meu grande amigo , o ônibus.

Um conto erótico de lucasbelmont
Categoria: Homossexual
Contém 854 palavras
Data: 02/01/2016 20:35:53

Uma coisa eu falo , se os Ônibus fossem pessoas , eles seriam psicólogos. La estava eu em mais uma viagem para poder matar a saudade da minha família. Todo final de ano era a mesma coisa, eu corria atrás de um presente pra cada um , porém esse ano eu estava desempregado e eu acabei levando uma piscina de presente para eles. Era um só presente, e era comunitário ( risos) , como eu nao pensei nisso antes!.

Minha Mãe mora em uma cidade do interior do Rj , quase perto de Mg. Eu moro na região dos lagos , pra qm conhece sabe que a viagem é longa. Eu ja tinha pego o primeiro ônibus, seria +/- 3 horas de viagem até a cidade de Campos. Eu sempre durmo durante esse trajeto, coloco os fones de ouvido e durmo muito. Cheguei em Campos, e corri pra pegar o segundo ônibus que iria me deixar na casa da minha mãe. Eu ja estava sem sono , fui o caminho todo ouvindo musica. Seria novamente mais 3 horas de viagem, e é ai que bate a " deprê". Sabe aquele momento que você esta sentado sozinho na janela do ônibus ? Entao , ali eu choro , sorrio , falo sozinho, me imagino um cantor profissional me olhando pelo reflexo da janela. Pior seria se começasse a chover, porém nesse dia estava muito calor. Esse ônibus é de uma empresa chamada Brasil , e antes de chegar na cidade desejada ele passa por várias outras. Ja estamos em Sao Fidelis ( creio que seja esse o nome da cidade ) , ja era a metade do caminho , e o ônibus fez uma parada de 15 minutos. Eu nao tenho o custume de descer para ir ao banheiro , a maioria das pessoas desceram , eu fiquei sentado olhando as pessoas que passavam pela praça. A praça de Sao Fidélis fica em frente a rodoviária e nesse dia estava tendo um evento na cidade. Tinha um papai noel feito daqueles plásticos que se encher com ar imenso , e várias barraquinhas de pipoca , algodão doce, cachorro quente. Em determinado momento apareceu o Papai noel e começou a distribuir presentes para a garotada. Cidade pequena é assim , qualquer evento que tem aparece a cidade inteira. Ja tinham se passado +/- uns 10 minutos, as crianças ainda corriam de um lado para o outro , eu adorava aquilo, me peguei sorrindo , eu estava feliz , era natal. Independente da religião eu sempre passei o natal em família, eu passava orando. Natal é pra mim Nascimento , eu nao estou falando de Jesus, até porque jesus nao nasceu em dezembro, to falando do nascer de varias coisas, principalmente o meu. Eu estava la viajando nas crianças , foi entao que eu o percebi aquele garoto. Corpo magro , cabloco tipo da cor de índios, cabelo bem preto meio espetado.Aparentava ter uns 17-18 anos , lindo demais. Estava sem blusa , ele tinha aquelas entradas que tem na barriga que vao para o pênis. Era o tipo de garoto que me chamava a atenção. Mas eu nunca tomava iniciativa, ate porque eu nem sabia se ele era gay. Eu era o típico jovem de 21 anos , gay e enrustido. Eu ainda nao tinha me assumido para a família e ainda nao me assumi. As vezes me batia aquela angústia por nao ter alguém do meu lado, mas também nunca fui romântico, odeio grudi. O motorista apareceu, estava tomando seu café. Eu tinha uns 5 minutos. Fiquei o tempo todo admirando aquele rapaz jovem do corpo magro mas viril. Ele nem sequer olhou para o onibus. Datava fumando um cigarro de cabeça baixa , ele virou de lado e acabei vendo uma tatuagem na sua perna direita. Eu bati na janela , ele demorou um pouco pra olhar pra mim. Quando ele me viu eu fiz um sinal de positivo com o Dedao. Ele com o cigarro na boca levantou as duas mãos como se nao tivesse entendendo nada. Eu achei graça daquilo e acabei rindo. Entao eu levantei do banco , e coloquei a mão na barriga. Ele olhou pra barriga dele e depois olhou pra mim . Fiz um sinal de positivo e uma cara de quem gostou (safado). Ele entendeu na hora , ficou meio vermelho , sorriu e agradeceu. Ele se despediu , saiu de visão e eu fiquei la todo sorridente no onibus. Eu tenho essas manias , de dar em cima dos garotos de outra cidade , porque sei que nunca mais vou os ver. O motorista demorou mais do que eu esperava, eu ja estava ficando enjoado. Antes do motorista entrar , o rapaz que a pouco estava do lado de fora entrou , foi ate la no fundo onde eu estava , me olhou , sorriu e sentou do outro lado do Ônibus ( esquerdo). Só imaginem a minha cara, eu estava tao nervoso que realmente parecia que meu coração ia sair pela boca. Rapidamente virei o rosto, estava morrendo de vergonha e nao sabia onde colocar a cara. O motorista voltou e deu a partida. O índio ficou me olhando o tempo todo , me encarando mesmo. O ônibus ja tinha andado por 20 minutos. Acho que o índio percebeu que eu nao ia falar nada e veio sentar do meu lado.

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