guilherme olhou pra saída e continuou parado na metade do caminho.
Continuei correndo até que já conseguia ver qual criatura era... Duas Quimeras acorrentadas à parede da caverna... Uma tinha duas cabeças, uma de leão e uma de bode com dentes afiados e grandes, corpo de leão e uma serpente esverdeada no lugar da cauda... A serpente estava acorrentada e sem movimento. As duas cabeças e as quatro patas também estavam acorrentadas...
A outra Quimera também tinha duas cabeças, uma de leão e outra de o que parecia ser um dragão e uma cauda negra de escorpião com um ferrão enorme e avermelhado na ponta.... Era muito estranho estar perto daquilo... Muito estranho... Como criaram esses híbridos?! Que louco!
Eu— Olá... Vim libertar vocês... Não me matem, por favor... – tentei me aproximar e as duas Quimeras rugiram bem alto.
Olhei bem fundo nos olhos vermelhos do dragão e do bode e nos olhos laranjas dos leões... Eles se afastaram um pouco e fizeram silêncio. Me aproximei bem devagar da serpente e toquei a corrente. Ela se assutou e cuspiu em mim.
Eu— Eca! Não cuspa em mim! Só quero te soltar, ingrata! – ela fechou a boca grande e ficou me observando tocar a corrente.
Encostei na corrente e ví ela ficar vermelha com o calor... Não estava funcionando, a corrente não estava derretendo... Preciso deraio passou mim e quebrou a corrente... Eletrecidade...
Guilherme— Vou te ajudar... Não adianta me mandar sair, eu não vou te deixar aqui sozinho... – apenas sorri pra ele e segurei firme em duas outras correntes...
Eu— Sua vez... – soltei as correntes já aquecidas e ele lançou dois raios nas correntes e elas se partiram.
A Quimera com cabeça de bode rugiu e Guilherme deu um salto de susto.
Eu— Calma... Vamos te soltar... – na última corrente, a Quimera não quis correr. Ficou olhando a mim e ao Guilherme soltando a outra Quimera com cabeça de leão e dragão e cauda de escorpião.
Guilherme— Se quiser ajudar, nós aceitamos com prazer... – a Serpente balbuciou pra ele e se enrolou na corrente que prendia a cauda de escorpião. Ela fez uma força muito grande e conseguiu arrancar a corrente da parede.
A quimera começou a bater a cauda de escorpião em uma corrente e conseguiu quebrá-lá. Eu e Guilherme quebramos o resto...
Guilherme— Vamos!! Rápido!! – ele pegou em minha mão e me puxou.
Eu— Venham! Precisamos sair... – as Quimeras Rugiram bem alto e começaram a nos seguir..
De repente a serpente se enrolou no meu dorso e me ergueu no ar. Parei de me debater quando percebi a intenção da Quimera... Ela queria nos ajudar, ou devolver o favor... A serpente me largou nas costas da Quimera e ela nos carregou... Era como andar a cavalo.
A outra Quimera usou o ferrão da cauda de escorpião para pincelar a blusa do Guilherme e o erguer até suas costas escamosas de dragão. Os leões rugiram e correram mais rápido.
A caverna estava tremendo em um terremoto numa escala super alta. Estalactites se soltavam do teto e caíam no chão como espinhos gigantes, pedras gisgantescas se deslocavam e caíam para todos os lados e quase nos esmagando... A saída estava perto.... Mas de repente... Uma pedra enorme caiu na frente da saída e impediria nossa passagem.
As Quimeras continuavam corrento sem perceber que iríamos de cara com a pedra... Ao olhar bem, tive uma ideia que poderia funcionar...
Eu— Guilherme! Lance um raio assim que eu disser já!! – ele concordou com a cabeça e ergueu a mão direita e com a esquerda ficou segurando nas escamas da Quimera.
Eu— Um... – estávamos nos aproximando cada vez mais... Espero que de certo... —Já!! Agora!!
Lancei as duas mãos pra frente e duas esferas bem grandes de fogo azul foram na direção da pedra... Um raio verde atingiu a pedra no mesmo momento que as esferas.... De repente uma enorme raiz surgiu do chão e poeira voou para todos os lados..
Guilherme— Pareeemm!!! – ele gritou, mas as Quimeras continuaram correndo....
Meu Deus... A poeira não deixava nós vermos se a pedra havia ou não sido destruída...
As Quimeras saltaram para o meio da poeira e... Saímos ilesos. A pedra não estava lá... Estamos vivos e inteiros, graças à Deus, às Quimeras e aos nossos poderes!
