[Repost] O Lutador de Jiu-Jitsu - Capítulo 2

Um conto erótico de Adam
Categoria: Homossexual
Contém 2380 palavras
Data: 04/01/2016 00:53:29
Assuntos: Gay, Homossexual, Romance

Logo após o anúncio mainha se retirou para a gente do palco, numa área vip só pra professores e alguns convidados. O som do piano começa soar. Ok, não tem mais jeito, tenho que ir lá.

Começo a cantar ainda do lado do palco.

It's a little bit funny, this feeling inside

I'm not one of those, who can easily hide

I don't have much money, but boy if I did

I'd buy a big house where we both could live.

(ainda não havia saído da coxia, quando vejo a Jú lá embaixo sorrindo e fazendo sinal de positivo – o palco continuava vazio e apenas minha voz se ouvia – olhei pra frente e vi o momento que o Guilherme se vira com os olhos arregalados como querendo identificar quem era cantor – parecia um filme – então comecei a andar)

If I was a sculptor, but then again no,

Or a man who makes potions in a travelling show

I know it's not much, but it's the best I can do

My gift is my song and this one's for you.

(lentamente até o meio do palco e o Guilherme começa a me olhar de uma forma nova, não deu pra identificar de que forma, pois dai eu me virei pra platéia, apertando os olhos para que eu não pudesse ver ninguém e a imagem ficasse borrado)

And you can tell everybody, this is your song

It maybe quite simple but now that it's done,

I hope you don't mind, I hope you don't mind

That I put down in words

How wonderful life is now you're in the world.

(neste momento a música começa novamente e o tom do piano fica mais vibrante – olho de lado e ele ainda estava me olhando de forma enigmática, com aqueles olhos penetrantes, mão no queixo como um jurado em avaliação – então decidi não olhar mais e fechar os olhos – tentar direcionar meus pensamentos para longe dali e me envolver na emoção da música)

I sat on the roof and kicked off the moss

Well a few of the verses, well they've got me quite cross

But the sun's been quite kind while I wrote this song,

It's for people like you, that keep it turned on.

(foi quando comecei a me envolver realmente pela música e as lembranças que ela me trazia - lembrei de meu pai cantando na varanda de nossa casa – com uma voz quente e eu só cantarolando os finais das estrofes… ele dizia o inicio e eu o fim – como uma pergunta e resposta)

So excuse me forgetting, but these things I do

You see I've forgotten, if they're green or they're blue

Anyway, the thing is, what I really mean

Yours are the sweetest eyes I've ever seen.

(e então me esqueci que estava alí. Me esqueci que estava diante de tanta gente. Parecia somente eu e meu pai. E comece a dar tudo de mim – minha voz estava límpida, clara, e chegava parte da música que eu amava – que soltava a voz, atingindo notas altíssimas e ficando mais emocionante)

And you can tell everybody, this is your song

It maybe quite simple but now that it's done,

I hope you don't mind, I hope you don't mind

That I put down in words

How wonderful life is now you're in the world.

(e já muito emocionado, uma pequena lágrima cai lentamente dos meus olhos quando repito os últimos versos da música – em plenos pulmões ate terminar num tom quase sussurrante)

I hope you don't mind, I hope you don't mind

That I put down in words

How wonderful life is now you're in the world.

Abro os olhos. Acabou!

O silencio é total, quando repentinamente todos, unânime de pé aplaudem. Foi algo incrível e assustador – não acreditava que gostaram! Comecei a ficar, pra variar estava vermelho. E com uma reverencia lesa, meio acanhado, agradeci. Não sei como não cai do palco, e olha que sou muito desastrado. Olhei de lado e não vi mais o Guilherme, graças a Deus, porque simplesmente tinha que sair por ali. Agradecendo mais uma fez, corri...

Sai rapidamente, passando o microfone para a garota que me chamara lá atrás e de cabeça baixa entrei feito um furacão atrás do palco sem olhar pra ninguém quando esbarro em alguém e caio no chão feito um pateta...

Olho pra cima e já vou dizendo...

Gabriel> Desculpa cara eu não vi... (interrompi o que eu tava dizendo quando vejo aquele par de olhos negros a me fuzilar com o copo de refrigerante que ele bebia todo derramado na camisa branca dele, agora ela tava marrom)

Cara não sei que santo eu profanei, mas era muita merda pra um dia só...

Guilherme> Olha só o que você fez comigo! (gritou na frente de todos - tinha umas 5 pessoas – e me levantou do chão pelo braço como a maior facilidade, me levando bem junto ao seu rosto apenas pra mim ouvir entre os dentes) viadinho!

Nossa. E agora?

Se eu não tivesse controle na bexiga teria urinado no mesmo instante... podem rir de mim! Nossa, eu fiquei tão assustado que entrei em transe...

GABRIELLLLLL (escutei uma voz do alem me tirando do transe que me encontrava, não sei se pelo choque de ter sido chamado de viado – palavra que eu detesto – ou pelo ímã que aquele olhar penetrante raivoso estava me provocando).

