Velha infância - Final

Um conto erótico de LuCley
Categoria: Homossexual
Contém 3462 palavras
Data: 10/01/2016 19:04:22

Espero que gostem do final. Não consigo agradar a todos, mas faço o melhor que posso. Obrigado pelos comentários e por lerem... nos vemos!! ;)

PS: JP está morto aqui, cansou de ficar esperando eu digitar pra vocês...

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Durante a semana fiquei atolado de serviço e correndo atrás da papelada do novo terreno. Tive que ir na prefeitura e cartório pra adiantar tudo pro fim de semana. Liguei pro Bruno na quinta-feira e ele não atendia o celular. Pensei que poderia estar desligado e liguei no fixo, mas nada. Fui tomar banho e ligaria pra ele depois de comer alguma coisa.

Fui pra cozinha preparar uma macarrão a bolonhesa e fiquei pensando o tempo todo nele. Liguei novamente e nada dele atender, até pensei que ele poderia estar me dando o troco por eu não ter ligado pra ele e dormido, mas não, ele não brincaria com coisa séria, mesmo estando chateado comigo.

Jantei e assistia ao Trato Feito na TV a cabo quando decidi ligar pela última vez. Nada. Caramba, comecei a realmente ficar preocupado e quando ia ligar pro chefe de oficina, meu celular tocou. Era o Bruno, respirei fundo e atendi.

— oi, ta tudo bem contigo? Te liguei várias vezes e você não atendia.

— calma, to bem. Meu celular ficou aqui na empresa e fiquei que nem doido procurando lá em casa. Deixei aqui na saleta dos funcionários quando vim conversar com eles sobre o treinamento.

— poxa, macho. Fiquei preocupado contigo. Ta tarde pra caramba.

— agora sabe como me senti aquele dia.

— me desculpa. E cuida onde deixa esse celular. Estava pensando em ir aí se você demorasse mais pra atender. Caramba, ia te falar que sábado quero te levar pro rancho de novo.

— hummm, interessante isso. Gostei. Você sabe que gosto muito de ir lá. Sabia que o seu Onofre está vendendo a parte que a gente sempre aluga? São seis hectares de área verde, o rancho, a cachoeira; quem comprar aquilo lá vai ter muita sorte viu.

— que droga. Vamos ficar sem nosso pedaço de paraíso.

— infelizmente. Mas se você quiser que deixo reservado pra esse fim de semana, eu ligo lá.

— quero sim, faz esse favor pra gente.

Ficamos um bom tempo conversando ee dei conta o quanto ele me deixou preocupado. Percebi o quanto o amava e se acontecesse alguma coisa com ele, nem sei o que faria. Ele me disse que o pai dele andou perguntando de mim: como eu estava, se eu ia muito pra lá, e ele e eu estávamos muito amigos. Ele disse que eu ia quase todos os fins de semana e meu tio meio que espiculava minhas idas com tanta frequência.

Fui dormir e pela manhã, liguei pra minha mãe antes de ir trabalhar. Conversamos bastante e falei pra ela do Bruno. Ela ficou quieta um tempo e acababou quebrando o silêncio.

— acho que está mais do que na hora de vocês dois se acertarem.

— mãe...

— querido, eu posso ser velha, mas nunca fui burra. Seus tios, seu pai e eu, sempre cnversamos sobre vocês dois. Olha que naquela época as coisas eram muito mais contidas do que hoje; e mesmo com todo o preconceito, sempre fomos mente aberta em relação a vocês.

— percebi. Sabe, o Bruno propôs que morassemos juntos e eu praticamente disse não pra ele. To mal, mas ontem, ele demorou a chegar e eu fiquei maluco...

— Téo, você é homem feito, cuida da própria vida e não depende de mais ninguém. Eu não vou viver pra sempre. Só acho que você tem que seguir seu coração e ser fiel a seus sentimentos. Se for por mim, não se preocupe, seja feliz. O Bruninho sempre foi um menino muito bom. Faça o que tem que ser feito pra não se arrepender depois.

Nunca conversei tanto com ela. Me pediu pra ir até o advogado. Ela queria passar os bens que meu pai deixou pra mim, não em testamento, mas em comum acordo com ela. Disse que não precisava, mas ela sempre foi teimosa, quando colocava uma coisa na cabeça não adiantava discutir. Entrei em contato com o advogado no mesmo dia e resolvi um assunto que fiquei pensando enquanto falava com a minja mãe.