As Quimeras correram mais alguns minutos até conseguimos encontrar a entrada da caverna... Assim que saímos, todas as criaturas se assustaram.
Eu— Opa... Calma, somos só nós...
Silvia— Luka!!
Beatriz— Guilherme!!
Nós descemos da nossa montaria híbrida e olhamos em volta. Todas as criaturas que libertamos estavam alí nos olhando sem fazer absolutamente nada.
Guilherme— Acho que eles estão esperando alguma orientação sua. - ele falou ao meu ouvido.
Eu— Minha?
Guilherme— Sim. Estão todos olhando pra você.
Para tirar a conclusão. Olhei para cada um deles e percebi que Guilherme estava certo. As harpias me encaravam, os duendes também, os gnomos também, as fadas brilhantes também, ogros também, um homem e uma mulher que eram lindos também me encaravam... Banshees, um centauro, goblins também.... Todos estavam me encarando.
Eu— Ah... Vocês estão livres daquele lugar. Podem seguir seu caminho e irem para seus lares...
Marcus— Luka... Acho que eles querem que você dê a ordem e os mande pra casa... Diga pra cada um ir pro seu lar e pra sua natureza...
Eu— Ok... Eh.... Duendes, podem voltar pras florestas e cuidar das plantas e das árvores. Gnomos. Podem retornar pros campos e tomar conta dos animais e também proteger as florestas... – todos os gnomos e duendes se viraram e PUF... Desapareceram em névoa verde...
Nath— Ué... O que aconteceu?!
Marcus— Luka está os mandando pra casa... Luka, agora os ogros.
Eu— Ogros, podem voltar pras suas casas nas montanhas e no interior das florestas... – os ogros se viraram e desapareceram em uma nuvem cinzenta. — Harpias, podem retornar às montanhas e Alpes onde estão seus ninhos e famílias. – elas pularam e bateram as asas penosas. Voaram pelos céus e desapareceram na escuridão..
Diogo— Isso é muito maneiro...
Eu— Sereia e tritão... Podem voltar a reinar e proteger os mares. Esse lago é ligado ao mar, alguns minutos de nado e vocês estarão no mar aberto. – a mulher linda correu com um enorme sorriso pelas pedras pequenas e foi até o rio. Ela tinha os cabelos loiros quase brancos, olhos azuis meio cinzentos e era de uma beleza única.
O cara se aproximou de mim com um sorriso de canto e ficou na minha frente parado apenas me olhando.
Eu— Ah... Você já pode retornar pra sua casa...
Marcus— Os tritões não são muito de falar...
Sílvia— Só são de seduzir... Se os olhos estiverem brilhando, cuidado, ele está tentando te hipnotizar.
Eu— Pode ficar tranquila, mãe. Isso não funciona comigo.
Sílvia— Como sabe que não?
Eu— Por que os olhos dele já estão brilhando e eu não sinto nada de diferente... Apenas fome. – os olhos azuis mar dele estavam brilhando num tom azul quase cinza. Ele se aproximou mais um pouco e ficou bem na minha frente.
Os traços dele não eram humanos... Pelo menos eu nunca ví em um humano. O rosto com expressão delicada, o formato dividido entre quadrado e oval, os olhos azuis meio cinzas, os cabelo loiros muito claros. Estava com uma camisa e uma bermuda brancas sujas e rasgadas. Ele e a mulher se pareciam muito, talvez sejam irmãos.
Eu— O que você quer? – ele sorriu e levantou a mão direita. Encostou ela em meu rosto e deslizou os dedos por minha bochecha. Fechei os olhos e senti uma brisa morna com cheiro de maresia atingir meu rosto.
Tritão— kant... Lindo... - a voz calma dele ecoou nos meus ouvidos como música. Abri os olhos e o encarei com aquele sorriso branco lindo.
Eu— Obrigado. Você também é lindo.
Nath— Lindo demais...
Tritão— Venha comigo? Para o Oceano...
O quê?! Eu havia escutado direito?! Ele me pediu para ir com ele para o mar????
Eu— Como?! Você quer que eu vá para o oceano?! – ele balançou a cabeça freneticamente em sinal positivo.
Guilherme— Impossível! Ele não respira de baixo da água!... Peixe idiota.
Tritão— Magia da rainha pode te dar este dom. Aceite e venha governar o mar comigo, pequeno humano...