Jú> Gabriel? O que houve? (Jú era uma menina não muito pequena, morena de cabelo lisinho, linda mesmo, e quando fica enfezada, sai de baixo, mas mesmo sendo alta, ela tem 1,72m, era baixinha pra mim que tenho 1,80 e pra aquele monstro de 1,90m RS – olhamos pra ela de cima rs).

Guilherme lentamente desviou o olhar para a Juliana e depois voltou a mim, meio que sarcástico me soltou como um saco velho e eu cai no chão feito um monte de entulho!

Guilherme> Leva esse ai pra longe de mim ok? Só faz trapalhada esse idiota.

Jú> Pô o que ele te fez mano?

E Guilherme fazendo um movimento evasivo mostrou o peito melado de refrigerante e a camisa toda estragada.

Guilherme> Isso foi o menor dos males... ou você quer que eu fique enjoado e lembre a declaração de amor? (e rindo alto foi descendo as escadas pro fundo do palco).

Todos começaram a rir e eu já um camarão, me levanto e pego a Jú pelo braço, tentando reunir o resto de qualquer dignidade que eu tinha e saio dali.

Já no pátio do colégio, puxo a Jú num canto e começo logo a DR... minha raiva estava a 100°C.

Gabriel> Sua maluca, maluca... MALUCAAAA o que deu em você? Vou te mataaaaaaaarrrrr....

Jú> Calma Gabi, calma, eu não fiz nada... (interrompi)

Gabriel> Que não fez nada Jú! Tou fudido na escola. F U D I D O O O O O O

Já estávamos no pátio central e sentamos na mureta que separa o pátio de um jardim onde tem uma gruta com Nossa Senhora de Lourdes.

Jú> Oxe, tá lesando? Porque fudido garoto? Eu em?

Gabriel> Por sua causa a escola toda vai me chamar de viado!

Jú> Hân? Mas por que? (aquela garota era maluca mesmo, nem quando escondeu o sapo na aula de ciência dentro do meu calção porque não queria dissecá-lo, não tinha sido tão terrível como naquele dia).

Gabriel> Você sabe... não se faça de lesa, você sabia que eu tava uma pilha e concentrado na letra da música, quando você vem no meu ouvido e diz aquilo

Jú> Nossa que gato... (e desata a rir) mas como eu sabia que tu era prego de repetir tudo?

Gabriel> Pois deveria saber... ta louca mesmo... meu eu repeti o que você disse e o carinha olhou direto pra mim, sacou loco, era o único que estava com microfone...

Jú> Relaxa guri (disse displicente sentando na mureta e cruzando as pernas) ninguém soube que foi você, tua voz é muito diferente quando canta, ai quando você cantou logo em seguida ninguém imaginou que fosse a mesma pessoa... rsrsrsrsr mas que foi hilário foi... se bem que ele notou, pelo que vejo... (a sua cara de falsa preocupação era terrível)

Gabriel> Sim sua demente, ele notou, tanto que quando sai cometi a segunda jumentice do dia, a de esbarrar logo nele e derramar o refrigerante em sua blusa, só pra ele me chamar de viadinho... ai que ódio...

A jú que tava rindo, ficou séria derrepente.

Jú> Mentira! Ele te chamou de viadinho? Tô chocada, que pilantra. Ai que ódio dele. Vamos lá quebrar a cara daquele desgraçado.

A Jú já tava em pé com ódio nos olhos... oooo menina bipolar!

Gabriel> Tá doida? O homem é um armário... e EU que devo pedir desculpas a ele... tipo... pelas duas faltas de educação...

Ele nem registrou o que eu havia falado sobre pedir as desculpas a ele...

Jú> Só se for... se ele bater em nós eu chamo o conselho tutelar, só temos 16 anos seu tolo. E mostro o ECA, kkkkkkkk.

Francamente, não sei se eu estrangulava ela com seus próprios cabelos ou se ria de minha desgraça. Optei pela segunda opção.

Gabriel> (rindo) tem certeza que ninguém vai imaginar que fui eu quem disse aquilo?

Jú> Claro, eu tava perto da galera. Nem associaram e cá pra nós, você poderia ter dito nu se masturbando pro cara, soltando esperma na hora do GATOOOO, que ninguém iria lembrar depois do impacto que foi você cantar...

Jú> Cara o que foi aquilo... parecia a mistura de Marisa Monte com Justin Timberlake. Ou seja a voz dela e o carisma dele. RS.

Gabriel> Jura? Foi bom mesmo?

Jú> Menino tu nem imagina. Deveria ser cantor em!