Eu não podia negar, eu amava o Bruno, sempre amei e não podia deixar ele escapar de mim de novo. Traria ele pra morar comigo e daria um jeito de arrumar outra pessoa pra cuidar da filial. Isso era o de menos.

Eu estava na empresa resolvendo uns negócios e mei celular tocou. Era o Bruno dizendo que já tinha alugado o rancho pro fim de semana. Ele estava tão animado que também me animei em ir logo ficar com ele. Antes dele desligar, disse que o amava muito.

— também te amo, cara. Ta tudo bem?

— ta sim..Bruno...

— fala. Que foi?

— só deixa tudo arrumado pra quando eu chegar.

— ah, é isso. Pode deixar que deixo tudo na pick-up. Vou desligar, chegou cliente.

— vai lá, amor.

Eu queria ter falado sobre a proposta que ele me fez, mas achei melhor fazer uma surpresa pra ele. Conversar com a minha mãe foi a melhor coisa que eu podia ter feito.

Na sexta-feira acordei empolgado. Liguei pra empresa e pedia a minha secretária que cuidasse de tudo pois não iria.

— me desculpe, mas o senhor está bem? Nunca faltou.

— Adriele, querida. Estou bem sim, só que tudo tem sua primeira vez e essa é a minha. Só faça tudo como te ensinei.

— tudo bem. Pode deixar comigo.

Tomei um banho demorado e me arrumei. Torci pro Bruno não me ligar e por sorte, ele não ligou. Estava quase chegando na entrada da cidade e meu celular tocou, era a minha mãe.

— oi, mãe.

— o que você está fazendo?

— vivendo!

— estou tão feliz por vocês. Manda um beijo pra ele.

— mando sim. Mãe, preciso desligar, to dirigindo e quase no prédio dele.

— tudo bem. Se cuida.

Estacionei em frente o prédio e pedi ao porteiro que não avisasse o Bruno. Ele disse que não avisaria porque sabia que eu era o primo dele e que já me conhecia.

Subi, fiquei ao lado da porta e bati. Ele deve ter olhado pelo olho magico e como não viu ninguém, não abriu. Bati mais uma vez e nada. De repente meu celular vibra, era ele.

" acredita que deve ter uma criança batendo na minha porta? Ela bate e sai correndo, porque não vejo ninguém"

Eu morria de rir e respondi:

" amor, estou numa reunião. Já falo contigo, mas abre a porta e dá uma bronca no safado, aí ele pára de te incomodar.

Ele me mandou um "hahaha, vou fazer isso" e ouvi ele destrancando a porta. Quando ele abriu, pulei na frente dele e a cara de susto dele foi impagável.

— que você está fazendo aqui?

— e desde quando você usa óculos de grau?

— pêra ai, eu perguntei primeiro.

— vai me chamar pra entrar não?

— hahaha, maluco. Entra. Que maluquice é essa, Téo? Você disse que só viria no final da tarde. Ainda bem que está no meu horário de almoço.

— eu sei, por isso vim agora.

— você é muito doido. Me beija!

Levei ele pro sofá e o beijei. Tirei seus óculos de leitura devagar e olhei em seus olhos.

— eu aceito. — ele ficou sem entender.

— aceita o quê? Você está bem?

— hahaha, Bruno, eu aceito morar contigo. Bom, na verdade, você vai vim morar comigo. — ele estava pálido. — Que foi? Não quer mais que fiquemos juntos?

— não, quero dizer, sim. Eu estou confuso.

— Bruno, eu não quero mais ter que acordar sozinho todos os dias. Tomar café, almoçar, jantar e tomar banho tudo sozinho. E eu fui um babaca não dizendo sim aquele dia, mas era porque eu estava com medo de sei lá o que. Mas agora eu estou aqui pra dizer que eu aceito morar contigo e se você aceita ir embora comigo. Aceita? — eu estava sem fôlego.

— caramba, você me fez chorar sozinho aqui em casa seu viado.

— não... sério?

— sério. Depois que você foi embora, me deu uma tristeza ter ouvido você falar pra gente ficar do jeito que estamos. Caramba, viu.

— me perdoe. Mas fala homem, aceita vim morar comigo?

— minha nossa, é claro que eu aceito. Pelo amor de Deus, você quer me matar do coração né?

— não, quero você bem vivo. Ah, minha mãe te mandou um beijo.