Eu— Eu não sou humano e... Eu não posso abandonar minha família. Desculpe... Preciso ficar aqui na terra pra ajudar os outros. Não posso viver debaixo do oceano. — ele abaixou a mão e desfez o sorriso lindo. O coitado havia ficado triste por eu recusar o seu pedido...
Guilherme se aproximou de mim e o tritão o olhou curioso pro que ele iria dizer.
Guilherme— Lamento muito, mas não foi dessa vez.
Tritão— Tudo bem. Vou superar isso, eu acho... Foi um prazer te conhecer, bravo guerreiro. – ele fez uma reverência a mim e ficou de cabeça baixa.
Eu— Desculpe não poder ir com você.
Tritão— Tudo bem. Eu te entendo... Humanos não ficam muito no mar, e seria difícil mamãe aceitar te dar o dom de viver no mar.
Eu— Mais uma vez, eu não sou humano... Mas ainda poderemos nos ver... Talvez em breve. – ele olhou nos meus olhos novamente e o sorriso encantador havia voltado.
Tritão— Vou aguardar ansioso, amigo... Tchau.
Eu— Tchau.... Peraí... Não sei seu nome...
Tritão— Delpho... Delpho Azure-ly...
Eu— Então tchau, Delpho.
Ele se virou e caminhou para o lago. A mulher já havia entrado na água e desaparecido na escuridão. Assim que Delpho pulou na água, um flash de luz branca trouxe sua cauda enorme. Olhando bem, a cauda parecia brilhar num azul, como os olhos dele.... Adoro azul... E verde também...
Acho que se ele não vivesse dentro do mar, eu até pensaria em ficar com ele aqui na terra... Mas não é o caso. Ele é lindo... Lindo e perfeito até demais pra mim.
Guilherme— Esses peixes estão ficando muito idiotas... Dando em cima do primeiro que aparece...
Diogo— Guilherme... Você está com ciúmes do Luka com o peixão galã?? – todos olhamos pra ele. Nath riu e Diogo se segurava pra não rir também.
Guilherme— Na-não... Não estou com... Ciúmes... – mesmo no escuro dava pra ver as bochechas dele ficarem vermelhas.
Agora uma dúvida... Ele estava mesmo com ciúmes??? Não... Acho que ele só não foi com a cara do Delpho... Meio difícil, já que Delpho é um Deus do mar lindo com beleza extrema.
Tio Marcus, minha mãe, tia Martha e Beatriz olhavam do Guilherme pra mim. Pareciam nos analisar e estarem fazendo uma especie de escaneamento. Luigi não estava nem aí. Ele brincava com os dois cachorros que perderam a família.
Diogo— Só estou brincando, bobão! – Nath soltou a gargalhada e dessa vez foi minha vez de ficar vermelho... Que situação...
Marcus— Bom... Luka, acho melhor você continuar a libertar as criaturas... Elas estão aguardando.
Eu— Tudo bem... Fadas, podem retornar à natureza para cuidar e proteger as flores, árvores, insetos e animais da floresta e da cidade. – elas se separaram e se espalharam por todos os lados. — lobisomens, podem retornar pras suas casas, seja onde forem. – ví um outro ser se aproximar e... Eu o conhecia...
— Lembra de mim?
Eu— Claro. Eu e a Nath te paramos no beco por que você queria nos explodir...
— Sim... Ah, Meu nome é Saulo.. E desculpe mais uma vez por tentar te matar.
Eu— Meu nome é Luka e está tudo bem. Agora você e sua família estão livres. – ele olhou pra trás e sorriu pros pais e pra irmã.
Saulo— Sim. Muito obrigado... Tchau e nos vemos algum dia..
Eu— Tchau. – ele se virou e foi se juntar aos outros lobisomens. Eles entraram no meio das árvores e desapareceram também.
Marcus— Ainda faltam os vampiros, as Banshees, o centauro, os goblins e as Quimeras.
Eu— Vampiros, também já podem retornar para seus lares, seja onde forem... Mas nem pensar em atacar os humanos! Tenham moderação na alimentação. – as duas mulheres e o cara sorriram. E se aproximaram de mim também.
Mara— Olá. Meu nome é Mara, eu só quero te agradecer por tudo o que fez pra nos salvar.
Lara— Somos muito gratos por você ter nos libertado daquele lugar. Infelismente a maioria dos nossos familiares não sobreviveram às torturas, só sobramos eu e meus irmãos...
Eu— Fico feliz por estarem livres e não serem aqueles monstros que nos atacaram...