E daí começamos os xingamentos naturais que teminam sempre com agressão física e abraços e beijos, na bochecha claro, pois a Jú sabe que sou gay e por isso é tão minha amiga. Ela detesta as patricinhas da escola, embora que ela seja uma patricinha em potencial. Veste-se de muito bem, com roupas caras bem deslocadas, mas elegantes, tipo ripe chique, se é que entendem. Somo amigos desde pequenos, quando cheguei com quase seis anos em Recife e minha mãe foi trabalhar na escola de D. Alba o que de quebra ganhei bolsa integral e comecei a estudar na sala da Jú, que desde então não nos desgrudamos mais. Na realidade fomos alfabetizados juntos.... Rs. Mas tínhamos de ir para a academia pois lá seria servido daqui a pouco um coquetel apenas para os professores e funcionários da escola... tava tudo lindo lá... cedinho eu e a Jú tínhamos ido ajudar a decorar e ficou maravilhoso. Colocamos balões em forma de pesos e no tatame uma cama de gato com fitas colorias bem bacana onde saia até o teto as faixas de passagem de grau dos esportes que ali serão ensinados onde ia até o teto e lá tinha uma enorme estrela dourada no final de cada uma delas, lindo demais. Ficamos felizes com o resultado. Era uma sexta-feira e as aulas foras suspensas para que pudesse inaugurar a academia. Nesse dia, no ginásio onde me apresentei teve várias outras apresentações de todas as séries como dança, teatro e que culminou na minha apresentação.

Jú> Gabi, acho que o povo já ta se dirigindo pra academia, olha lá (apontando pra um pequeno grupo que saia do ginásio) e os alunos e pais estão indo embora... daqui a pouco começa a festa prive...Vamos lá agora

Ok, vamos, masssss.. meu Deus, como seria encontrar aquele brutamontes novamente e, na academia dele!

Gabriel> Tá vamos, mas vamos ficar o mais longe possível dele. Se ele vier em nossa direção, agente muda o rumo ok?

Jú> Palavra de escoteira (beijou os dedos cruzados)

Olhei pra aquela menina tentando saber o porquê que sou amigo desta diabra. Mas, infelizmente, só tinha ela... e a filha da dona do colégio como amiga tem suas vantagens.

Gabriel> Certo, mas não conta pra mãe o que aconteceu em, ela me mata...

Jú> Tu faz mal juízo de mim né? Seu Zé Mané...

Sem dar moral aquela baboseira, puxei a Juliana e fomos abraçados até a Academia. A fachada era linda, o nome ATLANTIS era dourado enorme de aço, e o Your Song era vermelho no meio da palavra ATLANTIS como se fosse escritas a mão. Era lindo. Foi um concurso entre os alunos da escola e quem ganhou foi uma gordinha do terceiro ano. Virou celebridade... RS.

Dentro da academia, já tinha pelo menos umas trinta pessoas, e estava sendo servido refrigerantes, sucos, água de coco e sorvetes. Tinha salgados, pipoca e cachorro quente... parecia uma festa de criança... mas era tudo tão fino... o cachorro quente era bem miudinho o pão, comí uns 10... rsrsrsr.... sou guloso. Tomei suco de açaí com manga e menta... a Jú tomou graviola com pitanga e gotas de limão... fantástico tudo. Ficamos conversando com dona Nilda da cantina, ela era quem me salvava em dias de grana curta pro lanche...

Todo mundo tava muito animado, e nem sinal do brutamontes... graças a Deus, podia me divertir mais... a Jú tava procurando o professor de filosofia, que era um gatinho por sinal, e o único professor jovem, além do vampiro de física. Mas ela não encontrou ele, e depois de ter dado uma volta pela academia se juntou a mim e dona Nilda.

Jú> Não encontrei o Daniel, acho que não vem...

D. Nilda> Já-já ele aparece filha. Ainda é cedo...

Gabriel> É sim, relaxa garota, ele não vai fugir com outra não... Aiiiiiiiii (a demente havia me dado um beliscão)

Jú> Cala a boca olha a D. Nilda (sussurrando – a Jú era louca apaixonada pelo professor, que tinha 26 anos, 10 a mais que a gente)

Gabriel> Eu não acredito! Olha quem tá ali, o Danilo. Filho da puta, como ele conseguiu entrar? Nenhum aluno foi convidado...

Jú> Ah Gabi, o pai foi, esqueceu que ele foi patrono da turma do terceiro ano do ano passado?

Gabriel> E como poderia esquecer?

Continua...

* * * *

Que bom que estão gostando, vou tentar postar regularmente todos os dias. Um abraço

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Comentários

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Reler estes capítulos é uma alegre relembrança, lembro da primeira vez que li e me encantei pela história, o melhor é que faz uns dez anos que li e já esqueci bastante coisa Kkkk, de fato, a leitura será como se fosse a primeira, rs...

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eu acompanhei esse conto na epoca do orkut, é maravilhoso, mas não foi terminado, ele foi abandonado, é bem legal o conto, muitos capitulos, vc postando assim, em 2018 termina, poste mais de um capitulo original.

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Passei a acompanhar hoje e já estou amando. Ancioso pro próximo abracos men...

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Amando demais, e já quero ver o Guilherme correndo atrás do Gabs pra se fuder, cara escroto. Abraços 😄

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pena que o Gabriel não é barraqueiro, acho q o brutamontes é gay ou bi.

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