— você conversou com ela, falou da gente?

— falei. Ela está muito feliz em saber que estamos juntos.

— caramba. Nem sei como meus país vão ficar, depois que eu contar.

— bom, você já é bem crescidinho e eu também, então, eles que pensem o que quiser.

Ele se sentou no meu colo e alisava meu cabelo. Relaxei o corpo e senti sua mão procurando meu pênis. Ele apertou e saiu de cima de mim. Se ajoelhou entre minhas pernas e foi abrindo meu ziper devagar até que meu cacete saltou pra fora. Eu já estava duro e de pau babado. Ele me olhou, lambeu a cabeça e veio me beijar. Sua boca tinha o gosto do meu pré-gozo e fiquei lambendo seus lábios. Segurei o cacete apontado pra cima e ele o colocou todo na boca. Era delicioso sentir sua boca indo e vindo. Segurei ele pelos cabelos forçava ele a engolir um pouco mais. Tirei ele do meu pau mandei que sentasse.

— eu amo você. — ele disse se sentando de frente pra mim.

— vai me amar mais ainda.

—é?

— é. Vai amor, mexe gostoso..

Segirei firme sua bunda e seu corpo vinha pra frente e pra trás. Sentia meu cacete cada vez mais dentro dele e segurando ele pela cintura, o fiz ficar em pé preso a mim. O cacete dele balançava pra lá e pra cá. Ele apoiou as mãos na parede da sala e empinou a bunda mais ainda. Comecei a meter nele e aegurando seu cacete duro o masturbava. Ele gemia e eu ficava maluco ouvindo ele.

— fode gostoso... isso!

— safado. Gosta do cacete do teu macho?

— adoro esse cacete metendo forte...

— ahhhh, delícia... que cu gostoso.

Me joguei sobre suas costas e intensifiquei a punheta, ele gozou na minha mão e senti seu cu relaxando. Cravei meu cacete nele e gozei deliciosamente. Minhas pernas amoleceram e ele sustentava meu corpo sobre o dele. Tirei minha mão do cacete dele e passei a porra em suas costas. Lambi onde a porra estava e ele se virou, me beijando.

— vem, deita aqui no sofá. — fomos devagar pra não sujar o chão.

— você me tira o fôlego, mas é tão gostoso.

— gostoso é ter você perto de mim. Meu homem, meu amor. Pega a minha camiseta pra gente limpar essa bagunça.

Ele pegou minha camiseta e limpei a porra pra não escorrer no sofá. Fomos tomar banho e ajudei ele a terminar de levar as coisas na pick-up. Eu via a felicidade dele naqueles olhos gigantes e sabia que ele ia ficar muito mais feliz depois que estivessemos no rancho.

Estava tudo pronto e decidimos almoçar no apartamento mesmo. Iria demorar até prepararmos alguma coisa lá. Liguei na churrascaria e pedi um pedaço de costela. O que sobrou, ele embrulhou no alumínio e colocamos num isopor pra levar pro rancho.

Já estava tudo arrumado e antes de sairmos com a pick-up, ele ficou me encarando. Ele sorria e eu acariciei seu rosto risonho.

— bom te ver feliz. — disse.

— você nem imagina o quanto. Nem acredito que nossa história só está começando.

— você faz parte da minha vida desde sempre, é o primo que sempre amei. Te amo, cara.

— eu sei. Sei também que vai me fazer muito feliz.

Dava gosto de ver ele tão feliz. Dei a partida e fomos pro rancho. Assim que chegamos, ainda tinha sol. Guardamos tudo e ficamos sentados na varanda. Conversamos bastante e ele me chamou pra deitar na rede.

— ante de você se sentar, pega pra mim aquela pasta que está perto da minha mala.

— pego. O que tem nela de tão importante? Trouxe serviço pra competir comigo? — ele bateu com a pasta no meu rosto e puxei ele pra mim.

— hahaha, tem uns papeis que quero te mostrar. Senta aqui comigo.

Nos sentamos na rede e abri a pasta com a cópia do contrato da compra do rancho. Dei pra ele e começou a ler.

— você só pode estar de brincadeira né? — ele se levantou e estava eufórico. — Caralho, Téo, você comprou o rancho...

— eu já dei um sinal pro Seu Onofre e segunda-feira vou com ele no cartório pra gente acertar tudo. É nosso. Esse pequeno pedaço de paraíso agora é todo nosso.