Mara— Não... Aqueles vampiros que te atacaram estão sob um feitiço do Hellest.
Lara— É tipo uma hipnose.
Fernando— Mas, mesmo assim, somos gratos à vocês. E detalhe, meu nome é Fernando.
Eu— Prazer conhecer vocês... Seus olhos estão diferentes...
Fernando— É por que o feitiço dos Hellest deixa nossos olhos completamente vermelhos... Sem o feitiço somente a íris é vermelha.
Lara— Bom, agora vamos ir reconstruir nossa casa... Vamos Nando.
Fernando— Tchau... E só pra constar, meu nome é Fernando Rincón... Moro a dois quilômetros daqui, uma casa velha, mas com minhas irmãs vai ser mais bonita... Se tiver vontade de... Sei lá... Um encontro romântico.. Pode aparecer lá a qualquer hora. – ele piscou e sorriu. Ele era bonito... Mas o Tritão era muito mais...
Eu— Tudo bem... Talvez algum dia...
Mara— Chega de cantar as pessoas, Edward Cullen.
Lara— Vamos embora Nando. – ela agarrou o braço forte do irmão e o puxou pelo escuro.
Eu— Wow... Quantas cantadas num dia.
Nath— É o recorde. Parabéns. – eu e ela rimos.
Eu— Agora são os outros.... Onde eles vivem, tio Marcus?
Marcus— Acho que no Limbo... Ou purgatório. As quimeras ficam sob a guarda dos guardiões.... Os esqueletos das portas do purgatório..
Nath— E as Banshees, os goblins e o centauro? – olhei pras duas mulheres com aparecia cansada, olhos pretos como carvão e os cabelos brancos todos alvoraçados.
Marcus— Acho que também podem ir para o Limbo... Lá eles mandam as criaturas para o seu devido lugar... Os goblins pras cavernas deles, o Centauro pro lugar dele e as Quimeras e as Banshees ficam por lá mesmo.
Eu— Ok... Quimeras, goblins, Banshees e Centauro estão livres para voltar ao purgatório. Divirtam-se... Podem retornar às suas casas... – as duas Quimeras, as cinco cabeças, rugiram, sibilaram e berraram. Logo após isso todos se dissiparam e se tornaram uma névoa negra. Aquelas criaturas enormes desapareceram do nada... As Banshees soltaram um gritinho agudo que desapareceu em alguns segundos.
Marcus— Pronto... Agora vamos pra casa...
Theo— Joca, nós também vamos voltar pra nossa casa?
Joaquim— Nem morto eu volto para aquele lugar...
Sílvia— Bom, vocês podem ficar o tempo que quiserem na nossa casa... Bom, na câmara pra dizer a verdade...
Marcus— Sim, a câmara tem mais de quinhentos quartos bem espaçosos.
Theo— Podemos, Joca? – Joaquim quim olhou pra mim como se estivesse pedindo permissão. Eu sorri e concordei com a cabeça.
Joaquim— Sim, podemos Theo...
Marcus— Então tudo certo. Vocês terão seus quartos na câmara e poderão ficar o tempo que quiserem.
Joaquim— Obrigado, senhor...
Nath— Vamos logo que eu estou morrendo de fome. Quero comer um búfalo cozido ao molho apimentado. Sem salada e sem esse negócio de dieta.
Eu— Estou com você. Vamos logo antes que eu devore todo mundo.
Guilherme— Concordo. Gastamos muita energia nesse lugar.
Diogo— Lembrando, eu quero uma explicação de cada detalhe sobre tudo!! Tudo o que eu ví, tudo o que vocês fizeram, o que vocês são e por que tem super poderes!!!
Nath— Tá, mas depois de comermos.
Um barulho muito alto de explosão, ou algo caindo soou pelo ambiente e fez o lago se agitar... Era a caverna desmoronando.. Acabou tudo lá dentro. Caiu...
* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
Chegamos em casa e todos fomos tomar um banho. Minha mãe mandou Jane e Mari irem na loja e buscar algumas roupas que serviam no Joaquim, no Theo e no Diogo. Tio Marcus ordenou ao Diogo que ele ficasse e dormisse na câmara, só por prevenção e seria mais seguro. Vai que os Hellest resolvem se vingar e mandam um demônio matar ele! Não podemos deixar isso acontecer. E também, a câmara ajudaria ele a se recuperar e retirar todas as energias ruins.
Nath queria dormir na minha casa, mas a mãe dela disse que dessa vez ela não poderia porque ela tinha tarefas caseiras pra fazer. Ela bufou e saiu com raiva.