— você não faz ideia o quão importante esse lugar é pra mim.

— sei sim, porque também é muito importante pra mim. Agora, pára de chorar e deita aqui comigo, vem.

— não to chorando, foi um cisco que caiu no meu olho. To feliz, poxa. Você fez tudo isso escondido de mim, que sacana.

— não seria surpresa se você ficasse sabendo, né?

— eu amei a supresa

Conversei com ele sobre a gerência da filial. Ele teria que treinar alguém de confiança pra ficar no lugar dele. As coisas não eram tão simples assim.

Na segunda-feira me encontrei com Seu Onofre no centro da cidade, enquanto o Bruno avisava os funcionários sobre sua saída.

Depositei o restante do valor do rancho e assinei a escritura. O rancho era meu. Bom, pelo menos uma parte dele. Na verdade, ficamos com a melhor parte do lugar, pois a cachoeira ficava, agora, nas minhas terras. Voltei pra empresa e o Bruno estava no escritório. Ele acertava com a secretária tudo que deveria ser feito.

— Bruno, a Carina vai ficar no meu lugar de hoje em diante, não conheço pessoa melhor. Ela sabe de tudo que se passa aqui dentro e também é formada em ADM. Se você não se opor, sugiro que seja ela.

Concordei e combinei com o Bruno dele ir pelo menos uma vez por mês verificar se estava tudo bem, do mesmo jeito que eu fazia. A Carina saiu e ele trancou a porta, abaixou a persiana e veio me beijando. Safado, estava lindo de social e me rendi a seus carinhos.

Um mês depois, eu esperava o Bruno em casa. Eu paguei a multa por ele ter saído do apartamento antes do prazo e ele já estava com tudo pronto pra vim morar comigo. Tinha mandado a faxineira deixar tudo arrumado pra quando ele chegasse. Eu estava ansioso e minhas mãos suavam. Desci e fiquei esperando ele na portaria. Vi a pick-up parando na porta do prédio e chamei o porteiro pra me ajudar a subir as coisas do Bruno. O carro estava cheio. Eu já tinha trazido praticamente todas as roupas dele no meu carro quando voltei pra casa e ele conseguiu trazer o que faltava. Meu coração disparava de tanta felicidade e sabia que ele estava sentindo o mesmo, pois não parava de sorrir quando olhava pra mim. Descarregamos tudo e subimos pro meu apartamento.

— bem-vindo ao lar.

— muito obrigado, to tão cansado.

— vem, vou te dar um banho.

Assim que ele saiu do banho, fui esquentar o jantar que tinha mandado entregar. Ele deu risada.

— última vez que você pede comida pronta nessa casa. Eu cozinho daqui pra frente.

— graças a Deus, porque eu não aguento mais comer miojo.

— hahaha, que horror, Téo. Queria saber se eu continuo empregado, porque não sou mais seu funcionário. Não da filial.

— você acha que eu durmo em serviço, né? Quem você acha que vão administrar a revendedora?

— eu! Hum, salário?

— mais do que já ganhava. Também vai ter todos os benefícios em contrato: vai poder dormir com o patrão, transar com o chefe em horário de experiente...essas coisas.

— hahaha, cafageste. Eu topo qualquer parada contigo.

— bom pra gente. Me diz uma coisa, e seus pais?

Ele ficou matigando por um tempo, tomou um gole de vinho, se ajeitou na cadeira e falou:

— primeiro meu pai gritou. Depois ele disse que estava triste por eu não querer cuidar dos negócios pra ele. Ai a minha mãe pegou o telefone e começou a chorar, dizendo que se a gente tivesse um pingo de consideração por ela, a gente adotaria uma criança pra ela ter quem chamar de neto. Meu pai pegou de volta o telefone e falou que a gente precisava ir passar umas ferias com eles em Floripa. Só isso.

— pelo menos foi tranquilo.

— tem o resto da família.

— o resto não me importa. Ah, sabia que eu tenho mais uma surpresa pra você?

— hum, espero que seja uma aliança, porque você ainda não me deu nenhuma.

— hahahaha, chato pra caramba você.

Eu me levantei e fui no quanto pegar. Trocamos as alianças e ele parecia um adolescente de tão bobo, e eu também. Tinha mais uma caixa, essa era maior. Ele pediu e eu pedi pra ele esticar o braço. Era um relógio, sabia que ele adorava e quando vi, achei a cara dele.

— que lindo. Esse vou guardar pra sempre.

— não, quero você usando ele todos os dias. Pra quando você ver as horas, lembrar de mim. Bruno, eu vou tentar ser a melhor pessoa do mundo pra você, prometo.

— amor, você já é. Sabe, você me faz muito feliz, desde sempre. O que mais eu posso querer?

— obrigado por fazer parte da minha vida e por ter me esperado por tanto tempo.

— o amor é paciente.

Abri a revendedora ao lado da oficina e o Bruno era o gerente. Os negócios iam muito bem e resolve nos dar o próximo passo na nossa relação. Estávamos bem financeiramente e poderiamos muito bem tomar conta de mais uma pessoa.

Um ano depois, minha mãe, o Bruno e eu fomos passar as férias em Floripa, na casa dos pais do Bruno, mas levamos também a Paulinha, uma linda japonezinha de cinco anos de idade. A assistente social conseguiu que o juiz deixasse ela viajar conosco pra ir estreitando os laços familiares. Meus tios não cabiam em si de tão felizes. O Bruno era doido pela menina desde o primeiro dia que a viu. Uma criança amorosa, risonha e muito simpática. Eu também me derretia por ela. O modo como ela já nos chamava de papais e seu jeito meigo de agradar a todos, uma verdadeira princesa.

— vai com sua avô ver o cachorro, está lá atrás da casa. — disse e ela veio me dar um beijo.

— pai, cadê meu pai Bruno?

— está no banheiro, mas pode ir.

— ta, eu vou.

Fazia pouco mais de dois meses que a Paulinha estava conosco e eu fazia de tudo pra conseguir a guarda definitiva dela. O Bruno morria de rir como eu bajulava a assistente social em dia de visitas. A menina trouxe mais vida pra nossa casa e eu estava adorando.

Tivemos nossa última audiência com o juis e conseguimos a guarda da Paulinha. O Bruno explodia de tanta felicidade. Ele não queria ficar tanto tempo longe dela e resolveu fazer uma brinquedoteca pra ela na Revendedora. Tinha um quartinho nos fundos que não usava e era bem arejado. Eu contratei uma babá e ela ficava com a menina depois que ela chegava da escola. Durante a tarde, a Paulinha pedia pra babá levar ela ali no lado, na empresa do papai Téo. Ela ia me ver e ficava um desenhando um pouco na minha mesa.

— pai, o papai Bruno mandou eu dizer que ele te ama.

— hahaha, muito obrigado. Fala pra ele que eu também amo muito ele.

— falo, e eu amo você.

— linda. Eu também te amo. Agora vá, tem muito barulho e poeira aqui, vai acabar te fazendo mal. Daqui a pouco a gente vai pra casa.

— ta bom.

No final do expediente, fui na Revendedora pegar os dois. Chegamos em casa e o Bruno foi levar ela pra tomar banho. Eu fiquei esquentando o jantar.

Jantamos e levamos a Paulinha pra cama.

— pai Téo, hoje você conta a história.

— é verdade, então pega o livro.

O Bruno me passou o livro e segurou minha mão.

— essa gatinha me levou um recado seu hoje. — disse ao Bruno e ela ria.

— eu também recebi um recado seu. Mas eu não mandei recado nenhum, mandei filha?

— hum, não, mas você fala todos os dia pro papai Téo que ama ele e hoje eu não ouvi você falar, ai falei que você tinha falado, pra ele não esquecer...

Começamos a rir da esperteza dela e Bruno fazia cócegas na espoleta. Contei a historia e ela acabou dormindo. Fomos pra sala e nos deitamos no sofá.

— que menina maluquinha. — disse.

— ela é incrível.

— como eu iria me esquecer que você me ama? Só ela mesmo.

— bom, já que ela disse que hoje não falei, então... eu te amo. — o abracei forte e beijei sua boca.

— eu também te amo. Sempre!

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Fim!!

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Comentários

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Muito lindo eu já sou de me emocionar e imagina quando a história envolve criança muito lindo cara. . . esperando vc con outro conto meu Amigo.

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CARAMBA. TÔ CHORANDO. SEM MAIORES COMENTÁRIOS. SÃO DISPENSÁVEIS. MUITO OBRIGADO POR NOS PRESENTEAR.

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Nos dois capítulos anteriores eu não gostei, achei um pouco chato, mas esse me surpreendeu! Encantado pela Paulinha! *O*

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