Tio Marcus levou Joaquim, Theo e Diogo para a câmara e iria mostrar os quartos. Ele já deu um aviso antes... Se Joaquim estivesse mentindo e somente estivesse se passando por bonzinho e ser uma espécie de espião do mal, ele iria sufocar até a morte dentro da câmara, já que as paredes eram reforçadas com Ônix, Hematita, Ametista, entre outras pedras protetoras que repelem a energia ruim. Mas se ele estiver dizendo a verdade e quiser se livrar de sua família... Bom, aí ele iria se senti bem melhor lá dentro, as pedras iriam ajudá-lo a se livrar das energias ruins e purificar as boas.
Eu estava deitado na minha cama apenas vendo coisas no meu celular. Guilherme estava do meu lado brincando com a eletricidade que circulava entre seus dedos. Abri a galeria de fotos do meu celular fiquei olhando cada uma delas.... Tinha muuuuitas fotos minhas e da nath juntos, e até uma minha e dela com o Gui, mas não ví nenhuma foto minha com o Gui... Então... Vou por um monte agora.
Eu— Gui, tira uma foto comigo? – ele me olhou e franziu as sombrancelhas. — Sei que você não é muito fã de fotografias, mas eu não tenho nenhuma de nós dois..
Guilherme— Então tá... – me aproximei dele e sorri.
Fiz a captura e quando olhei, não gostei, um olho meu saiu maior que o outro. Guilherme riu e eu tirei outra... Dessa vez ele não gostou porque sem querer fez uma careta...
Depois de quase uma hora tentando alguma coisa, consegui tirar uma perfeita. Iria guardar aquilo pra sempre! Havia ficado linda. O sorriso do Guilherme estava lindo e os olhos verdes um pouco mais claros e era quase impossível parar de olhá-los. Eu não fiquei com um olho maior que o outro, meus olhos estavam azuis como o céu ensolarado, meu cabelo e o do Guilherme tinham um brilho legal na imagem... Culpa da genética alien.
Guilherme— Depois de quase um ano, conseguimos. – nós rimos.
Eu— Finalmente! – ele se levantou rindo e se dirigiu ao guarda-roupas...
O som agudo da campainha soou por toda a casa. Esperei pra ver se algtuem iria atender a porta, mas continuou tocando e tocando e tocando... Achobque todos estavam na câmara.
Eu— Meu Deus, quem será a essa hora?!
Guilherme— Deve ser um vampiro querendo nos matar.
Eu— Para, você viu que eles não são tão maus assim. São até simpáticos demais.
Guilherme— Até o ponto de ver uma pessoa machucada e sangrando.
Eu— Haha, muito engraçado. Vou lá ver quem é...
Guilherme— E eu vou tomar outro banho, estou com muito calor.
Ele retirou a blusa e... Pra mim não ver ele seminu, me levantei rapidamente e saí do quarto. Desci as escadas correndo e a campainha não parava de tocar.
Eu— Calma!! Já estou chegando!.
Guilherme— Luka, Posso usar o seu shapoo? – ele perguntou da porta do quarto.
Eu— Claro! Fique à vontade!
A campainha tocou mais uma vez e eu abri a porta rapidamente. Quando ví quem estava do lado de fora, meu coração quase parou de funcionar... O sorriso desapareceu do meu rosto e minhas pernas fraquejaram...
Eu— Tommy? – Droga!..
Droga, droga, droga!! Ele vai ter um outro ataque se ver o Guilherme... Ele não sabe que o Gui está morando na mesma casa que eu e, muito menos, dorme no mesmo quarto e na mesma cama... Tommy vai pensar que... Ah, foda-se. Não estamos mais namorando e não devo satisfações de nada a ele!
Tommy— Podemos conversar? – ele perguntou com a voz calma.
Eu— Thomas, são quase onze da noite! O que está fazendo aqui?!
Thomas— Eu não consigo dormir só de imaginar você namorando com aquele... Com aquele cara... Preciso que você diga tudo na minha cara. Diga que não me ama mais e que não me quer mais...
Eu— Thomas.. Vai pra casa! Eu já estava indo dormir e..
Thomas— Por favor? Eu te imploro alguns minutos... Por favor, Luka, eu te amo. Só quero dizer algumas coisas...
E mais uma vez... Droga!!! O que eu faço?!... Acho que vou dar uma oportunidade a ele...
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Voltarei quando puder ♥♥ ( ˘ ³˘)❤